A longa carreira de um sedutor
António Sarmento
17/05/11
Kahn nunca se esforçou por esconder a imagem de ‘womanizer’.
No dia em que Dominique Strauss-Kahn se encontrou com Nicolas Sarkozy no Palácio do Eliseu, em 2007, a conversa principal não foi sobre economia ou política. Kahn preparava-se para assumir a liderança do FMI e os dois passaram alguns minutos a falar sobre mulheres. É que o presidente francês estava preocupado com a imagem do país e Dominique podia manchá-lo facilmente.
"Evita apanhar o elevador sozinho com uma estagiária. A França não se pode dar ao luxo de ter um escândalo", ter-lhe-á dito o presidente francês. A revelação está no livro "Os segredos de um presidenciável", escrito o ano passado por uma antiga colaboradora do director-geral do Fundo Monetário Internacional, sob o nome falso de Cassandra.
A fama de Strauss-Kahn espalhou-se como um rastilho de pólvora. Desde o francês mais humilde ao presidente da República, todos sabiam que é mulherengo. E, no ano seguinte à conversa com o Sarkozy, os rumores confirmaram-se. Em 2008, Kahn teve que pedir desculpas públicas por ter mantido uma relação com uma subordinada no FMI, a economista húngara Pirosca Nagy.
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