sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Aguarelas de Nuno David

Aguarelas de Nuno David do romance TAMBWE A UNHA Do LEÃO de António Oliveira e Castro

MEMÓRIAS AFRICANAS NA RÁDIO SIM



  • Memórias africanas



  • Caros amigos,
    Nova entrevistas das Memórias Africanas, da Rádio Sim.
    António Oliveira Castro
    Ele nasceu numa missão no meio de África. Foi instrutor militar do MPLA que depois viria a persegui-lo. Ele lutou por um ideal, mas as suas ideias lutaram contra ele. Fugiu para Portugal e começou a escrever o que lhe ia na alma. São muitas memórias, com sofrimentos e alegrias. A sua família foi para África antes da primeira guerra mundial. Autor do livro "Tambwe, a unha do leão".
    Oiçam entrevista em www.recordarangola.com
    --
    Paulo Salvador
    Jornalista TVI
    site : www.recordarangola.com



    MISSÃO DO BONGO-LÉPI-ANGOLA-1957

    ANGOLA-LUANDA-ANTIGOS ALUNOS DA ECVF

    Amigo(a)s,

    Aqui vão umas fotos actuais de malta da ECVF (1964/68) que o Ângelo Nunes me enviou.

    Beijos e abraços

    Osvaldo Picoito

    As estas fotos são dum encontro que tivemos em Luanda. Neste mês de Novembro vamos homenagear a grande Professora Dra GINA, professora de educação física da formação feminina.


    Que estas fotos sirvam para cimentar a nossa amizade e mostrarmos que entre a malta da Vicente Ferreira, mesmo distantes uns dos outros nos mantemos sempre unidos.


    Foto 138 - Tó Oliveira, Luis Abegão, Victor Garcez, Maximino,Angélico Bonfim e Ângelo Nunes.
    Foto 139 - Jaime Gaspar Cohen.
    Foto 140 - Luis Abegão
    Foto 141 - Luis Garnacho (XILA) e Fernando IVO.
    Foto 143 - Maximino, Angélico, João de Barros (miúdo Chaves).
    Foto 144 - José Liberato Falcão Mestre.
    Foto 145 - Ângelo Nunes e Aires do Rosário.
    Foto 147 - José Ferreira Martins e Angélico.
    Foto 148 - Angélico Dias de Jesus Bonfim (Genja)
    Foto 150 - Luis Abegão
    Foto 151 - Ângelo
    Foto 152 - Aires
    Foto 157 - Luis Abegão e Xana (empregada de mesa do restaurante Tamariz)
    Foto 158 - Abegão, Xana e Xila

    ESCUTE E COMOVA-SE!

    SETÚBAL - FESTIVAL DE MÚSICA E CINEMA NO CONVENTO DE JESUS

    Rendez-Vous: as margens encontram-se em Setúbal

    O Festival acontece de 4 a 6 de Novembro, no Convento de Jesus. O bilhete diário custa seis euros
    Texto de Mário Lopes • 03/11/2011               


