terça-feira, 3 de julho de 2012

ESTA DEMOCRACIA ABRILESCA ESTÁ CHEIA DE CHICO-ESPERTOS


E POR ISSO O PAÍS ESTÁ COMO ESTÁ.
MIGUEL RELVAS ALUNO DAS NOVAS OPORTUNIDADES DE SÓCRATES. LICENCIOU-SE NUM ANO (2006-2007)

SÃO ESTES OS HOMENS QUE TÊM SOLUÇÕES PARA PORTUGAL?

PODEREMOS CONFIAR NOS SEUS CONHECIMENTOS?

PARECE-ME QUE NÃO!

APESAR DE TODOS OS SACRIFÍCIOS IMPOSTOS AOS PORTUGUESES POR ESTES DOUTORES, A VERDADE É QUE A EVOLUÇÃO DA ECONOMIA PORTUGUESA REVELA UM FALHANÇO TOTAL.


Miguel Relvas é um exemplo de um aluno que apenas concluiu a licenciatura após ter entrado no mercado de trabalho.

“Tirei o curso de Ciência Política e Relações Internacionais, na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia, em Lisboa, depois de ter frequentado, na década de 80, os cursos de Direito e de História”, começou por explicar ao i o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares.

A entrada na Lusófona, contudo, só ocorreu em 2006 – quase dois anos depois de ter sido secretário de Estado da Administração Local no Governo de Durão Barroso.

“Fui admitido, por despacho do director do curso de Ciência Política e Relações Internacionais em Outubro de 2006. Foi-me conferido o diploma de licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais em Dezembro de 2007, nos termos do Processo de Bolonha, através de seis semestres”, afirma.

Feliciano Barreiras Duarte, actualmente seu secretário de estado adjunto, era professor no mesmo curso.

Miguel Relvas fez questão de explicar ao i que o processo de conclusão da sua licenciatura foi “encurtado por equivalências reconhecidas e homologadas pelo Conselho Científico da referida universidade em virtude da análise curricular a que precedeu previamente”.

O braço-direito de Passos Coelho, cujo percurso académico tem sido escrutinado nas redes sociais, refere ainda que “fiz os exames que me foram exigidos. Foi uma experiência interessante, sentar-me nesses exames ao lado de outros alunos pertencentes a uma geração posterior à minha”. Desse tempo, acrescenta, mantém o contacto com algumas das pessoas com quem se cruzou. “Ainda recentemente, um dos meus professores teve a gentileza de me oferecer um exemplar de um livro que escreveu”, concluiu.

A conclusão da licenciatura foi algo que Relvas fez questão, “por exigência pessoal e por corresponder a um imperativo de contínua valorização curricular. E também, naturalmente, por gostar de matérias académicas relacionadas com a política”, explicou.

“Tendo iniciado a minha actividade política e profissional ainda muito jovem, numa altura em que a política mobilizava milhares de cidadãos na primeira década após o restabelecimento da democracia em Portugal, essa intensa participação cívica em que me empenhei tornou-se, à época, incompatível com as obrigações académicas, tal como sucedeu com muitos outros jovens dos mais diversos quadrantes partidários”, lembrou o ministro. R.P.B.
(JORNAL i - 3-7-2012)



DO BLOGUE O INSURGENTE


Novos detalhes sobre a licenciatura de Miguel Relvas: não deve matar, mas vai moer


Pedro Passos Coelho e Miguel Relvas foram, de facto, bem claros em condenar a exploração do tema da licenciatura de Sócrates, mas nem por isso o caso da licenciatura de Relvas deixará de desagastar a credibilidade do Governo: Miguel Relvas fez licenciatura num ano por causa do “currículo profissional”


O ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares Miguel Relvas fez em apenas um ano uma licenciatura que tem um plano de estudos de 36 cadeiras, distribuídas por três anos. Relvas requereu a admissão à Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (Lisboa) em Setembro de 2006. E concluiu a licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais em Outubro de 2007.

(…)

A única cadeira que o actual ministro tinha concluído antes de 2006 era uma de Direito, feita em 1985. Apesar de ter estado inscrito em mais dois cursos – História e Relações Internacionais. Quando pediu para ser admitido na Lusófona já tinha sido eleito deputado em várias legislaturas e ocupado o cargo de Secretário de Estado da Administração Local do XV Governo Constitucional.

Segundo informação prestada anteriormente ao PÚBLICO por António Valle, Relvas inscreveu-se pela primeira vez no ensino superior em 1984, no curso de Direito da Universidade Livre (instituição que daria origem à Universidade Lusíada), uma instituição privada.

Em 1985 concluiu, após frequência escrita e prova oral, a disciplina de Ciência Política e Direito Constitucional, com 10 valores. Em Setembro desse ano pediu transferência para o curso de História. Matriculou-se em sete disciplinas mas não fez nenhuma.

Em 1995/96 pediu reingresso na Lusíada para o curso de Relações Internacionais. Não frequentou nenhuma cadeira.


Comentários (4)

4 Comentários »


1.
De “As Leis Básicas da Estupidez Humana (Cipiolla; Un. Berkeley)”
Existem 4 tipos de pessoas:

1. O Infeliz (ou desesperado): alguém cujas acções geram prejuízo próprio, mas que também criam vantagens para outros
2. O Inteligente: alguém cujas acções geram vantagens, igualmente para si e para os outros.
3. O Bandido: alguém cujas acções geram vantagens para si, ao mesmo tempo que causam danos a outros.
4. O Estúpido: alguém que provoca dano a outra pessoa, ou a um grupo de pessoas, sem conseguir vantagem para si, ou mesmo com prejuízo próprio. O estúpido não sabe que o é razão porque é muito perigoso

Cipolla chama ainda a atenção para o seguinte:

- uma sociedade forte em ascensão tem uma percentagem maior de gente inteligente
- uma sociedade que declina tem uma alarmante percentagem de bandidos, um forte quociente de estupidez entre as pessoas em posição de poder e uma alarmante percentagem de Infelizes entre aqueles que não estão no poder.

Quanto ao Relvas, de estúpido nada tem, como bem sabemos. É um “chico-esperto” que cumpre à risca a definição do Bandido.

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