Seguro não comenta proposta de Merkel e Sarkozy, mas da bancada já se ouvem críticas. Acordo da coligação já o previa em Junho.
António José Seguro, o novo líder socialista, não deu ordem para comentar a proposta. Mas a cada frase - a título pessoal - que se ouve na bancada parlamentar, percebe--se o incómodo que a ideia deixou no Largo do Rato. Trata-se da questão de limitar na Constituição (de Portugal e dos restantes 16 países do euro) o endividamento público, ideia que o PS em peso reprova, com raríssimas excepções.
Depois de João Galamba ter classificado a proposta, ontem ao DN, como "um disparate" e "ineficaz", também Eduardo Cabrita e Fernando Medina deixam palavras pouco abonatórias para a ideia de Merkel e Sarkozy. Cabrita, presidente da Comissão Parlamentar de Orçamento, questiona a sua "eficácia jurídica", junta-lhe uma crítica a decisões tomadas "a dois" e acrescenta que limitações ao défice ou à dívida se colocam "na Lei de Enquadramento Orçamental".
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