quarta-feira, 1 de junho de 2011

O QUE DIZ LOUÇÃ SOBRE O VOTO NAS ELEIÇÕES DE 5 DE JUNHO

“O voto em José Sócrates é um voto com brinde: é um voto para que Paulo Portas entre no Governo ou para que faça um acordo com Passos Coelho”, afirmou o candidato pelo Bloco de Esquerda, que acusou o ainda primeiro-ministro de não querer fazer “nenhum acordo à esquerda”, para se comprometer com “uma aliança à direita”.

Com Sócrates na mira, o bloquista começou por dizer a uma casa cheia, na Sociedade Recreativa “Os Franceses”, no Barreiro, distrito de Setúbal, que “cada voto é decisivo”. Para logo de seguida, perguntar: “O voto em José Sócrates serve para quê? É um voto paralisado, inútil.”

E os adjectivos para classificar o voto no secretário-geral do PS prosseguiram: “comprometido, arrastado, perigoso, destrutivo, perdido”.

“O que decidirá é o programa da troika”, afirmou Louçã, que também tinha recados para Passos Coelho e Paulo Portas. Acusou PS, PSD e CDS de se “esconderem, camuflarem e desaparecerem” da campanha e do debate eleitoral, para não explicarem ao país as propostas que têm.

Atirou a Passos, contra a proposta do PSD que, segundo o bloquista, prevê que os desempregados trabalhem gratuitamente. E ironizou, ao afirmar que o líder social-democrata já tem quatro votos, “o dele e os três da ‘troika’, se eles votassem em Portugal”. “Agora sabemos o que eles querem fazer, já não são promessas”, avisou Louçã, referindo-se à execução do programa da “troika”.


“Hoje Sócrates começou a falar com as pessoas”, afirmou. Para dizer apenas, segundo o candidato pelo BE, que é preciso cumprir o memorando que assinou e que "nunca explicou ao país".


Antes do líder, discursaram a cabeça de lista Mariana Aiveca e o mandatário Fernando Rosas. Aiveca frisou que o programa acordado com a “troika” é um “assalto” e pediu que seja apresentada a “factura detalhada” da conta que o país terá de pagar. Já Rosas apelou ao voto dos “socialistas hesitantes” e dos “eleitores desiludidos com o PS”. “Não votar é nestas eleições votar nos inimigos do povo”, afirmou Rosas.

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