Publicado em 10 de Agosto de 2011 - JORNAL i
Presidente do Governo Regional considera uma provocação o relatório do TC sobre dívida madeirense.
No dia em que se tornou público um relatório do Tribunal de Contas que refere que a dívida financeira da Madeira aumentou 99,4 milhões em 2010 e que o Governo Regional pagou despesas de funcionamento com as verbas concedidas para a reconstrução da ilha na sequência do temporal de Fevereiro de 2010, Alberto João Jardim não comentou os números nem o uso indevido dos empréstimos contraídos ao abrigo da Lei de Meios. Insistiu, antes, em sublinhar a coincidência de esta auditoria ser conhecida em altura de campanha eleitoral e ameaçou recorrer à legítima defesa se as "entidades da República" continuarem "a provocar o povo madeirense só porque não estão sob a tutela do governo da região".
"Alertei o senhor Presidente da República como alertei já este governo que, sempre que estamos próximo de eleições, aparecem umas entidades que são da República prontas a fazer-nos a vida um inferno", disse à margem de uma inauguração na freguesia do Faial.
O relatório do Tribunal de Contas concluiu que a região autónoma da Madeira contraiu no ano passado empréstimos no montante de 146,8 milhões de euros. No final do ano, a dívida financeira chegava aos 963,3 milhões de euros, mais 99,4 milhões que em 2009. Perante estes resultados, o Tribunal de Contas recomendou à Secretaria Regional do Plano e Finanças para ter atenção ao limite máximo de endividamento.
Sem fazer referência ao tribunal, Alberto João Jardim referiu que, apesar dos "cortes", a Madeira está a fazer um "esforço enorme", através do sector público e privado, e desafiou os madeirenses a "saber resistir". "Temos que ter esta alma de resistência", principalmente "no período que agora se vive."
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