sexta-feira, 12 de março de 2010

Made in Portugal

O ZÉ, depois de dormir numa almofada de algodão (Made in Egipt), começou o dia bem cedo, acordado pelo despertador (Made in Japan) às 7 da manhã.

Depois de um banho com sabonete (Made in France) e enquanto o café (importado da Colômbia) estava a fazer na máquina (Made in Chech Republic), barbeou-se com a máquina eléctrica (Made in China).

Vestiu uma camisa (Made in Sri Lanka), jeans de marca (Made in Singapure) e um relógio de bolso (Made in Swiss).

Depois de preparar as torradas de trigo (produced in USA) na sua torradeira (Made in Germany) e enquanto tomava o café numa chávena (Made in Spain), pegou na máquina de calcular (Made in Korea) para ver quanto é que poderia gastar nesse dia e consultou a Internet no seu computador (Made in Thailand) para ver as previsões meteorológicas.


Depois de ouvir as notícias pela rádio (Made in India), ainda bebeu um sumo de laranja (produced in Israel), entrou no carro Saab (Made in Sweden) e continuou à procura de emprego.


Ao fim de mais um dia frustrante, com muitos contactos feitos através do seu telemóvel (Made in Finland) e, após comer uma pizza (Made in Italy), o António decidiu relaxar por uns instantes.


Calçou as suas sandálias (Made in Brazil), sentou-se num sofá (Made in Denmark), serviu-se de um copo de vinho (produced in Chile), ligou a TV (Made in Indonésia) e pôs-se a pensar porque é que não conseguia encontrar um emprego em PORTUGAL...


Talvez este email devesse ser enviado aos consumidores portugueses ou seja, todos nós!

O Ministério da Economia de Espanha estima que se cada espanhol consumir 150€ de produtos nacionais, por ano, a economia cresce acima de todas as estimativas e, ainda por cima, cria postos de trabalho.

Ponham o email a circular. Pode ser que acorde alguém.

Rostos na arte

Provavelmente já conhecem. Quer conheçam, quer não, acho que vale a
pena ver. São os rostos das mulheres através da arte, numa montagem
excelente (acho!) de Phillip Scott Johnson, datada de 2007.


http://www.artgallery.lu/digitalart/women_in_art.html

quarta-feira, 10 de março de 2010

Sobre Kahlil Gibran



BIOGRAFIA:

Seu nome completo é Gibran Kahlil Gibran. Assim assinava em árabe. Em inglês, preferiu a forma reduzida e ligeiramente modificada de Khalil Gibran. É mais comumente conhecido sob o simples nome de Gibran.

1883 - Nasceu em 6 de janeiro, em Bsharri, nas montanhas do Líbano, a uma pequena distância dos cedros milenares. Tinha oito anos quando, um dia, um temporal se abate sobre sua cidade. Gibran olha, fascinado, para a natureza em fúria e, estando sua mãe ocupada, abre a porta e sai a correr com os ventos.


Quando a mãe, apavorada, o alcança e repreende, ele lhe responde com todo o ardor de suas paixões nascentes: "Mas, mamãe, eu gosto das tempestades. Gosto delas. Gosto!" (Um de seus livros em árabe será intitulado Temporais).

1894 - Emigra para os Estados Unidos, com a mãe, o irmão Pedro e as duas irmãs Mariana e Sultane. Vão morar em Boston. O pai permanece em Bsharri.

1898/1902 - Vota ao Líbano para completar seus estudos árabes. Matricula-se no Colégio da Sabedoria, em Beirute. Ao diretor, que procura acalmar sua ambição impaciente, dizendo-lhe que uma escada deve ser galgada degrau por degrau, Gibran responde: "Mas as águias não usam escadas!"

1902/1908 - De novo em Boston. Sua mãe e seu irmão morrem em 1903. Gibran escreve poemas e meditações para Al-Muhajer (O Emigrante), jornal árabe publicado em Boston. Seu estilo novo, cheio de música, imagens e símbolos, atrai-lhe a atenção do Mundo Árabe. Desenha e pinta numa arte mística que lhe é própria. Uma exposição de seus primeiros quadros desperta o interesse de uma diretora de escola americana, Mary Haskell, que lhe oferece custear seus estudos artísticos em Paris.

