quinta-feira, 11 de julho de 2013

POEMAS DE NICOLAU SANTOS


Bem bonitos estes poemas do Nicolau Santos.
 
 
No livro "Jacarandá e Mulemba":

"Bilhete de identidade

Nasci branco de segunda
Calcinhas ou kaluanda
Nasci com os pés no mar
em São Paulo de Loanda

Brinquei de pé descalço
Em poças de águas castanhas
Tive lagartas da caça
Não escapei às matacanhas

Comi manga sape-sape
Fruta-pinha tamarindo
Mamão a gente roubava
No quintal do velho Zindo

Pirolito que pega nos dentes
Baleizão, paracuca
E carrinhos de rolamentos
Numa corrida maluca

Tinha o Gelo, tinha a Biker
Miramar e Colonial
O Ferrovia, o Marítimo
Chás dançantes no Tropical

O N'Gola era só ritmo
O Liceu uma lenda
Kimuezo e Teta Lando
E os Ases do Prenda

Havia velhas que fumavam
E velhos com ar de sábio
Enquanto novas músicas
Se insinuavam na rádio

"E a cidade é linda
É de bem querer
A minha cidade é linda
Hei-de amá-la até morrer"

Quem não estudou no Salvador?
Quem não se lembra do Videira?
E das garinas de bata branca
Nossas colegas de carteira?

Depois havia o Kinaxixe
Futebol era nos Coqueiros
Havia praias, um mar quente
Savanas imensas, imbondeiros

E havia o som do vento
O cheiro da terra molhada
As chuvas arrasadoras
O fogo das queimadas

E havia todos os loucos
Do progresso e da guerra
A Joana Maluca, o Gasparito
A desgraça daquela terra

Nasci branco de segunda
Calcinha ou kaluanda
Nasci com os pés no mar
Em São Paulo de Loanda"
 
 
Outro poema lindo no livro "Aroma de pitangas num país que não existe":

"Com África no peito

E vamos andando
com África no peito

Já passaram três décadas
e há 7200 quilómetros de distância
mas não perdemos o jeito
...
Basta um merengue, um funaná,
uma morna, uma coladera

Basta um cheiro tropical
caju fresco, manga, mamão
óleo de dendém, jindungo

E lá vem África de novo

A África que nos entrou
pelos cinco sentidos
pelos sete buracos
da nossa cabeça

Pelo cheiro a terra molhada
pelo som da batucada
pelo sabor da muambada

Pela visão desse pôr-do-sol avermelhado
que não há em mais nenhum lado

E pelo meu olhar que segue
a tua pele negra de ébano

Por muita Europa que nos cerque
Há uma África que vive
e resiste
dentro de nós"
 
 

MOÇAMBIQUE - SÉRGIO VIEIRA PRECONIZA A ELIMINAÇÃO (SAVIMBIZAÇÃO) DE DLAKHAMA




Sérgio Vieira insinua a eliminação (Savimbização) de Dlakhama


Do Rovuma ao Maputo não existe quem esteja indiferente com a
possibilidade de recomeço do terrorismo contra as pessoas e os bens
que tanto custam a criar e a recriar.

Nos mercados, nas bancas, nos chapas, nas conversas de amigos ou de
família, nos jornais o tema dominante que se levanta centra sobre o
recomeço da guerra, o reacender das mortandades.

Depois dos ataques contra um quartel que guarnecia um paiol, de se
metralhar um machimbombo e camiões, de se declarar que se encerrava a
comunicação a partir do Rio Save, nenhuma pessoa se sente tranquila
por mais que não pretenda ir por via terrestre para a Zambézia, Tete,
Nampula, Sofala, Niassa, Manica, Cabo Delgado.

Várias vezes por dia me interpelam sobre o que se deve fazer, sobre o
que penso, sobre como sair desta ameaça de um novo pesadelo.Já li, vi
e ouvi as mais diversas opiniões na comunicação escrita, na rádio e na
TV. De um modo geral todos alvitram sobre a necessidade de diálogo.

Venho-me interrogando sobre o diálogo, e pergunto com quem, para quê?
Como se dialoga com um facínora que vos aponta uma arma e quer a nossa
bolsa? Que diálogo se fez com o Niquinha, quando aterrorizava a
população da Matola? Como se tranquilizaram as gentes?

 Ficaram satisfeitas apenas quando viram o cadáver do meliante que
assaltava, mandava as mulheres cozinhar antes de as violar.

Nestes últimos tempos surgiram novos Niquinhas, encapuçados de
lutadores pela democracia, aprendida com os ultracolonialistas que os
geraram nos campos dos GE, GEP e Flechas, amamentados por Smith e
tutelados pelo “apartheid”.Para pôr termo às carnificinas fomentadas
por estes criminosos lá se dialogou com eles, lá se movimentaram boas
vontades das igrejas, do Islão, dos diplomatas.

