sábado, 28 de abril de 2012
Lançamento do livro Tambwe - A Unha do Leão. Coimbra 14.04.2012
Imagens: Stills de vídeo disponível para download directo a partir dos seguintes links:http://wtrns.fr/gNplb0L72hR075
http://wtrns.fr/gXMZIQ_y2Gv_YW
http://wtrns.fr/Y2Ml7SHgIBMwfN
sexta-feira, 27 de abril de 2012
GOVERNADOR DO BANCO CENTRAL ISLANDÊS: "A CULPA DA CRISE É DOS POLÍTICOS E DA BANCA"
27 Abril 2012 |
Jornal de Negócios com Lusa
A austeridade, por si só, não bastou para superar a crise financeira, mas a consolidação fiscal "foi uma parte muito importante" da recuperação na Islândia, disse ontem em Lisboa o governador do banco central islandês.
Mar Gudmundsson, que falava à imprensa depois de uma conferência no Banco de Portugal, frisou que não se pode traçar comparações directas entre os casos islandês e português.
A Islândia sofreu uma grave crise financeira em 2007, quando a sua banca se tornou insolvente. Reiquejavique teve de pedir ajuda ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Os efeitos ainda persistem, mas a economia islandesa voltou, entretanto, ao crescimento.
"A austeridade foi difícil, mas a recuperação não teria sido possível sem consolidação fiscal", disse. "Julgo que não há dúvidas [na Europa] de que a austeridade por si só não chega, é preciso crescimento, reformas estruturais", acrescentou o banqueiro central. Olhando para a forma como a UE tem respondido à crise, Gudmundsson acha que "as reformas têm ido no sentido certo".
"Em termos gerais, pode-se dizer que a lição a aprender com a Islândia é de que não estaríamos agora onde estamos sem o programa do FMI. Creio que não posso nem devo dar conselhos mais específicos" a Portugal, concluiu Gudmundsson.
Houve muitos culpados pela crise
A responsabilidade pela crise financeira que atingiu a Islândia, em 2007, cabe a políticos, mas também a banqueiros, reguladores e factores externos, disse o governador. "Houve muitos culpados", admitiu Mar Gudmundsson. O banqueiro central explicou a crise islandesa como resultado da combinação de uma "economia sobreaquecida" e da expansão internacional excessiva de três grupos bancários islandeses. Em 2007, os activos da banca islandesa representavam quase 400% do Produto Interno Bruto da Islândia (por comparação, os da banca portuguesa não atingiam 100% do PIB).
PRÉMIO NOBEL JOSEPH STIGLITZ DIZ: "A EUROPA ESTÁ PRÓXIMA DE UM SUICÍDIO".
27 Abril 2012
Sara Antunes - saraantunes@negocios.pt
Joseph Stiglitz, prémio Nobel, considera que se a Europa mantiver uma abordagem à situação actual através da austeridade vai caminhar para o suícidio.
“Nunca houve nenhum programa de austeridade em nenhum grande país”, afirmou o responsável ontem à noite aos jornalistas, citados pela Bloomberg. “A abordagem europeia é definitivamente a menos promissora. Penso que a Europa está próxima de um suicídio.” Stiglitz defende que se a Grécia fosse a única a ter de implementar medidas de austeridade poder-se-ia ignorar, são vários os países a praticarem políticas de austeridade. “É como uma austeridade em conjunto e as consequências económicas vão ser terríveis”, alerta.
O prémio Nobel voltou a sublinhar que “a austeridade por si só não funciona e que precisamos de crescimento” e que os líderes europeus ainda não se aperceberam disso. E vai mais longe: “o que [os líderes europeus] acordaram em Dezembro é uma receita para assegurar” que não há crescimento.
“Se a Europa mantiver a abordagem de austeridade, o cenário mais provável” é que se assista a uma redução da Zona Euro para um grupo de “um ou dois países”, sendo eles a Alemanha e possivelmente a Holanda ou a Finlândia.
“A abordagem de austeridade vai levar a níveis de desemprego mais elevados que serão politicamente inaceitáveis e vão dar origem a défices piores” que os actuais, alerta o responsável.
THE ECONOMIST CONSIDERA HOLLANDE "UM HOMEM PERIGOSO". PARA QUEM?
27 Abril 2012
Lusa
Em editorial, a sair na edição de sexta-feira, a revista confessa que votaria pelo candidato da direita, Nicolas Sarkozy, na eleição de 06 de Maio, se tivesse a possibilidade.
A revista britânica "The Economist" considera que a eleição de François Hollande para a Presidência da França seria mau para o seu país e para a Europa, considerando-o "um homem perigoso", noticia a AFP.
