sexta-feira, 23 de setembro de 2011
"MÁ GOVERNANÇA" LEVA MOODY`S A BAIXAR "RATING" DA MADEIRA
"Má governança" leva Moody's a baixar 'rating' da Madeira
Económico com Lusa
23/09/11 04:24
A agência de notação financeira justifica o ‘downgrade’ com os problemas na gestão do governo e a "fraca execução orçamental".
Em comunicado divulgado ontem à noite, a Moody's informa que baixou hoje o 'rating' de longo prazo da Madeira do nível B1 para o nível B3, acrescentando que mantém as perspectivas de um novo corte.
O corte da notação financeira da Madeira surge no mesmo dia em que Alberto João Jardim admitiu que a dívida da região deve rondar os cinco mil milhões de euros, apontando que "é mais ou menos a do Metro do Porto".
A Moody's esclarece que a revisão em baixa da notação da Região Autónoma da Madeira "reflecte as [suas] preocupações sobre a má governança e gestão da região, bem como sobre a sua fraca execução orçamental", evidenciadas pelo Ministério das Finanças num comunicado de imprensa que aponta "graves irregularidades" no reporte do orçamento da região.
"A Madeira falhou ao reportar cerca de 1,2 mil milhões de euros (aproximadamente 130% das receitas anuais da região) em responsabilidades comerciais ao longos dos últimos anos", refere a agência de notação financeira.
"Dada a magnitude das quantias encobertas, acreditamos que a Madeira vai continuar a viver pressões orçamentais por algum tempo, uma vez que absorver essas responsabilidades nos seus orçamentos deverá levar vários anos", considera a Moody's.
Ao incluir estas responsabilidades - para as quais a região não tem fundos - nas contas da dívida da região, "o 'stock' da dívida directa e indirecta da Madeira iria aumentar mais de cinco vezes até ao fim de 2011".
A Moody's alerta ainda que as necessidades elevadas de financiamento da região dificilmente serão feitas através de obrigações ou de empréstimos de longo prazo a um preço razoável.
Sublinhando o "sentimento actual do mercado em relação à emissão portuguesa [de títulos de dívida] ", a Moody's considera "essencial o apoio do Governo Central na resolução deste problema".
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