sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Prisao VS Trabalho


No caso de teres algumas ideias baralhadas sobre estes dois ambientes,
isto deve ajudar a tornar as coisas um bocadinho mais claras !!!

NA PRISÃO Passas a maior parte do tempo numa cela de 3x3 metros.NO TRABALHO Passas a maior parte do temponum cubículo de 2x2 metros
NA PRISÃO Tens três refeições por dia completamente grátis.
NA PRISÃO Tens assistência médica e dental GRÁTIS NO TRABALHO Tens uma pausa para uma refeição, que tens que pagar.
NO TRABALHO Tens um seguro de saúde (que sai doteu salário) e que pode ou NÃO cobriros tratamentos de que precisas
NA PRISÃO Reduzem-te o tempose te portares bem. NO TRABALHO Dão-te mais trabalhose te portares bem.
NA PRISÃO O guarda fecha e abreas portas para ti. NO TRABALHO Muitas vezes tens um cartãode acesso e tens que abrire fechar as portas tu mesmo.
NA PRISÃO Podes ver TVe jogar o que quiseres. NO TRABALHO Podes ser despedido por ver TVe jogar no computador.
NA PRISÃO Tens uma retrete privativa. NO TRABALHO Tens que partilhar a retretecom gente que mija no assento.
NA PRISÃO Autorizam-te a recebera visita da tua família e amigos. NO TRABALHO Nem sequer admitemque fales com a tua família.
NA PRISÃO Todas as despesassão pagas pelos contribuintese não tens que trabalhar.NO TRABALHO Tens que pagar as despesas parair para o trabalho e deduzem taxasao teu salário para pagaros custos das prisões.
NA PRISÃO Passas o tempodentro das grades à espera de sair. NO TRABALHO Passas o tempo querendo sair e ir para a prisão.
NA PRISÃO Tens que aturar vigilantes sádicos. NO TRABALHO ...chamam-lhes directores.

