Portuguesas, portugueses:
Venho fazer-vos um apelo para que me ajudem a organizar uma campanha à qual chamei “UMA MOEDINHA PARA O NOSSO PR”.
Vieram-me as lágrimas aos olhos quando ouvi o nosso PR lamentar-se que tinha de recorrer às poupanças de uma vida de trabalho para poder sobreviver. Isto porque, patrioticamente, abdicou do ordenado de PR que é de 7.000 euros (mais coisa, menos coisa) para receber, apenas, uma reforma de 10.000 euros (mais coisa, menos coisa) e esse dinheiro não lhe chega para as despesas.
E basta analisarmos o que segue para perceber o quanto será difícil viver com tão parcos recursos:
casa, água, luz e gás, carro, motorista, seguranças, telefone, televisão, viagens e estadias, cozinheiros, copeiros, criados e serviçais (também há alguns servis), governanta, secretárias, assessores, jardineiros, barbeiros/cabeleireiros, alfaiates. (deixo para vós a oportunidade de poderem acrescentar o que se forem lembrando e que não mencionei)
E, vejam bem, tem apenas 3.000 euros (mais coisa, menos coisa) para pagar o que já está pago, a título de despesas de representação.
De facto, é uma tremenda dificuldade sobreviver com tão poucos recursos.
Para culminar uma vida de vinte anos de sacrifícios, ganhou as últimas eleições: num universo de 5 milhões de eleitores (mais coisa, menos coisa), obteve uma maioria com 1 milhão de votos (mais coisa, menos coisa), contra uma minoria de 4 milhões de votos (milagres da democracia, mistérios da matemática, bem se vê).
Para aumentar a desgraça terá ainda, no fim do mandato, uma pensão vitalícia pelo cargo exercido com direito a automóvel, motorista, segurança, secretária e gabinete. Como se pode sobreviver com tão pouco?
Portanto, ajudemo-lo com uma moedinha. Com o esforço de todos conseguiremos tirá-lo dali, do seu calvário de sacrifícios.
Proponho assim que, para o substituir, para o libertar de tanto sofrimento, lá coloquemos um ricalhaço para ver o que dói viver com tão pouco dinheiro. Se estiverem de acordo estava a pensar até no meu vizinho Zé, filho da tia Chica, que tem uma reforma de 250 euros. Aí é que o Zé, filho da tia Chica, veria como é difícil sobreviver com a reforma do PR, e já não protestaria tanto junto dos amigos da “sueca”.
Portuguesas, portugueses, conto com todos vós!
Tomás Lima Coelho
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