Strauss-Kahn invocou "imunidade diplomática"
Dominique Strauss-Kahn, acusado de crimes sexuais por uma funcionária de um hotel de Nova Iorque, invocou imunidade diplomática no momento da sua detenção no aeroporto JKF, segundo um documento publicado quinta-feira pelo procurador de Manhattan.
O documento de sete páginas, citado pela AFP, revela algumas conversas de Strauss-Kahn com a polícia entre o momento em que ligou para o hotel Sofitel a partir de um avião com destino a Paris para reclamar a perda de um telemóvel até à noite de 15 de maio, quando pediu uma sandes na esquadra policial onde foi ouvido.
De acordo com a transcrição dos diálogos, às 17:00 locais de 14 de maio (20:00 em Lisboa), na esquadra do aeroporto JFK, em Nova Iorque, conversou com dois polícias, tendo-lhes perguntado se as algemas eram mesmo "necessárias".
A resposta dos agentes foi: "sim, são" ao que o ex-diretor-geral do Fundo Monetário Internacional retorquiu "tenho imunidade diplomática", explicando que os documentos que o comprovam estavam "num segundo passaporte".
Mais tarde, um polícia disse a Strauss-Kahn: "Neste país, tem direito [a um advogado] se quiser, desconheço se tem algum estatuto diplomático".
Em resposta, o antigo responsável do FMI disse: "Não, não, não, não quero usar isso, quero apenas saber se preciso de um advogado", ao que o polícia respondeu: "cabe-lhe a si decidir".
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