Coordenou o trio de investigadores que apresentou a última 'versão' da 'História de Portugal'. Esteve bastante envolvido como independente no período pré-chegada ao poder do primeiro-ministro social-democrata. Não vê a Guerra Colonial como o grande drama nacional do século passado português, nem considera o fim do Ministério da Cultura como um problema. Assume que há cada vez menos estudantes interessados pela História e define o fim da preponderância do Ocidente como a primeira grande alteração do século XXI.
Em entrevista ao DN, Rui Ramos afirma que, ao nível da História de Portugal, falta rever, em termos de conhecimento, "muito sobre o nosso passado. A nossa historiografia é relativamente recente em relação a uma grande quantidade de temas e de áreas, e até poderia dizer que falta rever tudo".
O historiador considera que os portugueses aprenderam pouco com o passado, adiantando que "afinal continuamos a cometer erros antigos, como se vê por esta crise!"
Em relação às críticas de hoje à Justiça, Rui Ramos considera que as mesmas "já vem de longe". O historiador considera que "estamos a pagar por uma preocupação grande que houve no passado, que era sobre a independência da magistratura. Houve sempre grandes receios acerca da politização da Justiça e da interferência do Governo nas decisões dos magistrados. Essa preocupação levou a criar-se aquilo que chamaria uma espécie de Estado dentro do Estado".
Rui Ramos considera que o número de estudantes de História "tem diminuído bastante" e espera que, mesmo apesar da Internet, o ensino continue a ter um lugar para a História".
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