segunda-feira, 18 de abril de 2011

OLIVENÇA - TERRITÓRIO PORTUGUÊS OCUPADO POR ESPANHA

7 comentários:

Anónimo disse...

NOTÍCIA/ADENDA
UMA NOITE PARA RECORDAR (Fados em Olivença, 21-JULHO-2011)
Era uma noite calma. Quinta-feira, 21 de Julho de 2011, à noite. Um
palco montado a meio da rua. Rua dos Saboeiros. Calle Bravo Murillo,
oficialmente.
O enquadramento do palco era belo. Um velho nicho, caiado de
branco, que outrora albergou um qualquer santo ou santa. Talvez em
nome de um ofício. Quiçá de uma qualquer devoção, pessoal ou
colectiva. Talvez em memória de algo. Ou de coisa nenhuma. Fé,
certamente. Como sabê-lo?
Meia rua, defronte do palco, cheia de cadeiras, com algumas mesas,
uma ou outra reservada para as autoridades locais e autárquicas, tudo
em frente do Bar promotor do evento, o "Pub Limbo". O espectáculo,
alentejanamente, recebeu o nome de "Luar na Chuné". "Chuné"
alentejana, visível, com o luar a bater-lhe. E o nicho, com enfeites
barrocos. Também com a Luar a bater-lhe.
Nas cadeiras, sentou-se muita gente. Esmagadoramente locais. E esperou-se.
Não muito. Toy (António) Faria, de Elvas, começou a cantar o
primeiro fado. E continuou com o segundo. Depois, a voz forte de
Patrícia Leal. Uma surpresa. Da Azaruja. Uma voz igual às melhores.
Por fim, João Ficalho, de Borba. Cantando.... mas também, e sempre,
tocando viola. Acompanhando também os outros.
Só um não cantou. João Esquetim, de Portalegre, creio. Mas... era
ele que dava o som ao fado. Som que tirava da Guitarra portuguesa.
Momentos surpreendentes. Principalmente quando um fadista, Toy
(António) Faria, fez um apelo ao público para que o acompanhasse. E
ele assim fez. Uma e outra vez, entoando "Canto o Fado".
Outro momento alto. Patrícia Leal cantou "Por uma Lágrima".
Dificuldade e responsabilidades acrescidas. Um primor de execução!
Todos estiveram bem. Cantores, público, organizadores. Com destaque
para a Associação local "Além Guadiana". Que teima. Lutando contra o
silêncio, a apatia, a indiferença. Porque a cultura lusitana está ali,
e é de todos. Evitando interferências políticas ou questões delicadas.
Mas está presente.
Foi uma noite de fados em Olivença. Essa localidade incómoda. Mas
com uma grande personalidade!
Estremoz, 26 de Julho de 2011
Carlos Eduardo da Cruz Luna

Anónimo disse...

TRÊS ANOS DE ACTIVIDADE: O "ALÉM GUADIANA"
por Carlos Luna
(RESUMO DE ACONTECIMENTOS DE TRÊS ANOS: 2008-2011)(Parte 1 de 6)
A INESPERADA RECUPERAÇÃO DO PORTUGUÊS EM OLIVENÇA
Portugal é um País de contradições. Ambiciona ser conhecido,
reclama que a sua cultura
é pouco divulgada... mas, contraditoriamente, parece envergonhar-se de assumir
manifestações concretas da sua cultura.
Desde 2008 ( em Março de 2011, celebra-se o terceiro aniversário),
algo de novo surgiu
no panorama cultural português...
ou, se se quiser,
lusófono. Previamente, a União Europeia chamou a atenção para a falta
de protecção de que
a Língua Portuguesa era vítima por parte do Estado Espanhol em
Olivença e Táliga (antiga
aldeia de Olivença.Mais importante, na própria Olivença, um grupo de
locais fundou a
Associação "Além
Guadiana", que, sem
se preocupar com a questão, que se mantém, algo discretamente, sobre a
soberania legal
(ou efetiva) sobre a Região, decidiu meter "mãos à obra", e começar a
lutar pela
recuperação da sua cultura e da sua História. Entenda-se: Cultura e
História portuguesas.
Menos de um ano sobre a sua fundação, o grupo conseguia, em 28 de
Fevereiro de 2008,
organizar uma "Jornada do Português Oliventino", que decorreu na
Capela do Convento
português de São João de Deus (em Olivença, naturalmente).
Quer se queira, quer não, fez-se História: pela primeira vez desde 1801,
a Língua Portuguesa manifestava-se livremente em Olivença, com a
"cobertura" das
autoridades espanholas máximas a nível local e regional.
Quase 200 pessoas foram testemunhas disso, entre as quais o
arqueólogo Cláudio
Torres, o "herói" do mirandês Amadeu Ferreira, e outros!
Vale a pena fazer um resumo do que então se passou.

