quarta-feira, 28 de agosto de 2013

UM NOVO IRAQUE? CARLA DEL PONTE, MEMBRO DAS NAÇÕES UNIDAS AFIRMA QUE OS REBELDES USAM ARMAS QUÍMICAS



Carla Del Ponte, a member of the UN Independent Commission of Inquiry on Syria, said that testimony gathered from casualties and medical staff indicated that the nerve agent sarin was used by rebel fighters.
http://www.independent.co.uk/news/world/middle-east/uns-carla-del-ponte-says-there-is-evidence-rebels-may-have-used-sarin-in-syria-8604920.html



ANTÓNIO BORGES, UM HOMEM IMPLACÁVEL QUE DESPREZAVA OS QUE MORRIAM DE FOME.

BAPTISTA-BASTOS

António Borges

por BAPTISTA-BASTOSHoje



No mesmo dia em que o Governo retirava o rendimento social a 136 mil pessoas; em que decrescia o número de alunos no básico, no secundário e nas universidades - nesse mesmo dia morreu, com um cancro no pâncreas, António Borges, um dos mais ortodoxos doutrinadores portugueses do neoliberalismo. Um homem implacável na aplicação das convicções ideológicas e indiferente às consequências que essas aplicações implicavam. Borges era partidário da redução de salários para equilíbrio da economia; do corte substancial de funcionários públicos; da diminuição do papel interventivo do Estado; das privatizações; do aumento das horas de trabalho; da entrega "faseada" da Educação, da Saúde, da Segurança Social porque entendia, e dizia-o, verbi gratia, que o sector privado era melhor gestor do que o público.
Sublinhava a opinião de que os portugueses viviam acima das possibilidades; de que estavam habituados a que a Nação suportasse a sua inércia histórica e a colectiva e tradicional ausência de criatividade e de "empreendedorismo"; e, enfim, de que precisávamos de mão de ferro para ser governados. De passagem, e num fórum público, declarou, irado, que os empresários não concordantes com estas sábias conclusões eram "ignorantes" e irremediavelmente condenados ao purgatório da História.

Frio nas decisões, os "objectivos" é que determinavam e, de certo modo, justificavam e explicavam este homem que não cultivava a pieguice, e em cujo vocabulário as locuções "compaixão" e "bondade" estavam ausentes. Segundo António Borges, a democracia existe para se adaptar às exigências da economia, e nunca o contrário, e a questão dos direitos culturais e sociais constitui um pormenor insignificante. A preservação das diversidades é uma pretensão, um pouco tola, de um humanismo serôdio, que se não compadece com as aspirações e as reclamações dos "novos tempos." E que são esses "novos tempos"? O todo humano é muito mais do que uma forma definível de contrato celebrado entre as partes envolventes. E as elites estão sempre no topo de qualquer definição de relações sociais, determinando o que julgam melhor para os outros.
O próprio António Borges exemplificou e personalizou a forma e o conteúdo nefastos, digamos assim, dos conceitos doutrinais de que era cruel paladino. Acaso mais rígido e áspero do que Vítor Gaspar, nunca se retractou nem abdicou, como aquele o fez, dos erros e dos maus compromissos advogados com obstinação e fé, e que tantos malefícios nos têm causado. Transmitiu esses ideais a Passos Coelho, numa concepção tão absurda como perigosa do mundo e do capitalismo. Pouco importa que o trabalho seja deliberadamente desprezado, pois esse "desprezo" corresponde à separação dos diferentes níveis económico, político, social e cultural prescritos pela prática do neoliberalismo.
António Borges foi, até ao fim, António Borges.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

LÁGRIMA DE PRETA- ANTÓNIO GEDEÃO


LUIS PASTOR-TRIBUTO A ZECA AFONSO


OS VAMPIROS, DE NOVO


ARMAS QUÍMICAS: EM QUEM ACREDITAR, NOS AMERICANOS OU NOS SÍRIOS?

TAMBÉM SADAM HUSSEIN TINHA ARMAS DE DESTRUIÇÃO MASSIVA NO IRAQUE E DEPOIS VERIFICOU-SE QUE BUSH E SEUS ALIADOS MENTIAM.

HOJE, O VIETNAME, O IRAQUE, A LÍBIA E O AFEGANISTÃO, SÃO MAUS EXEMPLOS DE GUERRAS PRECIPITADAS AO SERVIÇO DA AMBIÇÃO E DA IDEOLOGIA.

QUEM É CAPAZ DE ATIRAR A PRIMEIRA PEDRA?

Síria vai defender-se com "meios surpreendentes"


por Lusa, publicado por Luís Manuel CabralHoje71 comentários

Síria vai defender-se com "meios surpreendentes"
Fotografia © Khaled al-Hariri - Reuters
O ministro dos Negócios Estrangeiros sírio, Walid Mouallem, afirmou hoje que, em caso de ataque militar ocidental, o país se vai defender, com meios de defesa que vão surpreender o mundo.

