27 Abril 2012
Sara Antunes - saraantunes@negocios.pt
Joseph Stiglitz, prémio Nobel, considera que se a Europa mantiver uma abordagem à situação actual através da austeridade vai caminhar para o suícidio.
“Nunca houve nenhum programa de austeridade em nenhum grande país”, afirmou o responsável ontem à noite aos jornalistas, citados pela Bloomberg. “A abordagem europeia é definitivamente a menos promissora. Penso que a Europa está próxima de um suicídio.” Stiglitz defende que se a Grécia fosse a única a ter de implementar medidas de austeridade poder-se-ia ignorar, são vários os países a praticarem políticas de austeridade. “É como uma austeridade em conjunto e as consequências económicas vão ser terríveis”, alerta.
O prémio Nobel voltou a sublinhar que “a austeridade por si só não funciona e que precisamos de crescimento” e que os líderes europeus ainda não se aperceberam disso. E vai mais longe: “o que [os líderes europeus] acordaram em Dezembro é uma receita para assegurar” que não há crescimento.
“Se a Europa mantiver a abordagem de austeridade, o cenário mais provável” é que se assista a uma redução da Zona Euro para um grupo de “um ou dois países”, sendo eles a Alemanha e possivelmente a Holanda ou a Finlândia.
“A abordagem de austeridade vai levar a níveis de desemprego mais elevados que serão politicamente inaceitáveis e vão dar origem a défices piores” que os actuais, alerta o responsável.
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