     O Rendez-Vous, em Setúbal, é um festival com raízes simbólicas antigas. Isto, porque, em 1979, a cidade acolheu um festival de jazz contemporâneo que se espalhou por vários locais e programou, por exemplo, um dueto de Evan Parker com Carlos Zíngaro.
    Mas este festival, a quem orgulha aquele seu antepassado, existe enquanto Rendez-Vous há três anos e está firmemente ancorado num presente que se deseja multifacetado. Anuncia-se como construtor de pontes artísticas: som e imagem entrecruzando-se e influenciando-se mutuamente. Por isso mesmo se lê no cartaz: “Rendez-Vous Festival, música e cinema”.
    Decorre entre sexta e domingo (4 a 6 de Novembro), no Convento de Jesus, e assume-se como espaço para os sons que emergem das margens da música popular urbana, entre a inspiração do jazz mais livre e o apelo libertário da electrónica amante dos bons efeitos do psicadelismo (e para cinema que a complementa).
    O bilhete diário custa seis euros, um passe para os dois dias, com bilhetes Lisboa-Setúbal-Lisboa incluídos, custa 20 euros. O cinema é gratuito.
    O Rendez-Vous Festival arranca com os Yong Yong de Rodolfo Brito e Francisco Silva (22h) e os Tropa Macaca (22h40), duo de André Abel (guitarrista dos Aquaparque) e da artista gráfica Joana Conceição (que se ocupa aqui da componente electrónica).
    Sábado, actuarão primeiro Marcia Bassett & Margarida Garcia, encontro entre a primeira, componente indispensável dos Double Leopards, mestres do drone, e o contrabaixo eléctrico da segunda, que conta no currículo com colaborações com, por exemplo, o baterista Chris Corsano (22h).
    Autoras do LP "The Well", actuaram recentemente na Galeria Zé dos Bois com as lendas do psicadelismo Bardo Pond. Depois do duo, surgirá às 22h40 o Carro do Fogo, super combo reunido em volta de Sei Miguel que representa um novo caminho, feérico, aberto no percurso do trompetista. Será a terceira apresentação em concerto d'O Carro de Fogo, formado, além de Sei Miguel, por Rafael Toral (oscilador), André Gonçalves (sintetizador), Pedro Gomes (guitarra), John Klima (baixo), César Burago (percussão) e Luís Desirat (bateria).
    Por fim, os Astral Social Club de Neil Campbell que, depois da Vibracathedral Orchestra, continuou um percurso de electrónica densa e de cadência hipnótica (da contemplação ao êxtase) que, no programa do festival, é definida, citando o jornalista Joe Muggs, como “música primitiva do século XXI, de elevação flamejante para sistemas nervosos complexos”.
    “Shadows”, de John Cassavetes
    Antes dos concertos, os filmes. Sexta, às 19h, “Permanent Vacation”, de Jim Jarmusch. A estreia em que o realizador se revelou enquanto resistente defendendo a contracultura – nem que seja de um homem só, amante do jazz de Charlie Parker – contra o perigoso tédio da formatação social.
    Sábado, passam “New York Stories: Life Lessons”, realizado em 1989 por Martin Scorsese (16h30), e esse “Dowtown 81” em que o artista plástico Jean-Michel Basquiat, sob o olhar do realizador Edo Bertoglio, se revela a si mesmo e às suas pulsões artísticas enquanto matéria de ficção (17h15).
    Por fim, o fundador “Shadows”, a primeira obra de John Cassavetes, que este resgatou à vida e ao “beat” de Nova Iorque, qual improviso jazz seguindo o rumo das personagens que a habitam. “Shadows” passa domingo, às 16h30. “Shadows” será o encerramento do festival, o acontecimento único do último dia. O jazz como inspiração fundamental para o cinema. Tendo em conta o espírito do Rendez-Vous Festival, será o fechar de ciclo perfeito.

    quinta-feira, 3 de novembro de 2011

    METAMORFOSE

    TAMBWE, UM ROMANCE DO REALISMO FANTÁSTICO

    CONVITE AOS SEGUIDORES DESTE BLOGUE:

    LEIAM "TAMBWE - A UNHA DO LEÃO"

    E PROMOVAM-NO JUNTO DOS VOSSOS CONTACTOS E AMIGOS.

    FICO ANTECIPADAMENTE GRATO.

    António Oliveira e Castro


    (Além de o poderem comprar nas livrarias podem encomendá-lo directamente a mim em ammhoc@hotmail.com)


    ILUSTRAÇÃO DE NUNO DAVID - 6º CAPÍTULO (LEÃO DA ABISSÍNIA) DO ROMANCE "TAMBWE-A UNHA DO LEÃO"

    TAMBWE - O NOVO ROMANCE DE ANTÓNIO OLIVEIRA E CASTRO
    À VENDA NAS LIVRARIAS DESDE O DIA 23

    OU PEÇA DIRECTAMENTE em www.gradiva.pt À EDITORA GRADIVA


    NOVO ROMANCE DE ANTÓNIO OLIVEIRA E CASTRO COM ILUSTRAÇÕES DE NUNO DAVID - Um livro de leitura compulsiva.
    Tambwe
    www.gradiva.pt
    De Lisboa a Luanda, seguindo por Paris e por bases aéreas bem guardadas na Rússia e na África do Sul, Tambwe é uma longa viagem sacudida por geografias contrastantes e pelos solavancos da descolonização e do fim da Guerra Fria. É também o percurso interior...
    ... Um livro de leitura compulsiva.Ver mais

    www.gradiva.pt
    Livraria Online da Editora Gradiva. Novidades, promoções, descontos substanciais sobre o preço de loja, entregas gratuitas em Portugal. Venda de livros através de servidor seguro para todo o Mundo. Disponíveis capítulos online para leitura

    DIARIAMENTE IREMOS PUBLICAR UMA ILUSTRAÇÃO, DAS 17 ILUSTRAÇÕES DE NUNO DAVID INCLUÍDAS NESTE ROMANCE

    CONVITE LANÇAMENTO DO LIVRO TAMBWE-A UNHA DO LEÃO

    OFFSHORE DA MADEIRA: COMO A COISA FUNCIONA.