"Temos duas opções: a rendição, ou a defesa, com os meios de que dispomos. A segunda alternativa é a melhor", declarou, numa conferência de imprensa em Damasco.
"Atacar a Síria não é um assunto menor. Temos meios de defesa que vão surpreender", acrescentou.
Em declarações à imprensa, o chefe da diplomacia síria criticou quem quer atacar o país sem apresentar, na opinião de Walid Mouallem, a menor prova sobre a alegada existência de armas químicas.
Vários países ocidentais disseram já apoiar uma resposta contra o regime de Bashar al-Assad, em reação ao alegado ataque com armas químicas, a 21 de agosto, nos arredores de Damasco. O porta-voz do primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou que o Reino Unido está a estudar planos para uma possível ação militar.
De acordo com organizações não-governamentais, mais de 300 pessoas morreram no ataque.
Walid Mouallem advertiu que um ataque ocidental não irá afetar a campanha militar do Governo contra os rebeldes.
"Se pensam impedir assim a vitória das nossas forças armadas, enganam-se", disse.
"Estamos a ouvir os tambores da guerra ao nosso redor. Se querem desencadear uma agressão contra a Síria, penso que utilizar o álibi das armas químicas não é muito exato. Desafio-os a mostrarem provas", declarou.
O chefe da diplomacia síria considerou que um eventual ataque militar ocidental contra o país seria do interesse de Israel e da rede terrorista Al-Qaida.
"O esforço de guerra dos Estados Unidos e aliados vai servir os interesses de Israel e, em segundo lugar, da Frente Al-Nosra", um grupo de combatentes armados, que luta ao lado dos rebeldes sírios, e aliado da Al-Qaida, sublinhou.

Kerry afirma que Damasco utilizou armas químicas


por A.C.M.Ontem50 comentários

Kerry afirma que Damasco utilizou armas químicas
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, garantiu hoje não ter dúvidas sobre a utilização de armas químicas na Síria na passada semana, considerando tratar-se de "uma indecência moral" perante a qual os responsáveis devem responder. "Foram utilizadas armas químicas na Síria. É inegável", afirmou Kerry aos jornalistas, numa intervenção proferida em Washington.
O responsável pela diplomacia americana classificou como "indecência moral" o recurso a armas químicas no ataque que terá causado mais de mil mortos a 21 de agosto, de acordo com as informações da oposição ao regime de Bachar al-Assad.
John Kerry, sem especificar um responsável, afirmou que "o Presidente Obama considera que aqueles que usam as armas mais atrozes contra as populações mais vulneráveis do planeta, terão de ser responsabilizados".
John Kerry não mencionou qualquer cenário de uma operação militar contra o regime de Assad.
Anteriormente, a Casa Branca desmentira as informações do diário britânico The Daily Telegraph, em que o jornal referia que Washington e Londres preparavam uma operação militar comum contra o regime sírio, a muito curto prazo.

UTILIZAR ARMAS QUÍMICAS SÓ É CRIME QUANDO USADAS PELO INIMIGO?
 
CIA ajudou Saddam Hussein a gazear tropas iranianas
 
 
                

          
 
"Foreign Policy" cita documentos que mostram colaboração dos EUA em ataques químicos nos anos 80
A descoberta de que o Irão se preparava para aproveitar uma lacuna na estratégia de defesa iraquiana para atacar o Iraque levou os EUA a ajudarem o regime de Saddam Hussein a lançar um ataque químico contra as forças iranianas em 1988.
A revista "Foreign Policy" disse ontem ter tido acesso a documentos confidenciais da CIA em que é provado que os EUA denunciaram a localização das tropas iranianas ao Iraque sabendo que seria levado a cabo um ataque com armas químicas, nomeadamente gás sarin, um agente químico letal que actua sobre o sistema nervoso, e gás mostarda.
Com recurso a imagens de satélite, mapas e informação obtida pela secreta americana, as tropas iraquianas levaram a cabo quatro ataques químicos distintos no início de 1988 que ajudaram a inclinar a guerra a favor do regime de Saddam, a trazer o Irão à mesa de negociações e a garantir que a aposta de Ronald Reagan na vitória iraquiana não saía furada.
Segundo a revista americana, esses ataques foram os últimos de uma série de ofensivas do Iraque com recurso a armas químicas apoiadas pela administração de Reagan até hoje nunca assumidas pelos EUA.
"Os iraquianos nunca nos disseram que pretendiam usar gás sarin", disse ontem Rick Francona, coronel da Força Aérea dos EUA na reforma que era adido militar em Bagdade nesse ano. "Não tinham que dizer. Nós já sabíamos", acrescentou.
Segundo os documentos da CIA e entrevistas a funcionários como Francona, a revista diz ter apurado que os EUA tinham provas de que o exército iraquiano usava armas químicas desde 1983. Já nessa altura o Irão alegava ataques químicos ilegais, tendo tentado abrir um processo contra o Iraque na ONU que não chegou a acontecer por falta de provas. Até agora, a CIA recusou os contactos da "Foreign Policy" para comentar a notícia.

CAVACO SILVA NÃO É PRESIDENTE DE TODOS OS PORTUGUESES

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Bombeiros profissionais indignados com silêncio de PR face a mortes

O presidente da Associação de Bombeiros Profissionais considerou hoje “muito justa a indignação” dos bombeiros “face ao descuido” do Presidente da República na apresentação de condolências às famílias e corporações dos bombeiros que morreram este ano.
MARIO CRUZ/LUSA
MARIO CRUZ/LUSA
“Há um descuido do Presidente da República perante o que aconteceu”, afirmou Fernando Curto em declarações à Lusa, comparando a atuação de Cavaco Silva perante a morte do economista António Borges e dos três bombeiros que este ano faleceram no combate aos incêndios.
Desde domingo que a página do Facebook do Presidente da República está a ser inundada de mensagens de pessoas indignadas com a alegada falta de reconhecimento do chefe de Estado aos bombeiros que este ano perderam a vida.
“De facto, após a morte do Dr. António Borges, houve logo esse procedimento, não estamos contra as ações e as condolências que o Sr. Presidente da República endereça, os bombeiros portugueses estão é contra o facto de não terem visto nenhuma referência aos camaradas que morreram, nomeadamente à Rita [Pereira], e aos que ainda estão no hospital entre a vida e a morte”, disse.

TURQUIA - CIDADE SUBTERRÂNEA DE DERINKUYU