sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

VIAGEM PELO MUNDO EM PORTUGÊS - LUSOTOPIA DE CARLOS FONTES


Uma Viagem pelo Mundo em Português

ARGENTINA-PORTUGAL.

A Argentina é um daqueles países cuja história esteve durante séculos ligada a Portugal, pelos bons e maus motivos.

Foram os portugueses que denominaram de Rio da Prata o rio que ali desaguava vindo da Serra da Prata (Colombia).O nome acabou por se adoptado pelos espanhóis.

O poema onde surge pela primeira vez o nome de Argentina foi publicado em Lisboa. Em 1860, a república que entretanto se formara, adoptou o nome de Argentina, nome que deriva do latim "argentum" (prata).

Descobridores, Conquistadores e Cartógrafos

A Argentina foi descoberta por portugueses, que também a exploraram e cartografaram.

- Gonçalo Coelho, em 1501 e 1503, foi o primeiro europeu a descobrir o Uruguai e a Argentina. Foi enviado duas vezes por D.Manuel I para a América do Sul a fim de explorar região, tendo chegado até ao extremo sul do continente. Alguns historiadores mais imaginativos, atribuem o comando da segunda expedição a Américo Vespúcio, um puro delírio.

- João de Lisboa, em 1511/2, a mando de D. Manuel I numa nova expedição percorre toda a costa da argentina, explorando o rio da Prata.

- João Dias de Solis (Juan Díaz de Solís , c.1470-1516), português ao serviço do rei de Espanha, em 1515, comanda uma expedição ao Rio da Prata, numa reacção espanhola a anteriores expedições de Portugal. Este navegador tem sido falsamente identificado falsamente como espanhol. Trata-se de um piloto muito experiente. Trabalhou até 1505 como cartógrafo ao serviço da Casa da India, em Portugal. Depois de ter assassinado a mulher, fugiu para Espanha (1507), tendo participado com Vicente Yáñez Pinzón e Américo Vespucio na Junta de Burgos (1508). No ano seguinte, participa numa viagem à América Central para procurar um estreito de ligação ao Oceano Pacífico (1509).

O embaixador português, em 1510, informa D. Manuel I que Solis vivia em Espanha com o seu irmão João Henriques, outro experiente navegador. O relato deste embaixador é muito claro quanto à sua nacionalidade portuguesa.

Em 1512 sucede a Vespúcio como Piloto-Maior na Casa da Contratação. Em 1515 comanda a expedição espanhola ao extremo sul do continente, numa reacção à expedição anterior que os portugueses haviam feito sob o comando de João de Lisboa (1511/2). Explorou o estuário até à Ilha Martín García e o Rio Solís, onde morreu. Os sobreviventes desta expedição foram depois resgatados por uma expedição portuguesa quando andava a explorar o mesmo rio...

- D. João III, rei de Portugal, desde o inicio do seu reinado, em 1521, que se bateu pela conquista do Rio da Prata, tendo enviado para a região várias expedições. Durante vários anos argumentou que a região estava dentro dos limites definidos no Tratado de Tordesilhas, apoiado em mapas produzidos por cartógrafos portugueses a deformaram os mapas da América do Sul para justificarem esta pretensão. Depois de 1534 começou a impor-se a ideia de expandir o território brasileiro para sul, de forma a aproximar-se do Rio da Prata.

- Fernão de Magalhães

- Aleixo Garcia. Participou em 1515 na expedição de Solis, voltou à Argentina em 1525, para dirigir uma expedição de exploração do Rio da Prata, tendo atingido a actual Bolívia. Estabeleceu desta forma a célebre Rota da Prata, que ligava Buenos Aires a Potosi. João Parias

- Francisco Pacheco, em 1525-1526, com Gonçalo da Costa exploraram o Rio da Prata, tendo regressado a Portugal em 1527.

- A expedição do genovês Sebastian Cabot, em 1527, ao Rio da Prata, ao serviço dos reis de Espanha, contou pelo menos 8 portugueses, entre os quais se destacam: Jorge Gomes (piloto), Rodrigo Alvarez (piloto) e Francisco César, mais tarde conquistador da Antioquia (Colombia), tenente general de Pedro Heredia.

