sexta-feira, 26 de julho de 2013

ACIDENTE FERROVIÁRIO NA GALIZA

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Portugal


Acidente como o ocorrido na Galiza seria quase “impossível” em Portugal
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“O freio de emergência actua caso o maquinista não o faça em tempo útil”, explica José de Almeida

Um acidente como o ocorrido esta quarta-feira na Galiza seria "praticamente impossível” de ocorrer em Portugal. Muitas das linhas ferroviárias portuguesas estão equipadas com um sistema de controlo automático de velocidade (CONVEL) que é automaticamente activado, tanto em casos de aviso de sinalização como de travagem, e que entra em funcionamento caso o maquinista não o faça em tempo útil.
O acidente em Espanha, cuja causa mais provável foi o excesso de velocidade, seria “praticamente impossível de acontecer em Portugal”, diz ao i José de Almeida, maquinista reformado da CP.
As composições em funcionamento em Portugal estão equipadas com um freio de emergência que entra em acção tanto em casos de aviso de sinalização ou de travagem.
“O freio de emergência actua caso o maquinista não o faça em tempo útil”, explica José de Almeida.
Contactado pelo i, um especialista ligado ao sector, que pediu o anonimato, confirma que "todos os comboios em Portugal têm frenagem de emergência, ou seja, nas linhas equipadas com controlo automático de velocidade (CONVEL), o freio de emergência actua mesmo quando o maquinista não o acciona".

Em Espanha, diz a mesma fonte, a Renfe usa um sistema semelhante, o ASFA, que à partida funcionaria como o CONVEL. Neste caso, "um comboio para reduzir de 240 km/h para 80 km/h precisa de ter um aviso na linha e no sistema, com alguns quilómetros de distância para poder reduzir a velocidade", explica o especialista.
Segundo o “El País”, o sindicato dos maquinistas espanhóis (Semaf) argumenta que a tragédia “podia ter sido evitada” se se tivesse optado por um sistema ERTMS, mais avançado e adaptado às linhas de alta velocidade, sendo capaz de controlar o comboio automaticamente em caso de excesso de velocidade, em vez do ASFA que dá o aviso mas não pára o comboio.
O maquinista do comboio acidentado na Galiza foi constituído arguido pelo juiz de instrução de Santiago de Compostela encarregado do caso, noticia hoje o jornal El País. Segundo o jornal, o condutor do comboio, Francisco José Garzón Amo, foi chamado a prestar declarações como arguido.
Depois do acidente, o maquinista manteve comunicações por rádio em que admitiu que ia a uma velocidade muito superior à permitida na curva onde ocorreu o acidente.
 

quinta-feira, 25 de julho de 2013

quarta-feira, 24 de julho de 2013

BRASIL, O GIGANTE ACORDOU. PARABÉNS!



OS VAMPIROS COMEM TUDO - JOSÉ AFONSO


MAIS UM DA GRANDE FORNADA DO PSD - A BIOGRAFIA DE RUI MACHETE OMITE A SUA LIGAÇÃO AO BPN

Biografia oficial omite ligação de Rui Machete ao BPN


Governo diz que da biografia constam apenas as funções públicas. É a segunda vez que uma biografia de um membro deste governo é omissa quanto a ligações ao BPN: o primeiro caso foi o de Franquelim Alves, secretário de Estado da Inovação e do Empreendedorismo.

Omissão de ligação ao BPN na biografia de Rui Machete Enric Vives-Rubio
 
 

A biografia do novo ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, enviada nesta terça-feira pelo gabinete do primeiro-ministro aos órgãos de comunicação social é omissa quanto à passagem do antigo presidente da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) pela Sociedade Lusa de Negócios.
O Governo justifica a ausência de qualquer referência às funções desempenhadas por Rui Machete na sociedade que detinha o Banco Português de Negócios (BPN) referindo que dessa biografia constam apenas funções públicas.
“O currículo público do dr. Rui Machete é aquele que foi divulgado”, disse ao PÚBLICO Rui Baptista, assessor do primeiro-ministro.

