sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

COMO COMEÇAR O ANO DE 2012

COMO COMEÇAR O ANO DE 2012?
COM UM LIVRO QUE NOS PROPORCIONE  MOMENTOS DE PRAZER.
COM UM LIVRO QUE PARA ALÉM DA FANTASIA QUESTIONE O COMPORTAMENTO QUE CADA UM DE NÓS TEM PERANTE A VIDA.
COM UM LIVRO QUE NOS FALE DE AVENTURA MAS QUE EXIGA ATITUDE AO LEITOR.
COM UM LIVRO QUE NOS INQUIETE.
"TAMBWE-A UNHA DO LEÃO", EDIÇÃO DA GRADIVA, É O LIVRO CERTO PARA ESTE INÍCIO DE ANO.
DEPOIS DE O LER NÃO VOLTARÁ A SER O MESMO.
UM ABRAÇO DO AUTOR E VOTOS DE UM 2012 SEM PERCALÇOS,
ANTÓNIO OLIVEIRA E CASTRO.

TEMPO DE MINHOCAS E DE FILHOS DE MERETRIZ

ESTE TEXTO JÁ AQUI FOI PUBLICADO MAS SERÁ ÚTIL RECORDÁ-LO PARA NÃO NOS ESQUECERMOS DE QUEM NOS TEM GOVERNADO E DO CARINHO QUE POR ELES NUTRIMOS!

Tempo de minhocas e de filhos de meretriz

“O dia deu em chuvoso”, escreveu Álvaro de Campos. Num tempo soturno, melancólico, deprimente. “Tempo de solidão e de incerteza / Tempo de medo e tempo de traição / Tempo de injustiça e de vileza / Tempo de negação”, diria Sophia de Mello Breyner. Tempo de minhocas e de filhos da puta, digo eu. Entendendo-se a expressão como uma metáfora grosseira utilizada no sentido de maldizer alguém ou alguma coisa, acepção veiculada pelo Dicionário da Academia e assente na jurisprudência emanada dos meritíssimos juízes desembargadores do Supremo Tribunal da Justiça. Um reino de filhos da puta é assim uma excelente metáfora de um país chamado Portugal. Que remunera vitaliciamente uma “sinistra matilha” de ex-políticos, quando tudo ou quase tudo à nossa volta se desagrega a caminho de uma miséria colectiva irreversível.

Carlos Melancia, ex-governador de Macau, empresário da indústria hoteleira, personificou o primeiro julgamento por corrupção no pós 25 de Abril. Recebe, actualmente, 9500€ mensais; Dias Loureiro, um “quadrilheiro” do círculo político de Cavaco, ex-gestor da SLN, detentora do BPN, embolsa vitaliciamente 1700€ cada mês; Joaquim Ferreira do Amaral, membro actual da administração da Lusoponte com a qual negociou em nome do governo de Cavaco Silva, abicha 3000 €; Armando Vara, o amigo do sucateiro Godinho que lhe oferecia caixas de robalos e ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos, enfarda nada mais nada menos que 2000€; Duarte Lima, outro dos “quadrilheiros” do círculo político cavaquista, acusado pela justiça brasileira do assassinato de uma senhora para lhe sacar uns milhões de euros, advogado na área de gestão de fortunas, alambaza-se mensalmente com 2200€; Zita Seabra, que transitou do PCP para o PSD com a desfaçatez oportunista dos vira-casacas, actual presidente da Administração da Alêtheia Editores, açambarca 3000€… E muitos, muitos outros, que os caracteres a que este espaço me obriga, me forçam a deixar de referir.

Quero, no entanto, relevar um deles – Ângelo Correia, o famoso ministro do tempo da chamada “insurreição dos pregos”, actual gestor e criador de Passos Coelho que, nesta democracia de merda, chegou a primeiro-ministro “sem saber ler nem escrever”! Pois Ângelo Correia recebe 2200€ mensais de subvenção vitalícia! E valerá a pena recuperar o que disse este homem ao Correio da Manhã em 14 de Junho de 2010: “A terminologia político-sindical proclama a existência de ‘direitos adquiridos’ (…) Ora, numa democracia, ‘adquiridos’ são os direitos à vida, à liberdade de pensamento, acção, deslocação, escolha de profissão, organização política (…) Continuarmos a insistir em direitos adquiridos intocáveis é condenar muitos de nós a não os termos no futuro.” Ora, perante a eventual supressão da acumulação da referida subvenção vitalícia com vencimentos privados, o mesmo Ângelo Correia disse à RTP em 24 de Outubro de 2011: “Os direitos que nós temos (os políticos subvencionados) são direitos adquiridos”! Querem melhor? Pois bem. Este é o paradigma do “filho da puta” criador. Porque, depois, há o “filho da puta” criatura. Chama-se Passos Coelho. Ei-lo em todo o seu esplendor, afirmando em Julho de 2010: “Nós não olhamos para as classes médias a partir dos 1000€, dizendo: aqui estão os ricos de Portugal. Que paguem a crise”. E em Agosto de 2010: “É nossa convicção não fazer mais nenhum aumento de imposto. Nem directo nem encapotado. Do nosso lado, não contem para mais impostos”. Em Março de 2011: “Já ouvi o primeiro-ministro (José Sócrates) a querer acabar com muitas coisas e até com o 13.º mês e isso é um disparate”. Ainda em Março de 2011: “O que o país precisa para superar esta crise não é de mais austeridade”. Em Junho de 2011: “Eu não quero ser o primeiro-ministro para dar emprego ao PSD. Eu não quero ser o primeiro-ministro para proteger os ricos em Portugal”. Perante isto, há que dizer que pior que um “filho da puta”, só um “filho da puta” aldrabão. Ora, José Sócrates era um mentiroso compulsivo. Disse-o aqui vezes sem conta. Mas fazia-o com convicção e até, reconheço, com alguma coragem. Este sacripanta de nome Coelho, não. É manhoso, sonso, cobarde. Refira-se apenas uma citação mais, proferida pelo mesmo “láparo”, em Dezembro de 2010. Disse ele: “Nós não dizemos hoje uma coisa e amanhã outra (…) Nós precisamos de valorizar mais a palavra para que, quando é proferida, possamos acreditar nela”. Querem melhor?


“O dia deu em chuvoso”, escreveu Álvaro de Campos. É o “tempo dos coniventes sem cadastro / Tempo de silêncio e de mordaça / Tempo onde o sangue não tem rasto / Tempo de ameaça”, disse Sophia. Tempo para minhocas e filhos da puta, digo eu. É o tempo do Portugal que temos.
Nota – Dada a exposição pública do jornal com esta crónica na última página, este título destina-se apenas a não ferir as sensibilidades mais puras. Ou mais púdicas.
Luís Manuel Cunha in Jornal de Barcelos de 02 de Novembro de 2011
Via http://aventar.eu/

PARLAMENTO EUROPEU - DISCURSO DO DEPUTADO NIGEL FARAGE

Local: Parlamento Europeu, Estrasburgo, 16 de Novembro de 2011; - Orador: Nigel Farage MEP, UKIP, Co-Presidente do grupo EFD (Europe of Freedom and Democracy) no Parlamento Europeu.