- Pero Lobo Pinheiro, em 1531, comandou uma expedição terrestre com mais de 80 homens tendo sido mortos região da foz do rio Iguaçú com o rio Paraná.

- Martim Afonso de Sousa, em 1531, comandou uma grande expedição portuguesa de observação ao Rio da Prata, tendo atingido a Ilha Martim Garcia (Santa Ana, em português). Entrou pelo Rio Uruguay até ao forte espanhol de San Salvador. Regressou ao cabo de Santa Maria (La Paloma, Uruguay), regressando depois a Portugal. A suas observações confirmaram que a região não pertencia de facto a Portugal, mas a Espanha. Uma informação que foi mantida em segredo.

- Simão de Alcaçova (Simon de Alcazaba) y Sotomayor. Um traidor português que ao serviço de D. Manuel I explorou as Ilhas Molucas. Carlos V procurou que fosse comandante das Armada que iria verificar os limites de Tordesilhas. Devido à influência de D. João III é afastado do comando da expedição. Carlos V autorizou-o a explorar a Patagónia (Argentina) (1534/5). Nesta expedição levava consigo vários portugueses, como Nuno Alvares. Chegado á patagónia fez-se jurar governador e capitão general, tendo acabado assassinado.

- A expedição de Pedro de mendonza, primeiro governador espanhol do Rio da Prata, em 1535, contou com pelo menos 38 portugueses, entre os quais 4 eram pilotos: Estevão Gomes, João de Leão, Jacome de Paiva e .

A listagem é infindável e abrange todas as expedições espanholas neste continente, o que mostram o envolvimento dos portugueses na construção do Império espanhol, e nas suas atrozes matanças de indios.

A cartografia da região ficou a dever-se ao trabalho dos portugueses, entre eles destaca-se: Diogo Ribeiro (Diego Ribero) . Em 1525 fez a primeira carta da circum-navegação do mundo, incluindo o contorno do extremo sul do continente americano e o estreito de Magalhães (cujos navios tinham regressado em 1521). Diogo Ribeiro era cosmógrafo, cartógrafo e fabricante de engenhos náuticos, para além de um profundo conhecedor da construção naval fora contratado em 1523 para a Casa de Contratación de Sevilha. Foi o criador da cartografia moderna espanhola.

Povoadores
A presença de portugueses na região foi sempre uma constante. O seu objectivo era controlar a foz dos rios ao longo da costa da América do Sul até ao rio da Prata, mas também através do contrabando controlar o escoamento das riquezas que vinham das minas de prata do Peru.

Esta foi a região onde a restauração da independência de Portugal, em 1640, menos se fez sentir porque os argentinos encontram formas de contornar as proibições impostas pela corte espanhola.

Na foz do rio da Prata, os portugueses no final do século XVII, acabaram por criar uma colónia .- em Sacramento -, génese de um novo país, o Uruguai.

Buenos Aires

A comunidade portuguesa em Buenos Aires, superava nos séculos XVI e XVII a espanhola, um facto que nunca deixou de preocupar os governadores espanhóis, dada importância estratégica da cidade no "Rio de la Plata".

No período de ocupação de Portugal pela Espanha (1580-1640), os portugueses aproveitam para em grande número se instalarem nas colónias espanholas, incluindo a Argentina. O seu principal objectivo foi dominarem a Rota da Prata entre Buenos Aires e Potosi (Bolívia). Na mesma altura, aproveitaram para expandirem o território brasileiro.

San Miguel de Tucamán
Os portugueses instalam-se em grande número nesta cidade, situada junto ao rio da Prata. Graças à sua enorme mobilidade e competência, transformam-na num importante entreposto comercial, da partir do qual distribuem mercadorias para cidades tão distantes como Santiago do Chile ou Potosi.

Um dos símbolos deste dinamismo comercial foi o célebre bispo português Frei Francisco de Victoria, envolvido em todo o tipo de negócios. Em 1585, por exemplo, em associação com o comerciante português Lope Vázquez Pestaña, organiza uma expedição ao Brasil para obter mercadorias, sacerdotes, ornamentos e escravos para serem distribuídos no Rota da Prata.

