A apresentação do livro ficará a cargo de Joaquina Soares (Directora do MAEDS) e contará ainda com a presença do pintor Nuno David que apresentará cerca de 8 trabalhos em técnica mista, inspirados no livro.
Pequeno concerto de saxofone por Rafael Lopes.
... Leitura de Textos por Marília Espírito Santo.
Sobre o livro:
De Lisboa a Luanda, seguindo por Paris e por bases aéreas bem guardadas na Rússia e na África do Sul, é uma longa viagem sacudida por geografias contrastantes e pelos solavancos da descolonização e do fim da Guerra Fria. "Tambwe – A Unha do Leão" faz-se disso e de muito mais. É também o percurso interior de Eugénio, à procura da sua infância e da sua razão de ser numa Angola atormentada pela guerra.
Com uma escrita torrencial e opulenta, o autor descola volta e meia da realidade palpável, circunscrita pelo tempo e pelo espaço, e parte para um universo onírico e simbólico, verdadeiro paraíso perdido, porventura para sempre.
Romance de vida e de morte, só uma partitura de Brahms parece restar como energia redentora quando, na noite tropical, se abrem as portas da prisão de Luanda.
Sobre o autor:
António Oliveira e Castro nasceu em Angola, no Bongo-Lépi, em 1951, e por uma série de acasos contínua vivo. Só o seu horror pela disciplina e a sua paixão pelo improviso lhe permitiram cultivar a arte da sobrevivência, tantas foram as provocações à morte. Mas destas prefere não falar, pois ainda hoje, por vezes, se deitam de mansinho para lhe roubar o sono. Em 1977, salta directamente dos quadros da Comissão Nacional do Plano, de Angola, para a cozinha do Caravela, em Estocolmo. Mas falta-lhe luz na cidade dos nórdicos e voa para Lisboa, para se esconder, como uma toupeira, nas catacumbas de uma organização política. Experimenta o cinema, a pintura, a poesia, a universidade, a rádio, a publicidade, a agricultura, sem nada levar a sério. Prova, sacia-se e abandona os despojos. Não se encontra. Para sobreviver é obrigado a trabalhar. Fá-lo sem convicção. Sucumbe e renasce por diversas vezes até perceber que o persegue, o desassossega, um fantasma, um sonho. Desde 1973 que colecciona apontamentos para uma história que a consciência lhe exige que escreva: um romance sobre o encontro de culturas. Em 2005 arranja coragem e agarra-se com determinação ao projecto de toda uma vida: A Especiaria.
Anteriormente publicou os volumes de poesia Houve Mesmo Um Dia de Desespero em Que Se Cultivaram Campos de Cicuta (1985) e As Planícies Donde Vim (1987).
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