Rosa Lobato Faria




Aos 77 anos, depois de uma semana de internamento num hospital privado. Foi colaboradora (dizendo poesias) de David Mourão-Ferreira em programas literários da televisão. Autora, entre outros, dosromances Flor do Sal, A Trança de Inês, Romance de Cordélia, OPrenúncio das Águas, ou mais recentemente A Estrela de Gonçalo Enes(ed. Quasi). Publicamos aqui a 'autobiografia' que escreveu para o JL há dois anos.
Autobiografia.
Quando eu era pequena havia um mistério chamado Infância. Nuncatínhamos ouvido falar de coisas aberrantes como educação sexual,política e pedofilia. Vivíamos num mundo mágico de princesasimaginárias, príncipes encantados e animais que falavam. A pior pessoaque conhecíamos era a Bruxa da Branca de Neve. Fazíamos hospitais paraas formigas onde as camas eram folhinhas de oliveira e não comíamos àmesa com os adultos. Isto poupava-nos a conversas enfadonhas eincompreensíveis, a milhas do nosso mundo tão outro, e deixava-noslivres para projectos essenciais, como ir ver oscilar os agriões nosregatos e fazer colares e brincos de cerejas. Baptizávamos as árvores,passeávamos de burro, fabricávamos grinaldas de flores do campo.Fazíamos quadras ao desafio, inventávamos palavras e entoávamosmelodias nunca aprendidas.
Na Infância as escolas ainda não tinham fechado. Ensinavam-nos coisasinúteis como as regras da sintaxe e da ortografia, coisas traumáticascomo sujeitos, predicados e complementos directos, coisas imbecis comoverbos e tabuadas. Tinham a infeliz ideia de nos ensinar a pensar e asurpreendente mania de acreditar que isso era bom.Não batíamos na professora, levávamos-lhe flores.
E depois ainda havia infância para perceber o aroma do suco das maçãstrincadas com dentes novos, um rasto de hortelã nos aventais, aangustia de esperar o nascer do sol sem ter a certeza de que viria(não fosse a ousadia dos pássaros só visíveis na luz indecisa daaurora), a beleza das cantigas límpidas das camponesas, o fulgor daspapoilas. E havia a praia, o mar, as bolas de Berlim. (As bolas deBerlim são uma espécie de ex-libris da Infância e nunca mais na vidahouve fosse o que fosse que nos soubesse tão bem).
Aos quatro anos aprendi a ler; aos seis fazia versos, aos noveensinaram-me inglês e pude alargar o âmbito das minhas leiturasinfantis. Aos treze fui, interna, para o Colégio. Ali havia muitasraparigas que cheiravam a pão, escreviam cartas às escondidas, esonhavam com os filmes que viam nas férias. Tínhamos a certeza de queo Tyrone Power havia de vir buscar-nos, com os seus olhos morenos,depois de nos ter visto fazer uma entrada espampanante no salão debaile onde o Fred Astaire já nos teria escolhido para seu par ideal.
Chamava-se a isto Adolescência, as formas cresciam-nos como asnecessidades do espírito, música, leitura, poesia, para mim sobretudoliteratura, história universal, história de arte, descobrimentos e oCamões a contar aquilo tudo, e as professoras a dizerem, aplica-te,menina, que vais ser escritora.
Eram aulas gloriosas, em que a espuma do mar entrava pela janela, amúsica da poesia medieval ressoava nas paredes cheias de sol, ay eucoitada, como vivo em gran cuidado, e ay flores, se sabedes novas,vai-las lavar alva, e o rio corria entre as carteiras e nelemolhávamos os pés e as almas.
Além de tudo isto, que sorte, ainda havia tremas e acentos graves.Mas também tínhamos a célebre aula de Economia Doméstica de ondesaíamos com a sensação de que a mulher era uma merdinha frágil, semvontade própria, sempre a obedecer ao marido, fraca de espírito quenão de corpo, pois, tendo passado o dia inteiro a esfregar o chão compalha de aço, a espalhar cera, a puxar-lhe o lustro, mal ouvia a chavena porta havia de apresentar-se ao macho milagrosamente fresca,vestida de Doris Day, a mesa posta, o jantarinho rescendente, e nemuma unha partida, nem um cabelo desalinhado, lá-lá-lá, chegaste, meuamor, que felicidade! (A professora era uma solteirona, mais sonhadorado que nós, que sabia todas as receitas do mundo para tirar todas asnódoas do mundo e os melhores truques para arear os tachos de cobreque ninguém tinha na vida real).
Mas o que sabíamos nós da vida real? Aos 17 anos entrei para aFaculdade sem fazer a mínima ideia do que isso fosse. Aos 19 casei-me,ainda completamente em branco (e não me refiro só à cor do vestido).Só seis anos, três filhos e centenas de livros mais tarde é queresolvi arrumar os meus valores como quem arruma um guarda-vestidos.Isto não, isto não se usa, isto não gosto, isto sim, isto seguramente,isto talvez. Os preconceitos foram os primeiros a desandar, assim comotodos os itens que à pergunta porquê só me tinham respondido porquesim, ou, pior, porque sempre foi assim. E eu, tumba, lixo, se semprefoi assim é altura de deixar de ser e começar a abrir caminho àsgerações futuras (ainda não sabia que entre os meus 12 netos secontariam nove mulheres). Ouvi ontem uma jovem a dizer, a revoluçãoque nós fizemos nos últimos anos. Não meu amor: a revolução que NÓSfizemos nos últimos 50 anos. Mas não interessa quem fez o quê. Épreciso é que tenha sido feito. E que seja feito. E eu fiz tudo,quando ainda não era suposto. Quando descobri que ser livre eraacreditar em mim própria, nos meus poucos, mas bons, valores pessoais.
Depois foram as circunstâncias da vida. A alegria de mais um filho,erros, acertos, disparates, generosidades, ingenuidades, tudo muitobom para aprender alguma coisa. Tudo muito bom. Aprender é a palavrachave e dou por mal empregue o dia em que não aprendo nada. Aindaespero ter tempo de aprender muita coisa, agora que decidi que aBíblia é uma metáfora da vida humana e posso glosar essa descobertaaté, praticamente, ao infinito.
Pois é. Eu achava, pobre de mim, que era poetisa. Ainda não sabia queestava só a tirar apontamentos para o que havia de fazer mais tarde. Aganhar intimidade, cumplicidade com as palavras. Também escreviacrónicas e contos e recados à mulher-a-dias. E de repente, aos 63anos, renasci. Cresceu-me uma alma de romancista e vá de escrever dezromances em 12 anos, mais um livro de contos (Os Linhos da Avó) e seteou oito livros infantis. (Esta não é a minha área, mas não sei porquê,pedem-me livros infantis. Ainda não escrevi nenhum que me procurassecomo acontece com os romances para adultos, que vêm de noite ou quandovou no comboio e se me insinuam nos interstícios do cérebro, e meatiram para outra dimensão e me fazem sorrir por dentro o tempo todo eme tornam mais disponível, mais alegre, mais nova).
Isto da idade também tem a sua graça. Por fora, realmente, nota-semuito. Mas eu pouco olho para o espelho e esqueço-me dessa história daimagem. Quando estou em processo criativo sinto-me bonita. É como setivesse luzinhas na cabeça. Há 45 anos, com aquela soberba muitofeminina, costumava dizer que o meu espelho eram os olhos dos homens.Agora são os olhos dos meus leitores, sem distinção de sexo, raça,idade ou religião. É um progresso enorme.
Se isto fosse uma autobiografia teria que dizer que, perto dos 30,comecei a dizer poesia na televisão e pelos 40 e tais pus-me a fazerumas maluqueiras em novelas, séries, etc. Também escrevi algumasdestas coisas e daqui senti-me tentada a escrever para o palco, que éuma das coisas mais consoladoras que existem (outra pessoa diriagratificantes, mas eu, não sei porquê, embirro com essa palavra). Nãohá nada mais bonito do que ver as nossas palavras ganharem vida, esangue, e alma, pela voz e pelo corpo e pela inteligência dos actores.Adoro actores. Mas não me atrevo a fazer teatro porque não aprendi.
Que mais? Ah, as cantigas. Já escrevi mais de mil e 500 e é uma das coisas mais divertidas que me aconteceu. Ouvir a música e perceber oque é que lá vem escrito, porque a melodia, como o vento, tem uma almae é preciso descobrir o que ela esconde. Depois é uma lotaria. Ou mecantam maravilhosamente bem ou tristemente mal. Mas há que arriscar e,no fundo, é só uma cantiga. Irrelevante.
Se isto fosse uma autobiografia teria muitas outras coisas paracontar. Mas não conto. Primeiro, porque não quero. Segundo, porque sóme dão este espaço que, para 75 anos de vida, convenhamos, não é excessivo.Encontramo-nos no meu próximo romance.