1908/1910 - Em Paris. Estuda na Académie Julien. Trabalha freneticamente. Freqüenta museus, exposições, bibliotecas. Conhece Auguste Rodin. Uma de suas telas é escolhida para a Exposição das Belas-Artes de 1910. Nesse ínterim, morrem seu pai e sua irmã Sultane. 1910 - Volta a Boston e, no mesmo ano, muda-se para Nova York, onde permanecerá até o fim da vida. Mora só, num apartamento sóbrio que ele e seus amigos chamam As-Saumaa (O Eremitério). Mariana, sua irmã, permanece em Boston. Em Nova York, Gibran reúne em volta de si uma plêiade de escritores libaneses e sírios que, embora estabelecidos nos Estados Unidos, escrevem em árabe com idênticos anseios de renovação. O grupo forma uma academia literária que se intitula Ar-Rabita Al-Kalamia (A Liga Literária), e que muito contribuiu para o renascimento das letras árabes. Seus porta-vozes foram, sucessivamente, duas revistas árabes editadas em Nova York: Al-Funun (As Artes) e As-Saieh (O Errante).

1905/1920 - Gibran escreve quase que exclusivamente em árabe e publica sete livros nessa língua: 1905, A Música; 1906, As Ninfas do Vale; 1908, Espíritos Rebeldes; 1912, Asas Partidas; 1914, Uma Lágrima e um Sorriso; 1919, A Procissão; 1920, Temporais. (Após sua morte, será publicado u m oitavo livro, sob o título de Curiosidades e Belezas, composto de artigos e histórias já aparecidas em outros livros e de algumas páginas inéditas).

1918/1931 - Gibran deixa, pouco a pouco, de escrever em árabe e dedica-se ao inglês, no qual produz também oito livros: 1918, O Louco; 1920, O Precursor; 1923, O Profeta; 1927, Areia e Espuma; 1928, Jesus, o Filho do Homem; 1931, Os Deuses da Terra. (Após sua morte serão publicados mais dois: 1932, O Errante; 1933, O Jardim do Profeta.) Todos os livros em inglês de Gibran foram lançados por Alfred A. Knopf, dinâmico editor norte-americano com inclinação para descobrir e lançar novos talentos. Ao mesmo tempo em que escreve, Gibran se dedica a desenhar e pintar. Sua arte, inspirada pelo mesmo idealismo que lhe inspirou os livros, distingue-se pela beleza e a pureza das formas. Todos os seus livros em inglês foram por ele ilustrados com desenhos evocativos e místicos, de interpretação às vezes difícil, mas de profunda inspiração. Seus quadros foram expostos várias vezes com êxito em Boston e Nova York. Seus desenhos de personalidades históricas são também célebres.

1931 - Gibran morre em 10 de abril, no Hospital São Vicente, em Nova York, no decorrer de uma crise pulmonar que o deixara inconsciente.


LINK

Divulgação

Aqui vai o endereço de uma página muito completa e que dará jeito
para todas as pessoas, pois pode-se saber chegadas de aviões, ler os
jornais, aceder aos sites dos bancos, das operadoras móveis, aos horários
dos comboios, aos nºs. do euro milhões, às farmácias de serviço e um sem
número de coisas. Serve assim como índice de sites a um sem número de utilidades



LINK


Vale a pena divulgar porque se não for utilizada, poderá desaparecer o que é uma pena.

COMO TORNAR A DEMOCRACIA MAIS BARATA.

Isto deveria ser em Portugal ...

Como tornar a democracia mais barata em tempo de crise. Um exemplo a seguir.


http://www.youtube.com/watch?v=ZxruR3Q-c7E



terça-feira, 9 de março de 2010

Orçamento da AR para 2010

Orçamento da ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA em ano de crise ( 2010)



Atentem BEM no valor que o Bolso dos Portugueses terá de suportar para GARANTIR o funcionamento (???) da ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA.

Seguem-se ALGUMAS das rubricas Existentes no Orçamento que acaba de ser publicado em Diário da República.

Caso queiram saber mais informação só terão de ir ao site WWW.dre.pt e acederem ao Diário da República nº 28 - I série- datado de 10 de Fevereiro de 2010 - RESOLUÇÃO da Assembleia da República nº 11/2010.


DELICIEM-SE :

1 - Vencimento de Deputados ...................................12 milhões e 349 mil Euros

2- Ajudas de Custo de Deputados.............................. 2 milhões e 724 mil Euros

3 - Transportes de Deputados ................................... 3 milhões 869 mil Euros

4 - Deslocações e Estadas ..................................... 2 milhões e 363 mil Euros

5 - Assistência Técnica (?????) ............................... 2 milhões e 948 mil Euros

6 - Outros Trabalhos Especializados (?????) ......... 3 milhões e 593 mil Euros

7 - SERVIÇO RESTAURANTE, REFEITÓRIO, CAFETARIA 961 mil Euros

8 - Subvenções aos Grupos Parlamentares................ 970 mil Euros

9 - Equipamento de Informática ............................... 2 milhões e 110 mil Euros

10 - Outros Investimentos (??????) ......................... 2 milhões e 420 mil Euros

11 - Edificios ......................................................... 2 milhões e 686 mil Euros

12 - Transfer's (???????) Diversos (????).................. 13 milhões e 506 mil Euros

13 - SUBVENÇÃO aos PARTIDOS representados na Assembleia da República...16 milhões e 977 mil Euros

14 - SUBVENÇÕES ESTATAIS PARA CAMPANHAS ELEITORAIS ... 73 milhões e 798 mil Euros

Isto são, então, ALGUMAS das rubricas do orçamento da ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA !

