quarta-feira, 29 de agosto de 2012
CÃES DE RAÇA PORTUGUESA - PASTOR TRANSMONTANO
Ao longo dos séculos, as tribos errantes da Ásia, deslocaram-se de oriente para ocidente, estabelecendo novas tribos e rebanhos que eram acompanhados pelos mastins de guarda e protecção. Estes cães partindo de umtronco comum, adquiriram e mantiveram características próprias que hoje permitem diferencia-los de região para região. A história de todos os mastins de rebanhos europeus e ibéricos está assim interligada, sendo possível encontrar uma origem comum a todas as variantes raciais adaptadas localmente.
Na Península Ibérica existem, há cerca de 4000 anos, tribos que assentavam na pastorícia a sua fonte de subsistência. Na defesa dos rebanhos contra outras tribos e predadores utilizavam cães de grande porte e valentia, trazidos da Ásia menor. As deslocações temporárias dos rebanhos na Península Ibérica (Transumância) conforme as estações do ano, levou à dispersão e ficção desses cães nas várias regiões, criando raças diferentes se as regiões eram distintas, bem delimitadas e isoladas por grandes rios ou montanhas inóspitas.
A origem do Cão de Gado Transmontano está ligada à origem dos restantes mastins portugueses, apresentando, até, algumas semelhanças com o Cão Serra da Estrela pelo curto e com o Rafeiro do Alentejo.
As regiões de Trás-os-Montes, Serra da Estrela e Alentejo são caracterizadas por um clima austero do tipo continental (nove meses de inverno e três de inferno). É natural que em climas semelhantes e em regiões próximas estes três tipos de mastins portugueses fossem evoluindo com características muito parecidas.
As diferenças morfológicas e funcionais das três raças devem-se ao tipo de relevo e à presença ou não de predadores (lobo) nas suas regiões. Em Trás-os-Montes e na Serra das Estrela fixaram-se cães de grande porte e valentes, com uma maior agilidade, leveza e desenvoltura, porque as acidentadas paisagens e o lobo assim o determinam, outros igualmente de grande porte e valentes, mais pesados e de forte presença estabeleceram-se no Alentejo.
Nas décadas de 70 e 80 devido á diminuição drástica do número de lobos e devido ao abandono da pastorícia de grande parte das gentes de Trás-os-Montes, que nesta altura migrava para o litoral do país ou para o estrangeiro á procura de melhores possibilidades de vida, o Cão de Gado Transmontano deixa de ser útil e cai no esquecimento ficando perto da extinção.
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