Rui Machete,
foi presidente ao longo de vários anos do Conselho Superior da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), a dona do Banco Português de Negócios (BPN), onde o Estado português injectou a fundo perdido cerca de 4 mil milhões de euros.
Na sua qualidade de então presidente da Fundação Luso-Americana, Rui Machete esteve ligado ao Banco Privado Português (BPP), onde foi membro também do Conselho Consultivo, e onde adquiriu cerca de 3% das acções, investimento que a FLAD perdeu quando o banco declarou falência.
O currículo oficial de Rui Machete enviado pelo Governo menciona os cargos governativos anteriormente desempenhados pelo novo MNE –foi nomeadamente ministro dos Assuntos Sociais, ministro da Justiça vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa – bem como funções parlamentares, passagens por instituições públicas como a FLAD ou o Banco de Portugal, currículo académico e actividade docente.

As únicas menções a cargos em empresas são a direcção do departamento jurídico da Companhia Portuguesa de Electricidade e depois da EDP.
Em declarações à Rádio Renascença, o coordenador do Bloco de Esquerda, João Semedo, disse tratar-se de uma “escolha de mau gosto”.
“Rui Machete foi, durante muitos anos, presidente do conselho superior do grupo BPN/SLN, teve uma posição de grande responsabilidade, muita proximidade ao que se verificou naquele grupo e que nós todos hoje sabemos, até porque estamos a pagar muitos milhões de euros que as fraudes sucessivas no grupo BPN/SLN  provocaram”, afirma João Semedo aquela rádio.
Segundo caso de omissão
É a segunda vez que dados biográficos relativos a ligações à SLN e ao BPN são omitidos da biografia oficial de um governante. Em Janeiro deste ano, a passagem do secretário de Estado da Inovação e do Empreendedorismo, Franquelim Alves, pela SLN fora também omitida da biografia oficial.
Em Fevereiro deste ano, Franquelim Alves explicou-se no Parlamento quanto à sua ligação ao banco, durante aproximadamente um ano, afirmando “ter sido a pior opção profissional da sua vida”
"Foi possivelmente a pior opção profissional da minha vida, não por ter algo a ver com o que se passou lá, mas por me ver confrontado com uma situação complexa. Saí, por minha mão, quando considerei que não tinha condições. Sinto-me um cidadão de pleno direito e não tenho nenhuma razão para não aceitar o convite que honrosamente me foi colocado", disse então aos deputados.




Novo ministro dos Negócios Estrangeiros com fortes ligações ao BPN e ao BPP


Na década de 2000, antes dos dois bancos serem intervencionados e alvo de investigações policiais, Rui Machete ocupou funções ao mais alto nível no BPN e no BPP.
                
                    

O novo Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, foi presidente ao longo de vários anos do Conselho Superior da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), a dona do Banco Português de Negócios (BPN), onde o Estado português injectou a fundo perdido cerca de 4 mil milhões de euros.
Na sua qualidade de ex-presidente da Fundação Luso-Americana, Rui Machete esteve ligado ao Banco Privado Português (BPP), onde foi membro também do Conselho Consultivo, e onde adquiriu cerca de 3% das acções, investimento que a FLAD perdeu quando o banco declarou falência. 
Rui Machete, ex-ministro da Defesa e ex-vice-primeiro-ministro de um governo do bloco central, na década de 80, desempenhou funções ao mais alto nível na SLN, estando à frente do Conselho Superior (onde estão representados os accionistas), um lugar que garante poder de “fiscalização”.
A holding detinha a totalidade do capital do BPN, que foi nacionalizado em Novembro de 2008. As averiguações que seriam posteriormente desencadeadas pelo Ministério Público e pelo Banco de Portugal confirmaram que para além dos problemas de liquidez, do excesso de imparidades, da falta de capital, das relações promíscuas entre gestores e accionistas, o banco tinha sido alvo, ao longo de vários anos, de uma mega fraude (existia, por exemplo, um banco virtual a funcionar nos moldes do BPN desconhecido do Banco de Portugal). Uma burla levada a cabo por gestores e accionistas, um caso de polícia.