À força de muitos e muitos milhões de dólares ofertados pelo antigo
patrão daLonrho, da ONUMOZ, das mais diversas embaixadas ocidentais e
do erário público, lá se arrefeceram os ardores canibalescos do nosso
Niquinha.

Por uns tempos, infelizmente. Na verdade tudo ele delapida, no álcool,
nas mulheres, na droga, nas loucuras das suas andanças. Queixa-se e,
em público, a esposa que não dá dinheiro para a casa, para os filhos,
protestam os seus guarda-costas, baptizados de Guarda Presidencial, de
nada receberem.

Claro, tudo o vento da loucura levou. E agora?Vamos ameaçar com novas
guerras. Vamos cortar o país. Vamos matar motoristas, camponeses,
passageiros de comboios e machimbombos, viva os Niquinhas e as
cedências aos meliantes!Devemos aprender a experiência dos nossos
irmãos angolanos que tudo fizeram para acomodar o seu Niquinha
nacional.

Fizeram acordos sobre acordos, criaram governos com a participação dos
demais partidos mesmo na oposição, incluindo do Niquinha. Só
resolveram depois de integrar os chefes dos apoiantes do Niquinha,
isolaram-no e então, já foragido de tudo e todos, besta isolada,
abateram-no, quizumba ferida.

A polícia deteve e bem um pretenso brigadeiro não sei se Piripiri, se
Malagueta bem intragável, que leu um comunicado a declarar que
encerrava as comunicações terrestres a partir do Save e a circulação
dos comboios e viaturas no centro do país. Repetição do Pereira das
cancelas.Prendeu e bem. Ameaças seguidas ainda por cima de factos, de
mortes, merecem cadeia.

Há que perguntar aos apaniguados que por aí andam se apoiam ou não os
crimes de terrorismo, as carnificinas, as ameaças de dividir o país.
Há deputados na Assembleia da República, nas Assembleias Provinciais,
nos municípios, há representantes partidários por toda a parte que se
devem dissociar da infâmia, ou assumi-la, largando os mandatos e
desfrutando as comodidades das cadeias. A Procuradoria deve agir e não
fazer política, perante o crime.

Há que seguir a lição angolana. Integrar os que não desejam continuar
como fora da lei, querem participar na vida do país, como empresários,
artesãos, camponeses, como actores da vida política. No seu seio
existem talentos que se podem aproveitar e fomentar para o bem de
Moçambique.

Haverá mesmo que fazer algum sacrifício e, embora não produtores de
petróleo e diamantes como Angola, criar-se um Fundo para Paz,
financiado pelo erário público, por donativos das gentes e empresas,
como outrora se fez com o Banco de Solidariedade. Ofertemos donativos
para a Paz, organizemos uma gestão idónea para haver bons resultados.

Este seria um banco servindo a reintegração dos filhos desviados. De
algum modo estaríamos a premiar os maus comportamentos, mas
pouparíamos sangue e destruições.Dialogue-se com quem mostra sensatez,
desejo genuíno de se integrar na sociedade, como produtores, como
agentes políticos, como cidadãos respeitadores da Constituição, da
Lei, dos bons costumes e da paz.

Para os recalcitrantes, na sequência, há que seguir o exemplo
angolano, depois de isolados do grosso, caçá-los e savimbizá-los.Pela
paz assente na seriedade e com quem a deseja na realidade e não está a
extorquir-nos a vida e os bens, que deseja viver tranquilamente, o meu
abraço,Sérgio VieiraP.S.

Qualquer atacante sabe que guardas e sentinelas pelo frio da madrugada
tendem a adormecer. Qualquer comandante sabe que o inimigo ataca
quando se dorme. Então como explicar as sete mortes no ataque e
pilhagem dos paióis?Claro que não existem maus soldados. O mau comando
transforma os melhores em péssimos. O mau comando fez agora sete
mortos.

Abraço as sanções e corrigir-se o desleixo,SVR.