Em editorial, a sair na edição de sexta-feira, a revista confessa que votaria pelo candidato da direita, Nicolas Sarkozy, na eleição de 06 de Maio, se tivesse a possibilidade.
"Daríamos o voto a Sarkozy, não pelos seus méritos, mas para manter Hollande fora", escreve o editorialista, que defende que a França necessita "desesperadamente" de reforma.
"A dívida pública é elevada e está a aumentar, o Governo não apresenta um excedente [orçamental] há 35 anos, os bancos estão subcapitalizados, o desemprego é persistente e corrosivo e, com [gastos públicos equivalentes a] 56 por cento do produto interno bruto, o Estado francês é o maior da Zona Euro", argumenta.
Em contrapartida, "o programa de Hollande parece uma resposta pobre a tudo isto, especialmente dado que os vizinhos da França têm estado a fazer reformas genuínas", adianta-se no texto, com o seu autor a sublinhar que o candidato socialista "fala muito sobre justiça social, mas pouco sobre a necessidade de criar riqueza".
Não obstante, reconhece-se no editorial que, com um presidente socialista, "a França conseguiria uma coisa bem feita", uma vez que, justifica-se, "Hollande opõe-se ao forte endurecimento orçamental, promovido pela Alemanha, que está a estrangular as possibilidades de recuperação da Zona Euro".
Mas, desvaloriza, Hollande está a fazê-lo "pelas razões erradas e parece que, com tanta coisa errada que ele vai fazer, a prosperidade da França (e da Zona Euro) poderão estar em risco".
HOJE, SEBASTIÃO DA GAMA
Caro(a) Amigo(a),
Amanhã, sexta, pelas 21h00, no âmbito das celebrações em honra de Sebastião da Gama, o Museu Sebastião da Gama, em Azeitão, vai ter poemas do seu patrono e de Miguel de Castro.
Entre os dois poetas houve apreço mútuo e intensa amizade. Sebastião da Gama descobriu Miguel de Castro e abriu-lhe portas; Miguel de Castro nunca esqueceu essa oportunidade nem se descuidou nas
qualidades que o mestre lhe apontara...
Os poemas dos dois vão ser ditos por Carlos Rodrigues ("Manuel Bola"), com acompanhamento musical de Albano Almeida. Amanhã, às 21h00, no Museu Sebastião da Gama, em Azeitão.
Uma realização da Associação Cultural Sebastião da Gama, em parceria com o Museu Sebastião da Gama e com a Câmara Municipal de Setúbal.
Serve de convite. Passe a palavra.
Saudações amigas.
João Reis Ribeiro
Amanhã, sexta, pelas 21h00, no âmbito das celebrações em honra de Sebastião da Gama, o Museu Sebastião da Gama, em Azeitão, vai ter poemas do seu patrono e de Miguel de Castro.
Entre os dois poetas houve apreço mútuo e intensa amizade. Sebastião da Gama descobriu Miguel de Castro e abriu-lhe portas; Miguel de Castro nunca esqueceu essa oportunidade nem se descuidou nas
qualidades que o mestre lhe apontara...
Os poemas dos dois vão ser ditos por Carlos Rodrigues ("Manuel Bola"), com acompanhamento musical de Albano Almeida. Amanhã, às 21h00, no Museu Sebastião da Gama, em Azeitão.
Uma realização da Associação Cultural Sebastião da Gama, em parceria com o Museu Sebastião da Gama e com a Câmara Municipal de Setúbal.
Serve de convite. Passe a palavra.
Saudações amigas.
João Reis Ribeiro
quinta-feira, 26 de abril de 2012
O DISCURSO QUE SÓCRATES PODIA TER LIDO
O discurso que Sócrates podia ter lido
Como Cavaco Silva reabilitou as bandeiras do Governo PS, um ano depois de Sócrates se ter despedido.
Quarta feira, 25 de abril de 2012
Por várias vezes a bancada parlamentar do PS se agitou, com murmúrios em crescendo, durante o discurso de Cavaco Silva na sessão solene do 25 de abril. Não porque discordasse do que dizia o Presidente da República. Pelo contrário: porque o discurso do PR - ainda que inadvertidamente - acabou por ser um extraordinário elogio aos governos de Sócrates. Aliás, boa parte das 8 páginas da intervenção do PR poderiam ter sido lidas pelo antigo primeiro-ministro - o mesmo que acabou por se demitir, há um ano, depois de lhe ter aberto a porta de saída com o hoje célebre discurso sobre os "limites para os sacrifícios".
