terça-feira, 6 de setembro de 2011

LOUÇÃ QUER AUDITORIA PARA SABER "EM QUE BOLSOS" ESTÁ O DINHEIRO

Louçã quer auditoria para saber "em que bolsos" está o dinheiro
04 Setembro 2011

O coordenador nacional do Bloco de Esquerda (BE) afirmou hoje que as eleições regionais de Outubro na Madeira são "para exigir responsabilidades pelos 500 milhões" da dívida da região e criticou o silêncio "envergonhado" de Pedro Passos Coelho sobre o assunto.

"Estas eleições são sobre os 500 milhões, são para exigir responsabilidades pelos 500 milhões e garantir que economia da Madeira é recuperada para os madeirenses, que os contribuintes são protegidos do desvario e da fraude financeira e para se assegurar o futuro da autonomia em nome da democracia", disse Francisco Louçã no Funchal, na apresentação da lista de candidatos do BE às eleições legislativas regionais.

O dirigente nacional bloquista considerou que "o silêncio de Passos Coelho, envergonhado, é tão preocupante", mencionando que o líder social-democrata e primeiro-ministro defendeu hoje "numa cerimónia partidária que o país só recupera se gastar menos".

"O que desconfiamos é que no dia em Pedro Passos Coelho vier fazer um comício ao lado de Alberto João Jardim, por cada minuto do discurso nós todos vamos pagar 30 milhões de euros, até chegar aos 500 milhões do cheque que ele vai passar a Jardim sem que se saiba em que gastou, para que gastou e a quem pagou", argumentou Francisco Louçã.

Para o coordenador do BE, "isso é desperdiçar, é pagar dinheiro a mais, o que é inaceitável na democracia", acrescentando que "os cortes que são precisos são os contra as facilidades, contra o desperdício da regra do Ali Baba e os 40 comparsas" na Madeira.

Francisco Louçã realçou que é preciso que se faça uma auditoria às contas da região "para proteger a Madeira e todos os contribuintes no país inteiro que têm sido obrigados a pagar este descalabro das contas e este facilitismo das contas de Alberto João Jardim, que é o primeiro e único responsável pelo buraco financeiro da Madeira", recordando que o combate por esta fiscalização começou há muito tempo, pelos anteriores deputados do BE, Paulo Martins e Guida Vieira.


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