A JORNADA DE FEVEREIRO DE 2008

Falou primeiro o Presidente da Junta da Extremadura espanhola,
Guillermo Fernández
Vara. Curiosamente, um oliventino. Foi comovente ouvi-lo confessar
que, na sua casa paterna, o Português era a língua dos afectos. O
Presidente da Câmara
de Olivença, Manuel Cayado,falou em seguida.
Joaquín Fuentes Becerra, presidente da Associação "Além
Guadiana", destacou e
insistiu no aspecto cultural da Jornada.
Juan Carrasco González, um conhecido catedrático, falou depois.
Seguiu-se Eduardo Ruíz Viéytez,Consultor do Conselho da Europa,
que explicou as
recomendações críticas deste, ao Estado Espanhol, em relação ao
Português de Olivença.
Falou depois Lígia Freire Borges, do Instituto Camões, que destacou o
papel da Língua Portuguesa no mundo. Após o almoço, foi a vez de
ouvir a voz de alguns oliventinos, em Português, bem alentejano no
vocabulário e no
sotaque, não faltando críticas e denúncias de situações de repressão
linguística não muito longe no tempo.
Falram depois Domingo Frade Gaspar (pela fala galega) e José
Gargallo Gil (Línguas
minoritárias).
Seguiu-se Manuela Barros Ferreira, da Universidade de Lisboa, que
relatou a experiência significativa de recuperação do Mirandês.
Falou finalmente o Presidente da Câmara Municipal de Barrancos, a
propósito dos projectos de salvaguardar o dialecto barranquenho.
No final, foi projectado um curto filme sobre o Português
oliventino, realizado por
Mila Gritos (Milagros Rodrígues Perez). Nele surgiam
oliventinos a contar a história de cada um, sempre em Português.
Deu por encerrada a sessão Manuel de Jesus Sanchez Fernandez, da
Associação Além-Guadiana.
Os assistentes e os promotores da Jornada
abandonaram o local, já de noite, convictos de que tinham assistido a
algo notável.
Estava dado um passo de gigante para a recuperação de cultura
lusa em Olivença.
Cerca de um ano, um pouco mais, depois, nova surpresa!

(CONTINUA)

Anónimo disse...