Em resumo e NO TOTAL a DESPESA ORÇAMENTADA para "aquela casinha", relativamente ao ANO de 2 010, é

191 405 356, 61 Cêntimos (191 Milhões 405 mil 356 Euros e 61 cêntimos) - Ver Folha 372 do acima identificado Diário da República nº 28 - 1ª Série -, de 10 de Fevereiro de 2010.

RESUMINDO: De forma muito simplista, cada um dos 230 funcionários públicos que nos representam na AR, custa aos contribuintes , não se assustem, 832.197,20 euros/ano



Nos termos do disposto no Artigo 148º. da Constituição da República Portuguesa :
"(...) A Assembleia da República tem o MINIMO de cento e oitenta deputados e o MÁXIMO de duzentos e trinta deputados, nos termos da Lei Eleitoral (...) ".



Façam uma "contitas" e tirem CONCLUSÕES quanto ao valor que suportamos, POR CADA DEPUTADO.

PERGUNTA AO BOM SENSO DOS POLÍTICOS:




NÃO SERÁ POSSÍVEL UMA DEMOCRACIA MAIS BARATA?

BENTO XVI - incógnito no Douro!




Pouca gente saberá que o Papa tem uma casa de campo no

Norte de Portugal e se veste de D. Maria para disfarçar.

Lá se vai o "segredo"... :-)

Afinal a catástrofe foi anunciada....!!

Conhecem aquele programa chamado Biosfera e aqueles sujeitos da QUERCUS que andam sempre com aquele "paleio" do Aquecimento Global e das alterações climáticas e mais uns quantos temas que parecem ou incomodar muito os nossos políticos e causar MUITO POUCO impacto em todos nós??


Percam um pouquinho de tempo a ver o vídeo, como eu fiz e talvez estas pessoas comecem a ser levadas bem mais a sério e comecem a ser ouvidas como deve ser!!

Agora pensem será que é só a natureza culpada.... parece-me que não!!



http://www.youtube.com/watch?v=aTf0h3nobAs&feature=player_embedded

DANIELA MERCURY NA OVIBEJA

Com mais de 12 milhões de discos vendidos em todo o mundo – e com dezenas de canções que se tornaram verdadeiros hinos da música popular brasileira -, Daniela Mercury é a estrela maior da programação cultural da 27ª OVIBEJA. A rainha do axé sobe ao palco do Pavilhão Multiusos da Grande Feira do Alentejo na noite de 1 de Maio. E não será de estranhar que boa parte do alinhamento do concerto passe pelos temas do seu mais recente álbum “Canibália”. (www.danielamercury.art.br)
Já os Blasted Mechanism, que tocam a 30 de Abril, são ilustres repetentes das “Ovinoites”. Este ano, aquela que é considerada, pelo seu visual e atitude em palco, a mais “extravagante” formação da nova música portuguesa traz a Beja as canções do último álbum de originais, “Mind at Large”, sem deixar de abordar os principais temas que fizeram dos Blasted Mechanism o verdadeiro “projecto artístico de música tocada por seres do outro mundo”, para utilizar palavras dos próprios. (www.blastedmechanism.com)
Estreantes no palco central da OVIBEJA são os Fonzie. Banda portuguesa de “punk-pop” que existe desde 1996 e que, a 29 de Abril, promete conferir “peso” às noites musicais da 27ª OVIBEJA. (www.fonzietime.com)
As “Ovinoites” têm início a 28 de Abril com o tradicional Espectáculo de Tunas. E todas as madrugadas há DJ’s a animar a pista do Pavilhão Multiusos: Frederico Barata (28/4); Christian F (29/4); Manuel Rendeiro (30/4) e Pedro Tabuada (1/%).

Gabinete de Imprensa 27ª OVIBEJA
www.ovibeja.com
Beja, 1 de Março de 2010

Crónica

Como crianças perdidas, os portugueses olham em volta e sentem medo. Medo das vozes que lhes segredam não haver presente, medo dos que garantem impossível o futuro. De entre todas, as vozes que mais angustiam são as que garantem não ter havido passado. Ou seja, não existimos!

Escura, sem estrelas, a noite é habitada por gritos de raiva, por expressões de ódio, numa agonia que, parece, apenas aqueles que estão fora dos círculos do poder sentem.