O FANTASMA DE PARIS - REAVIVANDO A MEMÓRIA


REAVIVANDO A MEMÓRIA - M.SOUSA TAVARES‏

O fantasma de Paris



Uma curta e inócua declaração de José Sócrates em Paris, numa palestra informal, foi o suficiente para agitar todo o país político e desenterrar os ódios adormecidos contra o homem que nos governou até Junho passado. Como qualquer pessoa de boa fé percebeu, mesmo truncada e fora de contexto e mesmo antes de explicada pelo seu autor, a frase de Sócrates limitava-se a constatar uma evidência: que nem Portugal nem qualquer outro país pode ser confrontado com a demonstração de que seria capaz de pagar de imediato toda a sua dívida externa; tem apenas de a gerir, mantendo-a sob controlo. Para quem não saiba, Portugal acabou de pagar, há um par de anos, dívidas que vinham do tempo da implantação da República e o mesmo fez a Alemanha, por exemplo, com dívidas dos anos vinte do século passado. A razão por que os países acumulam dívida é a mesma razão pela qual a acumulam as empresas e as famílias: para se poderem desenvolver. Salazar não acumulou dívidas mas, em compensação, entregou o país mais pobre da Europa, a seguir à Albânia. Os países não são supostos poder e dever pagar toda a sua dívida de imediato, por intimação dos mercados ou das agências de rating, tal como não são as famílias e as empresas. Aquilo que interessa, e que Sócrates destacou, é saber gerir a dívida: não deixar que o seu custo, o chamado serviço da dívida (amortização mais juros) atinja um ponto em que se torna mais elevado do que os benefícios proporcionados pelos empréstimos contraídos – porque aí o que estamos a fazer é a roubar as gerações seguintes. Foi isso que nos escapou nos últimos anos – a nós e a toda a Europa e Estados Unidos. Assim, tanto Maastricht como a recente cimeira europeia de Bruxelas, não pretenderam proibir em absoluto o défice e as dívidas, mas estabelecer-lhes limites considerados sustentáveis – 3% do PIB antes e 0,5% agora para o défice, e 60% para a dívida acumulada.

A esta luz, temos de ler nas reacções quase histéricas às palavras de Sócrates (exceptuou-se Passos Coelho), uma explicação de outro tipo: o país, civil e político, procura afanosamente um bode expiatório para os males que o atingiram e José Sócrates é o alvo talhado à medida. Pouco importa, aliás, que a crise tenha nascido de fora para dentro e que atinja por igual todo o mundo em que vivemos: encontrar um culpado nosso serve de catarse para nos livrar a todos da culpa colectiva pelos erros que foram exclusivamente nossos. Convém, pois, fazer um exercício que os portugueses detestam: refrescar a memória.

José Sócrates começou a governar em 2005, recebendo um país com um défice de 6,83%, após dois governos PSD/CDS, numa altura em que não havia crise alguma, nem problema algum na economia e nos mercados. Para mascarar um défice inexplicável, os ministros das Finanças desses governos, Manuela Ferreira Leite e Bagão Félix, foram pioneiros na descoberta de truques de engenharia orçamental para encobrir a verdadeira dimensão das coisas: despesas passadas para o ano seguinte e receitas antecipadas, e nacionalização de fundos de pensões particulares, como agora.

Em 2009, quando terminou o seu primeiro mandato e se reapresentou a eleições, o governo de Sócrates tinha baixado o défice para 2,8%, sendo o primeiro em muitos anos a cumprir as regras da moeda única. O consenso em roda da política orçamental prosseguida e do desempenho do ministro Teixeira dos Santos era tal que as únicas propostas e discordâncias da oposição, de direita e de esquerda, consistiam sistematicamente em propor mais despesa pública. E, quando se chegou às eleições, o défice nem foi tema de campanha, substituído pelo da “ameaça às liberdades” (por favor, consultem os jornais da época).

Logo depois, rebentou a crise do subprime nos Estados Unidos e Sócrates e todos os primeiros-ministros da Europa receberam de Bruxelas ordens exactamente opostas às que agora dá a sra. Merkel: era preciso e urgente acorrer à banca, retomar em força o investimento público e pôr fim à contenção de despesa, sob pena de se arrastar toda a União para uma recessão pior do que a de 1929. E assim ele fez, como fizeram todos os outros, até que, menos de um ano decorrido, os mercados e as agências se lembraram de questionar subitamente a capacidade de endividamento dos países: assim nasceu a crise das dívidas soberanas. Porém, não me lembro de alguém ter questionado, nesse ano decisivo de 2009, a política despesista que Sócrates adoptou, a conselho de Bruxelas. Pelo contrário, quando Teixeira dos Santos (o único que nunca deixou de querer controlar o défice), começou a avançar com os PEC, todo o país – partidário, autárquico, empresarial, corporativo e civil – se levantou, indignado, a protestar contra os “sacrifícios” e a suave subida de impostos. Passos Coelho quase chorou, a pedir desculpa aos portugueses por viabilizar o PEC 3, que subia as taxas máximas de IRS de 45 para 46,5% (que saudades!). E há um ano (se não se lembram, consultem os jornais), para viabilizar o orçamento ainda em vigor, mandou Eduardo Catroga reunir-se em longas e dramáticas sessões com Teixeira dos Santos em que aquilo que os separava era garantir um pouco mais de despesa do Estado para satisfazer as bases sociais-democratas.

O erro de Sócrates foi exactamente o de não ter tido a coragem de governar contra o facilitismo geral e a antiquíssima maldição de permitir que tudo em Portugal gire à volta do Estado: os contratos, as empreitadas, os empregos - até as fundações privadas. Quando ele, na senda dos seus antecessores desde Cavaco Silva (que foi o pai do sistema) se lançou na política de grandes empreitadas e obras públicas, escrevi aqui incansavelmente contra as auto-estradas inúteis, as barragens da EDP, um TGV e novos-ricos, um terminal de contentores em Lisboa sem sentido nem transparência alguma, uma nova ponte e um aeroporto para Lisboa que, todos, sem excepção, defenderam. O que me lembro de ter visto, então, foi toda a gente – empresários, banqueiros, autarcas, confederações patronais e centrais sindicais – explicarem veentemente que não se podia parar co o “investimento público”, e vi todas as corporações do país – professores, magistrados, médicos, militares, agricultores – baterem-se com unhas e dentes e apoiados por partidos de direita e de esquerda contra qualquer tentativa de reforma que pusesse em causa os seus privilégios, sustentados pelos dinheiros publicos. O erro de Sócrates foi ter desistido e cedido a esta uninimidade de interesses instalados, que confunde o crescimento económico com a habitual tratação entre o Estado e os seus protegidos. Mas ainda me lembro de um governo presidido por Santana Lopes apresentar um projecto de TGV que propunha, não uma linha Lisboa-Madrid, mas sim cinco linhas, incluindo a fantástica ligação Faro-Huelva em alta velocidade. E o país, embasbacado, a aplaudir!

Diferente disso é a crença actual de que a dívida virtuosa – a que é aplicada no crescimento sustentado da economia e assegura retorno – não é essencial e que a única coisa que agora interessa é poupar dinheiro seja como for, sufocando o país de impostos e abdicando de qualquer investimento público que garanta algum futuro. Doentia é esta crença de que governar bem é empobrecer o país. Doente é um governante que aconselha os jovens a largarem a “zona de conforto do desemprego” e emigrarem. Doente é um governo que, confrontado com mais de 700.000 desempregados e 16.000 novos a cada mês, acha que o que importa é reduzir o montante, a duração e a cobertura do subsídio de desemprego. Doente é um governo que, tendo desistido do projecto de transformar Portugal pioneiro dos automóveis eléctricos, vê a Nissan abandonar, consequentemente, o projecto de fábrica de baterias de Aveiro, e encolhe os ombros, dizendo que era mais um dos “projectos no papel do engº. Sócrates”. Doente é um governo que acredita poder salvar as finanças públicas matando a economia.