P.S. Parece-me que voltamos à época colonial quando Roma só designava
estrangeiros como bispos em Moçambique.Não existem sacerdotes
católicos e moçambicanos com méritos para dirigirem as nossas
dioceses? Para quê então tantos seminários e estágios e formações fora
do país?Vivem os nossos sacerdotes no pecado, ou caracterizam-se por
uma burrice inata à raça?
Abraço respeito pela moçambicanidade,SV

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA CONFUNDIU TUDO E TODOS

É pior a emenda do que o soneto

11/07/13 00:35 | António Costa
IN JORNAL ECONÓMICO

Cavaco Silva conseguiu fazer o que parecia impossível depois dos últimos dez dias de crise política em que o País está mergulhado, acrescentou mais confusão e incerteza, tão desnecessária e inexplicável como a que foi criada por Paulo Portas e Pedro Passos Coelho.
O Presidente da República passou para o centro da decisão política em Portugal da pior forma, sem assumir as responsabilidades que deveriam ser suas, e ‘matou' este Governo. Só falta saber quando é o enterro e, a partir de agora, quanto mais tarde for, pior.
Em primeiro lugar, a proposta do Presidente da República é clara, mas pelas piores razões, e contraditória nos termos. E não agrada a ninguém. Cavaco Silva tem razão quando diz que o País vive momentos de excepção e que as eleições antecipadas, agora, teriam consequências absolutamente nefastas. Aliás, os primeiros 12 minutos de uma intervenção que durou quase 20 foram suficientemente claros do ponto de vista das consequências económicas e financeiras para assustar os portugueses sobre o que está em causa.
Depois da crise da última semana, Portugal ficou mais perto do segundo resgate, por responsabilidade exclusiva do próprio Governo, os mercados, e os credores, deixaram saber que não estavam dispostos a acreditar na capacidade do Estado português de cumprir os compromissos que assumiu com a ‘troika'. Os juros implícitos na dívida pública dispararam e a PSI20 deu um trambolhão. Felizmente, como Portugal tem o seu financiamento assegurado em 2013, o segundo resgate só se colocaria em 2014. Mas ficaram os avisos. A crise aproximou-nos desta novo resgate e de mais austeridade.
Ora, a solução política apresentada por Passos Coelho e Paulo Portas, necessariamente forçada e que suscita legítimas, para dizer o mínimo, dúvidas de credibilidade, era um mal-menor, precisamente para evitar o desastre que Cavaco Silva identifica. E para levar o País até Julho de 2014, quando termina o acordo com a ‘troika' que está agora em vigor. Mereceu, por isso, até o apoio explícito dos líderes europeus nos últimos dias.


Cavaco Silva disse que o Governo está em funções, mas deixou saber que não o quer, pelo menos não quer os seus líderes. E quer o PS e António José Seguro, que, sabe Cavaco, não quer apoiar ou integrar nenhuma solução sem eleições imediatas. Justiça seja feita, foi o PS o único dos partidos do arco de Governo a fazer uma declaração clara sobre a intervenção do Presidente. Sem a retórica vazia do PSD e do CDS. Mas Cavaco desresponsabiliza-se de assumir uma opção, não assume uma decisão e espera que outros o façam, por si, ou não o façam, e sejam responsabilizados por isso.
Perante a análise política do Presidente da República, só poderia haver uma de duas soluções: eleições antecipadas em Setembro, com os riscos que o próprio identificou, ou a manutenção deste Governo em verdadeira plenitude de funções, para cumprir o memorando da ‘troika'.
A terceira saída para esta crise - que vai ter seguramente consequências já a partir de hoje nos mercados - é a escolhida por Cavaco, a que se depreende da proposta de Cavaco, ou seja, um Governo de iniciativa presidencial. Mas, mesmo que os partidos do governo aceitem ‘correr' com Passos e Portas, o que está longe de ser certo, como é que é possível admitir que um Governo sem legitimidade política pode cumprir um memorando tão exigente e aguentar em funções até Junho de 2014?
Cavaco Silva não gosta destes líderes do PSD e do CDS, estará, até, legitimamente, zangando com a forma como foi destratado em todo este processo. Mas a sua resposta é a pior solução para o País e tenta ser a melhor solução para si, para salvar a sua posição. Mas engana-se, porque, a partir de agora, deixará também de ter o apoio do PSD e do CDS. De uma assentada, Cavaco acabou com este Governo, que deixou de ter condições para exercer as suas funções, acabou com a réstia de apoio que tinha e fragilizou o País e o regresso aos mercados.

PROTESTOS NAS GALERIAS DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Parlamento