Passado mais de um ano sobre esses acontecimentos, Cavaco Silva não repetiu que "há limites para os sacrifícios", como lembrou, oportuno, o líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã.
O que Cavaco repetiu foi boa parte dos argumentos que, ao longo de várias sessões legislativas, José Sócrates elencou em inúmeras intervenções, dentro e fora da Assembleia da República. Porque as razões do orgulho português, tal como o PR as apresentou hoje, 25 de abril de 2012, são em grande medida as bandeiras do Governo anterior: o salto que o país deu na ciência, na investigação e desenvolvimento, na cultura, nas artes plásticas, nas indústrias criativas, na inovação em setores tradicionais, no investimento em infraestruturas e em energias alternativas. Até no plano político-diplomático Cavaco se recorreu da herança dos governos socialistas, ao louvar o Tratado de Lisboa e a eleição de Portugal para o Conselho de Segurança da ONU.
Soa familiar?
Foram inúmeras as vezes que Sócrates, nos debates quinzenais (para nos ficarmos apenas pelo palco parlamentar) invocou estas bandeiras e citou dados como aqueles que Cavaco diz serem hoje razões de sobra para a melhoria da imagem de Portugal no estrangeiro: quadriplicou o número de diplomados, tivemos "um dos maiores crescimentos da Europa" em novos doutorados e a "segunda maior taxa de crescimento da produção científica de todos os países da UE", temos "centros científicos e tecnológicos de nível internacional", duplicámos o investimento em investigação e desenvolvimento, somamos triunfos na cultura - artes plásticas, moda, cinema, arquitetura...
Tudo referindo-se ao horizonte temporal da última década - a mesma a que se convencionou chamar a "década perdida". Tudo setores de que Sócrates fez bandeira. Tudo áreas que os Governos de Cavaco são acusados de terem desprezado.
Com o seu discurso, Cavaco reabilitou uma parte da herança de José Sócrates. Nem de propósito, enquanto o PR falava, um deputado socialista comentava para o colega do lado: "No fim disto, ele dá uma medalha ao Sócrates".
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/o-discurso-que-socrates-podia-ter-lido=f721499#ixzz1t8v05u1N
Como Cavaco Silva reabilitou as bandeiras do Governo PS, um ano depois de Sócrates se ter despedido.
Quarta feira, 25 de abril de 2012
Por várias vezes a bancada parlamentar do PS se agitou, com murmúrios em crescendo, durante o discurso de Cavaco Silva na sessão solene do 25 de abril. Não porque discordasse do que dizia o Presidente da República. Pelo contrário: porque o discurso do PR - ainda que inadvertidamente - acabou por ser um extraordinário elogio aos governos de Sócrates. Aliás, boa parte das 8 páginas da intervenção do PR poderiam ter sido lidas pelo antigo primeiro-ministro - o mesmo que acabou por se demitir, há um ano, depois de lhe ter aberto a porta de saída com o hoje célebre discurso sobre os "limites para os sacrifícios".
O que Cavaco repetiu foi boa parte dos argumentos que, ao longo de várias sessões legislativas, José Sócrates elencou em inúmeras intervenções, dentro e fora da Assembleia da República. Porque as razões do orgulho português, tal como o PR as apresentou hoje, 25 de abril de 2012, são em grande medida as bandeiras do Governo anterior: o salto que o país deu na ciência, na investigação e desenvolvimento, na cultura, nas artes plásticas, nas indústrias criativas, na inovação em setores tradicionais, no investimento em infraestruturas e em energias alternativas. Até no plano político-diplomático Cavaco se recorreu da herança dos governos socialistas, ao louvar o Tratado de Lisboa e a eleição de Portugal para o Conselho de Segurança da ONU.
Soa familiar?
Foram inúmeras as vezes que Sócrates, nos debates quinzenais (para nos ficarmos apenas pelo palco parlamentar) invocou estas bandeiras e citou dados como aqueles que Cavaco diz serem hoje razões de sobra para a melhoria da imagem de Portugal no estrangeiro: quadriplicou o número de diplomados, tivemos "um dos maiores crescimentos da Europa" em novos doutorados e a "segunda maior taxa de crescimento da produção científica de todos os países da UE", temos "centros científicos e tecnológicos de nível internacional", duplicámos o investimento em investigação e desenvolvimento, somamos triunfos na cultura - artes plásticas, moda, cinema, arquitetura...
Tudo referindo-se ao horizonte temporal da última década - a mesma a que se convencionou chamar a "década perdida". Tudo setores de que Sócrates fez bandeira. Tudo áreas que os Governos de Cavaco são acusados de terem desprezado.