Cordoba

O crescimento de Cordoba está ligado ao comércio internacional criado na região, no final do século XVI, pelos portugueses.

Santiago del Estero

A prosperidade da comunidade portuguesa nesta cidade, não deixou de gerar a inveja dos espanhóis. Em 1625, o mercador português - João da Cunha de Noronha (Juan Acuña de Noronha), residente nesta cidade é queimado vivo num Auto de Fé pela Inquisição de Lima.

Salta del Tucamán
Entre os muitos portugueses na cidade, destaca-se José de Medeiros, filho de um português. Nasceu na cidade portuguesa de Sacramento (Uruguai). Em 1810 exerceu o cargo de governador da Intendencia de Salto.

Comerciantes

Os portugueses, criadores do capitalismo comercial à escala global, em finais do século XVI deram ao comércio regional da Rota da Prata, uma dimensão internacional. Aqui vendiam produtos que traziam de todo o mundo (Brasil, África, Europa e Oriente), tendo um papel destacado no abastecimento dos distritos mineiros do Alto Peru.

Por mais proibidos que tenham sido, até aos anos 30 do século XVII, o portugueses dominam o comercio no Rio da Prata. O seu enorme poder não tarda a suscitar uma feroz por parte da Inquisição

Contrabandistas
A lucrativa Rota da Prata aberta e explorada pelos portugueses, tornou-se sobretudo depois de 1594 num dos mercados mais florescentes de contrabando.

A cidade de Buenos Aires desenvolveu-se em grande parte devido a este tráfego clandestino dos portugueses. Os espanhóis tentaram por todos os meios proibi-lo, mas todas as medidas eram em vão.

Negreiros
À semelhança do que ocorreu em todas as colónias espanholas, os portugueses não apenas dominavam o comércio, mas também o tráfico de escravos. Buenos Aires tornou-se na porta de entrada de escravos, a maioria dos quais vinham do Brasil e de Angola (1), os quais eram depois enviados para outros centros.
Em Cordoba funcionou um importante mercado negreiro. A partir de 1596, o reino do Chile, começou a abastecer-se de escravos nesta cidade.
Uma parte destes negros ficam na própria Argentina. O Censo da População de 1778, por exemplo, registava que só na cidade de Cordoba, num total de 44.052 habitantes, cerca de 60% eram negros, mulatos ou mestiços. Em Tucumán representavam 64%; Santiago del Estero, 54%; Em Catamarca, 52%; Em Salta, 46% e em Buenos Aires cerca de 30%.

Gauchos

A criação de gado na região foi introduzida pelos portugueses, em meados do século XVI, primeiro no Uruguai (Banda Oriental) e depois na Argentina, perto da Quilmes (Buenos Aires).

As primeiras cabeças de gado chegaram ao Uruguai, em 1555, vindas de São Vicente (Brasil).

A maioria dos gauchos até fins do século XVIII eram portugueses. O termo gaucho deriva do português gaudério, isto é, pessoa sem trabalho definido, sem familia, vagabundo, malandrim, desavergonhado, gatuno, meliante, ladrão. Fixaram-se na Banda Oriental do Rio da Prata, tendo-se dedicado à criação de gado, auxiliados pelos indios locais. Muitos deles optaram por esta vida para fugirem às perseguições da Inquisição (2).

Uma das suas fontes de rendimento era o contrabando de gado e de peles, nomeadamente para Buenos Aire. Os seus enormes rebanhos atravessavam o Rio do Uruguai, os territórios dos indios
charrúas e yaros, para desespero dos
espanhóis. Auxiliados pelos Indios minuanos, chegaram mais tarde a exportar carne para a Europa.

A fundação da Colónia de Sacramento, em 1680, constituiu uma base muito importante para as suas actividade de contrabando, o que estimulou o aumento da produção de gado, necessário para o abastecimento desta praça militar portuguesa.

