São 235 nomeações. É este o número de pessoas que foram escolhidas para integrar os gabinetes dos vários ministérios do governo de Pedro Passos Coelho e que vão custar ao executivo quase 540 mil euros. Mas a conta ainda não está fechada, até porque a lista publicada pelo governo ainda não inclui todos os ministérios e há gabinetes - na lista já conhecida - que ainda não estão completos.
Falta divulgar as equipas dos Negócios Estrangeiros, da Administração Interna, da Justiça, da Educação e Ciência, da Economia e Emprego, da Solidariedade e Segurança Social, além da secretaria de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, ou seja, a outra metade deste executivo. Os novos nomes, de acordo com o primeiro-ministro, deverão ser conhecidos ainda este fim-de-semana e o governo já veio assegurar que irá manter o site que foi criado para divulgar as contratações do executivo "permanentemente actualizado".
A lista que já está disponível revela o nome, o cargo, a idade, o vencimento mensal bruto e o contacto electrónico das primeiras escolhas para os gabinetes governamentais. Esta medida acaba por ir ao encontro da promessa realizada pelo primeiro-ministro durante a campanha eleitoral, onde assegurava maior transparência para o futuro.
Em relação aos dados já disponíveis, é possível verificar que o salário mais baixo é de um motorista - 583 euros ilíquidos - e o mais alto o de um chefe de gabinete do ministro das Finanças que ganha 4791 euros brutos por mês, seguido do de uma adjunta do secretário de Estado da Cultura, que aufere 4724,31 euros brutos por mês.
Sócrates vs. Passos Depois de alguma confusão em relação ao número de motoristas de Passos Coelho - no debate anunciou 11, no site apareceram 14, mas a informação acabou por ser rectificada no final do dia de ontem para o número avançado por Passos - sabe-se que a equipa do primeiro-ministro vai ser composta por 35 elementos. Aos motoristas somam-se ainda oito assessores, nove secretárias e sete adjuntos. Mesmo assim, fica abaixo da equipa de José Sócrates, que, na última legislatura, contratou 53 pessoas.
A concorrer com o primeiro-ministro em matéria de motoristas está o secretário de Estado da Cultura, que, em 19 nomeações feitas, quatro são motoristas. Mais contido é o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, que nomeou apenas um adjunto.
Mas é o ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, para já, o campeão das nomeações. Elegeu ao todo 52, dando especial destaque aos especialistas (12), às secretárias (12) e aos adjuntos (17), que vão ser distribuídos por cinco gabinetes. Aquele ministério tem agora a tutela da Igualdade, da Administração Local e da Reforma Administrativa e do Desporto e Juventude.
Já o ministro das Finanças dispensou motorista, mas mesmo assim nomeou 38 elementos. Vítor Gaspar apostou para os seus cinco gabinetes nos adjuntos (13), nos assessores (8) e nas secretárias.
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, foi um dos que menos nomearam (18). E a equipa do ministro da Defesa Nacional é igualmente pequena, contabilizando sete assessores, quatro secretárias, quatro adjuntos, dois chefes de gabinete, um adjunto diplomático, um adjunto financeiro e um adjunto de imprensa.
Já Aguiar-Branco fez 20 nomeações, enquanto a ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território recrutou 50 pessoas para o superministério que tem em mãos.
NOTA: PORTUGAL EM CRISE? QUANDO É QUE ESTA GENTE PERDE A MANIA DAS GRANDEZAS E SEGUE O EXEMPLO DOS PAÍSES NÓRDICOS?
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