O fantasma do engº. Sócrates pode servir para o prof. Freitas do Amaral mostrar mais uma vez de que massa é feito, pode servir para uns pobres secretários de Estado se armarem em estadistas ou para os jornais populistas instigarem a execução sumária do homem. Pode servir para reescrever a história de acordo com a urgência actual, pode servir para apagar o cadastro e as memórias inconvenientes e serve, certamente, para desresponsabilizar todos e cada um: somos uns coitadinhos, que subitamente nos achámos devedores de 160.000 milhões de euros que ninguém, excepto o engº. Sócrates, sabem em que foram gastos. Ninguém sabe?

Miguel Sousa Tavares no Expresso de 17/12/2011

PROPOSTA DE LEI PARA RESOLVER A CRISE EM PORTUGAL

-Proposta de Lei para Resolver a crise
1 – Considerar e contar na eleição dos órgãos de soberania, os votos brancos, nulos e a abstenção.
(isto significa que no caso da eleição de deputados e com uma abstenção de 50% só poderão ser eleitos 50% dos candidatos,) Como se propõe 130 deputados, com o método proposto serão eleitos 65 deputados com uma poupança bastante significativa de mais de 1/3 dos custos da Assembleia da Republica.
2 - Os detentores de cargos políticos não podem ser privilegiados, beneficiados, em função do cargo para o qual foram eleitos
(O que significa não pagar as mordomias, que são atribuídas quando terminam as funções: Os deputados e governantes têm o direito, por Lei (deles) a um subsídio que dizem de reintegração um mês de salário (3.449 euros) por cada seis meses de Assembleia ou governo.
Desta maneira um deputado que o tenha sido durante um ano recebe dois salários (6.898 euros).
Se o tiver sido durante 10 anos, recebe vinte salários (68.980 euros). No entanto, há ainda aqueles que têm direito a subvenções vitalícias ou pensões de reforma (mesmo que não tenham 60 anos). Estas são atribuídas aos titulares de cargos políticos com mais de 12 anos.
3- Proibir totalmente o financiamento dos partidos

(Os partidos políticos recebem uma subvenção de 16 milhões 977 mil Euros)
(E recebem subvenções para as CAMPANHAS ELEITORAIS 73 milhões 798 mil Euros)

4- Transparência e fiscalização das contas eleitorais, as irregularidades devem determinar a insolvência do partido infractor
5- Os titulares de cargos políticos respondem política, civil e criminalmente pelas acções e omissões que pratiquem no exercício das suas funções.
6. A lei não pode dispor de qualquer excepção sobre as responsabilidades e incompatibilidades dos titulares de cargos políticos.
7. A lei determina os crimes de responsabilidade dos titulares de cargos políticos, bem como as sanções aplicáveis e os respectivos efeitos, que podem incluir a destituição do cargo, perda do mandato e prisão efectiva.
8- A Assembleia da República tem de representar todos os cidadãos portugueses, incluindo os que não votam, e os que votam em branco ou votam nulo
9- A Assembleia da República passar a ter no máximo 130 Deputados, incluindo os lugares atribuídos à abstenção, votos brancos e nulos.
(NO TOTAL a DESPESA ORÇAMENTADA para o ANO de 2010, é: € 191 405 356,61 Ver Folha 372 do Diário da República nº 28 – 1ª Série -, de 10 de Fevereiro de 2010.
Cada deputado, em vencimentos e encargos directos e indirectos custa ao País, cerca de 700.000 Euros por ano, ou seja, cerca de 60.000 Euros mês.) com esta redução poupamos ao erário público 91 milhões ano)
10 - Os Deputados exercem livremente e em exclusivo o seu mandato, não lhe sendo permitido o exercício de outras funções remuneradas.
11- Os Deputados respondem civil, criminal ou disciplinarmente pelos votos e opiniões que emitirem no exercício das suas funções.
12 -Os Deputados podem ser ouvidos como declarantes e como arguidos como qualquer cidadão, quando houver fortes indícios de prática de crime doloso a que corresponda a qualquer pena de prisão.
13 -Qualquer Deputado pode ser detido ou preso por crime doloso a que corresponda a pena de prisão e em flagrante delito.
14 - Os Deputados não gozam de quaisquer direitos e regalias superiores a qualquer cidadão
15 - A sessão legislativa tem a duração de um ano e inicia-se a 15 de Setembro, e funciona ininterruptamente.
16 - É extinto o Tribunal Constitucional
(poupança significativa em mordomias e as funções passam para os tribunais)
17 – Nenhum detentor de cargo politico incluindo os juízes poderão seja em que circunstância for ter direito a subsidio de renda de casa.
(A que propósito tem este direito?)
Se todos os detentores de cargos políticos deixassem de receber TAL COMO OS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS durante os anos 2011 e 2012 os Subsídios de Férias e Natal (atenção porque a Lei não se aplica a eles)O que eles recebem é o mesmo mas com outra designação:
Abonos de Julho: (o mesmo que subsidio de férias);
Abonos de Novembro: (o mesmo que subsidio de Natal);
Se os 308 Presidentes de Municípios: Não receberem aqueles abonos( 2 vencimentos);
Milhares de Vereadores: Não receberem aqueles abonos ( 2 vencimentos);
230 Deputados: Não receberem aqueles abonos( 2 vencimentos);
Ministros, Secretários de Estados, Presidente da República: Não receberem aqueles abonos( 2 vencimentos);
Se reduzissem 50% aos vencimentos dos cargos políticos;
Se fossem retiradas todas as reformas e prémios por desempenho politico ( que estão a receber Conquistas(?) do passado e os que se preparam para receber no futuro);
Se tivessem em conta esta proposta de Lei para resolver a crise apresentada
TINHAMOS O PROBLEMA DO PAÍS RESOLVIDO! Resolvidas as dividas, e um País mais igual e sobretudo mais desenvolvido e feliz. Porquê complicar, adiar, o que mais tarde ou mais cedo o POVO OBRIGARÁ A FAZER!
Eu não tenho medo, sou um homem livre e assumo as minhas opiniões.
Sérgio Oliveira
NOTA: No tempo da outra senhora assinava D`BOSEP para que conste

A HOLANDA E A POLÉMICA DAS LOJAS PINGO DOCE

ESTADOS UNIDOS - HISTÓRIA DE UM ADVOGADO E DE UMA COMPANHIA DE SEGUROS


Uma de advogados. O que é necessário é saber ler nas ditas “entrelinhas”… e claro tapar os furos todos, caso contrário…
 
                                                                    
Esta história aconteceu em Charlotte, na Carolina do Norte : mostra a vulnerabilidade do sistema legal dos EUA. Indirectamente, mostra também porque é que o sistema de saúde é ali tão caro, e por que tipo de razões tão pouco su
stentáveis o custo de vida ali é tão elevado.


Um advogado comprou uma caixa de 24 charutos muito raros e caros, e segurou-os contra todos os riscos, incluindo … INCÊNDIO !

Passado um mês, e depois de ter fumado todo o stock dos tais maravilhosos charutos, o advogado apresentou à companhia de seguros um pedido de indemnização, alegando que os seus charutos tinham sido “destruídos numa série de pequenos incêndios”.

A companhia de seguros recusou-se a pagar, alegando a razão óbvia que o senhor tinha consumido os charutos pela forma habitual e a que eles se destinam.

O advogado instaurou um processo contra a companhia de seguros, e GANHOU !!! Na sentença, o juíz concordou com a alegação de “falta de seriedade da queixa” aduzida pela companhia de seguros ; mas apesar disso considerou que o advogado era titular de uma apólice, na qual se garantia que os charutos era seguráveis, e também se garantia que ficava seguro contra incêndios – sem definir o que razoavelmente deva ser considerado como tal (como seria o caso de os charutos serem fumados), e condenou a companhia a pagar a indemnização pedida.