Com o seu discurso, Cavaco reabilitou uma parte da herança de José Sócrates. Nem de propósito, enquanto o PR falava, um deputado socialista comentava para o colega do lado: "No fim disto, ele dá uma medalha ao Sócrates".
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/o-discurso-que-socrates-podia-ter-lido=f721499#ixzz1t8v05u1N
ESPERO POR SI NA FEIRA DO LIVRO
FEIRA DO LIVRO DE LISBOA - 24 DE ABRIL A 13 DE MAIO
13 DE MAIO - FEIRA DO LIVRO - LISBOA
MEUS CAROS AMIGOS E LEITORES DE "TAMBWE-A UNHA DO LEÃO".
VOU ESTAR, NO PRÓXIMO DIA 13 DE MAIO, NA FEIRA DO LIVRO DE LISBOA, NOS PAVILHÕES DA GRADIVA, PARA UMA SESSÃO DE AUTÓGRAFOS.
APAREÇAM PARA NOS CONHECERMOS E CONVERSAR.
• 13 de Maio – domingo - 17h30m
MEUS CAROS AMIGOS E LEITORES DE "TAMBWE-A UNHA DO LEÃO".
VOU ESTAR, NO PRÓXIMO DIA 13 DE MAIO, NA FEIRA DO LIVRO DE LISBOA, NOS PAVILHÕES DA GRADIVA, PARA UMA SESSÃO DE AUTÓGRAFOS.
APAREÇAM PARA NOS CONHECERMOS E CONVERSAR.
• 13 de Maio – domingo - 17h30m
EURODEPUTADO MIGUEL PORTAS MORREU
Miguel Portas morreu aos 53 anos
24.04.2012 - 18:32 Por São José Almeida, Rita Brandão Guerra
Miguel Portas cumpria actualmente o segundo mandato como eurodeputado (Enric Vives-Rubio)
Miguel Portas, eurodeputado pelo Bloco de Esquerda, morreu esta terça-feira, aos 53 anos, de cancro no pulmão, em Antuérpia.
Economista, durante vários anos jornalista, foi, ainda antes do 25 de Abril de 1974, militante e depois dirigente da União de Estudantes Comunistas. Foi activista contra a ditadura desde jovem, tendo sido preso quando tinha ainda 15 anos.
Já em adulto foi militante do PCP a partir de 1974, de onde saiu em 1989.
Miguel Portas integrou então, desde 1989, a Terceira Via, grupo de militantes comunistas que se opunham à direcção e onde pontificavam figuras como Joaquim Pina Moura e Barros Moura. Após o golpe de Estado na União Soviética a 20 de Agosto de 1991, a maioria dos elementos que integravam a Terceira Via rompe e abandona o PCP, entre eles Miguel Portas, em protesto com o apoio que a direcção do partido deu aos golpistas. Neste processo seriam expulsos do PCP figuras como Barros Moura, Raimundo Narciso, Mário Lino, tendo José Luís Judas abandonado o PCP para evitar a expulsão e preservar a CTGP de que era dirigente.
Durante os anos 90 pertenceu ao grupo Plataforma de Esquerda, que integraria o MDP/CDE, partido que então muda para o nome Política XXI e que virá a integrar a formação do Bloco de Esquerda (BE).
Miguel Portas cumpria actualmente o segundo mandato como eurodeputado pelo BE. Foi eleito pela primeira vez nas europeias de 2004. Tinha sido cabeça de lista já em 1999, nas primeiras eleições em que o movimento foi a votos, mas não conseguira qualquer eurodeputado.
Segundo informação do BE, o eurodeputado faleceu por volta das 18h desta terça-feira, no Hospital ZNA Middelheim, em Antuérpia.
“Encarou a sua própria doença como fazia sempre tudo, da política ao jornalismo: de frente e sem rodeios. Teve uma vida intensa e viveu-a intensamente”, recorda o partido em comunicado. Durante o período em que esteve doente “continuou sempre a cumprir as suas responsabilidades e estava, neste preciso momento, a preparar o relatório do Parlamento Europeu sobre as contas do BCE”.
Miguel de Sacadura Cabral Portas nasceu em Lisboa a 1 de Maio de 1958. É filho do arquitecto Nuno Portas e da economista Helena Sacadura Cabral e é irmão de Paulo Portas e de Catarina Portas.
Durante a sua carreira de jornalista, foi director da revista cultural Contraste e depois redactor e editor internacional do semanário Expresso. Fundou o semanário Já e a revista Vida Mundial, dos quais foi director. Também foi cronista no Diário de Notícias e no semanário Sol. Actualmente tinha ainda uma crónica semanal na Antena 1.