David volta dos EUA para Itália


(Clicar p.f)

Portugal é assim

Agora que já votou com o coração,
Leia e pense com a cabeça.
Será verdade que, para assegurar o custo da exploração do TGV Lisboa - Madrid, é necessário que ele seja utilizado anualmente por 7.000.000 de passageiros, dispostos a pagarem 100,00 euros por viagem?
Dizem que os aviões de baixo custo cobram 30,00 euros e demoram menos tempo.

Este é o pensamento político que temos(em Portugal), está em todas:

Estádios de futebol, hoje às moscas,· TGV, · novo aeroporto, · nova ponte, · auto-estradas onde bastavam estradas com bom piso, · etc. etc.

A quem na verdade serve tudo isto? PORTUGUESES, LEIAM AS LINHAS SEGUINTES E PENSEM
A QUEM VAI SERVIR O TGV ...
1. AOS FABRICANTES DE MATERIAL FERROVIÁRIO ( alemães, franceses e espanhóis )2. ÀS CONSTRUTORAS DE OBRAS PÚBLICAS E .. CLARO as espanholas3. AOS BANCOS QUE VÃO FINANCIAR A OBRA ... Finanças internacionais
OS PORTUGUESES FICARÃO - UMA VEZ MAIS - ENDIVIDADOS DURANTE DÉCADAS
POR CAUSA DE MAIS UMA OBRA MEGALÓMANA! !

Experimente ir de Copenhaga a Estocolmo de comboio.Comprado o bilhete, dá consigo num comboio que só se diferencia dos nossos 'Alfa' por não ser tão luxuoso e ter menos serviços de apoio aos passageiros.
A viagem, através de florestas geladas e planícies brancas a perder de vista, demorou cerca de cinco horas.
Não fora conhecer a realidade económica e social desses países, daria comigo a pensar que os nórdicos, emblemáticos pelos superavites orçamentais, seriam mesmo uns tontos.
Se não os conhecesse bem perguntaria onde gastam eles os abundantes recursos resultantes da substantiva criação de riqueza.
A resposta está na excelência das suas escolas,· na qualidade do seu Ensino Superior, · nos seus museus e escolas de arte, · nas creches e jardins-de-infância em cada esquina, · nas políticas pró-activas de apoio à terceira idade.