Em vez de perder tempo e dinheiro com recursos caros, a companhia de seguros decidiu aceitar a sentença, e pagou ao advogado 15.000 dólares, a título de prejuízo sofrido pela perda dos seus charutos “numa série de pequenos incêndios”
.

AGORA VEM O MELHOR…


Depois de o advogado ter recebido o dinheiro, a companhia de seguros fê-lo prender preventivamente por acusação de 24 FOGOS POSTOS!!!

Com base na prova constante da alegação do próprio advogado e coligida no processo por ele intentado, o advogado foi considerado culpado de ter intencionalmente incendiado a propriedade segura – e condenado a 24 meses de prisão, e multa de 24.000 dólares !!!

No ano seguinte, esta história,
que é real, ganhou o primeiro prémio no “Concurso de Advocacia Criminal”.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

DIABO NA CRUZ - DONA LIGEIRINHA

UM ABALO SÍSMICO NAS RELAÇÕES DE PODER DO PLANETA

Uma ponte para lado nenhum


por MANUEL MARIA CARRILHO
Os políticos podem bem não ser capazes de resolver os problemas do nosso mundo mas, como temos visto, podem agravá-los de um modo muito significativo.
Por isso seria bom que em 2012 se conseguisse transformar a política num instrumento um pouco mais lúcido, eficaz, respeitado, e sobretudo mais focaliza- do no interesse comum. Porque é justamente isto que tem falta- do: um foco que indique o essencial e o equacione com intuição, com conhecimento e com pedagogia.
Não é fácil, porque o Ocidente há muito que fez da "mudança" o seu imperativo ideológico nuclear. Mas agora que ela ameaça os hábitos instalados e os interesses consolidados por décadas - ou mesmo séculos - de domínio quase absoluto do mundo, não sabe como reagir. A não ser arrastando por inércia essa mesma ideologia, entretanto convertida numa tagarelice que apenas procura iludir o facto de o Ocidente já não querer mudar, mas apenas conservar.
O que se passa no mundo é algo que, todavia, não se compadece com ilusões. O que está a acontecer é um abalo sísmico de enormes proporções e consequências, que vai certamente redefinir até ao fim desta década todas as relações de poder e de influência no planeta, alterando posições históricas que muitos acreditavam serem eternas.
O ano de 2012 exige, por isso, que se olhe de olhos bem abertos para o futuro, procurando compreender as mutações que vão ditar uma imensa redefinição do poder estratégico (económico, político, financeiro, militar, cultural) no mundo, com um óbvio mas inevitável prejuízo do Ocidente, que detinha esse mesmo poder desde a Revolução Industrial. O que, naturalmente, terá consequências incontornáveis no nível de vida dos povos: enquanto uns subirão, outros descerão.

MÉDICOS DO MUNDO RECRUTAM


Ipss na área da creche e pre escolar procura pessoa responsável para área administrativa e financeira com o seguinte perfil:
Sexo: M/F
 

Idade: entre 40 e 50 anos
 

Licenciatura em gestão de empresas e ou contabilidade
 

Capacidade de liderança de equipas

Experiência profissional na área de faturação/ controle interno/ controle de cobranças/ implementação de novos procedimentos

Conhecimento de gestão financeira e tesouraria
 

Gestão de recursos humanos

Espírito de serviço e solidariedade

Experiência na área de voluntariado (preferencial)
 

Muito bom relacionamento pessoal

Gosto pelo trabalho em equipa
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Integração em bom ambiente profissional
 

Desafio na área do desenvolvimento pessoal e humano

Remuneração compatível com a experiência / cargo
Resposta para: csscj.f.ulrich@gmail.com

ACORDA PORTUGAL - ALTERAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO


Independentemente das cores políticas e dos conhecimentos.
Esta alteração é urgente
-----Acorda Portugal
Peço a cada destinatário deste e-mail que o envie a um mínimo de  vinte pessoas da sua lista de contatos, e por sua vez, peça a cada um  deles que faça o mesmo.

Em três dias, a maioria das pessoas neste país lerá esta mensagem.
Esta é uma idéia que realmente  deve ser considerada e revista por todos os cidadãos.

Alteração da Constituição de Portugal para 2012 para poder atender ao seguinte, que é da mais elementar justiça:

1. O deputado será pago apenas durante o seu mandato e não terá reforma proveniente exclusivamente do seu mandato.

2. O deputado vai contribuir para a Segurança Social de maneira igual aos restantes cidadãos.
Todos os deputados ( Passado, Presente e Futuro) passarão para o actual sistema de Segurança Social
imediatamente. O *deputado irá participar* nos benefícios* do regime* da *S*. Social *exactamente* *como todos os *outros cidadãos**. *O fundo de pensões não pode ser usado para qualquer outra finalidade,
não haverá privilégios exclusivos.

3. O deputado deve pagar o seu plano de reforma, como todos os portugueses e da mesma maneira.

4. O deputado deixará de votar o seu próprio aumento salarial.

5. O deputado vai deixar o seu seguro de saúde atual e vai participar no mesmo sistema de saúde de todos os outros cidadãos portugueses.

6. O deputado também deve estar sujeito às mesmas leis que o resto dos portugueses

7. Servir no Parlamento é uma honra, não uma carreira. Os deputados devem cumprir os seus mandatos (não mais de 2 mandatos), e então irem para casa e procurar outro emprego.

O tempo para esta alteração à Constituição é AGORA. Forcemos os nossos políticos a fazerem uma revisão constitucional.
Assim é como se pode CORRIGIR ESTE ABUSO INSUPORTÁVEL DA  ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA.

Se você concorda com o acima exposto, ENTÃO VÁ PARA A FRENTE.

UMA LIÇÃO DE OPTIMISMO - QUERER É PODER



Nesta altura em que o país anda cabisbaixo, vergado por uma crise que ninguém sabe quando termina, penso que é obrigatório ver este vídeo, apesar de ter a duração de 30 minutos. É uma verdadeira lição de optimismo! Se os portugueses pensassem assim......

Vejam, que não vão arrepender-se.

Beijinhos e abraços

Osvaldo Picoito

EVOLUÇÃO DO HOMEM EM PORTUGAL

                                                                          POLÍTICOS PORTUGUESES

HUMOR EM TEMPO DE CRISE - MANTEIGA ERÓTICA

Manteiga Erótica 

  • 1. A MANTEIGA ERÓTICA Três homens estavam a beber num bar e a falar sobre o que haviam feito na noite anterior...
  • 2. O italiano disse: “Ontem à noite fiz uma massagem á minha esposa, passando por todo o seu corpo, um azeite de oliva finíssimo , em seguida fizemos amor apaixonadamente e fiz-la gritar durante 5 minutos sem parar”
  • 3. O francês para não ficar atrás, disse: “ Ontem à noite fiz uma massagem em todo o corpo da minha mulher, com um azeite afrodisíaco especial . Em seguida partimos para um amor intenso que a fez gritar durante 15 minutos seguidos!
  • 4. O português disse: “Isso não é nada, ontem à noite fiz uma massagem na minha esposa com uma manteiga erótica ...!!! Acariciei todo seu corpo com a manteiga e em seguida fizemos um amor louco em que a deixei a gritar por mais de 2 horas seguidas”
  • 5. O italiano e o francês, assombrados, perguntaram: “Duas horas? Que fenômeno! Como conseguiste que ela gritasse durante duas horas seguidas?”
  • 6. “ No final, ...limpei as mãos nas cortinas”

TEORIA DA CONSPIRAÇÃO? A CRISE FINANCEIRA E A GOLDMAN SACHS.