A nacionalização do banco, liderado por Oliveira Costa, ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais de Cavaco Silva, teve repercussões políticas dado que até à intervenção estatal no BPN, ocuparam funções de destaque no grupo SLN/BPN personalidades com peso no PSD. Rui Machete, Daniel Sanches, ex-ministro de Santana Lopes, Dias Loureiro, ex-ministro da Administração Interna de Cavaco Silva e ex-Conselheiro de Estado, Duarte Lima, dirigente do PSD, e Arlindo Carvalho, ex-ministro da Saúde de Anibal Cavaco Silva, foram alguns dos nomes que se evidenciaram. Joaquim Coimbra, da direcção social-democrata, era um dos grandes accionistas da SLN. Já Cavaco Silva (e a filha) antes de se candidatar a Belém vendeu as acções da SLN a Oliveira Costa com um ganho de 350 mil euros.
Para além do BPN, Machete ocupava simultaneamente funções no Conselho Consultivo do BPP, liderado por Francisco Balsemão. Na qualidade de presidente da FLAD, Machete viabilizou a compra de cerca de 3% do capital da instituição financeira, fundada por João Rendeiro. Uma situação que gerou polémica com outra figura relevante do PSD, Mota Amaral, ex-presidente da Assembleia da República, a defender publicamente que o investimento foi ruinoso para a fundação (criada com verbas entregues pelos EUA ao abrigo do acordo sobre a concessão de facilidades militares nos Açores).
Na altura, Machete reagiu para garantir que a ligação ao BPP só deu lucro à FLAD. Mas a falência do BPP, que tem vários processos a correr em tribunal contra a ex-gestão presidida por João Rendeiro, implicou que os accionistas perdessem os valores investidos
 

A CONSPIRAÇÃO CONTRA O MINISTRO ÁLVARO

Assessor denuncia 'conspiração' contra Santos Pereira


por João Pedro Henriques



Às 12:00, João Gonçalves colocava um desabafo no Facebook que prenunciava a saída do ministro da Economia e que a atribuía a "interesses e negociatas". Segundo avança a SIC Notícias, o primeiro-ministro terá comunicado ontem a Álvaro Santos Pereira que não vai continuar no cargo.

Pelas 12:00, um assessor de Álvaro Santos Pereira, João Gonçalves, jurista, deixou no Facebook um desabafo que indiciava a remodelação do seu ministro, pondo-o à conta de uma conspiração entre "interesses e negociatas": "Desta vez não é o PR nem o PM que anunciam uma remodelação em primeira mão. São os interesses e as negociatas. Álvaro Santos Pereira - que comete o "crime" da independência - é removido por eles do Ministério da Economia e do Emprego. Boa tarde e boa sorte."
Informações não confirmadas oficialmente indicam que o seu sucessor será o dirigente centrista António Pires de Lima, presidente da Unicer (a fábrica da Superbock), uma mudança pela qual Paulo Portas há muito batalhava.

Álvaro, o ministro que trazia um calendário debaixo do braço


A era do ministro da Economia, desde sempre tido como remodelável, chegou ao fim.

 
Guardou os óculos na gaveta. Aparou barba e cabelo. Pediu que lhe chamassem Álvaro, simplesmente. Mas nunca conseguiu descolar-se da imagem de ministro remodelável que lhe impuseram desde cedo. O homem que trazia ideias frescas do outro lado do Atlântico, que se irritou com o desrespeito pelos emigrantes e que cedeu abertamente ao riso perante a edição de Junho do Borda d"Água, esteve sempre sentado numa cadeira com três pernas. Em parte, por culpa do colosso que lhe pediram para governar.
A proferia cumpriu-se agora, quase como inevitável perante a instabilidade política que as demissões de Vítor Gaspar e de Paulo Portas precipitaram. Álvaro Santos Pereira deixará para o seu sucessor muita papelada por resolver. Deixará também um gabinete com mobília que antes pertencia ao ex-secretário de Estado da Economia. Quando Almeida Henriques deixou o executivo, em Março, o ministro ficou-lhe, pelo menos, com a mesa de reuniões e algumas cadeiras.
Talvez não quisesse desfazer de imediato a preciosa ligação que tinha ao agora candidato a Viseu. Ligação essa que, pelo peso de Almeida Henriques dentro do PSD, lhe permitiu segurar durante algum tempo uma das pastas mais cobiçadas: a gestão dos fundos comunitários, que esteve quase a fugir para as mãos de Vítor Gaspar. Acabou por perdê-la, pouco depois, para o actual ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro.
A dúvida persiste. Será a saída de Santos Pereira fruto das circunstâncias ou das suas próprias circunstâncias? Ou de ambas? É que além dos fundos estruturais, o ministro, que até assumir o cargo era professor na Universidade Simon Fraser no Canadá, foi deixando que a sua tutela perdesse alguns órgãos vitais: as privatizações, o programa Impulso Jovem e, mais recentemente, o estatuto de portador de boas notícias na renegociação das PPP (um palco que também foi assumido por Poiares Maduro).

