por PEDRO TADEU
Diário de Notícias
A Grécia demonstrou que um pequeno país pode liquidar, sozinho, o euro. A Itália entrou no vórtice financeiro provocado pela subida para níveis proibitivos dos juros do seu financiamento. A França anunciou mais um plano violento de cortes de despesa e aumento de impostos. E Merkel, a hesitante chanceler alemã, sujeitou-se a ouvir um ralhete, semelhante ao que costuma dar aos seus homólogos europeus, vindo do Presidente norte-americano, Barack Obama, farto da incapacidade europeia que ameaça a economia mundial.
E, agora, o dinheiro está a ser desviado. Da Grécia, quando começaram os rumores da possível saída do país da Zona Euro, mil milhões e meio de euros foram levantados dos bancos em apenas 48 horas. Nos bancos suíços estão já depositados 280 mil milhões em dinheiro grego.
Em Itália, o banco central estimou há dias que em Agosto e Setembro foram movimentados para fora do país mais de 80 mil milhões de euros.
Em Portugal sabe-se que este fenómeno também está a acontecer, mas ninguém assume um número sério para dimensionar esta grave fuga de capitais, nem ninguém toma uma medida para tentar impedi-la.
O FMI, que depois do ralhete de Obama a Merkel, na cimeira do G20, passará a liderar o processo de financiamento e fiscalização das medidas de austeridade - remetendo para papel secundário a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu -, já está a preparar uns primeiros 68 mil milhões para os fregueses que se seguem: a Itália e a nossa vizinha Espanha...
Sem comentários:
Enviar um comentário