EURO, qual EURO. Crise...  
Sabem quem é Papademos Lucas (actual líder grego após a renúncia de Papandreou)?
Sabem quem é Mariano Monti (agora à frente do governo italiano)?
Sabem quem é Mario Draghi (actual presidente do Banco Central Europeu)?
Sabem o que é Goldman Sachs?
Goldman Sachs: é um dos maiores bancos de investimento mundial e co-responsável directo, com outras entidades (como a agência de notação financeira Moody?s), pela actual crise e um dos seus maiores beneficiários. Como exemplo, em 2007,a G.S. ganhou 4 bilhões de dólares em transacções que resultaram directamente do actual desastre da economia do EUA. O EUA ainda não recuperaram das percas infligidas pelo sector especulativo e financeiro dos EUA.

Papademos: actual primeiro-ministro grego na sequência da demissão de Papandreou. Atenção não foi eleito pelo povo.
- Ex-governador do Federal Reserve Bank de Boston, entre 1993 e 1994.
- Vice-Presidente do Banco Central Europeu 2002-2010.
- Membro da Comissão Trilateral desde 1998, lobby neo-liberal fundado por Rockefeller, (dedicam-se a comprar políticos em troca de subornos).
- Ex-Governador do Banco Central da Grécia entre 1994 e 2002. Falseou as contas do défice público do país com o apoio activo da Goldman Sachs, o que levou, em grande parte à actual crise no país.

Mariano Monti: actual primeiro-ministro da Itália após a renúncia de Berlusconi. Atenção não foi eleito pelo povo.
- O ex-director europeu da Comissão Trilateral mencionada acima.
- Ex-membro da equipe directiva do grupo Bilderberg.
- Conselheiro do Goldman Sachs durante o período em que esta ajudou a esconder o défice orçamental grego.

Mario Draghi: actual presidente do Banco Central Europeu para substituir Jean-Claude Trichet.
- O ex-director executivo do Banco Mundial entre 1985 e 1990.
- Vice-Presidente para a Europa do Goldman Sachs de 2002 a 2006, período durante o qual ocorreu o falseamento acima mencionado.

Vejam tantas pessoas que trabalhavam para o Goldman Sachs ....
Bem, que coincidência, todos do lado do Goldman Sachs. Aqueles que criaram a crise são agora apresentados como a única opção viável para sair dela, no que a imprensa americana está começando a chamar de "O governo da Goldman Sachs na Europa."

Como é que eles o fazem?
Encorajaram Investidores a investir em produtos secundários que sabem ser " lixo ", ao mesmo tempo que se dedicam a apostar em bolsa o seu fracasso.
Fazem-nos acreditar que a crise foi uma espécie de deslizamento, mas a realidade sugere que por trás dela há uma vontade perfeitamente orquestrada de tomar o poder directo no nosso continente, num movimento sem precedentes na Europa do século XXI.
A estratégia dos grandes bancos de investimento e agências de rating é uma variante de outras realizadas anteriormente noutros continentes:
1. Afundar o país mediante especulação na bolsa de valores / mercado. Pondo-nos loucos com medo do que dirão os mercados que  controlam dia a dia.
2. Forçam-nos a pedir dinheiro emprestado para manter o Status-Quo ou simplesmente salvar-nos da Banca Rota. Estes empréstimos são rigorosamente calculados para que os países não os possam pagar, como é o caso da Grécia, que não poderá cobrir a sua dívida, mesmo que o governo venda todo o país. E não é metáfora, é matemática, aritmética.
3. Exigem cortes sociais e privatizações, à custa dos cidadãos, sob a ameaça de que se os governos não as levam a cabo os investidores irão retirar-se por medo de não serem capazes de recuperar o dinheiro investido na dívida desses países e noutros investimentos.
4. Cria-se um alto nível de descontentamento social, adequado para que o povo aceite qualquer coisa para sair da situação.
5. Colocam os seus homens onde mais lhes convém.
Se acham que é ficção científica, informem-se: estas estratégias estão bem documentadas e têm sido usadas com diferentes variações ao longo do século XX e XXI noutros países, nomeadamente na América Latina pelos Estados Unidos, quando se dedicavam, e continuam a dedicar-se na medida do possível, a asfixiar economicamente, mediante a dívida externa, por exemplo a países da América Central, criando instabilidade e descontentamento social usando isso para colocar no poder os líderes "simpáticos" aos seus interesses. Portanto nada disto tem a ver com o EURO. O EURO é uma moeda Forte, porque os investidores vêm ai carne para desossar. Não é o Governo dos EUA, que desfer estes golpes, mas sim a indústria financeira internacional, principalmente sediada em Wall Street(New York) e na City (Londres). E tudo acontece sob o olhar impotente e / ou cúmplice dos nossos governos. É o maior assalto de sempre na história da humanidade à escala global, autênticos golpes de estado e violações flagrantes da soberania dos Estados e seus povos.

ANGOLA AS QUEDAS DE ÁGUA DE CALANDULA


Pedras Negras de Pungo Andongo, Malange e Quedas do Duque de Bragança
(hoje Calandula)

http://angolaontheroad.blogspot.com/2009_03_01_archive.html

"AMIGOS NÃO SE DESPEDEM,MARCAM UM NOVO ENCONTRO"

António d'Almeida

EMPREGO - CÂMARA MUNICIPAL DA AMADORA ABRE CONCURSO PARA ADMISSÃO DE SOCIÓLOGO

Procedimentos concursais a decorrer
Aviso de abertura de procedimento concursal comum para contratação em funções públicas por tempo indeterminado com vista à ocupação de 3 lugares do mapa de pessoal, da carreira de Técnico Superior (na área de Sociologia)
Publicação: Publicado, em 2 de Janeiro de 2012, na II.ª série do Diário da República nº. 1, onde devem ser consultados os requisitos de admissão e formalização de candidaturas.

Data limite de candidatura: 16 de Janeiro de 2012.

Apresentação de candidaturas: Entregue pessoalmente, na Secção de Atendimento, a funcionar no r/c do Edifício dos Paços do Município, das 9.00 às 12.30 horas e das 14.00 às 17.30 horas, ou remetido pelo correio, sob registo e com aviso de recepção, para a Câmara Municipal da Amadora – Divisão de Gestão de Recursos Humanos – Apartado 60287 – 2701-961 Amadora.

Para mais informações: telefone: 214369023 ou e-mail: recursos.humanos@cm-amadora.pt
Obs.: não dispensa a consulta do Aviso publicado no Diário da República.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

MULHER QUE LÊ


Um casal vai de férias para um hotel rural.
O homem gosta de pescar e a mulher gosta de ler.
Certo dia, o marido volta da pesca no seu barquinho e resolve dormir uma soneca.
Apesar de não conhecer bem a lagoa, a mulher decide pegar no barco do marido e remar. Navega um pouco e põe-se a ler um livro no barco ancorado na margem do lago.
Chega um guarda ambiental com seu barco, pára ao lado da mulher e diz:
- Bom dia, minha senhora. O que está a fazer?
- Estou a ler um livro, como é óbvio! - responde ela.
- A senhora está numa área restrita em que a pesca é proibida.
- Sinto muito, mas não estou a pescar, estou a ler.
- Sim, mas, a senhora tem todo o equipamento de pesca. Pelo que sei, a senhora pode começar a qualquer momento. Se não sair daí imediatamente terei de multá-la e processá-la.
- Se o senhor fizer isso, terei que acusá-lo de assédio sexual.
- Mas eu nem sequer lhe toquei! - diz o guarda ambiental.
- É verdade, mas o senhor tem todo o equipamento. Pelo que sei, pode começar a qualquer momento!
- Tenha um bom dia, minha senhora! - diz ele e vai-se embora.
Moral da história:
Nunca discutas com uma mulher que lê, pois certamente que ela pensa!