Álvaro é conhecido pela polidez de carácter e de humor, mas já há algum tempo deixou que o rótulo de remodelável se apoderasse dele. Começou por vir aguerridamente em defesa dos seus feitos, como inabalável defensor do país contra os interesses instalados. E, depois, deixou-se cair na tentação do que muitos, mesmo dentro do Governo, classificaram de "populismo", quando apresentou ao Parlamento uma medida para acabar com os carros e motoristas nos organismos e empresas públicas.
Outras ocasiões de amplitude semelhante colocaram os olhos do país no agora ex-ministro. Quando disse, um mês depois de tomar posse, que era tempo de "arregaçar as mangas e trabalhar, trabalhar, trabalhar". Quando em Novembro do mesmo ano pressagiou que "2012 certamente irá marcar o fim da crise". Ou quando, em Janeiro do ano passado, sugeriu a exportação de pastéis de nata.
Foi precisamente nessa altura que Santos Pereira conseguiu a maior vitória: o acordo de concertação social com a UGT e o patronato. O discurso, no entanto, coube ao primeiro-ministro. Outras bandeiras, como a reforma do IRC ou a venda da TAP, ficaram por hastear. Pelo meio, muita discórdia: a cobrança de portagens nas ex-Scut, a transferência dos contentores para a Trafaria e a escolha do irmão do presidente da Optimus para liderar a Autoridade da Concorrência são alguns exemplos. E, no final de contas, apontam-lhe como fracasso mais evidente a incapacidade de travar a escalada do desemprego.
O primeiro-ministro sempre saiu em defesa de Álvaro. Quando, ainda em Março de 2012, o ministro foi a São Bento de emergência por causa da polémica tentativa das Finanças de tomar de assalto os fundos comunitários e a remodelação parecia ser indiscutível, Passos Coelho disse: "Não tenciono prescindir dele." Os meses que passaram foram de uma tensão crescente na coligação, culminando no reforço de poderes do CDS e numa inevitável mudança na orgânica do Governo.
Santos Pereira tornou-se, afinal, prescindível. Desde que chegou a ministro, perdeu todos os secretários de Estado que o acompanharam na tomada de posse, à excepção de Sérgio Monteiro (dos Transportes). Quando a crise política rebentou, já estava fora. Em Berlim.
 