Protesto nas Galerias pede "demissão" do Governo

por H.T. com Lusa
IN DIÁRIO DE NOTÍCIAS
 10 comentários

Protesto nas Galerias pede "demissão" do Governo
Polícia teve de expulsar um grupo de manifestantes que gritou "Demissão, Demissão!" nas Galerias da Assembleia da República. Presidente da AR, Assunção Esteves, exigiu "respeito" e admitiu rever as regras de acesso ás galerias.
"Fascismo nunca mais, 25 de Abril sempre!" e "Demissão, Demissão!" gritou-se nas Galerias da Assembleia da República. Um grupo de uma centena de manifestantes interrompeu o debate no Parlamento que incluía as alterações na Função Pública, entre outras propostas.
Depois de atirarem balões, cartões amarelos e vermelhos sobre as bancadas parlamentares, os manifestantes gritaram "demissão já" durante cerca de dez minutos, após o que foram retirados do hemiciclo pela polícia.
Após a saída dos manifestantes, Assunção Esteves dirigiu-se aos deputados para afirmar: "Não fomos eleitos para ter medo. Para ser coagidos. E também não fomos eleitos para não ser respeitados". E acrescentou que "provavelmente teremos de reconsiderar as regras de acesso às galerias".
Os manifestantes estiveram nas bancadas desde o início dos trabalhos, pelas 15:00, e começaram a manifestar-se após o fim da intervenção do secretário de Estado da Admnistração Pública, Hélder Rosalino, e quando o secretário de Estado da Energia, Artur Trindade, iniciava a sua intervenção.

VAMOS "PEGAR" O GOVERNO!


O DISCURSO DO PRESIDENTE: GOVERNO A PRAZO

Remodelação ignorada e Governo a prazo


por JOÃO MARCELINO
IN DIÁRIO DE NOTÍCIAS




O Presidente da República (PR) protagonizou ontem um discurso surpreendente, complexo, que teve uma parte fácil de entender e outra que se presta a todas as especulações. Pelo meio, deixou muitas perguntas, e apreensões, sem resposta.
O mais significativo destes 15 minutos que vão marcar a vida pública portuguesa durante alguns meses foi o deliberado e ostensivo silêncio sobre a recomposição do Governo depois da "irrevogável" demissão da Paulo Portas. Para isso, nem uma palavra! O Governo está em funções - porque nunca apresentou a demissão - e ponto. Esta secura, extrema, tem um significado brutal: Cavaco Silva não põe a mão por baixo da solução de recurso encontrada por Pedro Passos Coelho e Paulo Portas. Apenas vai ter de conviver com ela!... A conclusão surge óbvia: o PR não acredita na convicção que gera a remodelação a que brevemente poderá ter de dar posse e, sobretudo, não esquece a crise infantil dos últimos dias.
Este discurso, depois de três dias em que ficou claro que o PR também não delega competências nem abdica dos seus timings de audição da sociedade portuguesa, marca um distanciamento em relação aos protagonistas que chefiam o Governo - e que ficaram a saber, tendo os portugueses por testemunhas, que só não haverá eleições porque elas, no entender do PR, seriam dramáticas para o País neste momento.
O Governo pode até acabar por cumprir a legislatura, mas fica claro que, pelo PR, está a prazo e com data marcada: junho, coincidindo com o final do programa de ajustamento assumido com a troika. Até lá, Cavaco Silva promete empenhar-se na concretização de um acordo de salvação nacional, para matérias bastante precisas, que inclua o PS junto à atual maioria. E aqui está um erro: por muito que PCP (mais os seus "Verdes") e BE se autoexcluam sistematicamente de participar em soluções para os problemas da sociedade portuguesa, não faz sentido que um Presidente que gostaria de ser de todos os portugueses decrete assim a marginalização de cerca de 18% do eleitorado. Um compromisso nacional não deveria, à partida, excluir quem quer que fosse.
Este discurso do PR vai ficar na história dos seus mandatos. E ainda é cedo para conseguir prever todas as suas implicações.

ARRUADA EM SETÚBAL - LIVRARIA CULSETE - DIA 15 DE JULHO, ANTÓNIO OLIVEIRA E CASTRO

CONVIDO-VOS A APARECER, NO PRÓXIMO DIA 15 DE JULHO(18H30M), FRENTE À LIVRARIA CULSETE-SETÚBAL, PARA FALARMOS SOBRE "TAMBWE-A UNHA DO LEÃO".

E LER POESIA.

E CONVERSARMOS.

NÃO SE ACANHE!

POR ENQUANTO, A CONVERSA É GRÁTIS.

terça-feira, 9 de julho de 2013

ANGOLA- ALINE FRAZÃO - "TANTO"


ZAMBIA-GUY SCOTT VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Zâmbia: Michael Sata nomeia um branco (Guy Scott) para vice-Presidente da República  