Percebe-se bem porque não construíram estádios de futebol desnecessários, constroem aeroportos em cima de pântanos,· nem optam por ter comboios supersónicos que só agradam a meia dúzia de multinacionais.
O TGV é um transporte adequado a países de dimensão continental, extensos, onde o comboio rápido é, numa perspectiva de tempo de viagem/custo por passageiro, competitivo com o transporte aéreo.
É por isso que, para além da já referida pressão de certos grupos que fornecem essas tecnologias, só existe TGV em França ou Espanha (com pequenas extensões a países vizinhos).
É por razões de sensatez que não o encontramos na Noruega, na Suécia, na Holanda e em muitos outros países ricos.
Tirar 20 ou 30 minutos ao 'Alfa' Lisboa-Porto à custa de um investimento de cerca de 7,5 mil milhões de euros não trará qualquer benefício à economia do País.
Para além de que, dado ser um projecto praticamente não financiado pela União Europeia, ser um presente envenenado para várias gerações de portugueses que, com mais ou menos engenharia financeira, o vão ter de pagar.
Com 7,5 mil milhões de euros podem construir-se:
- 1000 (mil) Escolas Básicas e Secundárias de primeiríssimo mundo que substituam as mais de cinco mil obsoletas e subdimensionadas existentes (a 2,5 milhões de euros cada uma); - mais 1.000 (mil) creches (a 1 milhão de euros cada uma);- mais 1.000 (mil) centros de dia para os nossos idosos (a 1milhão de euros cada um).
E ainda sobrariam cerca de 3,5 mil milhões de euros para aplicar em muitas outras carências como, por exemplo, na urgente reabilitação de toda a degradada rede viária secundária.
Cabe ao Governo reflectir.
Cabe à Oposição contrapor.
Cabe-lhe a si Participar·

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A raça de um alentejano

Como é um alentejano?
É, assim, a modos que atravessado. Nem é bem branco, nem preto, nem castanho, nem amarelo, nem vermelho.... E também não é bem judeu, nem bem cigano. Como é que hei-de explicar?É uma mistura disto tudo com uma pinga de azeite e uma côdea de pão.
Dos amarelos, herdámos a filosofia oriental, a paciência de chinês e aquela paz interior do tipo "não há nada que me chateie"; dos pretos, o gosto pela savana, por não fazer nada e pelos prazeres da vida; dos judeus, o humor cáustico e refinado e as anedotas curtas e autobiográficas; dos árabes, a pele curtida pelo sol do deserto e esse jeito especial de nos escarrancharmos nos camelos; dos ciganos, a esperteza de enganar os outros, convencendo-os de que são eles que nos estão a enganar a nós; dos brancos, o olhar intelectual de carneiro mal morto; e dos vermelhos, essa grande maluqueira de sermos todos iguais.
O alentejano, como se vê, mais do que uma raça pura, é uma raça apurada. Ou melhor, uma caldeirada feita com os melhores ingredientes de cada uma das raças. Não é fácil fazer um alentejano. Por isso, há tão poucos.
É certo que os judeus são o povo eleito de Deus. Mas os alentejanos têm uma enorme vantagem sobre os judeus: nunca foram eleitos por ninguém, o que é o melhor certificado da sua qualidade.
Conhecem, por acaso, alguém que preste que já tenha sido eleito para alguma coisa?Até o próprio Milton Friedman reconhece isso quando afirma que «as qualidades necessárias para ser eleito são quase sempre o contrário das que se exigem para bem governar».E já imaginaram o que seria o mundo governado por um alentejano?

Era um descanso...