PEDRO PASSOS COELHO, O CADÁVER QUE ESTREBUCHA

O cadáver que estrebucha


por BAPTISTA-BASTOSHoje
DIÁRIO DE NOTÍCIAS



Para aonde vamos agora? A peregrina ideia do dr. Cavaco em criar o Compromisso de Salvação Nacional, expressão tão absurda quanto jerica, deu no que se esperava. E o resultado traduziu um modo de ver as coisas e de entender o mundo: imóvel, estático e extático. Sustentado por Belém, o dr. Passos Coelho, em Santa Maria da Feira, prometeu dias piores. Continuamos a não nos entender sobre o significado de expressões como História, movimento das ideias, conceitos de vida, de honra e de trabalho. O dr. Cavaco parecia aguardar que a tão falada ambiguidade de Seguro se traduzisse em pusilanimidade, numa espécie de fim sem fim que fizesse convergir duas ideologias, afinal não tão distantes uma da outra. Como se nada se questionasse, limitando tanto as doutrinas que todos concordassem com o tal "compromisso", carregando-o de um peso salvífico, que se opunha ao "pecado" no qual nos encontrávamos.
Não acredito na genuinidade nem na candura do dr. Cavaco. Admito mais a sua manha assaloiada, tantas vezes demonstrada e tantas vezes denunciada pelos factos. Em condições normais de cultura e de conhecimento ele nunca teria trepado a funções tão importantes na vida pública. Ou teria sido apeado logo-assim fossem reveladas as suas debilidades estruturais. É pior Presidente do que o foi Américo Thomaz.
Ao encenar este enternecedor "compromisso" sabia a soma: quais fossem as consequências, o Governo que aprova sairia do imbróglio, recauchutado ou não. Aceitaria Paulo Portas como este teria de aprovar Maria Luís Albuquerque e outros engulhos. A questão do carácter já se não coloca num Governo em que todos se olham de soslaio e rangem os dentes de raiva incontida.
Seguro foi empurrado para uma solução, não direi radical, mas concordante com aquilo que vinha a dizer há semanas. Pessoalmente, talvez estivesse mais atinente a outros balbucios, mas alguém o avisou de que poderia ser o coveiro definitivo do PS. Manuel Alegre divulgou, no jornal I, que Seguro lhe garantira não assinar o acordo; Mário Soares advertiu-o de que fraccionaria o partido; e José Sócrates, na RTP, insistiu na "verticalidade" do sucessor. Além de que o actual secretário-geral do PS é um homem do "sistema", claramente moderado e discretamente conservador. Na entrevista à SIC prometeu o indevido, questionado pela excelente Ana Lourenço, cuja doçura esconde a astúcia de grande perguntadora. O homem parece estar já inebriado pelos perfumes do poder e não conseguiu acautelar as palavras, que o acorrentam a responsabilidades insanas. Porque não é preciso ser a pitonisa de Delfos para se adivinhar que Pedro Passos Coelho e os seus são cadáveres sem disso se aperceber, e estrebucham, causando mais pena do que repulsa.
Continuo a perguntar e com perdão da enunciação feita: será António José Seguro o homem exacto para esta hora dramática da vida portuguesa?

MIGUEL RELVAS, O FILHO DO REGIME - A CRISE EM PORTUGAL NÃO É PARA TODOS

Relvas recebeu 14 mil euros de reforma

Ministro Miguel Relvas está reformado. Toda a história no CM.
CORREIO DA MANHÃ DE 24-7-2013

O ministro Adjunto já está reformado. Miguel Relvas, de 51 anos, optou por suspender a sua pensão quando aceitou integrar o Governo liderado por Passos Coelho, dando cumprimento à lei que impede a acumulação de salários com pensões aos titulares de cargos políticos.
A subvenção vitalícia de Relvas é de 2800 euros por mês. No ano passado, a Caixa Geral de Aposentações pagou mais de 14 mil euros ao ministro Adjunto a título de pensão vitalícia, um pagamento que foi suspenso quando tomou posse no actual Governo.
Miguel Relvas junta-se assim a Dias Loureiro, Armando Vara, António Vitorino e Zita Seabra no grupo de políticos que pediram a pensão vitalícia, uma regalia que terminou em Outubro de 2005.
Entretanto, o procurador-geral da República disse ontem que, caso haja ilícitos criminais ou documentos falsos no processo de licenciatura do ministro Adjunto, o Ministério Público terá de actuar. "Se houver ilícitos criminais, se houver documentos falsos, teremos de actuar. O resto, sobre a qualidade do ensino, é da responsabilidade do ministro da Educação" disse Pinto Monteiro, que confirmou que neste momento estão a ser analisados os documentos revelados pela Lusófona, e que a comunicação social tem divulgado, sobre o processo de licenciatura de Miguel Relvas em Ciência Política e Relações Internacionais.
Já o Ministério da Educação adiantou ontem que "em breve" será realizada uma auditoria à Universidade Lusófona, pela Inspecção-Geral da Educação (IGE). Em 2009, a Lusófona já tinha sido alvo de auditoria, no âmbito do plano de fiscalização da IGE.

segunda-feira, 22 de julho de 2013