Ex-ministro de Cavaco Silva traça plano
Miguel Cadilhe defende privatização total da CGD
08.06.2011- JORNAL PÚBLICO
Miguel Cadilhe, ex-ministro das Finanças de Cavaco Silva, defendeu, em entrevista à Rádio Renascença, a privatização total da Caixa Geral de Depósitos. Cadilhe diz que a medida se justifica, “como último recurso”, por causa da “situação tremenda”, do ponto de vista financeiro, que o país atravessa.
Cadilhe diz que mudou de ideias em relação à Caixa Geral de Depósitos
"Sempre defendi a Caixa Geral de Depósitos no sector público. Agora, estamos numa situação tremenda do ponto de vista financeiro e, portanto, temos que lançar mão de todos os activos que tivermos e vender aqueles que tenham comprador - com algumas excepções”, disse o presidnete do BPN na altura da nacionalização do banco.
Segundo Cadilhe, caso aparecesse uma boa oportunidade de negócio, o Estado devia vender o banco, mas frisa que o calendário de privatizações deveria ser alargado por três ou cinco anos.
O ex-ministro de Cavaco Silva sugere também a venda dos submarinos alemães, e não poupa críticas à Alemanha no processo: “A Alemanha que hoje é tão severa para connosco deveria ter, na altura, ponderado".
Cadilhe diz ainda que o próximo ministro das Finanças será o mais impopular da história da democracia em Portugal e frisa que tem de ser um homem ou uma mulher de mão férrea, temido ou temida pelos outros ministros.
E sobre a carga fiscal admite um imposto extraordinário sobre a riqueza líquida que abarque depósitos, bens imobiliários e acções.
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