Campanha na Madeira
Louçã propõe imposto de 10% sobre empresas registadas no "off-shore"
por LusaOntem
O líder do Bloco de Esquerda (BE), Francisco Louçã, propôs hoje a criação de um novo imposto de 10 por cento sobre as empresas registadas no "off-shore" da Madeira, um "imposto sensato sobre quem não pagou nada".
A medida, apresentada numa conferência de imprensa no centro do Funchal, é uma das 10 propostas avançadas pelo BE para recuperar economicamente a região e poupar os madeirenses mais desfavorecidos do anunciado reforço da austeridade para responder ao buraco financeiro da região.
"Se os madeirenses estão hoje a viver esta aflição do rombo orçamental provocado pelos amigos e cúmplices de Alberto João Jardim, vamos nós aceitar que o IVA suba para que os mais pobres da Madeira fiquem com o ordenado mais pequeno ou com a pensão mais pequena ou vamos dizer que quem explora e não paga um cêntimo de imposto agora tem que pagar?", questionou Louçã.
Dando como exemplo um escritório no Funchal onde estão registadas mil empresas, entre as quais "a maior empresa siderúrgica do mundo", que "declarou exportações de 780 milhões de euros", o líder bloquista declarou: "os madeirenses têm o direito de lhes dizer que têm de pagar algum imposto nesta ilha que está a explorar".
"Que se institua um imposto de 10 por cento sobre as empresas que não têm pago nenhum imposto, que não fazem declarações de imposto e que não têm nenhum empregado na Madeira (?) um imposto sensato sobre quem não pagou nada e representa uma grande parte desta economia subterrânea é uma solução sensata", defendeu.
Entre as "medidas essenciais" apresentadas pelo líder do BE está também a necessidade de renegociar a classificação da região para efeitos de elegibilidade relativamente a fundos comunitários para regiões desfavorecidas.
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