    Sobre o OFFSHORE DA MADEIRA: Como a coisa funciona. Que vergonha. E nós ... a pagar a factura dos crimes “legais” da bandidagem! ...

    Absolutamente inacreditável. Não deixe de ver e indigne-se!!!

    JÁ ERAM CONHECIDAS AS ACTIVIDADES CRIMINOSAS DE ALGUMAS EMPRESAS...MAS ISTO É UMA AUTÊNTICA CAIXA DE PANDORA.

    http://videos.sapo.pt/eWAz6Td9P3spu7gln63Q

    1º MINISTRO PASSOS COELHO - BEST OF 2010-2011

    SABE COMO OS POLÍTICOS "FAZEM" O PREÇO DA ELECTRICIDADE?


    Vocês por acaso sabem o que pagam na factura da electricidade?
    Eu também fiz a mesma pergunta antes de saber o que andamos a pagar.
    Vejam, neste exemplo duma factura de cerca de 66,50 €.
    O que se paga:
    - 3,8 €, correspondentes a 6% do IVA (vamos passar a pagar 23%);
    - 4,5 €, correspondente a 7% de Taxa para a RDP e RTP (para que Malatos, Jorge Gabrieis, Catarinas Furtados e outros... possam receber 17.000 e mais €/mês;

    - 35,6 €, para subsídios vários, que correspondem a 53% do total da factura (em 2011 estes subsídios vários já atingiram 2.500 M€. Para não se perderem são dois mil milhões de Euros)

    - 22,6 € correspondente realmente ao EFECTIVO consumo efectuado, ou seja 34% do total da factura. Desta forma, apenas consumimos 22,6 € de electricidade, mas pagamos no total 66,50 €.

    Mas agora vamos ver o que são os subsídios vários, ou seja, os 53% do total da factura que pagamos, e que este ano já vão em 2.500 M€.

    Permaneçam sentados para não caírem de cu:

    - 3% são a harmonização tarifaria para os Açores e Madeira, ou seja, e um esforço que o país (TODOS NÓS) fazemos pela insularidade, dos madeirenses e açorianos, para que estes tenham electricidade mais barata. Isto é, NÓS já pagamos durante 2011, 75 M€ para aqueles ilhéus terem a electricidade mais barata!!!!!!!!!!!!!!!

    - 10% para rendas aos Municípios e Autarquias. Mas que merda vem a ser esta renda? Eu explico: a EDP (TODOS NÓS) pagamos aos Municípios e Autarquias uma renda sobre os terrenos, por onde passam os cabos de alta tensão. Isto é, TODOS NÓS, já pagamos durante 2011, 250 M€ aos
    Municípios e Autarquias por aquela renda.

    - 30% para compensação aos operadores. Ou seja, TODOS NÓS, já pagamos em 2011, 750 M€ para a EDP, Tejo Energia e Turbo Gás.

    - 50% para o investimento nas energias renováveis. Aqueles incentivos que o Sócrates deu para o investimento nas energias renováveis e que depois era descontado no IRS, também o pagamos. Ou seja, mais uns 1.250 M€.

    - 7% de outros custos incluídos na tarcifa, ou sejam 175 M€. Que custos são estes? São Custos de funcionamento da Autoridade da Concorrência, custos de funcionamento da ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Eléctricos), planos de promoção do Desempenho Ambiental da
    responsabilidade da ESE e planos de promoção e eficiência no consumo, também da responsabilidade da ERSE.

    Estão esclarecidos? Isto é uma vergonha. NÓS TODOS pagamos tudo!
    Pagamos para os açorianos e madeirenses terem electricidade mais barata, pagamos aos Municípios e Autarquias, para além de IMI's, IRS's, IVA's em tudo que compramos e outras taxas... somos sugados,
    chupados, dissecados...

     O lugar desta gente que criou estes esquemas para Mexias e companhia, ganharem ordenados chorudos e insultuosos para quem trabalha e vive honestamente era a cadeia. Mas infelizmente vivemos num país de mediocres, governado por ladrões que enchem os bolsos à custa do contribuinte.