(PARTE 2 de &)
TOPONÍMIA EM PORTUGUÊS

A Câmara Municipal de Olivença decidiu começar a recuperar os
antigos nomes em
português das ruas da localidade. A iniciativa partiu, claro, da
associação cultural Além
Guadiana, apresentou à Câmara e aos diferentes representantes
políticos de Olivença um
projeto pormenorizado para a valorização da toponímia oliventina, com
unânime aceitação.
O projeto, com início a 12 de Junho de 2010, e que prossegue,
estando já quase
conluído em Janeiro de 2011, contempla a adição dos antigos nomes das
ruas aos atuais,
mantendo a mesma tipologia e estética nas placas. Assim, resgatam-se
as denominações das
ruas, dos becos,das calçadas, etc., que configuram o conjunto
histórico encerrado nas
muralhas
abaluartadas, com um total de 73 localizações.
Recorde-se que a maior parte da toponímia urbana de Olivença foi
ubstituída ou
modificada na primeira metade do século XX, embora quase todos os
nomes continuassem a
ser utilizados pela população apesar das alterações, como nos casos da
rua da Rala, da
rua da Pedra, da Carreira, etc.
A Associação "Além Guadiana", num comunicado, esclarecia: «os
antigos nomes das ruas
falam-nos do passado português da "Vila", como popularmente é
conhecida a cidade, desvelando aspetos diversos, amiúde desconhecidos,
da sua história.
Estes remontam a séculos atrás, muitos deles à Idade Média, aludindo a
pessoas ilustres
da História, a antigos grémios de artesãos, a santos objeto da devoção
popular ou à
fisionomia das ruas, entre outros aspetos. "A rua das Atafonas, a
Calçada Velha, o
Terreiro Salgado e o beco de João da Gama" são alguns exemplos.»
Mais dizia a comunicado. «Com esta iniciativa pretende-se, enfim,
realçar um
interessante componente da rica herança cultural oliventina, a
toponímia, contribuindo
para testemunhar a história partilhada deste concelho e para a tornar
visível em cada
recanto intramuros. Os nomes ancestrais dos espaços públicos conformam
uma janela que
convida a assomar-se e a explorar a apaixonante história de Olivença.
Expressados na sua
originária língua
portuguesa, constituem o testemunho vivo de uma cidade onde se
respiram duas culturas e
são um veículo que encoraja os mais novos a manter a língua que ainda
falam as pessoas
mais velhas do município. Para a associação Além Guadiana, trata-se de
uma iniciativa com
fins didáticos, culturais e turísticos, com a qual se resgata para o
presente uma parte
do passado oliventino.»
(CONTINUA)

Anónimo disse...

(Parte 3 de 6)PEÇO AOS POLÍTICOS/JORNALISTAS/INTELECTUAIS...TENDO COMO BASE ESTE TEXTO EM TRÊS PARTES... QUE FAÇAM UM ARTIGO SOBRE O ASSUNTO (Parte 2 de 3) COMO CONSIGO QUE UM JORNAL PUBLIQUE ISTO UMA ESPÉCIE DE «DIA DE PORTUGAL»... DOIS DIAS DEPOIS

A inauguração das primeiras ruas com os nomes em Português, teve
lugar no meio de uma
espécie de festival promovido pela Associação citada, denominado
«Lusofonias». No sentido
de promover a cultura e a língua portuguesa, a organização do evento
elegeu como imagens
promocionais da iniciativa Amália Rodrigues, Fernando Pessoa e Vasco da Gama.
A "Além Guadiana" justificou estas escolhas: «São ícones de
Portugal e da sua
história. Como curiosidade posso dizer que os familiares de Vasco da
Gama são originários
de Olivença e desta forma vamos relembrar esse facto.»
A iniciativa cultural contou com a colaboração do Ayuntamiento de
Olivença, da
Associação para o Desenvolvimento Rural da Comarca de Olivença e da
Junta da Estremadura,
e consistiu ainda num vasto conjunto de actividades, entre as quais se
destacaram peças
de teatro, música, literatura e animação de rua.
Em paralelo, houve uma zona reservada a exposições, onde estiveram
artesãos, um
espaço dedicado à gastronomia e a instituições do espaço lusófono, bem
como trabalhos ao
vivo e animação musical a cargo de grupos de Portel (Évora).
Procedeu-se a uma leitura pública contínua em português, na qual
participaram
oliventinos de todas as idades lendo ou recitando na língua de Camões,
Este foi um dos
pontos altos que a organização destaca deste dia dedicado ao mundo lusófono.
Durante a manhã ocorreu também uma demonstração de folclore,
através do grupo "La
Encina" de Olivença e a atuação das Cantadeiras de Granja (Évora).
No período da tarde foi projectado no Espácio para la Creación
Joven, o filme "O Leão
da Estrela", e houve actividades de animação nas ruas, bem como ainda
a atuação dos
alunos de português da escola pública Francisco Ortiz, de Olivença.
A "Estória da Galinha e do Ovo" e "O Canto dos Poetas", ambos
interpretados pela
associação "Do Imaginário" de Évora, foram dos atractivos desta
iniciativa promovida pela
associação "Além Guadiana".