É autor dos livros E o resto é paisagem, Líbano, entre guerras, política e religião e Périplo. Estes dois últimos resultaram do seu fascínio pela região do Mediterrâneo, por onde fez diversas viagens.
Périplo - Histórias do Mediterrâneo começou por ser um documentário em quatro episódios realizado por Camilo Azevedo e escrito e apresentado por Miguel Portas. Filmado em 2002 e 2003 em longas viagens pelos países da bacia mediterrânica, acabou por só ser transmitido pela RTP em 2005, dando depois origem ao livro com o mesmo nome. A dupla tinha já feito em 2000 o documentário Mar das Índias, uma co-produção entre a RTP e a Comissão dos Descobrimentos que recebeu o Prémio Bordalo de melhor trabalho televisivo do ano, atribuído pela Casa da Imprensa.
Miguel Portas tinha sido operado a um cancro no pulmão em 2010.
24.04.2012 - 18:32 Por São José Almeida, Rita Brandão Guerra
Miguel Portas cumpria actualmente o segundo mandato como eurodeputado (Enric Vives-Rubio)
Miguel Portas, eurodeputado pelo Bloco de Esquerda, morreu esta terça-feira, aos 53 anos, de cancro no pulmão, em Antuérpia.
Economista, durante vários anos jornalista, foi, ainda antes do 25 de Abril de 1974, militante e depois dirigente da União de Estudantes Comunistas. Foi activista contra a ditadura desde jovem, tendo sido preso quando tinha ainda 15 anos.
Já em adulto foi militante do PCP a partir de 1974, de onde saiu em 1989.
Miguel Portas integrou então, desde 1989, a Terceira Via, grupo de militantes comunistas que se opunham à direcção e onde pontificavam figuras como Joaquim Pina Moura e Barros Moura. Após o golpe de Estado na União Soviética a 20 de Agosto de 1991, a maioria dos elementos que integravam a Terceira Via rompe e abandona o PCP, entre eles Miguel Portas, em protesto com o apoio que a direcção do partido deu aos golpistas. Neste processo seriam expulsos do PCP figuras como Barros Moura, Raimundo Narciso, Mário Lino, tendo José Luís Judas abandonado o PCP para evitar a expulsão e preservar a CTGP de que era dirigente.
Durante os anos 90 pertenceu ao grupo Plataforma de Esquerda, que integraria o MDP/CDE, partido que então muda para o nome Política XXI e que virá a integrar a formação do Bloco de Esquerda (BE).
Miguel Portas cumpria actualmente o segundo mandato como eurodeputado pelo BE. Foi eleito pela primeira vez nas europeias de 2004. Tinha sido cabeça de lista já em 1999, nas primeiras eleições em que o movimento foi a votos, mas não conseguira qualquer eurodeputado.
Segundo informação do BE, o eurodeputado faleceu por volta das 18h desta terça-feira, no Hospital ZNA Middelheim, em Antuérpia.
“Encarou a sua própria doença como fazia sempre tudo, da política ao jornalismo: de frente e sem rodeios. Teve uma vida intensa e viveu-a intensamente”, recorda o partido em comunicado. Durante o período em que esteve doente “continuou sempre a cumprir as suas responsabilidades e estava, neste preciso momento, a preparar o relatório do Parlamento Europeu sobre as contas do BCE”.
Miguel de Sacadura Cabral Portas nasceu em Lisboa a 1 de Maio de 1958. É filho do arquitecto Nuno Portas e da economista Helena Sacadura Cabral e é irmão de Paulo Portas e de Catarina Portas.
Durante a sua carreira de jornalista, foi director da revista cultural Contraste e depois redactor e editor internacional do semanário Expresso. Fundou o semanário Já e a revista Vida Mundial, dos quais foi director. Também foi cronista no Diário de Notícias e no semanário Sol. Actualmente tinha ainda uma crónica semanal na Antena 1.
É autor dos livros E o resto é paisagem, Líbano, entre guerras, política e religião e Périplo. Estes dois últimos resultaram do seu fascínio pela região do Mediterrâneo, por onde fez diversas viagens.
Périplo - Histórias do Mediterrâneo começou por ser um documentário em quatro episódios realizado por Camilo Azevedo e escrito e apresentado por Miguel Portas. Filmado em 2002 e 2003 em longas viagens pelos países da bacia mediterrânica, acabou por só ser transmitido pela RTP em 2005, dando depois origem ao livro com o mesmo nome. A dupla tinha já feito em 2000 o documentário Mar das Índias, uma co-produção entre a RTP e a Comissão dos Descobrimentos que recebeu o Prémio Bordalo de melhor trabalho televisivo do ano, atribuído pela Casa da Imprensa.