    HUMOR EM TEMPO DE CRISE

    PARA OS NOSSOS POLÍTICOS MEDITAREM



    PARA MEDITAR E COMPARAR


    Quando José Dias Ferreira, bisavô de Manuela (Dias) Ferreira Leite, chegou a chefe do Governo em 1892, encontrou um país de "tanga", por força de elevados investimentos ferroviários e em estradas e portos.

    A dívida pública representava 81% do PIB e o défice orçamental era de 2%.

    Juntamente com o Ministro da Fazenda - Oliveira Martins, tio-bisavô do actual presidente do Tribunal de Contas, tomou medidas drásticas: subida de impostos, corte até 20% dos vencimentos dos funcionários públicos, suspensão de admissões no Estado, paragem das grandes obras, saída do padrão-ouro e desvalorização cambial.

    Durante dez anos, não foi possível recorrer a empréstimos no estrangeiro, dada a situação de bancarrota verificada.

    O desenvolvimento das infra-estruturas no "fontismo" baseou-se num modelo que se pode considerar como a génese das parcerias público-privadas. Eram concessões dadas a particulares que, muitas vezes, garantiam um determinado rendimento ao investimento e, se este ficasse abaixo desta garantia, havia compensação do Estado.

    Em 1892 o rei D. Carlos doou 20% (!) da sua dotação anual para ajudar o Estado e o País a sair da crise criada pelo rotativismo dos partidos (nada de novo, portanto).

    Se calhar foi por isso que, mais tarde, o mataram.

    Não se pode consentir que alguém dê, num país onde é costume tirar...

    O melhor, se calhar, é ter cuidado...


    O MEDO DA DEMOCRACIA



    O medo da Democracia
    por Manuel António Pina

    Bastou o primeiro-ministro grego anunciar que consultará o povo, através de referendo, sobre as novas e gravosas medidas de austeridade e perda total da soberania orçamental impostas ao país pelos "mercados" e seus comissários políticos em Bruxelas e nos governos de Berlim e Paris para cair a máscara democrática desta gente.

    Na pátria da Democracia, o Governo decide-se por um processo democrático básico e Sarkozy fica "consternado" e considera a decisão "irracional" enquanto alemães e FMI se mostram "irritados" e "furiosos" com ela. E Merkel e Sarkozy assinam um comunicado conjunto dizendo-se "determinados" a fazer com que a Grécia cumpra as suas imposições e lhes ceda o que ainda lhe resta de soberania; só lhes faltou acrescentar "queiram os gregos ou não queiram" e mobilizar a Wehrmacht e a "Force de Frappe"...

    Até Paulo Portas, ministro de uma coligação eleita com base em compromissos eleitorais imediatamente rasgados mal tomou posse, está "apreensivo".

    O medo que esta gente, que tanto fala em Democracia, tem da Democracia é assustador. Aparentemente, o projecto de suspensão da Democracia por 6 meses (ou por 48 anos) estará já em curso. Pinochet aplicou no Chile as receitas de Milton Friedman suspendendo sangrentamente a Democracia. Como é que "boys" de Chicago como Gaspar ou Santos Pereira, que chegaram a ministros sem nunca antes terem governado sequer uma mercearia, o fariam em Democracia?

    ZÂMBIA - GUY SCOTT NOMEADO PARA VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA

    Zâmbia: Michael Sata nomeia (Guy Scott) para vice-Presidente da República
    06/10/2011
    GuyScott_radiomocambique.jpeg

    Guy Scott, filho de imigrantes britânicos no que era chamado de Rodésia do Norte (Zâmbia) acredita que a sua nomeação, semana passada, para o cargo de vice-presidente do país, poderá abrir caminho a que outros países africanos sigam o exemplo e que se reconciliem com a sua história colonial e ultrapassem o preconceito racial.

    Acredita-se que Scott seja o primeiro homem de raça branca a ocupar tão alto cargo num governo africano desde o fim do apartheid na África do Sul, em 1994.

    Scott ganhou por esmagadora maioria no seu círculo eleitoral, mês passado, e daí ser nomeado vice-presidente pelo Presidente Michael Sata.

    Na sua primeira entrevista internacional, Scott disse que “sempre suspeitei que a Zâmbia está a passar de uma condição pós-colonial para de cosmopolita. A mentalidade das pessoas estão a mudar. Já não cruzam os braços a pensar o que é que estava mal no colonialismo”.

    A uma pergunta sobre se ele consegue imaginar um vice-presidente branco no Zimbabwe, Scott disse que “nós estamos independentes desde 1964 e talvez estejamos bem mais adiantados no jogo de ‘perdoar e esquecer’. Não penso que o racismo tenha mais tempo de duração no Zimbabwe. Talvez esta seja uma lição que vai ser imitada por outros países em África.”

