Líbia
Chefe militar dos rebeldes foi morto antes de ser interrogado - Líder do CNT
Abdel Fattah-Younes, chefe militar dos rebeldes líbios, foi morto quinta-feira antes de ser interrogado pelas autoridades daquele movimento, disse o líder do Conselho Nacional de Transição (CNT), Mustafa Abdel Jalil, numa declaração aos jornalistas, sem adiantar detalhes.
Destak/Lusa | destak@destak.pt
Evidenciando sinais de ruptura no movimento, os rebeldes disseram que tinham detido o comandante Abdel-Fattah Younis, horas antes da sua morte, por suspeita de ligações da sua família ao regime de Muammar Khadafi, o que deixa em aberto a possibilidade deste ter sido morto pelas próprias forças rebeldes.
Tal como escreve a AP, este cenário demonstra a divisão no movimento rebelde, face aos insucessos no campo de batalha, apesar de quase quatro meses de ataques aéreos pela NATO contra as forças de Khadafi.
O incidente poderia ainda abalar a confiança dos Estados Unidos, Reino Unido e outras nações que reconheceram o concelho rebelde – incluindo Portugal – como o governo legítimo da Líbia, descreve a AP.
Ao anunciar a morte de Younis numa conferência de imprensa, Mustafa Abdul-Jalil referiu-se ao antigo comandante como “um dos heróis da revolução de 17 de Fevereiro", em alusão ao início dos protestos contra o regime de Khadafi.
Mustafa Abdul-Jalil disse ainda que dois coronéis auxiliares do comandante, foram também mortos no ataque perpetrado por homens armados, e que os rebeldes prenderam os cabecilhas responsáveis pelo ataque. No entanto, não esclareceu o que terá motivado as mortes.
As forças rebeldes têm, contudo, visões diferentes do militar morto, com alguns a elogiarem a sua acção e outros a criticarem a sua longa associação a Khadafi.
Younis tinha sido ministro do Interior de Khadafi, tendo desertado para o movimento rebelde em Fevereiro.
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