DIABO NA CRUZ - OS LOUCOS ESTÃO CERTOS

ANGOLA - O RIO CUBANGO - OKAVANGO NA NAMÍBIA

Há aqui um erro porque a fronteira que o rio faz é entre Cuando-Cubango e Namíbia e não entre Namibe e Namíbia.
ANGOLA - O rio Cubango...
O rio Cubango não é namibiano. De nascimento, 'infância, juventude e parte da idade adulta', é angolano, mas como emigra, tem dupla nacionalidade e é, assim, namibiano, tb.

O rio Okavango, não é senão o rio Cubango, que nasce no centro de Angola, é o quarto rio mais longo da África Austral, com um percurso de 1.700 km desde o centro de Angola. O seu caudal principal resulta do escoamento de planícies sub-húmidas e semi-áridas da província angolana de Cuito-Cubango, em Angola, cobrindo aqui uma área de 120 000 km², antes de concentrar o seu caudal ao longo fronteira entre Namíbia e Angola. A sua foz é um delta a uma altura de 980 metros , com uma das maiores concentrações de água doce do interior no planeta. Serve, claro, de fronteira entre Namibe ( sul de Angola) e a Namíbia. No delta do Cubango existe a única população de leões nadadores já que, durante as cheias, são obrigados a nadar p/ poder caçar.

Rio Cubango

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
    
Cubango
Uma placa do rio Ovakango, ou Cubango com uma balsa ao fundo.
Comprimento1.700 km
Nascenteserra do Moco
Débito médio475 m³/s
Área da bacia530.000 km²
País(es) Angola, Namíbia, Botswana
O rio Cubango (ou Okavango), é um rio da África austral que faz a fronteira natural entre Angola e a Namíbia, país onde dá nome a uma das suas regiões.
Nasce nos planaltos do interior angolano e corre em direção a sudeste, atravessando a faixa de Caprivi (na Namíbia) para chegar ao maior delta interior do mundo, em Botswana, num pântano com grande interesse ecoturístico, onde se dispersa no deserto do Kalahari, próximo ao pântanos temporários de Makgadikgadi. O delta em si cobre uma superfície entre 15.000km² e 22.000 km² durante as cheias, encontra-se ao norte do país, na região de Ngamiland, com capital em Maun, a 942 m de altitude.
No delta do Cubango existe a única população de leões nadadores; estes se vêem forçados a entrar na água, que durante as enchentes chegam a cobrir o 70% de seu território, para caçar antílopes e impalas
     

RIO CUBANGO - VICTOR GAMA


www.victorgama.org
Victor Gama
Victor Gama (1960) is an Angolan composer of Portuguese descent.
Having lived in a country ravaged by a bloody civil war, Gama has a keen interest in the recovery
and emergence of Angolan music.He developed the Pangeia instrumentos series, a series of acoustic instruments, sound equipment and systems designed and built to experiment with form, sound and music.
Gama also composed several songs, also with Kronos Quartet. Over the years Gama gathered music from various Angolan provinces. This resulted in the Tsikaya project, the first digital music archive of Angola, supported by the Prince Claus Fund. This project aims to stimulate the creativity of musicians,
to promote awareness of traditional music and to preserve it for future generations.
www.victorgama.org

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A OITIVA DE DUARTE LIMA


Fixe bem esta palavra - oitiva

"Domingo - Correio da Manhã 18 DFEZ 2011"
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/outros/domingo/duarte-lima-fixe-bem-esta-palavra---oitiva

Duarte Lima: Fixe bem esta palavra - oitiva

No ano de todas as crises, em que a política e a economia sufocaram (literalmente) a sociedade, a justiça seguiu as pegadas do País e manteve a sua atracção pelo abismo. Os casos em torno de Duarte Lima, o alegado assassino que acabou apanhado por lavagem de dinheiro, deram um empurrãozinho – e são um exemplo cristalino dos males que nos afligem.

Se me pedissem para resumir o Portugal de 2011 numa única palavra, eu escolheria esta: ‘oitiva'. ‘Oi... quê?', pergunta o caro leitor, já preocupado com o estado da sua cultura geral. Não se aflija. É perfeitamente natural que não saiba o significado de 'oitiva'. O procurador-geral da República, Pinto Monteiro, também não sabia o que ela queria dizer quando recebeu do Brasil um pedido de ‘oitiva a Duarte Lima' a propósito da investigação à morte de Rosalina Ribeiro. Vale a pena conhecer esta história exemplar.

Desde 2010, as autoridades brasileiras solicitaram às portuguesas uma série de diligências, entre as quais a ‘oitiva'. Todas essas diligências deram em nada. Confrontado com a falta de empenho do Ministério Público na resolução do caso, Pinto Monteiro deu esta desculpa ao semanário ‘Sol': por causa de tão complexo pedido, havia sido obrigado a efectuar "uma diligência informal prévia com vista a esclarecer o sentido da palavra ‘oitiva', a qual não foi conclusiva por se tratar de terminologia antiga e que mesmo as autoridades brasileiras são dissuadidas de utilizar". O pedido ficou por cumprir.
GOOGLE, SR. PROCURADOR!!!!!!! Não sabe o que é????
À falta de dicionários da língua portuguesa, o procurador-geral da República poderia ter ido ao Google. Escrevia ‘oitiva' e logo na primeira entrada (a Wikipédia) teria lido isto: "Comummente utilizada no meio jurídico. Oitiva significa audição, no sentido de ouvir. Exemplo: A oitiva da testemunha é obrigatória." A polícia brasileira queria - imagine-se - que Duarte Lima fosse ouvido. O Ministério Público perdeu-se na tradução.

Das duas, uma: ou o procurador-geral da República não sabe ‘googlar', ou sabe, mas fez-se de engraçadinho. Eu voto no engraçadinho. Pinto Monteiro estava a ironizar com a história da "diligência informal prévia". Estava a contar uma anedota de brasileiros. Estava a praticar sarcasmo judicial. Em 2011, a Procuradoria foi confrontada com o alegado assassinato de uma cidadã portuguesa por um cidadão português e decidiu que a atitude certa não era colaborar com as autoridades do Brasil, mas sim fazer piadinhas.

Eis a razão por que deve, caro leitor, fixar para todo o sempre a palavra ‘oitiva' - ela mostra de forma exemplar como a Justiça portuguesa está virada do avesso, preferindo entreter-se com rodriguinhos de treta em vez de se preocupar com aquilo que está em causa. Afirmou um polícia brasileiro que trabalhou no caso Rosalina: "A Procuradoria levou quatro meses para responder a um e-mail. É mais tempo do que o Cabral levou a vir para o Brasil." Isto, sim, é uma boa piada - embora dê mais para chorar do que para rir. Outro polícia acrescentou: "Aqui estamos preocupados em esclarecer o crime hediondo praticado contra uma senhora indefesa de 74 anos. Em Portugal, o formalismo sobrepõe-se à vida." Não nos poderia ter descrito melhor.

OFFSHORE DA JUSTIÇA

Independentemente da culpa (ou não) de Duarte Lima, o desleixo e desinteresse com que as autoridades portuguesas acompanharam o homicídio de uma cidadã nacional em quase dois anos é sintomático da forma como quem tem poder é tratado neste País. Vivemos num offshore da Justiça: a trafulhice circula sem pagar imposto e quem conhece as regras do jogo tem probabilidades de passar pelos pingos de chuva sem se molhar.