    (RM/AIM)

    VISITE PORTUGAL



    The best film promoting country: / Die Förderung der besten Film-Land: Portugal)
    PORTUGAL PROMOTIONAL TOURISM FILM 2011 "PORTUGAL, THE BEAUTY OF SIMPLICITY". THIS FILM WON IN THE WARSAW Film, Art & Tourism Festival SECOND PLACE (OUT OF 220 FILMS) THE AWARD FOR: "The best film promoting country, region or city

    O filme de promoção turística "Portugal, the beauty of simplicity", foi premiado no sábado, dia 2 de Julho, na Polónia, no Film, Art & Tourism Festival.


    Produzido pela Krypton, foi distinguido em Varsóvia na categoria "The best film promoting country, region or city" com o segundo prémio, entre 220 filmes candidatos.

    O autor da música é Nuno Maló. (Music by Nuno Maló)

    Esta música está nomeada para os Jerry Goldsmith Awards 2011 na categoria de "Best Promotion Score"

    http://www.youtube.com/visitportugal

    COMO DAR A VOLTA AO USO DA BURKA

    quarta-feira, 2 de novembro de 2011

    HADOUK TRIO - BALDAMORE

    PENSADORES ANARQUISTAS

    BÉLGICA - A VINGANÇA DO ANARQUISTA

    BAKUNINE
    ruitavares.net/blog

    A vingança do anarquista

    22 de Setembro de 2011


    Se as pessoas sentem que dão — trabalho, estudo, impostos — e não recebem nada em troca, o governo está a trabalhar para a sua deslegitimação.

    Aqui há tempos havia um enigma. Como podiam os mercados deixar a Bélgica em paz quando este país tinha um défice considerável, uma dívida pública maior do que a portuguesa e, ainda por cima, estava sem governo? Entretanto os mercados abocanharam a Irlanda e Portugal, deixaram a Itália em apuros, ameaçaram a Espanha e mostram-se capazes de rebaixar a França. E continuaram a não incomodar a Bélgica. Porquê? Bem, — como explica John Lanchester num artigo da última London Review of Books — a economia belga é das que mais cresceu na zona euro nos últimos tempos, sete vezes mais do que a economia alemã. E isto apesar de estar há dezasseis meses sem governo.

    Ou melhor, corrijam essa frase. Não é “apesar” de estar sem governo. É graças — note-se, graças — a estar sem governo. Sem governo, nos tempos que correm, significa sem austeridade. Não há ninguém para implementar cortes na Bélgica, pois o governo de gestão não o pode fazer. Logo, o orçamento de há dois anos continua a aplicar-se automaticamente, o que dá uma almofada de ar à economia belga. Sem o choque contracionário que tem atacado as nossas economias da austeridade, a economia belga cresce de forma mais saudável, e ajudará a diminuir o défice e a pagar a dívida.

    A Bélgica tornou-se assim num inesperado caso de estudo para a teoria anarquista. Começou por provar que era possível um país desenvolvido sobreviver sem governo. Agora sugere que é possível viver melhor sem ele.

    Isto é mais do que uma curiosidade.

    Vejamos a coisa sob outro prisma. Há quanto tempo não se ouve um governo ocidental — europeu ou norte-americano — dar uma boa notícia? Se olharmos para os últimos dez anos, os governos têm servido essencialmente para duas coisas: dizer-nos que devemos ter medo do terrorismo, na primeira metade da década; e, na segunda, dizer-nos que vão cortar nos apoios sociais.

    Isto não foi sempre assim. A seguir à IIa. Guerra Mundial o governo dos EUA abriu as portas da Universidade a centenas de milhares de soldados — além de ter feito o Plano Marshall na Europa onde, nos anos 60, os governos inventaram o modelo social europeu. Até os governos portugueses, a seguir ao 25 de abril, levaram a cabo um processo de expansão social e inclusão política inédita no país.