A actual população gaucha é o resultado de uma mistura de portugueses, indios, africanos e espanhóis marginais. A linguagem gaucha, em Rio Grande do Sul (Brasil), Uruguai e na Argentina está repleta de palavras portuguesas.

Agricultores e Viniticultores

Os portugueses não apenas se distinguiram como grandes agricultores, mas também foram os introdutores da produção de vinho na Argentina.

Em 1608, Melchor Maciel, um jovem português, com apenas 21 anos, envolvido no contrabando entre Buenos Aires e Brasil comprou terras nas actuais localidades de Don Bosco e Bernal (Magdalena). Em 1635 inicia a produção do conhecido "vino de la costa" ou "patero", devido a estar perto da costa e do Rio da Prata. No século XVIII, em San Juan, os portugueses destacam-se entre os produtores.

Inquisição
As poderosas redes de cumplicidade que os portugueses possuíam em Buenos Aires, mas também em Cartagena (Colombia) evitaram-lhes inúmeras perseguições da Inquisição espanhola. No entanto muitos não conseguiram fugir às suas garras. João Rodrigues Estrela (Juan Rodriguéz Estela), nascido em Lisboa em 1614, residente em Buenos Aires desde 1634 a 1673, acabou por ser morto em Lima num Auto de Fé em 1675.

Maçonaria (Masonería Argentina)
É conhecida a enorme influência da maçonaria nos movimentos de independência da América. O fundador da maçonaria na Argentina foi um português - Juan da Silva Cordeiro - que em Março de 1803 fundou a loja maçónica - San Juan de Jerusalén de la Felicidad de esta parte de América. Cordeiro fora iniciado na loja Matritense de Madrid, e possui o grau 33 outorgado em Baltimore (1799). Os seus objectivos era lutarem pela independência e a felicidade.

Os portugueses estavam na linha da frente da luta pela independência das colónias espanholas.

Independência da Argentina
O movimento que conduziu à proclamação da Independência da Argentina, em 1816, na cidade de San Miguel de Tucamán, está ligado à comunidade portuguesa local e contou nos seus momentos decisivos com o apoio de Portugal.
Em resposta à invasão de Portugal pelas tropas espanholas apoiadas pelos franceses, em 1801, os portugueses invadiram os que hoje constituem o Uruguai e o Paraguai, criando um foco de tensão na região. As tropas espanholas ai estacionadas viram-se impotentes para travarem estas incursões, revelando a sua enorme fragilidade da região. O exemplo estava dado aos revolucionários dos povos das colónias espanholas..
Após a invasão de Portugal pelos franceses, apoiados pelos espanhóis, a corte portuguesa mudou-se para o Brasil (fins de 1807). Os portugueses promovem uma activa rebelião contra os espanhóis, atacando os seus interesses nas colónias americanas.
Acontece que a mulher do rei português D. João VI era uma princesa espanhola (Carlota Joaquina), a qual não tardou a reclamar o direito aos territórios espanhóis na América, uma vez que os franceses haviam ocupado do trono de Espanha (1808, por abdicação de Fernando VII). Portugal viu nesta acção uma forma de expandir o Brasil, incorporando novos territórios.
A maioria dos descendentes portugueses (crioulos) nascidos na Argentina, Uruguai e Paraguai, estão na linha da frente na defesa da independência destes territórios.
Após ter rebentado a revolução em Buenos Aires, a 25 de Maio de 1810, as autoridades espanholas mudaram-se em força para Montevideo (Banda Oriental), solicitando ao Consejo de Regencia espanhol o envio de um novo vice-rei, tropas e armas para reprimir o levantamento. A partir daqui ficou claro que os povos da Banda Oriental, não aceitariam unir-se aos argentinos no caso da independência se concretizar. Quando em 1816, os argentinos proclamam a sua independência em Tucamán, os povos da Banda Oriental recusaram-se a participar na formação do novo país.
É neste momento crucial que os portugueses intervém, em 1816, com a concordância dos argentinos e dos paraguais, ocupam a Banda Oriental, incluindo Montevideo (20/01/1817), levando à posterior retirada de José Gervasio Artigas Arnal (1820).
Portugal também foi o primeiro país a reconhecer a reconhecer a independência da Argentina (1821). 
João Manuel de Figueiredo foi o primeiro representante de Portugal na Argentina, e encontra-se sepultado no Panteão do Convento de "Santo Domingo".
Heróis luso-argentinos:
- Manuel Crispulo Barnabé Dorrego (1787-1828), Filho do comerciante português José António do Rego. Foi um dos heróis da independência da Argentina. Em 1827 foi eleito governador da Provincia de Buenos Aires, sendo fuzilado no ano seguinte.
Século XIX
Até finais do século XIX, os emigrantes portugueses eram sobretudo marinheiros e pequenos comerciantes, oriundos de Lisboa e Porto. A partir de então começaram a chegar emigrantes provenientes de outras regiões de Portugal (Algarve, Madeira, Açores, Guarda, Leiria, etc) que se dedicaram às mais diversas actividades. 
Século XX 