Vice Presidente da RepúblicaNa Zambia

Guy Scott, filho de imigrantes britânicos no que era chamado de Rodésia do Norte (Zâmbia) acredita que a sua nomeação, semana passada, para o cargo de vice-presidente do país, poderá abrir caminho a que outros países africanos sigam o exemplo e que se reconciliem com a sua história colonial e ultrapassem o preconceito racial.
Acredita-se que Scott seja o primeiro homem de raça branca a ocupar tão alto cargo num governo africano desde o fim do apartheid na África do Sul, em 1994.
Scott ganhou por esmagadora maioria no seu círculo eleitoral, mês passado, e daí ser nomeado vice-presidente pelo Presidente Michael Sata.
Na sua primeira entrevista internacional, Scott disse que “sempre suspeitei que a Zâmbia está a passar de uma condição pós-colonial para de cosmopolita. A mentalidade das pessoas estão a mudar. Já não cruzam os braços a pensar o que é que estava mal no colonialismo”.
A uma pergunta sobre se ele consegue imaginar um vice-presidente branco no Zimbabwe, Scott disse que “nós estamos independentes desde 1964 e talvez estejamos bem mais adiantados no jogo de ‘perdoar e esquecer’. Não penso que o racismo tenha mais tempo de duração no Zimbabwe. Talvez esta seja uma lição que vai ser imitada por outros países em África.”
(RM/AIM)
 

BRASIL - O FIM DE LULA E DILMA?

O Fim de Lula e Dilma: Escândalo Bilionário na Petrobras é Maior que o Mensalão

 
 
Lula e Dilma
A compra da refinaria de Pasadena, no Texas, pela Petrobras é o grande escândalo que o PT vinha abafando, mas acabou chegando ao Tribunal de Contas da União e com largas chances de aterrissar na Justiça Criminal.
No início de 2005 a refinaria Pasadena Refining System, de Pasadena, no Texas, foi adquirida pela empresa belga Astra Oil Company, pela quantia de US$ 42,5 milhões; em setembro de 2006 a Astra alienou à Petrobras 50% da refinaria mediante o pagamento de US$ 360 milhões, ou seja, vendeu metade da refinaria por mais de oito vezes o que pagara pela refinaria inteira, um ano e meio antes. Não seria de estranhar, por conseguinte, que a Astra Oil Co. pretendesse vender os 50% que permaneciam no seu patrimônio.
Ocorre que, por desentendimentos cuja natureza ignoro, a Astra ajuizou ação contra a Petrobras e nela a Petrobras teria sido condenada e, mercê de acordo extrajudicial, pagou à Astra US$ 820 milhões, pondo fim ao litígio.
O estranho negócio, que causou prejuízo de pelo menos US$ 1 bilhão à empresa e seus acionistas, tem como protagonistas pessoas muito próximas a Lula e, sob a ótica do escândalo, tem todos os ingredientes necessários para superar com folga o Mensalão do PT.
No olho do furacão estão Guido Mantega, ministro da Fazenda e atual presidente do Conselho de Administração da Petrobras; José Sérgio Gabrielli de Azevedo, ex-presidente da estatal petrolífera e atualmente secretário no governo Jaques Wagner; Almir Guilherme Barbassa, diretor financeiro da empresa e presidente da Petrobras International Finance Co., a caixa de Pandora da empresa; Nestor Cerveró, diretor financeiro da BR Distribuidora; e Alberto Feilhaber, funcionário da Petrobras durante duas décadas e há alguns anos trabalhando na Astra Oil, uma das empresas do grupo que atraiu a Petrobras para a refinaria de Pasadena e depois largou a bomba nas mãos dos brasileiros.
Sérgio Gabrielli e Lula
O escândalo ganha contornos maiores e mais perigosos porque à época do negócio, que pode acabar em tribunal de Nova York a pedido de investidores internacionais, a presidente do Conselho de Administração da Petrobras era Dilma Rousseff, que posicionou-se contra o projeto apresentado por José Sérgio Gabrielli, seu desafeto, mas que por imposição de Lula foi obrigada a aceitar o negócio.
Com um terço do seu valor corroído nos últimos três anos e enfrentando sérios problemas de fluxo de caixa, inclusive com direito a atraso no pagamento de fornecedores, a Petrobras vem assustando o mercado financeiro, cujos analistas apostam em um rombo de alguns bilhões de dólares na estatal.
Esse crime em termos de governança corporativa que o PT cometeu na Petrobras é infinitamente mais danoso do que a eventual privatização da empresa. Acontece que nenhum ser humano minimamente lógico e dotado de inteligência, a ponto de ser guindado a cargos de direção em uma empresa como a Petrobras, aceita um negócio lesivo, como a compra da refinaria texana, sem que haja um plano diabólico por trás.
O Ministério Público Federal (MPF) já se debruça sobre o preâmbulo de uma ação que investigará casos concretos de superfaturamento em contratos firmados pela Petrobras durante a gestão de José Sérgio Gabrielli.
Na mira do MPF também estão outros escândalos envolvendo a Petrobras, como o da Gemini, empresa através da qual governo brasileiro repassou, não de graça, o monopólio de produção e comercialização de gás natural liquefeito (GNL) a uma companhia norte-americana.