Dia após dia, ano após ano, Governos e Oposições, na sua eterna luta pelo poder, têm desbaratado recursos, dividido o país entre bons e maus, têm-se mostrado incapazes das reformas que coloquem, definitivamente, o pais fora do abismo da precariedade. E no entanto, quem escuta os diferentes actores políticos, ninguém parece ter culpas do estado a que se chegou. Manhosos, sabem que nós, o povo, temos memória curta, votamos por emoção, nunca por inteligência; sabem que somos como as bestas de carga, que, apesar dos maus tratos dos donos, acorrem pressurosas às suas vozes de comando.

Perante os problemas reais do país, o desemprego, a falência das empresas, a dramática emigração de jovens quadros que tantos recursos custaram aos contribuintes, a criminalidade, as reformas de miséria, a corrupção, a ineficácia do sistema judicial, os baixos salários, a pobreza, a ausência de valores éticos, a ausência de autoridade, a ausência de responsabilidade, o desrespeito pelas leis, o que fazem os políticos? Assobiam para o lado, todos, sem excepção.

Julgando-se donos da verdade, da sua verdade, apesar da História mostrar que não há verdades absolutas, os políticos recusam um Pacto de boa Governação, recusam uma Aliança de Esforços, uma Trégua que Silencie Antagonismos. Vemos, cada vez mais, que apostam no quanto Pior, Melhor. Dir-nos-ão que é assim o jogo da Democracia. Só que o jogo pode levar-nos à autofagia.

Neste momento fundamental, EM QUE ESTÁ EM RISCO A NOSSA SOBREVIVÊNCIA COMO NAÇÃO, exige-se comedimento aos agentes políticos e económicos. Basta de luta pela exclusividade do poder, de indemnizações obscenas para os gestores públicos, de lucros provocadores na Banca ( vejam-se os dividendos de 2009, que apesar de aumentarem em relação a 2008, geraram, através de artifícios legais, menos IRC para os cofres do Estado).

Como na primeira república, andamos a discutir o sexo dos anjos enquanto o inimigo se prepara para nos assaltar as muralhas. Apesar de velha, a dúvida sobre a qualidade sexual de tais divindades não tem solução. São questões de ética, responderão os jornalistas. Talvez tenham razão, mas em estado de guerra exige-se pragmatismo. É preciso vencer o combate antes de se saber quem tem razão. Sobrevivência? Exactamente! Que me interessa a mim, a nós, discussão tão filosófica, inventadas e sublimes questões, sabendo, como nós sabemos, que os anjos não passam de fantasias religiosas?

Acreditem, a nós interessam-nos madrugadas livres de pesadelos!

Um dia destes ainda aparece algum Profeta a prometê-la e apesar de o sabermos falso, acreditamos no devaneio.

AOC


NOTA: Perante a gravidade dos problemas reais deste país, alguém se lembrou de reclamar como imprescindível à democracia, a construção, por um milhão de euros, de uma bandeira da república e, mais recentemente, alterar o rosto do busto feminino do regime.

Tenham juízo, não são estas as soluções que esperamos dos políticos !






OS DOIS EREMITAS - Poema de Khalil Gibran



Numa montanha distante e solitária

viviam dois eremitas

que adoravam Deus

e se amavam mutuamente.


Ora esses eremitas

possuíam uma bilha de barro,

que era a sua única riqueza.


Certo dia

um mau espírito

penetrou no coração do eremita mais velho,

que foi ter com o mais novo

para lhe dizer:

- Há muito que vivemos juntos.

Agora temos de separar-nos.

portanto repartamos as nossas propriedades.


Então a tristeza

apoderou-se do mais novo,

que disse:

- Fico triste, meu amigo,

ao saber que vais deixar-me.

Mas se é essa a tua decisão

assim se faça.


Foi buscar a bilha de barro,

deu-a ao seu companheiro

e disse:

- Irmão, não a podemos repartir.

Fica com ela.


Mas o eremita mais velho respondeu:

- Não quero a tua caridade.

Ficarei apenas com o que me pertence.

A bilha deve ser repartida.


O mais novo respondeu:

- Se a partirmos

para que te servirá a ti

e para que me servirá a mim?


Se concordares comigo,

deitaremos sortes.


Mas o eremita velho

prosseguiu no seu intento:

- Ficarei apenas

com o que me couber por justiça,

e não quero confiar à sorte

nem a justiça nem os meus direitos.

Temos que dividir a bilha.


O eremita mais novo

não teve mais remédio que dizer.

- Faça-se o que desejas,

e já que não a queres,

vamos quebrá-la e reparti-la.


Mas então rosto do eremita mais velho

gritou, alterado pela ira:

- Maldito! Cobarde!


Não és então capaz de lutar?