quarta-feira, 14 de setembro de 2011

TAMBWE, A UNHA DO LEÃO (O NOVO ROMANCE DE ANTÓNIO OLIVEIRA E CASTRO)

Caríssimos

Nas novidades de Setembro da Gradiva descubram escritores conhecidos... e comprem o Tambwé. Vale a pena, não se arrependerão, leiam até ao fim e garanto ser uma "ganda" prenda de Natal!
Autor:
António de Oliveira Castro e Nuno David (ilustrações)

Colecção:
Gradiva

Páginas:
336

Ano de edição:
2011

ISBN:
978-989-616-444-7

Capa:
Brochado (capa mole)

13,23 euros 
10%
Tambwe

A unha do leão

14,7 €

Detalhes
Sinopse


De Lisboa a Luanda, seguindo por Paris e por bases aéreas bem guardadas na Rússia e na África do Sul, é uma longa
viagem sacudida por geografias contrastantes e pelos solavancos da descolonização e do fim da Guerra Fria.
Tambwe – A Unha do Leão  faz-se disso e de muito mais. É também o percurso interior de Eugénio, à procura da sua infância e

da sua razão de ser numa Angola atormentada pela guerra.

Com uma escrita torrencial e opulenta, o autor descola volta e meia da realidade palpável, circunscrita pelo tempo e

pelo espaço, e parte para um universo onírico e simbólico, verdadeiro paraíso perdido, porventura para sempre.

Romance de vida e de morte, só uma partitura de Brahms parece restar como energia redentora quando, na noite

tropical, se abrem as portas da prisão de Luanda.

EXCERTO
«O rio subterrâneo parou, talvez apenas se tivesse silenciado. A luz que atravessava a abóbada de quartzo

desapareceu, talvez não passasse de uma nuvem carregada de chuva a obscurecer o sol. Nada bulia, nada

perturbava aquela secreta intimidade, a não ser uma impressionante sensação de poder. Sosseguei, sem medo do

tribunal e dos seus juízes. Solene, o chefe Vapor falou em 
umbundo, apoiando-se no bordão nodoso, polido pelo uso,

com as mãos descarnadas pela velhice. Os olhos pequeninos, onde espreitava a cegueira, faiscavam apesar disso.

Parecia irritado, pois desferia, no chão, golpes furiosos com a vara de
girassonde enquanto a boca desdentada

soprava frases que lhe agitavam os pelos da somítica barba. Com a mesma pompa, o meu avô traduziu, o bigode ao

sabor de ligeiro tremor do lábio sensual. 
Hossi, vem aí uma guerra terrível!» - (p. 152)

Autor

António Castro nasceu em Angola, no Bongo-Lépi, em 1951.

Entre 1969 e 1971 publica alguns contos no jornal ABC de Angola, é co-produtor do programa de rádio «Cosmos 11»,

estuda no Instituto Comercial de Luanda (ICL), co-edita a revista do ICL, funda com um conjunto de amigos um grupo

de teatro e o movimento de jovens Modjove publica o livro de poemas
Eu, a minha terra e a minha gente.


Simpatizante do MPLA, entra, em 1974, para o Comité de Defesa do Prenda (Luanda) e publica o livro de poemas
Canções Clandestinas da Revolta Latente


Em 1975 faz parte dos quadros da Comissão Nacional do Plano. É ainda nomeado instrutor militar da Organização de

Defesa Popular (ODP), fazendo parte da estrutura de comando de uma unidade de combatentes camponeses.

Como consequência do golpe de Estado de 27 de Maio de 1977, abandona o país. Em Estocolmo, ganha a vida a

lavar loiça no restaurante Caravela e aprende artes gráficas num jornal pertencente à comunidade de refugiados

políticos sul-americanos.

Em Lisboa, adere à LCI/PSR, onde milita a tempo inteiro. Trabalha na cooperativa de artes gráficas daquela

organização. Abandona a militância política em 1981. A residir em Setúbal desde 1982, aí trabalha em várias

empresas.
Tels:
21 397 40 67/8 - 21 397 13 57 - 21 395 34 70 Fax: 21 395 34 71 E-mail: geral@gradiva.mail.pt | encomendas@gradiva.mail.pt

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