FILHOS DO 25 DE ABRIL - OPINIÃO

UMA OPINIÃO
Não confio na minha geração nem para se governar a si própria. E temo pela que se segue. 
Filhos do 25 de Abril

26/04/2013 | 00:02 | Dinheiro Vivo 

A geração que fez o 25 de Abril era filha do outro regime. Era filha da ditadura, da falta de liberdade, da pobre e permanente austeridade e da 4.ª classe antiga.
Tinha crescido na contenção, na disciplina, na poupança e a saber (os que à escola tinham acesso) Português e Matemática.
A minha geração era adolescente no 25 de Abril, o que sendo bom para a adolescência foi mau para a geração.
Enquanto os mais velhos conheceram dois mundos – os que hoje são avós e saem à rua para comemorar ou ficam em casa a maldizer o dia em que lhes aconteceu uma revolução – nós nascemos logo num mundo de farra e de festa, num mundo de sexo, drogas e rock & roll, num mundo de aulas sem faltas e de hooliganismo juvenil em tudo semelhante ao das claques futebolísticas mas sob cores ideológicas e partidárias. O hedonismo foi-nos decretado como filosofia ainda não tínhamos nem barba nem mamas.
A grande descoberta da minha geração foi a opinião: a opinião como princípio
 2
e fim de tudo. Não a informação, o saber, os factos, os números. Não o fazer, o construir, o trabalhar, o ajudar. A opinião foi o deus da minha geração. Veio com a liberdade, e ainda bem, mas foi entregue por decreto a adolescentes e logo misturada com laxismo, falta de disciplina, irresponsabilidade e passagens administrativas.
Eu acho que minha geração é a geração do “eu acho”. É a que tem controlado o poder desde Durão Barroso. É a geração deste primeiro-ministro, deste ministro das Finanças e do anterior primeiro-ministro. E dos principais directores dos media . E do Bloco de Esquerda e do CDS. E dos empresários do parecer – que não do fazer.
É uma geração que apenas teve sonhos de desfrute ao contrário da outra que sonhou com a liberdade, o desenvolvimento e a cidadania. É uma geração sem biblioteca, nem sala de aula mas com muita RGA e café. É uma geração de amigos e conhecidos e compinchas e companheiros de copos e de praia. É a geração da adolescência sem fim. Eu sei do que falo porque faço parte desta geração.
Uma geração feita para as artes, para a escrita, para a conversa, para a música e para a viagem. É uma geração de diletantes, de amadores e amantes. Foi feita para ser nova para sempre e por isso esgotou-se quando a juventude acabou. Deu bons músicos, bons actores, bons desportistas, bons artistas. E drogaditos. Mas não deu nenhum bom político, nem nenhum grande empresário. Talvez porque o hedonismo e a diletância, coisas boas para a escrita e para as artes, não sejam os melhores valores para actividades que necessitam disciplina, trabalho, cultura e honestidade; valores, de algum modo, pouco pertinentes durante aqueles anos de festa.
Eu não confio na minha geração nem para se governar a ela própria quanto mais para governar o país. O pior é que temo pela que se segue. Uma geração que tem mais gente formada, mais gente educada mas que tem como exemplos paternos Durão Barroso, Santana Lopes, José Sócrates, Passos Coelho, António J. Seguro, João Semedo e companhia. A geração que aí vem teve-nos como professores. Vai ser preciso um milagre. Ou então teremos que ressuscitar os velhos. Um milagre, lá está.

Pedro Bidarra

Publicitário, psicossociólogo e autor
Escreve à sexta-feira
Escreve de acordo com a antiga ortografia

OS NOVOS BANCOS DE PAULO PORTAS E MARIA LUÍS


COM TANTOS REFORMADOS A JOGAR ÀS CARTAS NOS BANCOS DOS JARDINS, OS MINISTROS ESPERAM, COM ESTE MÉTODO TÃO CRUEL COMO QUALQUER OUTRO, ARRECADAR RECEITAS SUBSTANCIAIS.
 

PORTUGAL MARAVILHOSO - AS PEDRAS PARIDEIRAS


AS MELHORES PEGAS


O RETRATO DE UM FILHO DA PUTA


A FALTA DE VERGONHA DO POLÍTICO IRREVOGÁVEL QUE JÁ NÃO O É

 
1. Apresentei hoje de manhã a minha demissão do Governo ao primeiro-ministro.
2. Com a apresentação do pedido de demissão, que é irrevogável, obedeço à minha consciência e mais não posso fazer.

3. São conhecidas as diferenças políticas que tive com o ministro das Finanças. A sua decisão pessoal de sair permitia abrir um ciclo político e económico diferente. A escolha feita pelo primeiro-ministro teria, por isso, de ser especialmente cuidadosa e consensual.