    No nosso século XXI isto acabou. Enquanto o Brasil fez os programas “Bolsa-Família” e “Fome Zero”, e a China investe em ciência e nas universidades mais do que todo o orçamento da UE, os nossos governos competem para ver quem é mais austero, e nem sequer pensam em ter uma visão mobilizadora para oferecer às suas populações.
                                                                                                                        
    Ora, os governos não “oferecem” desenvolvimento às pessoas; os governos, no seu melhor, reorganizam e devolvem às pessoas a força que a sociedade já tem. Se as pessoas sentem que dão — trabalho, estudo, impostos — e não recebem nada em troca, o governo está a trabalhar para a sua deslegitimação.
                                                                    
    No fim do século XIX, isto foi também assim. As pessoas viam que o governo só tinha para lhes dar repressão ou austeridade. E olhavam para a indústria, e viam que os seus patrões só tinham para lhes dar austeridade e repressão. Os patrões e o governo tinham para lhes dar a mesma coisa, pois eram basicamente as mesmas pessoas. Não por acaso, foi a época áurea do anarquismo, um movimento que era socialista (contra os patrões) e libertário (contra o governo).

    Estamos hoje numa situação semelhante. Nenhum boa ideia sai dos nossos governos. E as pessoas começam a perguntar-se para que servem eles.

    A BATALHA DE WATERLOO


    O dia seguinte
    por Viriato Soromenho Marques (DIÁRIO DE NOTÍCIAS)

    A 18 de Junho de 1815, na noite da vitória de Waterloo, o duque de Wellington percorreu o reduzido e enlameado campo de batalha, onde se acotovelavam os corpos de dezenas de milhares de homens, mortos, moribundos e gravemente feridos. Perante os lancinantes pedidos de socorro, em várias línguas europeias, o grande herói britânico terá dito estas sábias palavras: "Depois de uma derrota, a coisa mais triste que há é uma vitória" (Next to a battle lost, the saddest thing is a battle won).

    O pânico regressou às bolsas. Foi breve a euforia causada pelos resultados da cimeira europeia de 26 de Outubro. O que parecia ser o anúncio de uma vitória da estratégia míope com que o directório germano-gaulês conduz os destinos da Zona Euro, acabou por se revelar ser essa coisa "ainda mais triste", uma derrota. Nada do que ficou decidido resistiu ao teste de contacto com algumas horas de realidade. A Grécia não ficou resignada com um perdão que a coloca permanentemente num limbo de indigência. Papandreou, com a coragem do desespero, anunciou um referendo para breve. Pela primeira vez nesta crise, o povo vai ter a palavra. A recapitalização dos bancos pune aqueles que apoiaram os Estados comprando dívida pública, e ameaça secar mais o crédito à economia. O "aumento" do FEEF não passa de uma mentira. Neste momento, este Fundo tem apenas 250 mil milhões de euros disponíveis, e o seu crescimento através de "alavancagem" faz lembrar a perigosa engenharia financeira que levou ao eclodir da bolha imobiliária em 2008. A subida vertiginosa dos juros da dívida italiana, mesmo suportada pelo BCE, mostra que o FEEF já não convence ninguém.

    Este modelo de construção europeia caminha para o seu Waterloo. Não podemos permitir que as ideologias impeçam as políticas de serem calibradas pela dura realidade. Portugal tem de se preparar para o "Day After".

    MAIS UMA COELHADA À MODA DE PASSOS


    Mais uma coelhada à moda de Passos!

    http://www.ionline.pt/opiniao/mais-uma-coelhada-moda-passos#.Tq6Py4qP2vY.email

    SE RESULTAR DEEM O NOBEL A GASPAR

    Nicolau Santos, Se resultar deem o Nobel a Gaspar (jornal Expresso)

    NÃO se pode dizer que estejamos entregues aos bichos.

    Estamos entregues a verdadeiros abutres.

    "Alguém pensa que assistiremos bovinamente a este assalto?"


    ‘Até 2013, a generalidade dos trabalhadores portugueses por conta de outrem vai perder entre 40% a 50% do seu rendimento e todos os seus ativos (casas, poupanças, etc.) vão sofrer uma desvalorização da mesma ordem de grandeza. Pergunto: alguém pensa que isto se fará de forma pacífica? Alguém pensa que o bom povo português aceitará mansamente este roubo? Alguém pensa que assistiremos bovinamente a este assalto? Repito: entre 2011 e 2013, o Governo toma medidas que lhe permitirão confiscar metade do que ganhamos hoje.É deste brutal esbulho que falamos e que está ao nível de decisões idênticas tomadas por governos da América Latina nos anos 80. É isto que está por trás da proposta de lei do Orçamento do Estado para 2012 e das decisões que o Governo já tomou em 2011. É sobre os escombros resultantes desta violentíssima e muito rápida pauperização da generalidade dos trabalhadores e quadros médios e superiores, públicos e privados, bem como dos reformados e pensionistas, que o ministro das Finanças espera que Portugal triunfe “como economia aberta e competitiva na Europa e no mundo” no final do programa de ajustamento. Faz sentido?

