'Troika' culpa Governo português por falhanço do programa
por Nuno Aguiar
Vitor Gaspar e Passos Coelho, ministro das Finanças e primeiro-ministro de PortugalO programa da 'troika' não está a produzir os resultados pretendidos, estando em risco o cumprimento da meta do défice fixada para este ano e próximo (4,5% e 3% do PIB, respetivamente), fruto de uma queda drástica das receitas fiscais.
No entanto, os chefes de missão do FMI, Comissão Europeia e BCE lembram que a responsabilidade por este programa é de Portugal, atirando para o Governo pelo menos parte das culpas pelas falhas do programa de ajustamento.
"Não houve um 'mea culpa' por parte da troika. O representante da Comissão Europeia concluiu a sua intervenção com duas notas: elogiar o diálogo político e dizer que este Memorando não é da troika, é de Portugal", afirmou João Proença, secretário-geral da UGT, à saída da reunião na sede do Conselho Económico e Social. "Se as previsões estão a falhar, o clima de confiança está posto em causa. Há um falhanço na maneira como o Memorando está desenhado."
Esse episódio foi também referido por João Vieira Lopes, presidente da CCP. "A troika está a colocar-se numa posição de divisão de responsabilidades. Pareceu-me que foi uma declaração com significado político. Talvez a mais importante feita durante a reunião", disse no final do encontro.
(IN DIÁRIO DE NOTÍCIAS)
por Nuno Aguiar
Vitor Gaspar e Passos Coelho, ministro das Finanças e primeiro-ministro de PortugalO programa da 'troika' não está a produzir os resultados pretendidos, estando em risco o cumprimento da meta do défice fixada para este ano e próximo (4,5% e 3% do PIB, respetivamente), fruto de uma queda drástica das receitas fiscais.
No entanto, os chefes de missão do FMI, Comissão Europeia e BCE lembram que a responsabilidade por este programa é de Portugal, atirando para o Governo pelo menos parte das culpas pelas falhas do programa de ajustamento.
"Não houve um 'mea culpa' por parte da troika. O representante da Comissão Europeia concluiu a sua intervenção com duas notas: elogiar o diálogo político e dizer que este Memorando não é da troika, é de Portugal", afirmou João Proença, secretário-geral da UGT, à saída da reunião na sede do Conselho Económico e Social. "Se as previsões estão a falhar, o clima de confiança está posto em causa. Há um falhanço na maneira como o Memorando está desenhado."
Esse episódio foi também referido por João Vieira Lopes, presidente da CCP. "A troika está a colocar-se numa posição de divisão de responsabilidades. Pareceu-me que foi uma declaração com significado político. Talvez a mais importante feita durante a reunião", disse no final do encontro.
(IN DIÁRIO DE NOTÍCIAS)
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