4. O primeiro-ministro entendeu seguir o caminho da mera continuidade no Ministério das Finanças. Respeito mas discordo.

5. Expressei, atempadamente, este ponto de vista ao primeiro-ministro, que, ainda assim, confirmou a sua escolha. Em consequência, e tendo em atenção a importância decisiva do Ministério das Finanças, ficar no Governo seria um acto de dissimulação. Não é politicamente sustentável, nem é pessoalmente exigível.

6. Ao longo destes dois anos protegi até ao limite das minhas forças o valor da estabilidade. Porém, a forma como, reiteradamente, as decisões são tomadas no Governo torna, efectivamente, dispensável o meu contributo.

7. Agradeço a todos os meus colaboradores no Ministério dos Negócios Estrangeiros a sua ajuda inestimável que não esquecerei. Agradeço aos meus colegas de Governo, sem distinção partidária, toda a amizade e cooperação.

 

POEMA DE BOCAGE PARA OS POLÍTICOS DESTE PAÍS

O DISCURDO DO FILHO-DA-PUTA


 
 
Do Livro o Discurso do Filho-da-Puta de Alberto Pimenta :

I
o pequeno filho-da-puta
é sempre
um pequeno filho-da-puta;
mas não há filho-da-puta,
por pequeno que seja,
que não tenha
a sua própria
grandeza,
diz o pequeno filho-da-puta.
no entanto, há
filhos-da-puta
que nascem grandes
e
filhos-da-puta
que nascem pequenos,
diz o pequeno filho-da-puta.
de resto,
os filhos-da-puta
não se medem aos palmos,
diz ainda
o pequeno filho-da-puta.
o pequeno
filho-da-puta
tem uma pequena
visão das coisas
e mostra em
tudo quanto faz
e diz
que é mesmo
o pequeno filho-da-puta.
no entanto,
o pequeno filho-da-puta
tem orgulho em
ser
o pequeno filho-da-puta.
todos
os grandes filhos-da-puta
são reproduções em
ponto grande
do pequeno filho-da-puta,
diz o pequeno filho-da-puta.
dentro do
pequeno filho-da-puta
estão em ideia
todos os grandes filhos-da-puta,
diz o pequeno filho-da-puta.
tudo o que é mau
para o pequeno
é mau
para o grande filho-da-puta,
diz o pequeno filho-da-puta.
o pequeno filho-da-puta
foi concebido
pelo pequeno senhor
à sua imagem e
semelhança,
diz o pequeno filho-da-puta.
é o pequeno
filho-da-puta
que dá ao grande
tudo aquilo de que ele
precisa
para ser o grande filho-da-puta,
diz o pequeno filho-da-puta.
de resto,
o pequeno filho-da-puta vê
com bons olhos
o engrandecimento
do grande filho-da-puta:
o pequeno filho-da-puta
o pequeno senhor
Sujeito Serviçal
Simples Sobejo
ou seja, o pequeno filho-da-puta.
 
II
o grande filho-da-puta
também em certos casos começa
por ser
um pequeno filho-da-puta,
e não há filho-da-puta,
por pequeno que seja,
que não possa
vir a ser
um grande filho-da-puta,
diz o grande filho-da-puta.
no entanto, há
filhos-da-puta
que já nascem grandes
e
filhos-da-puta
que nascem pequenos,
diz o grande filho-da-puta.
de resto,
os filhos-da-puta
não se medem aos palmos,
diz ainda
o grande filho-da-puta.
o grande
filho-da-puta
tem uma grande
visão das coisas
e mostra em
tudo quanto faz
e diz
que é mesmo
o grande filho-da-puta.
por isso
o grande filho-da-puta
tem orgulho em
ser
o grande filho-da-puta.
todos
os pequenos filhos-da-puta
são reproduções em
ponto pequeno
do grande filho-da-puta,
diz o grande filho-da-puta.
dentro do
grande filho-da-puta
estão em ideia
todos os
pequenos filhos-da-puta,
diz o grande filho-da-puta.
tudo o que é bom
para o grande
não pode
deixar de ser igualmente bom
para os pequenos filhos-da-puta,
diz o grande filho-da-puta.
o grande filho-da-puta
foi concebido
pelo grande senhor
à sua imagem e
semelhança,
diz o grande filho-da-puta.
é o grande
filho-da-puta
que dá ao pequeno
tudo aquilo de que ele
precisa
para ser o pequeno filho-da-puta,
diz o grande filho-da-puta.
de resto,
o grande filho-da-puta vê
com bons olhos
a multiplicação
do pequeno filho-da-puta:
o grande filho-da-puta
o grande senhor
Santo e Senha
Símbolo Supremo
ou seja, o grande filho-da-puta.
Alberto Pimenta