Miguel Portas tinha sido operado a um cancro no pulmão em 2010.
25 DE ABRIL - DECLARAÇÕES IMPRÓPRIAS DO PRIMEIRO-MINISTRO
25 de Abril
Vasco Lourenço considera declarações de Passos impróprias de um primeiro-ministro
24.04.2012 - 22:33 Por Lusa
O Coronel Vasco Lourenço considerou nesta terça-feira que as declarações de Passos Coelho sobre protagonismo são impróprias de um primeiro-ministro e que fazer essa “acusação” a Mário Soares e Manuel Alegre “é de quem não conhece a sua história”.
O primeiro-ministro afirmou, a propósito das ausências do antigo Presidente da República Mário Soares e do ex-deputado socialista Manuel Alegre nas comemorações oficiais do 25 de Abril, que está “habituado a que algumas figuras políticas queiram assumir protagonismo em datas especiais”.
“Nós estaremos na História de Portugal por bons motivos, provavelmente há outros que irão ficar lá por maus motivos, naturalmente ele é um deles”, criticou o presidente da Associação 25 de Abril, Vasco Lourenço, em declarações à agência Lusa.
Na opinião de Vasco Lourenço, “quem não tem argumentos usa frases feitas”.
“Se não formos nós a ter protagonismo, quem é que há-de ter protagonismo no 25 de Abril? É uma anedota que dá para rir, essa acusação, assim como acusar o Mário Soares e o Manuel Alegre de andarem à procura de protagonismo é de quem não conhece a história deles”.
Questionado se considera estas declarações impróprias para um chefe de Governo, Vasco Lourenço respondeu: “Acho que se pode retirar essa conclusão daquilo que disse”.
O militar na reserva considerou ainda “uma farsa o poder estar a comemorar o 25 de Abril” tendo em conta as políticas que estão a ser seguidas, “totalmente contrárias ao espírito de Abril”.
“A nossa atitude não é em relação ao Governo, é em relação à linha política que está no poder. Se repararem no discurso que fiz o ano passado no Rossio, ele era extremamente duro e não era este o primeiro-ministro nem era este o Governo”, notou.
O líder da Associação 25 de Abril sublinhou ainda que as políticas em curso, “não só em Portugal”, estão “a enterrar o Estado Social por completo”.
Já sobre se a Associação 25 de Abril irá continuar ausente das sessões solenes no Parlamento nos próximos anos, Vasco Lourenço disse que não se pode “estar a vaticinar”.
“Vamos ver o que acontece, se a situação evolui e se a sociedade, de uma forma democrática, consegue reverter a situação e fazer com que ela fique melhor do que está agora”, referiu.
Vasco Lourenço considera declarações de Passos impróprias de um primeiro-ministro
24.04.2012 - 22:33 Por Lusa
O Coronel Vasco Lourenço considerou nesta terça-feira que as declarações de Passos Coelho sobre protagonismo são impróprias de um primeiro-ministro e que fazer essa “acusação” a Mário Soares e Manuel Alegre “é de quem não conhece a sua história”.
O primeiro-ministro afirmou, a propósito das ausências do antigo Presidente da República Mário Soares e do ex-deputado socialista Manuel Alegre nas comemorações oficiais do 25 de Abril, que está “habituado a que algumas figuras políticas queiram assumir protagonismo em datas especiais”.
“Nós estaremos na História de Portugal por bons motivos, provavelmente há outros que irão ficar lá por maus motivos, naturalmente ele é um deles”, criticou o presidente da Associação 25 de Abril, Vasco Lourenço, em declarações à agência Lusa.
Na opinião de Vasco Lourenço, “quem não tem argumentos usa frases feitas”.
“Se não formos nós a ter protagonismo, quem é que há-de ter protagonismo no 25 de Abril? É uma anedota que dá para rir, essa acusação, assim como acusar o Mário Soares e o Manuel Alegre de andarem à procura de protagonismo é de quem não conhece a história deles”.
Questionado se considera estas declarações impróprias para um chefe de Governo, Vasco Lourenço respondeu: “Acho que se pode retirar essa conclusão daquilo que disse”.
O militar na reserva considerou ainda “uma farsa o poder estar a comemorar o 25 de Abril” tendo em conta as políticas que estão a ser seguidas, “totalmente contrárias ao espírito de Abril”.
“A nossa atitude não é em relação ao Governo, é em relação à linha política que está no poder. Se repararem no discurso que fiz o ano passado no Rossio, ele era extremamente duro e não era este o primeiro-ministro nem era este o Governo”, notou.