UM MERCADO MENSAL

O final de 2010 e o princípio de 2011 viram realizar-se mais uma
iniciativa deste
prolixo grupo oliventino: um mercado mensal de artesanato e
antiguidades portuguesas. O
primeiro efetuou-se a 11 de Dezembro de 2010, o segundo a 8 de Janeiro
de 2011. O terceiro
em 12 de Fevereiro de 2011. E assim por diante!
Pela primeira vez, em mais de duzentos anos, ressurgiu o mercado
antigo tradicional de
Olivença era aos Sábados, nas suas características originais. Na
verdade, este evento
efetua-se num local distinto do mercado mais convencional (Adro da
Igreja manuelina da
Madalena), que é no mesmo dia da semana.
Foi curiosa a primeira edição, não só pelo afluxo de interessados,
mas também por
algumas das motivações expressas. Muitas louças tradicionais (do
Redondo, por exemplo), e
mobiliário, também tradicional, foram adquiridos porque lembrava aos
compradores objectos
vistos em casa de antepassados seus, onde constituíam uma espécie de
relíquias. Note-se
que, na falta do seu tradicional mercado, muitos oliventinos, durante
mais de cem anos,
se deslocavam a Elvas ou a outras localidades, procurando obter os
produtos (então de
utilidade doméstica, ou de decoração) a que estavam tradicionalmente
habituados.(CONTINUA)

Anónimo disse...

(Parte 4 de 6)
LANÇAMENTO DAS SEGUNDAS LUSOFONIAS NA "CASA O ALENTEJO" (12-Maio dwe 2011)

O Além Guadiana" não hesitou em avançar para uma nova edição de
Lusofonias, e tratou de fazer a sua divulgação na "Casa do Alentejo",
em 12 de Maio de 2011. A Imprensa portuguesa, ainda que convocada, não
compareceu em grande medida, cm excepção da Agência Lusa, que publicou
um excelente artigo sobre este grupo de oliventinos. São dessa
notícias as informações que se seguem.
«A associação 'Além Guadiana' apelou hoje a um maior apoio do
Estado português e das diversas instituições ligadas à cultura, para
"manter acesa a
chama" da língua portuguesa em Olivença.
"Falta apoio português. Não só do Estado, mas também das instituições
e dos media. Os
meios de comunicação social portugueses deveriam ir a Olivença ver as
coisas de outro
prisma", afirmou Eduardo Machado, que aproveitou para sublinhar que o
'terreno' da
associação "é apenas a cultura".
"Queremos tratar as coisas com naturalidade. Respeitamos todas as
posições, mas o nosso
terreno é a cultura", afirmou, referindo-se às rivalidades e preconceitos ainda
existentes e à necessária mudança de mentalidades, sublinhando: "O
português em Olivença
não é uma língua estrangeira".
O responsável falava na primeira iniciativa pública da 'Além Guadiana'
em Portugal, que
decorreu na Casa do Alentejo, em Lisboa, e serviu não só para fazer um
balanço dos três
anos de atividades desta associação sem fins lucrativos mas também
para apresentar a
segunda edição do festival 'Lusofonias', que decorrerá em Olivença nos
dias 28 e 29 deste
mês.» (Fim da citação da Lusa).
E, na verdade, o novo festival de Lusofonias, de dois dias,
decorreu em 28 e 29 de Maio de 2011. (CONTINUA)

Anónimo disse...

Parte 5 de 6

CONCLUSÃO:PEÇO AOS INTELECTUAIS/JORNALISTAS... TENDO POR BASE ESTE "RELATO" EM TRÊS PARTES...QUE FAÇAM UM ARTIGO SOBRE ISTO(CONCLUSÃO/PARTE 3 DE 3) COMO CONSIGO QUE UM JORNAL PUBLIQUE ISTO (CONCLUSÃO) O SEGUNDO FESTIVAL DE LUSOFONIAS (28 e 29 de Maio de 2011)