    Como é óbvio, só quem ensaia soluções asséticas e perfeitas em laboratório é que pode imaginar que esta história terá um final feliz. O mantra do ministro das Finanças (para conhecer o pensamento de Vítor Gaspar ler o excelente artigo que Pedro Lains publicou no “Jornal de Negócios” de 19 de outubro) é tornar-nos a pequena China da Europa, assente em salários baixíssimos, sem subsídio de férias nem de Natal, relações laborais precarizadas, horários de trabalho flexíveis e menos férias e feriados.

    Mas Gaspar quer ir mais longe. E assim a draconiana consolidação orçamental só será eficaz se, como diz, for acompanhada por uma agenda de transformação estrutural da economia portuguesa, nomeadamente um amplo programa de privatizações. O que quer isto dizer?Quer dizer vender ao preço da chuva e ao estrangeiro tudo o que seja empresa pública lucrativa ou participações do Estado em empresas, mesmo que elas constituam monopólios naturais; e não deixar na posse do Estado nem um único centro de decisão. Outros dois componentes fundamentais desta agenda de transformação estrutural são a “flexibilização do mercado de trabalho” (que nos permitirá trabalhar com regras cada vez mais próximas dos chineses) e a reforma do sistema judicial (de que, até agora, ainda não tivemos nenhuma notícia).

    O tatcherismo serôdio do ministro das Finanças afirma-se pelo preconceito contra tudo o que é público e pela fezada de que colocando-nos todos a pão e águaconseguiremos atingir os grandes equilíbrios macroeconómicos em 2014, partindo daí para uma fase de grande prosperidade. (…)

    Dir-se-á: mas havia alternativa? Havia desde que se quisesse e lutasse por ela. O programa de ajustamento da Irlanda vai até 2015. Não se percebe porque o nosso não pode ser também estendido no tempo. O défice para 2011 já foi corrigido em alta pela troika. Porque é que não se luta para que também o de 2012 seja aumentado? Porque é que se quer impor esta insuportável dor social aos portugueses? E na questão do financiamento à economia, porque não se bate o Governo porque haja uma nova tranche (cerca de €20 mil a €30 mil milhões) para que o Governo pague às empresas públicas de transportes e estas aos bancos, que terão assim liquidez para financiar as pequenas e médias empresas?

    Mas não. O que Gaspar quer é tornar a economia portuguesa competitiva através de uma violentíssima desvalorização por via salarial, pela maior recessão desde há 37 anos e por quebras do investimento e do consumo que não se verificam desde os anos 80.

    Se isto der resultado, deem-lhe o Nobel.’



    JOGO DA FORCA

    JOGO DA FORCA
    Para activar as células cinzentas nos períodos mortos de trabalho...

    RICARDO ARAÚJO PEREIRA - PONTO DA SITUAÇÃO








    Ponto da situação


    Os portugueses vivem hoje num país nórdico: pagam impostos como no Norte da Europa; têm um nível de vida como no Norte de África. Como são um povo ao qual é difícil agradar, ainda se queixam. Sem razão, evidentemente.

    A campanha eleitoral foi dominada por uma metáfora, digamos, dietética: o Estado era obeso e precisava de emagrecer. Chegava a ser difícil distinguir o tempo de antena do PSD de um anúncio da Herbalife. "Perca peso orçamental agora! Pergunte-me como!" O problema é que, ao que parece, um Estado gordo é caro, mas um Estado magro é caríssimo. Aqueles que acusavam o PSD de querer matar o Estado à fome enganaram-se. O PSD quer engordá-lo antes de o matar, como se faz com o porco. Ninguém compra um bácoro escanzelado, e quem se prepara para comprar o Estado também gosta mais de febra do que de osso.

    Embora o nutricionismo financeiro seja difícil de compreender, parece-me que deixámos de ter um Estado obeso e passámos a ter um Estado bulímico. Pessoalmente, preferia o gordo. Comia bastante mas era bonacheirão e deixava-me o décimo terceiro mês (o atual décimo segundo mês e meio, ou os décimos terceiros quinze dias) em paz.