O líder da Associação 25 de Abril sublinhou ainda que as políticas em curso, “não só em Portugal”, estão “a enterrar o Estado Social por completo”.
Já sobre se a Associação 25 de Abril irá continuar ausente das sessões solenes no Parlamento nos próximos anos, Vasco Lourenço disse que não se pode “estar a vaticinar”.
“Vamos ver o que acontece, se a situação evolui e se a sociedade, de uma forma democrática, consegue reverter a situação e fazer com que ela fique melhor do que está agora”, referiu.
PETIÇÃO PÚBLICA: PRECISAMOS DE OUTRO 25 DE ABRIL?
Petição Precisamos de outro 25 de Abril?
Para:Sociedade Civil
A pobreza extrema, o desperdício de fundos públicos, o desequilíbrio na distribuição da riqueza, a falta de serviços e garantias básicas na saúde, justiça, educação, a ausência de uma estratégia interna e externa que confira um destino a Portugal, a corrupção, o desemprego, o medo, foram algumas das razões que levaram à realização da Revolução de 25 de Abril de 1974.
Volvidos 38 anos, encarregaram-se os dois grandes partidos que têm alternado o poder desde então, de defraudar as esperanças e expectativas de toda uma geração.
Regressaram ao poder os mesmos princípios, a mesma falta de valores, as mesmas, poucas, famílias, a veneração ao dinheiro e ao lucro, a desumanização da política, a corrupção, a promiscuidade entre poder jurídico e executivo, o desprezo pela cidadania. E, sobretudo, o medo, o medo, o medo.
Precisamos de um novo 25 de Abril ou apenas falta cumprir o que aconteceu em 74?
Os signatários
Esta petição encontra-se alojada na internet no site Petição Publica que disponibiliza um serviço público gratuito para petições online.
Caso tenha alguma questão para o autor da Petição poderá enviar através desta página:
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terça-feira, 24 de abril de 2012
segunda-feira, 23 de abril de 2012
FRANÇA-SONDAGENS DÃO HOLLANDE COMO VENCEDOR NA 2ª VOLTA E OS MERCADOS PROTESTAM
França
Sondagens dão Hollande como vencedor na segunda volta
António Sarmento
23/04/2012
As sondagens para a segunda volta das eleições francesas dão como certa a eleição do socialista François Hollande.
A vitória, ainda que curta, sobre Nicolas Sarkozy reforçou ainda mais o estatuto presidencial de François Hollande. Depois de ter ganho na primeira volta das eleições com 28,63% dos votos (contra o 27,18% de Sarkozy) o candidato socialista será, segundo as sondagens mais recentes, o próximo presidente de França.
De acordo com a CSA, Hollande obterá 56% dos votos na segunda volta, marcada para o dia 6 de Maio. No mesmo sentido, a IFOP atribui-lhe 54,5% e a BVA 53%. Em todas estas sondagens, o presidente Sarkozy conseguirá um resultado entre os 43% e os 47%.
Se as estimativas se confirmarem, Nicolas Sarlozy corre o risco de ser o primeiro presidente francês a não ser reeleito em mais de 30 anos.
A candidatura do ainda presidente francês vai organizar no Dia do Trabalhador uma manifestação em Paris - foi agora anunciado pelo próprio. Haverá assim a 1 de Maio três manifestações na capital, uma de sindicatos e esquerda, outra da extrema-direita e outra da direita.
Em reação às eleições francesas, os principais índices europeus estão a cair em torno dos 3%. "Existe um risco muito grande com as eleições francesas. A vitória de Hollande pode significar o colapso do eixo "Merkozy" e poderá prejudicar os esforços para a resolução da crise de dívida", disse Junichi Ishikawa, analista da IG Markets Securities.
Sondagens dão Hollande como vencedor na segunda volta
António Sarmento
23/04/2012
As sondagens para a segunda volta das eleições francesas dão como certa a eleição do socialista François Hollande.
A vitória, ainda que curta, sobre Nicolas Sarkozy reforçou ainda mais o estatuto presidencial de François Hollande. Depois de ter ganho na primeira volta das eleições com 28,63% dos votos (contra o 27,18% de Sarkozy) o candidato socialista será, segundo as sondagens mais recentes, o próximo presidente de França.
De acordo com a CSA, Hollande obterá 56% dos votos na segunda volta, marcada para o dia 6 de Maio. No mesmo sentido, a IFOP atribui-lhe 54,5% e a BVA 53%. Em todas estas sondagens, o presidente Sarkozy conseguirá um resultado entre os 43% e os 47%.
Se as estimativas se confirmarem, Nicolas Sarlozy corre o risco de ser o primeiro presidente francês a não ser reeleito em mais de 30 anos.