HOMENS, SEGUNDO VINÍCIUS DE MORAIS

Os Homens.
Os homens bons, são feios.
Os homens bonitos, não são bons.
Os homens bonitos e bons, são gays.
Os homens bonitos, bons e heterossexuais, estão casados.
Os homens que não são bonitos, mas são bons, não têm dinheiro.
Os homens que não são bonitos, mas que são bons e com dinheiro, pensam que só estamos atrás de seu dinheiro.
Os homens bonitos, que não são bons e são heterossexuais, não acham que somos suficientemente bonitas.
Os homens que nos acham bonitas, que são heterossexuais, bons e têm dinheiro, são covardes.
Os homens que são bonitos, bons, têm dinheiro e graças a Deus são heterossexuais, são tímidos e NUNCA DÃO O PRIMEIRO PASSO!Os homens que nunca dão o primeiro passo, automaticamente perdem o interesse em nós quando tomamos a iniciativa.
AGORA... QUEM NESSE MUNDO ENTENDE OS HOMENS?Moral da História:" Homens são como um bom vinho.
Todos começam como uvas, e é dever da mulher pisoteá-los e mantê-los no escuro até que amadureçam e se tornem uma boa companhia pro jantar "ENVIE ISTO PARA:MULHERES INTELIGENTES QUE PRECISEM DAR UMAS RISADAS...E PARA HOMENS CAPAZES DE LIDAR COM ISSO!'Mulheres existem para serem amadas, não para serem entendidas.'

Vinicius de Morais

Convite

Festa de Inverno no Espaço VOL, a 18 de Fevereiro, a partir das 21H30,
com um livro uma exposição e um concerto musical – Vemos, Ouvimos & Lemos.

Galardoado com o prémio literário José Saramago em 2009, João Tordo traz agora a Serpa o belíssimo romance As 3 Vidas, título que consolidou em definitivo este jovem autor no patamar maior das letras portuguesas. Trata-se de um livro envolvente que se passa entre o Alentejo e Nova Iorque e onde se procura responder à questão: quem é António Augusto Millhouse Pascal? Que segredos rodeiam a vida deste homem de idade, que se esconde do mundo num casarão de província, acompanhado de três netos insolentes, um jardineiro soturno e uma lista de clientes tão abastados e vividos, como perigosos e loucos? São estes os mistérios que o narrador, um rapaz de uma família modesta, vai procurar desvendar não podendo adivinhar que o emprego que lhe é oferecido por Millhouse Pascal se irá transformar numa obsessão que acabará por consumir a sua própria vida. Passando pelo Alentejo, por Lisboa e por Nova Iorque em plenos anos oitenta - época de todas as ganâncias - e, desvendando o passado turbulento do seu patrão - na Guerra Civil Espanhola e na Segunda Guerra Mundial -, As 3 Vidas é uma viagem de autodescoberta através do «outro». Cruzando a história sangrenta do século XX com a história destas personagens, este romance é também sobre a paixão do narrador por Camila, a neta mais velha de Millhouse Pascal, e sobre a procura pelo destino secreto que a aguarda; que estará, tal como o do seu avô, inexoravelmente ligado ao destino de um mundo que ameaça, a qualquer momento, resvalar da estreita corda bamba sobre a qual ela se sustém.João Tordo nasceu em Lisboa em 1975 num ambiente artístico. Filho do cantor Fernando Tordo e de Isabel Branco que sempre esteve ligada ao cinema e mais tarde à moda. Festa de Inverno no Espaço VOL em tons urbanos bem vincados pelas letras de João Tordo e também pelos arranjos de jazz electrónico e experimental do projecto Goran Titol, do compositor e livreiro André Ferreira (o André é o mentor da interessantíssima livraria “Ao Sabor da Leitura”, em Moura). Goran Titol editou em 2007 o seu primeiro álbum, “The Electric Salamander Days” e desde então tem trabalhado em conjunto com outros projectos experimentais e realizado sucessivos concertos. O próximo é a 18 de Fevereiro, no Espaço VOL. Nas paredes da Cafetaria e da Galeria de Arte do Espaço VOL vão estar dependuradas, entre 18 de Fevereiro e 14 de Março, inquietantes mas maravilhosas ilustrações de Ana Madureira. Que, para além do desenho, tem explorado caminhos no campo do teatro e da música. Actualmente investiga sobre o corpo na Formação Intensiva Acompanhada do CEM (Centro em Movimento), em Lisboa. Na Ilustração destacam-se a auto publicação das colecções cosido à mão (2003) e coração nas mãos (2009); a selecção para as Mostras Nacionais Jovens Criadores 2003, 2005, 2006, 2007 e 2009 e para a XIII Bienal de jovens artistas da Europa e Mediterrâneo, Puglia, Itália, 2008.

Os trabalhos mais recentes de Ana Madureira estão em alminhaldeia.blogspot.com