HOMENAGEM A NELSON MANDELA

Bacalhôa Vinhos de Portugal
Out of Africa

Convite
Inauguração

11/07/2013
5.ª feira
19h00



O Comendador Berardo, a Associação de Colecções e a Bacalhôa
Vinhos de Portugal, têm a honra de convidar V. Exa. para
a inauguração
das seguintes exposições: Out of Africa – Homenagem a Nelson
Mandela;
What a Wonderful World! – Art Nouveau, Art Deco e Cerâmica
 Bordalo Pinheiro, e O Azulejo Português do Século XVI ao Século XX,
 no dia 11 de Julho, quinta-feira, às 19h00, nas instalações da
Bacalhôa Vinhos de Portugal, Azeitão.

Out of Africa é uma exposição, que tem como objectivo
fundamental
homenagear o Honorável, e para sempre Presidente,
Nelson Mandela!
Um homem que ofereceu a vida ao serviço da Humanidade,
considerado
 internacionalmente o mais importante líder, Pai da Pátria da
moderna
nação sul-africana, Nobel da Paz e, eterno exemplo de mudança
para um
 Mundo melhor e mais justo. Através de diversas colecções
africanas
etnográficas e obras contemporâneas, associo-me ao Cosmos, que de
diversas maneiras, glorifica o homem com um sorriso inimitável!
Devo confessar que, ao longo da minha vida, tenho tido o privilégio de
conhecer pessoas admiráveis, em todas as esferas, mas não posso deixar
 de confidenciar, que Nelson Mandela foi, muito provavelmente, a
personalidade
que mais me marcou, emocional e espiritualmente. O seu espírito
de luta,
a sua força, o seu amor e o seu “Longo Caminho para a Liberdade”
são tocáveis e jamais esquecíveis. Como sabem, adoro África e,
sempre que
posso regresso, é uma verdadeira história de amor! É a pátria do
meu coração
e a terra onde se pára para brindar à vida!

What a Wonderful World! É uma passagem para um
ambiente de glamour
 e perfeição. É deixar-se levar pela Art Nouveau e Art Deco,
é deixar-se
cativar pela euforia dos Anos Loucos; é deixar-se circundar pelas cores
brilhantes e tons metálicos. É viajar por uma época de prosperidade e
liberdade,
 mas é sobretudo participar num momento de felicidade,
deixando-se contagiar
 pela mensagem de paz e esperança, imortalizada na voz de
Louis Armstrong.
Mas a viagem continua, desta feita pela mão do génio português
Rafael Bordalo Pinheiro,
 pai da personagem intemporal, o afamado Zé Povinho, que
permanecendo vivo e actual
continua, ainda hoje, a agitar consciências, falando em nome de
todos aqueles
 que normalmente não têm voz. Foi através da criatividade e
imaginação que
 expandiu uma admirável produção cerâmica, ficando
definitivamente consagrado.
A este artista irreverente se deve a ascensão da Cerâmica Caldense
 a um lugar de
notoriedade no panorama nacional e internacional.

O Azulejo Português do Século XVI ao Século XX, quase que
dispensa
 apresentações, pois tem sido através desta arte que mais se
tem expressado
 a criatividade e o génio artístico português no plano das artes
ornamentais,
cujos artistas e artífices têm sabido tirar partido das características de
flexibilidade,
utilidade e durabilidade deste material, jogando sempre com os seus
valores cromáticos
e o efeito de luz, em articulação com os locais onde é aplicado.
Utilizada de forma
exuberante e sem par em qualquer país da Europa, a azulejaria,
que proliferou durante
 mais de cinco séculos em Portugal, acabou por se transformar
numa autêntica
contribuição do nosso país para o património cultural e artístico mundial.
Esta,
é outra das minhas paixões e que começou nos bancos da escola
com a imagem de
um cavaleiro, que até hoje me acompanha na vida!

Espero – e desejo – que todas estas obras, artistas, mestres
desconhecidos,
génios, líderes mundiais, vos possam transportar para uma
atmosfera de paz,
vendo mundos para além do Mundo. Welcome to the Twilight Zone…

J.M.R. Berardo

Presidente
 

 Newsletter em PDF
Bacalhôa Vinhos de Portugal
Estrada Nacional 10
Vila Nogueira de Azeitão
2925-901 Azeitão
Portugal
T. +351 21 219 80 60
F. +351 21 219 80 66


Convite válido para duas pessoas
Confirmação obrigatória, até 9 de Julho de 2013,
para os seguintes números :


91 654 84 98
E-mail: enoturismo@bacalhoa.pt






Ana Leitão
91 654 65 21

Madalena Biancard