Teremos de fazer algumas considerações prévias, ainda que com o
risco de cair em "repetições".
É difícil descrever o que representou, ou representa, histórica e
culturalmente, este
"festival" de cultura portuguesa e lusófona para, e em primeiro lugar,
Olivença, para Portugal, e para o espaço lusófono. Trata-se, recordemos, do
renascer de toda uma Cultura (a portuguesa) num lugar onde, desde
1801, a mesma deixou de ser "oficial", e onde, durante cerca de
duzentos anos, muito se fez para a aniquilar. São habitantes locais,
oliventinos genuínos, que, sem entrarem em considerações politicas e
considerações sobre litígios de soberania, reivindicam a sua cultura
tradicional e a sua pertença ao espaço lusófono. É um tanto
confrangedor, para não usar expressões mais críticas que não se dê
maior destaque ao que ali ocorre em consequência disso.
No dia 28 de Maio, Sábado, após uma alocução das autoridades locais
(com a presença de todas as forças políticas oliventinas) numa curta
cerimónia de abertura, as "Lusofonias" foram oficialmente abertas ao
público. Pavilhões de instituições portuguesas e de comércio e
artesanato (com destaque para a doçaria), que se estendiam por duas
secções da antiga Carreira, numa amostra muito significativa da
cultura portuguesa. O grupo Gigabombos, de Évora, desfilou no local,
e, depois, por toda a cidade.
Seguiu-se uma leitura pública, essencialmente por oliventinos, de
textos em Português. Documentários e teatro, música, corais
alentejanos, bem como actuações de escolas locais (sempre ne língua de
Camões), seguiram-se pela noite fora. Note-se que estavam presentes
elementos culturais de vários países lusófonos, e não só de Portugal.
Uma exposição fotográfica, aliás apresentada com destaque, mereceu
muita atenção, intitulada "O meu olhar sobre a Olivença Portuguesa",
do oliventino Jesus Valério. Muita gente a elogiou.
À noite, houve um espectáculo público, um concerto do cantautor
espanhol (e extremenho) Luís Pastor, "padrinho" do evento, que teve o
cuidado de quase só usar a língua portuguesa, cantando temas
portugueses, e recordando grandes cantautores portugueses (a começar
por Zeca Afonso).
No dia 29 de Maio, Domingo, reabriu o espaço dos pavilhões, e actuou o
Rancho folclórico de Macieira da Lixa (Porto). Seguiram-se canções e
dramatizações, uma vez mais em Português e a "cargo" de alunos de
escolas locais, e ainda mais música por um grupo português. Só por
volta das 24.00 se deu por encerrado o evento, um sucesso que levará,
decerto, a Associação oliventina "Além Guadiana" a continuar a
esforçar-se por devolver a Olivença a sua cultura e língua
tradicionais, com iniciativas como esta ou outras similares, para além
de um trabalho contínuo e diário nesse mesmo sentido.
A dita Associação renova o apelo para que, em Portugal, e sem
preconceitos, haja uma maior divulgação das suas actividades, bem como
apoios, basicamente culturais, já que os seus objectivos são deste
teor, e não outros. É infelizmente necessário repetir que nem sempre
parece estar a haver uma clara
compreensão destes aspectos, o que muito se lamenta.

Anónimo disse...

Parte 6 de 6 (CONCLUSÃO)

INTEGRAÇÃO NA LUSOFONIA

Só no dia 8 de Junho de 2011 a RTP, no "Portugal em Directo",
mostrou a boa reportagem que fizera em Olivença no dia 28 de Maio de
2011. Sirva de desculpa o período eleitoral que se vivia então em
Portugal. Afinal, os oliventinos só querem ser ouvidos, sem
discriminações.
"A língua de Camões fala-se ininterrompidamente em Olivença desde
finais do século
XIII". Estas são palvras do Presidente da Associação Além Guadiana, o
já citado Joaquín
Fuentes Becerra, "Este o mais importante legado português. Até meados
do século XX, 150
anos após a mudança de nacionalidade, a língua maioritária era o
Português, apesar de não
ter tido qualquer apoio institucional". Becerra acrescenta que, hoje
em dia, para além de
conservada pelos mais velhos, a língua portuguesa já está a ser
ensinada nas escolas.
"Estamos no caminho correto, mas faz falta uma aposta mais forte para
que a língua
portuguesa não se perca em Olivença. A língua é tudo". E, sem abordar
aspectos políticos,
Becerra reclama para a localidade a sua "INTEGRAÇÃO NA LUSOFONIA".
Parece que algo de novo, e talvez um tanto inesperado, está a
surgir no espaço
lusófono. Ignorá-lo, fingir que não existe, começa a ser impossível. E
insuportável!
Estremoz, 16 de Junho de 2011
Carlos Eduardo da Cruz Luna (FIM)..