terça-feira, 27 de agosto de 2013

ARMAS QUÍMICAS: EM QUEM ACREDITAR, NOS AMERICANOS OU NOS SÍRIOS?

TAMBÉM SADAM HUSSEIN TINHA ARMAS DE DESTRUIÇÃO MASSIVA NO IRAQUE E DEPOIS VERIFICOU-SE QUE BUSH E SEUS ALIADOS MENTIAM.

HOJE, O VIETNAME, O IRAQUE, A LÍBIA E O AFEGANISTÃO, SÃO MAUS EXEMPLOS DE GUERRAS PRECIPITADAS AO SERVIÇO DA AMBIÇÃO E DA IDEOLOGIA.

QUEM É CAPAZ DE ATIRAR A PRIMEIRA PEDRA?

Síria vai defender-se com "meios surpreendentes"


por Lusa, publicado por Luís Manuel CabralHoje71 comentários

Síria vai defender-se com "meios surpreendentes"
Fotografia © Khaled al-Hariri - Reuters
O ministro dos Negócios Estrangeiros sírio, Walid Mouallem, afirmou hoje que, em caso de ataque militar ocidental, o país se vai defender, com meios de defesa que vão surpreender o mundo.

"Temos duas opções: a rendição, ou a defesa, com os meios de que dispomos. A segunda alternativa é a melhor", declarou, numa conferência de imprensa em Damasco.
"Atacar a Síria não é um assunto menor. Temos meios de defesa que vão surpreender", acrescentou.
Em declarações à imprensa, o chefe da diplomacia síria criticou quem quer atacar o país sem apresentar, na opinião de Walid Mouallem, a menor prova sobre a alegada existência de armas químicas.
Vários países ocidentais disseram já apoiar uma resposta contra o regime de Bashar al-Assad, em reação ao alegado ataque com armas químicas, a 21 de agosto, nos arredores de Damasco. O porta-voz do primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou que o Reino Unido está a estudar planos para uma possível ação militar.
De acordo com organizações não-governamentais, mais de 300 pessoas morreram no ataque.
Walid Mouallem advertiu que um ataque ocidental não irá afetar a campanha militar do Governo contra os rebeldes.
"Se pensam impedir assim a vitória das nossas forças armadas, enganam-se", disse.
"Estamos a ouvir os tambores da guerra ao nosso redor. Se querem desencadear uma agressão contra a Síria, penso que utilizar o álibi das armas químicas não é muito exato. Desafio-os a mostrarem provas", declarou.
O chefe da diplomacia síria considerou que um eventual ataque militar ocidental contra o país seria do interesse de Israel e da rede terrorista Al-Qaida.
"O esforço de guerra dos Estados Unidos e aliados vai servir os interesses de Israel e, em segundo lugar, da Frente Al-Nosra", um grupo de combatentes armados, que luta ao lado dos rebeldes sírios, e aliado da Al-Qaida, sublinhou.

Kerry afirma que Damasco utilizou armas químicas


por A.C.M.Ontem50 comentários

Kerry afirma que Damasco utilizou armas químicas
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, garantiu hoje não ter dúvidas sobre a utilização de armas químicas na Síria na passada semana, considerando tratar-se de "uma indecência moral" perante a qual os responsáveis devem responder. "Foram utilizadas armas químicas na Síria. É inegável", afirmou Kerry aos jornalistas, numa intervenção proferida em Washington.
O responsável pela diplomacia americana classificou como "indecência moral" o recurso a armas químicas no ataque que terá causado mais de mil mortos a 21 de agosto, de acordo com as informações da oposição ao regime de Bachar al-Assad.
John Kerry, sem especificar um responsável, afirmou que "o Presidente Obama considera que aqueles que usam as armas mais atrozes contra as populações mais vulneráveis do planeta, terão de ser responsabilizados".
John Kerry não mencionou qualquer cenário de uma operação militar contra o regime de Assad.
Anteriormente, a Casa Branca desmentira as informações do diário britânico The Daily Telegraph, em que o jornal referia que Washington e Londres preparavam uma operação militar comum contra o regime sírio, a muito curto prazo.

UTILIZAR ARMAS QUÍMICAS SÓ É CRIME QUANDO USADAS PELO INIMIGO?
 
CIA ajudou Saddam Hussein a gazear tropas iranianas
 
 
                

          
 
"Foreign Policy" cita documentos que mostram colaboração dos EUA em ataques químicos nos anos 80
A descoberta de que o Irão se preparava para aproveitar uma lacuna na estratégia de defesa iraquiana para atacar o Iraque levou os EUA a ajudarem o regime de Saddam Hussein a lançar um ataque químico contra as forças iranianas em 1988.
A revista "Foreign Policy" disse ontem ter tido acesso a documentos confidenciais da CIA em que é provado que os EUA denunciaram a localização das tropas iranianas ao Iraque sabendo que seria levado a cabo um ataque com armas químicas, nomeadamente gás sarin, um agente químico letal que actua sobre o sistema nervoso, e gás mostarda.
Com recurso a imagens de satélite, mapas e informação obtida pela secreta americana, as tropas iraquianas levaram a cabo quatro ataques químicos distintos no início de 1988 que ajudaram a inclinar a guerra a favor do regime de Saddam, a trazer o Irão à mesa de negociações e a garantir que a aposta de Ronald Reagan na vitória iraquiana não saía furada.
Segundo a revista americana, esses ataques foram os últimos de uma série de ofensivas do Iraque com recurso a armas químicas apoiadas pela administração de Reagan até hoje nunca assumidas pelos EUA.
"Os iraquianos nunca nos disseram que pretendiam usar gás sarin", disse ontem Rick Francona, coronel da Força Aérea dos EUA na reforma que era adido militar em Bagdade nesse ano. "Não tinham que dizer. Nós já sabíamos", acrescentou.
Segundo os documentos da CIA e entrevistas a funcionários como Francona, a revista diz ter apurado que os EUA tinham provas de que o exército iraquiano usava armas químicas desde 1983. Já nessa altura o Irão alegava ataques químicos ilegais, tendo tentado abrir um processo contra o Iraque na ONU que não chegou a acontecer por falta de provas. Até agora, a CIA recusou os contactos da "Foreign Policy" para comentar a notícia.

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