Duarte Lima seria mais um a ficar enxuto se a sua história pessoal - o homem pobre que vira rico, o barão do PSD caído em desgraça, o benfeitor da leucemia suspeito de um bárbaro homicídio - e os pormenores do crime - as provas reunidas (e divulgadas) pela polícia brasileira são avassaladoras - não fossem tão fascinantes para jornais e televisões. A Procuradoria preferia certamente estar a apanhar banhos de sol numa praia do nordeste brasileiro, mas o País abria a boca de espanto diante da possibilidade de Lima ficar toda a vida sem ter de responder por indícios tão fortes.

Era chato. E como era chato, a justiça justiceira acordou. Numa daquelas coincidências tão grandes que mereciam um lugar no Guinness Book, eis que Duarte Lima é apanhado nas malhas do processo BPN, acabando detido no âmbito de uma investigação de branqueamento de capitais que envolve a compra de terrenos na zona de Oeiras destinados à construção (depois suspensa) das novas instalações do IPO (local, recorde-se, onde Lima ajudou a salvar gente suficiente para alcançar o Céu).

O homem que corria o risco de continuar a sua vida a passear alegremente por Portugal, mesmo que fosse condenado à revelia no Brasil, por causa da falta de acordos de extradição entre os dois países e de bizantinas dificuldades na transposição de sentenças, é subitamente apanhado em casa devido um processo paralelo.

A justiça, como bem sabemos, é suposto ser cega. Mas a portuguesa gosta de espreitar por debaixo da venda. E assim, Duarte Lima acaba transformado na nossa versão manhosa de Al Capone, o mafioso de Chicago que acabou preso por fuga ao fisco. Pode tudo isto ter sido um mero acaso e a esta minha conversa não passar de má-língua travestida de teoria da conspiração? Poder, pode. Mas o facto do caso BPN andar a arrastar--se há anos sem efeitos visíveis e a comunicação social ter sido convocada para assistir ao circo da detenção só adensa as suspeitas.
Os caminhos da justiça portuguesa são como os do Senhor. Misteriosos .!!

[ Correio da Manhã ]

HUMOR EM TEMPO DE CRISE



U m Lisboeta, trabalhando no duro, suado, fato e gravata, vê um Alentejano deitado numa rede, na maior folga.

O Lisboeta não resiste e diz:
-Você sabia que a preguiça é um dos sete pecados capitais?
E, o Alentejano, sem se mexer, responde
:



- A inveja também!!!

O PORQUÊ DA CRISE NA EUROPA.


Bancos apossam-se da Europa
por Adriano Benayon [*]

A oligarquia financeira está empurrando, goela abaixo da União Européia (UE), um "acordo" que estabelece regras rígidas para que a Europa seja governada (ou desgovernada), de forma absoluta, por bancos, liderados pelo Goldman Sachs, de Nova York.

2. Embora as modificações desse acordo aos Tratados da UE dependam de aprovação legal em cada país membro – processo que poderia durar anos – os manipuladores financeiros assumiram o poder à força e irão em frente, a menos que o impeça a resistência dos povos, ainda sem organização.

3. Com a experiência da pequena Islândia, em duas consultas ao povo, a última em abril de 2011, os predadores perceberam que qualquer outra, em qualquer país, implica a derrota de suas proposições. Bastou o ex-primeiro-ministro da Grécia falar em referendo para ser demitido.

4. Mesmo antes de 09/12/2011 – quando foi encenada "reunião de cúpula", e Sarkozy (França) e Angela Merkel (Alemanha) anunciaram o tal "acordo" – o Goldman Sachs (GS) já havia posto três de seus prepostos em posições-chave: Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu; Mario Monti, primeiro-ministro da Itália; Lucas Papademos, primeiro-ministro da Grécia, envolvido em operações do Goldman Sachs com a dívida grega resultantes em sua elevação.

5. Os países da Zona Euro (os 17 membros da UE cuja moeda é o euro) serão obrigados a aceitar o "acordo". Sarkozy e Merkel dizem que os dirigentes dos outros 15 países foram consultados, mera formalidade. Nove outros Estados participam da União Europeia, mas não adotam o euro: Reino Unido e Dinamarca (isentos), e mais sete que poderiam ainda aderir à Zona.

6. Aqueles portavozes apresentaram o pacote envolto neste rótulo: "salvar o euro"; "reforçar e harmonizar" a integração fiscal e orçamentária da Europa. Na realidade, trata-se de destruir a Europa econômica e politicamente, sem garantir a sobrevida do euro, além de aprofundar a depressão, com o arrasamento das políticas de bem-estar social, instituindo uma espécie de "lei de responsabilidade fiscal", como a que manieta o Brasil.

7. O "acordo" impõe duras sanções aos países que não o cumpram, ademais de ser fiscalizados pelo Tribunal Europeu de Justiça. Os Chefes de Estado e de governo passam a reunir-se mensalmente durante a crise. Com isso, reduz-se o poder dos burocratas da Comissão Europeia, mas essa mudança nada altera, dado que estes também executam fielmente os desejos da oligarquia anglo-americana.

8. Sarkozy é cópia piorada de Mussolini, pois este pôs os bancos sob o controle do Estado – e não o contrário, como se faz agora com a Europa, EUA etc. Submisso às diretivas da oligarquia financeira, o presidente da França declara que os benefícios sociais não são sustentáveis, na hora em que eles são mais necessários que nunca, dado o desemprego grassante.

9. O pacote quer obrigar, punindo os que não o cumpram, que os países da Zona Euro reduzam seus déficits orçamentários para 0,5% do PIB, ou seja, seis vezes menos que o limite de 3%, prescrito no Tratado de Maastricht.

10. Isso significa que Grécia, Itália, Espanha, Portugal e outros terão de cortar ainda mais despesas, depois de já as terem cortado, fazendo, assim, a depressão aprofundar-se. A depressão já causou queda nas receitas fiscais. Combinada a queda das receitas fiscais com o crescimento do serviço da dívida pública, decorrente da alta das taxas de juros, temos, juntos, dois fatores de elevação do déficit orçamentário.

11. Que fazer? Cortar toda despesa que não as da dívida, desmantelando as políticas sociais e deixando de investir na infra-estrutura econômica e na social. Isso trará, entre outros danos irreparáveis, o aumento da disparidade entre membros mais e menos desenvolvidos, inviabilizando a permanência destes na Zona Euro, o que implica sua desintegração.

12. A periferia europeia está, pois, ingressando no Terceiro Mundo, caminho aberto também ao restante da Europa, já que acaba de lhe ser prescrita a receita usual do FMI, a qual ajudou a manter o Brasil e outros no subdesenvolvimento.

13. A dupla franco-alemã infla seus egos brincando de diretório europeu, mas Merkel, obedecendo aos bancos alemães, rejeitou a possibilidade de o Banco Central Europeu (BCE) emitir títulos para substituir os dos países devedores. Os bancos querem continuar emprestando aos governos, para receber os juros.

14. Essa rejeição deve levar ao fim do euro, se este já não está perto do fim mesmo sem ela. Traz consequências danosas para a própria Alemanha e para a França, pois obriga os devedores mais problemáticos a continuar pagando taxas de juros demasiado elevadas nos seus títulos.

15. Isso promove crise ainda maior de suas dívidas, com o que credores – bancos alemães, franceses e norte-americanos – chegarão mais rápido ao colapso. Mostra-se, portanto, quimérica outra pretensão do "acordo": a de enquadrar os países no limite de 60% do PIB para suas dívidas.

