QUANDO OS LOBOS UIVAM SÃO CAPAZES DE MOVER MONTANHAS DE MILHÕES DE EUROS.
É isso que uma loba com três crias está a fazer entre Armamar e Moimenta da Beira. São a principal razão para que tenha sido bloqueado um investimento do consórcio eólico Ventinvest (liderado pela Galp). Os responsáveis do consórcio dizem que os ecologistas alegam stresse dos lobos ao olharem para as torres eólicas e para os cabos de alta tensão. Em grande stresse estão os administradores da Ventinvest que, por falta de autorização do Ministério do Ambiente, tem parado, há quase dois anos, um investimento global de 600 milhões de euros - que o Ministério da Economia considera prioritário.
(Notícia publicada no jornal Expresso de 28 de Agosto de 2010)
Ao cair neste ridículo, os ecologistas descredibilizam os argumentos em defesa do ambiente. esta notícia, os portugueses sérios não podem deixar de pensar que tudo isto não passa de brincadeira de crianças mal comportadas e sem nada para fazer. Não é assim, pela falta de razoabilidade, que se defende o ambiente. Devemos preservá-lo equacionando os interesses dos seres humanos, do meio ambiente e percebendo que esta forma de produção de energia é a que tem menos impacto ambiental. Será que serão preferíveis barragens, centrais de carvão, centrais de fuel, energia nuclear? Meus amigos, os verdadeiros atentados ao ambiente não são estes! Procurem-nos e não faltarão preocupações verdadeiras.
E já agora umas quantas perguntas, caros ecologistas. Vocês utilizam veículos poluentes a gasolina ou mulas para se deslocarem? Lá em casa utilizam velas de cera ou electricidade para iluminarem a caverna? E computadores, têm ou comunicam por estafeta e papiros(estes modernos aparelhos além de poluirem também usam electricidade para funcionar! Sabiam?)? E frigoríficos, têm ou guardam a carne e o peixe na salgadeira? Será que preferem cerveja quente à fresca?
Pois é, ELECTRICIDADE, tudo hoje precisa de energia para se mover. Como obtê-la?
Eu sei que precisam de se colocar em bicos de pés mas não é assim que EXISTEM. Desta forma dão azo ao chiste, à pilhéria com que é tratada loucura.
Mas o que é mais triste no meio disto tudo é ver um Governo hipotecar a autoridade, incapaz de descernir entre o sério e o jocoso. Um Ministério do Ambiente receoso da gritaria com que alguns gostam de se fazer ouvir.
Recordo-me que, aquando da construção da Ponte Vasco da Gama, também se dizia que os flamingos e outras limícolas fugiriam com o estrondo do trânsito e elas por lá continuam, felizes e cada vez em maior número.
Coloquem as torres eólicas entre Armamar e Moimenta da Beira que os lobos e as suas crias por lá continuarão, indiferentes à tecnologia sem a qual os estúpidos seres humanos não sabem já viver.
(AOC)
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