"Bem pouco ou nada sei de meus maiores / Portugueses, os Borges: vaga gente /Que prossegue em minha carne obscuramente, /Seus hábitos, rigores e temores. /Ténues como se não tivessem sido / E alheios aos trâmites da arte, /Indecifravelmente formam parte/ Do tempo e da terra e do olvido."

Jorge Luís Borges, O Fazedor.

Emigração.
A comunidade portuguesa não sendo numerosa na Argentina , não deixa de ser significativa pelos fluxos migratórios que registou ao longo do século XX:
1900/09 - 7.633 emigrantes; 1910/19- 17.570; 1920/29 - 23.406; 1930/39 - 10.310; 1940/49 - 4.230; 1950/59 - 12.033; 1960/1969 - 2.828; 1970/1979 - 251; 1980/1984 -126.
Vivem actualmente na Argentina cerca de 16.000 portugueses (cerca de 30 mil luso-descendentes) (Dados de 2004).
Durante a ditadura em Portugal (1926-1974) muitos portugueses fixaram-se neste país por razões políticas. Entre eles destaca-se o prof. António Aniceto Monteiro, ilustre matemático, exilado na Argentina em 1949, tendo leccionado na Universidade de Cuyo e depois na Universidade do Sul, em Bahia Blanca, onde criou uma biblioteca que tem hoje o seu nome.
Entre as cidades em que se estabeleceram destaca-se Buenos Aires, Rosario, Comodoro de Ribadavia (Patagónia), etc. Em algumas destas cidades constituíram importantes associações.
Patagónia. O primeiro emigrante português da Patagónia foi Sebastião Peral (1837- ). Comerciante em Buenos Aires, em 1903, resolveu aproveitar a oportunidade que o governo argentino oferecia a quem quisesse povoar a Patagónia, tendo se estabelecido em Comodoro de Rivadavia. Homem enérgico criou armazéns de mantimentos, oficinas, fábricas, a primeira biblioteca, um partido político (Partido do Povo), etc. Em 1907 esteve na origem da descoberta do petróleo na região. Não tardou em estimular outros portugueses (algarvios) a fixarem-se na Patagónia.
Depois de Comodoro os portugueses começaram a espalhar-se pela região, sobretudo ao longo do Vale do Rio Chubut. Fixaram-se em Punta Tombo, Gaiman, Puerto Madryn e Trelew, onde se situa a sua 2ª. maior comunidade (300 km de Comodoro). A sua acção foi muito importante para o povoamento e progresso desta região da Argentina.
Associações (asociacion): Associação Portuguesa S.M. de Comodoro Rivadavia (fund.1923); Associação Beneficiência e Socorros Mútuos de Trelew /Valle del Chubut; Clube Desportivo Português de Comodoro Rivadavia (fund.1961).
Em Trelew a comunidade portuguesa tem programas próprios na rádio. (cfr. Expresso, 26/11/2005).

Sítios classificados pela UNESCO: Missões Jesuítas dos Guaranis: http://whc.unesco.org/sites/291.htm; http://www.missoes.iphan.gov.br/; http://www.monumentos.org.ar/08mis/mis00.htm...

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