16. Não é para a União Europeia que os países europeus estão perdendo a soberania. É em favor da oligarquia financeira que renunciam formalmente, através de atos irresponsáveis de seus chefes de governo.

17. A perda de soberania não se restringe às regras draconianas citadas, por si sós conducentes à ruína financeira e econômica. Inclui também que os países devedores liquidem – a preço de salvados do incêndio – inalienáveis patrimônios do Estado, como já foi determinado à Grécia e a outros. É a privatização, objeto das mais colossais corrupções vistas na história do Brasil.

18. Os analistas ligados ao sistema de poder atribuem a crise dos países europeus mais pobres a terem estes gastado acima de suas possibilidades, e mesmo economistas mais sérios oferecem explicações para a derrocada europeia que omitem sua causa principal.
19. Essa causa é a depressão econômica mundial, resultante do colapso financeiro armado pela finança oligárquica centrada em Nova York e Londres. Ele eclodiu em 2007, iniciando a depressão que se desenha como a mais profunda e longa da História, se não for interrompida pela terceira guerra mundial, planejada pelo complexo financeiro-militar dos EUA.

20. Martin Feldstein, professor de Harvard, aponta diferenças institucionais e nas políticas monetária e fiscal entre os EUA e a UE. Ele e muitos, como Delfim Neto, atribuem grande importância à taxa de câmbio. Argumentam que os europeus em crise não têm como desvalorizar a moeda para se tornarem mais competitivos, uma vez que adotaram o euro.

21. Robert Solow, prêmio Nobel, salienta que a UE transfere recursos de pequena monta aos membros menos avançados, pois o orçamento unificado da UE equivale a só 1% de seu PIB. Já nos EUA o governo federal fez vultosas transferências de recursos aos Estados e para regiões críticas.

22. Ainda assim, Itália, Espanha, Grécia, Portugal suportaram a situação até surgir a depressão mundial. Tendo exportações de menor conteúdo tecnológico que Alemanha, Holanda, França, e dependendo do turismo, foram duramente atingidos até pela queda da produção e do emprego nos países ditos ricos, inclusive extra-continentais, como EUA e Japão.

23. A depressão, por sua vez, adveio das bandalheiras financeiras geradas a partir de Wall Street e bases off-shore, sem regulamentação, atuantes no esquema da City de Londres, desembocando no colapso financeiro que eclodiu em 2007 e se direciona para novo estágio, mais destrutivo.

24. Os europeus envolveram-se na onda dos derivativos, quando bancos suíços e alemães adquiriram alguns bancos de investimento de Wall Street. Mesmo assim, os bancos dos EUA estão tão ou mais encalacrados que os europeus nos títulos podres resultantes da abusiva criação dos derivativos.

25. Ademais, Grécia, Espanha, Itália e outros foram enrolados pela engenharia financeira de Wall Street, Goldman Sachs à frente, que lesou investidores, camuflando os riscos, além de proporcionar créditos àqueles países, ao mesmo tempo em que fazia hedge, jogando contra seus devedores, com o resultado de elevar os juros das dívidas.

26. O assaltante está tendo por prêmio ficar com a casa do assaltado. Mas, antes da ocupação dos governos pelos bancos, agora ostensiva, as pretensas democracias ocidentais já não tinham autonomia, mesmo com parlamentos eleitos escolhendo o primeiro-ministro.

27. Como os principais partidos políticos são controlados pela oligarquia financeira – na Europa, nos EUA etc – e se diferenciam apenas por ideologias pró-forma, acomodáveis a qualquer prática, pode-se dizer que a escolha eleitoral se limita à marca do azeite com o qual os eleitores serão fritados.

28. O "acordo" agora imposto à Europa surge como culminação de uma guerra financeira que completa o trabalho realizado nas duas primeiras Guerras Mundiais. Estas destruíram a Alemanha e a França como grandes potências. O império anglo-americano só não conseguira retirar esse "status" da Rússia, mas o logrou, ao final da Guerra Fria (1989), conquanto a Rússia busque agora recuperá-lo.

29. Para que a Europa não afunde, terá de tomar rumo radicalmente diferente daquele em que foi colocada e no qual segue em aceleração impulsionada pelo "acordo" a ser celebrado, a pretexto de salvar a moeda única.

30. O General De Gaulle, nos anos 60, insurgiu-se contra o privilégio dos EUA, de cobrir seus enormes déficits externos, simplesmente emitindo dólares, e exigiu a conversão para o ouro das reservas da França. Profeticamente advertiu que a entrada da Inglaterra na UE seria uma operação "cavalo de Troia".

31. Hoje o dólar continua sendo sustentado pela condição de divisa internacional, instituída em 1944 (acordos de Bretton Woods), e mais ainda pelo poder militar. Os EUA forçam, por exemplo, que seja liquidado em dólares o petróleo comerciado entre terceiros países.

32. Percebe-se o móvel de desviar para a Europa o foco da crise econômica e financeira, que deveria estar nos EUA e do Reino Unido. Ele foi posto na Eurolândia, através de jogadas dos bancos de Wall Street com suas subsidiárias baseadas no grande paraíso fiscal que é a City de Londres.

33. Os mercados financeiros parecem teatro do absurdo. Se não, como explicar que os títulos de longo prazo norte-americanos paguem juros de menos de 2% a.a., enquanto os da Itália, de dois anos de prazo, subiram para 8% a.a.? E como explicar que a cotação do risco de crédito da Alemanha e da França esteja sendo rebaixada, enquanto isso não se dá com os títulos norte-americanos?

34. Deveria ser o contrário, pois: 1) as emissões de dólares em moeda e em títulos públicos são muito maiores que as de euros; 2) a dívida pública dos EUA atinge 120% do PIB (muito mais que os países da Zona Euro), e seria muitíssimo maior sem as enormes compras de títulos do Tesouro dos EUA pelo FED e as emissões desbragadas do FED; 3) o déficit orçamentário dos EUA supera 10% do PIB, enquanto a média europeia é 4%. 4) o déficit nas transações com o exterior dos EUA, em 2010, correspondeu a 3,9% do PIB, enquanto a Alemanha teve superávit de 5,7% do PIB, e os déficits da França e da Itália foram 2% e 3% do PIB.

35. Não bastasse, os grandes bancos americanos têm vultosas carteiras de títulos podres (sobretudo derivativos), mesmo depois de grande parte deles ter sido comprada pelo FED e por agências do governo dos EUA, em operações caracterizadas por grau incrível de corrupção.

36. Como aponta o Prof. Michael Hudson, um quarto dos imóveis nos EUA vale menos que suas hipotecas. Cidades e Estados estão em insolvência, grandes companhias falindo, fundos de pensão com pagamentos atrasados.

37. A economia britânica também cambaleia, mas os títulos governamentais pagam juros de só 2% a.a., enquanto os membros da Zona Euro enfrentam juros acima de 7% a.a, porque não têm a opção "pública" de criar dinheiro.

38. O artigo 123 do Tratado de Lisboa proíbe o BCE fazer o que os bancos centrais devem fazer: criar dinheiro para financiar déficits do orçamento público e rolar as dívidas do governo. Tampouco o pode o banco central alemão, por força da Constituição da Alemanha (país ocupado).

39. Conclui Hudson: "se o euro quebrar será porque os governos da UE pagam juros aos banqueiros, em vez de se financiarem através de seus próprios bancos centrais". Dois poderes caracterizam o Estado-Nação: criar dinheiro e governar a política fiscal. O primeiro já não existia para os europeus, e o segundo está sendo cassado com o presente "acordo".

13/Dezembro/2011

[*] Doutorado em Economia, autor de "Globalização versus Desenvolvimento", abenayon.df@gmail.com