    Enfim, será o preço a pagar por viver num país com 10 milhões de milionários. Talvez o leitor ainda não tenha reparado, mas este é um país de gente rica: cada português tem um banco e uma ilha. É certo que é o mesmo banco e a mesma ilha, mas são nossos. Todos os contribuintes são proprietários do BPN e da Madeira. Tal como sucede com todos os banqueiros proprietários de ilhas, fizemos uma escolha: estes são luxos caros e difíceis de sustentar. Todos os meses, trabalhamos para sustentar o banco e a ilha, e depois gastamos o dinheiro que sobra em coisas supérfluas, como a comida, a renda e a eletricidade.

    Felizmente, o governo ajuda-nos a gerir o salário com inteligência. Pedro Passos Coelho bem avisou que iria fazer cortes na despesa. Só não disse que era na nossa, mas era previsível. A nossa despesa com alimentação, habitação e transportes está cada vez menor. Afinal, o orçamento gordo era o nosso. Agora está muito mais magro, elegante e saudável. Mais sobra para o banco e para a ilha.

    Passos Coelho bem avisou que iria fazer cortes na despesa. Só não disse que era na nossa. A nossa despesa com alimentação, habitação e transportes está cada vez menor
    Ler mais: http://aeiou.visao.pt/ponto-da-situacao=f622356#ixzz1cYownYyL

    GRÉCIA...SERÁ ISTO VERDADE?

    A SER VERDADE SERVE PARA REFLECTIR.

    GRÉCIA: é dificil acreditar


    Lê-se, por vezes, que os Gregos, coitadinhos, são um pobre povo periférico que está a sofrer as agruras de uma crise internacional aumentada às mãos da pérfida Merkel.

    Já é tempo de sair desta superficialidade, de perceber que os Gregos têm culpas no cartório, que não foram sérios e que não o estão a ser.
    Os Gregos levaram a lógica dos "direitos adquiridos" até à demência, até à falta de vergonha.
    Contam-se factos inauditos.
    Os exemplos desta falta de seriedade são imensos, a saber :

    1 - Em 1930, um lago na Grécia secou, mas o Estado Social grego mantem o Instituto para a Protecção do Lago Kopais, que, embora tenha secado em 1930, ainda tem, em 2011, dezenas de funcionários
    dedicados à sua conservação.

    2 - Na Grécia, as filhas solteiras dos funcionários públicos têm direito a uma pensão vitalícia, após a morte do mãe/pai-funcionário público.
    Recebem 1000 euros mensais - para toda a vida - só pelo facto de serem filhas de funcionários públicos falecidos.
    Há 40 mil mulheres neste registo que custam ao erário publico 550 milhoes de euros por ano.
    Depois de um ano de caos, o governo grego ainda não acabou com isto completamente.
    O que pretende é dar este subsidio só até fazerem 18 anos ...

    3 - Num hospital público, existe um jardim com quatro (4) arbustos.
    Ora, para cuidar desses arbustos o hospital contratou quarenta e cinco (45) jardineiros.

    4 - Num acto de gestão muito "social" (para com o fornecedor), os hospitais gregos compram pace-makers quatrocentas vezes (400) mais caros do que aqueles que são adquiridos no SNS britânico.

    5 - Existem seiscentas (600) profissões que podem pedir a reforma aos 50 anos (mulheres) e aos 55 (homens).
    Porquê ?
    Porque adquiriram estatuto de profissões de alto desgaste.
    Dentro deste rol, temos cabeleireiras, apresentadores de TV, músicos de instrumentos de sopro ...

    6 - Pagava-se 15º mês a toda a classe trabalhadora.

    7 - As Pensões de Reforma de 4.500 funcionários, no montante de 16 milhões euros por ano, continuavam a ser depositadas, mesmo depois dos idosos falecerem, porque os familiares não davam baixa e não devia haver meios de se averiguar a inexactidão dessa atribuição.

    8 - Chegava-se ao ponto de só se pagarem os prémios de alguns seguros quando fosse preciso usufruir deles !

    9 - A Grécia é o País da União Europeia que mais gasta, em termos militares, em relação ao PIB (dados de 2009). O triplo de Portugal !

    10 - Há viaturas oficiais da administração do Estado que têm 50 condutores.
    Cada novo nomeado para um cargo nomeia três ou quatro condutores da sua confiança, mas como não são permitidos despedimentos na função pública os anteriores vão mantendo o salário.

    Na Grécia, cerca de 90% da terra não tem cadastro.
    Sabem o que significa isso ?
    Significa que os proprietários não pagam impostos.

    Quer dizer, os milhões da UE é que serviram, durante todos estes anos, para manter o nível de vida atingido dos gregos.
    Não admira que já tenham estoirado 115 mil milhões e agora precisem de mais 108 mil milhões.