Nas novidades de Setembro da Gradiva descubram escritores conhecidos... e comprem o Tambwé. Vale a pena, não se arrependerão, leiam até ao fim e garanto ser uma "ganda" prenda de Natal!
Autor:
António de Oliveira Castro e Nuno David (ilustrações)
Colecção:
Gradiva
Páginas:
336
Ano de edição:
2011
ISBN:
978-989-616-444-7
Capa:
Brochado (capa mole)
13,23 euros
10%
TambweA unha do leão
14,7 €
Detalhes
Sinopse
De Lisboa a Luanda, seguindo por Paris e por bases aéreas bem guardadas na Rússia e na África do Sul, é uma longa
viagem sacudida por geografias contrastantes e pelos solavancos da descolonização e do fim da Guerra Fria.
Tambwe – A Unha do Leão faz-se disso e de muito mais. É também o percurso interior de Eugénio, à procura da sua infância e
da sua razão de ser numa Angola atormentada pela guerra.
Com uma escrita torrencial e opulenta, o autor descola volta e meia da realidade palpável, circunscrita pelo tempo e
pelo espaço, e parte para um universo onírico e simbólico, verdadeiro paraíso perdido, porventura para sempre.
Romance de vida e de morte, só uma partitura de Brahms parece restar como energia redentora quando, na noite
tropical, se abrem as portas da prisão de Luanda.
EXCERTO
«O rio subterrâneo parou, talvez apenas se tivesse silenciado. A luz que atravessava a abóbada de quartzodesapareceu, talvez não passasse de uma nuvem carregada de chuva a obscurecer o sol. Nada bulia, nada
perturbava aquela secreta intimidade, a não ser uma impressionante sensação de poder. Sosseguei, sem medo do
tribunal e dos seus juízes. Solene, o chefe Vapor falou em
umbundo, apoiando-se no bordão nodoso, polido pelo uso,
com as mãos descarnadas pela velhice. Os olhos pequeninos, onde espreitava a cegueira, faiscavam apesar disso.
Parecia irritado, pois desferia, no chão, golpes furiosos com a vara de
girassonde enquanto a boca desdentada
soprava frases que lhe agitavam os pelos da somítica barba. Com a mesma pompa, o meu avô traduziu, o bigode ao
sabor de ligeiro tremor do lábio sensual.
Hossi, vem aí uma guerra terrível!» - (p. 152)
Autor
António Castro nasceu em Angola, no Bongo-Lépi, em 1951.
Entre 1969 e 1971 publica alguns contos no jornal ABC de Angola, é co-produtor do programa de rádio «Cosmos 11»,
estuda no Instituto Comercial de Luanda (ICL), co-edita a revista do ICL, funda com um conjunto de amigos um grupo
de teatro e o movimento de jovens Modjove publica o livro de poemas
Eu, a minha terra e a minha gente.
Simpatizante do MPLA, entra, em 1974, para o Comité de Defesa do Prenda (Luanda) e publica o livro de poemas
Canções Clandestinas da Revolta LatenteEm 1975 faz parte dos quadros da Comissão Nacional do Plano. É ainda nomeado instrutor militar da Organização de
Defesa Popular (ODP), fazendo parte da estrutura de comando de uma unidade de combatentes camponeses.
Como consequência do golpe de Estado de 27 de Maio de 1977, abandona o país. Em Estocolmo, ganha a vida a
lavar loiça no restaurante Caravela e aprende artes gráficas num jornal pertencente à comunidade de refugiados
políticos sul-americanos.
Em Lisboa, adere à LCI/PSR, onde milita a tempo inteiro. Trabalha na cooperativa de artes gráficas daquela
organização. Abandona a militância política em 1981. A residir em Setúbal desde 1982, aí trabalha em várias
empresas.
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