A candidatura do ainda presidente francês vai organizar no Dia do Trabalhador uma manifestação em Paris - foi agora anunciado pelo próprio. Haverá assim a 1 de Maio três manifestações na capital, uma de sindicatos e esquerda, outra da extrema-direita e outra da direita.
Em reação às eleições francesas, os principais índices europeus estão a cair em torno dos 3%. "Existe um risco muito grande com as eleições francesas. A vitória de Hollande pode significar o colapso do eixo "Merkozy" e poderá prejudicar os esforços para a resolução da crise de dívida", disse Junichi Ishikawa, analista da IG Markets Securities.
FEIRA DO LIVRO DE LISBOA - 24 DE ABRIL A 13 DE MAIO
13 DE MAIO - FEIRA DO LIVRO - LISBOA
MEUS CAROS AMIGOS E LEITORES DE "TAMBWE-A UNHA DO LEÃO".
VOU ESTAR, NO PRÓXIMO DIA 13 DE MAIO, NA FEIRA DO LIVRO DE LISBOA, NOS PAVILHÕES DA GRADIVA, PARA UMA SESSÃO DE AUTÓGRAFOS.
APAREÇAM PARA NOS CONHECERMOS E CONVERSAR.
• 13 de Maio – domingo - 17h30m
MEUS CAROS AMIGOS E LEITORES DE "TAMBWE-A UNHA DO LEÃO".
VOU ESTAR, NO PRÓXIMO DIA 13 DE MAIO, NA FEIRA DO LIVRO DE LISBOA, NOS PAVILHÕES DA GRADIVA, PARA UMA SESSÃO DE AUTÓGRAFOS.
APAREÇAM PARA NOS CONHECERMOS E CONVERSAR.
• 13 de Maio – domingo - 17h30m
SAIBA EM QUE ANO VOLTA A RECEBER OS SUBSÍDIOS DE FÉRIAS E NATAL
saiba o ano em que vai receber de novo os subsídios de férias e natal
Isto faz parte da estratégia da direita liberal. Criar um clima de medo, com a ameaça de desemprego, de terrorismo psicológico, para que o povo seja obrigado a vergar-se e aceite as suas políticas de concentração do capital nas mãos de uma oligarquia política, gerida por uma "elite" fiel aos seus ditames exploradores.
O objectivo implica, obviamente a destruição da classe média, como se está a ver!
O povo, mais do que nunca, tem de estar unido para lutar com todas as armas ao seu alcance contra este de abutres que governam, ou melhor, se governam!!!
Os portugueses com mais de 100 anos é que estão cheios de sorte !
SAIBA O ANO EM QUE VAI RECEBER DE NOVO OS SUBSÍDIOS DE FÉRIAS E DE NATAL
O Ministério da Solidariedade e Segurança Social vai enviar a todos os reformados e pensionistas uma tabela elaborada pelo seu Gabinete de Estudos para cada cidadão conhecer o ano em que receberá de novo os seus subsídios de férias e de natal. Este cálculo é feito com base na fórmula de reposição progressiva que vai ser aprovada em Conselho de Ministros, Pp= 100 – n, sendo Pp a idade dos reformados a partir da qual passam a receber os subsídios, e n um factor progressivo anual com n = 0 em 2015 e progredindo nos anos subsequentes de uma unidade por ano.
TABELA
Idade actual Ano a partir do qual receberá
(anos) de novo os subsídios
97..................................... 2015
95 e 96..............................2016
93 e 94............................. 2017
91 e 92..............................2018
89 e 90..............................2019
87 e 88..............................2020
85 e 86..............................2021
83 e 84..............................2022
81 e 82..............................2023
79 e 80..............................2024
77 e 78..............................2025
75 e 76..............................2026
73 e 74..............................2027
71 e 72..............................2028
69 e 70..............................2030
67 e 68..............................2031
65 e 66..............................2032
Como se vê, o primeiro ministro tem razão. Já há uma luz ao fundo do túmulo...
A GRANDE TRETA DA NOSSA BANCA
A grande treta da nossa banca
Continuamos a deixar que façam o que querem com o nosso destino.
Continuamos a ter políticos da treta.
Continuamos a ir para o fosso.
Continuamos ...
NÃO É PROMISSOR. É PÉSSIMO!
Há cerca de um mês o Banco Central Europeu anunciou uma mega injecção de fundos para a banca poder financiar as empresas e as famílias. Foram mais de 800 mil milhões de euros, cedidos à taxa de 1%, para apoiar a economia real e fintar a hipótese de uma nova recessão na zona euro. Daquele bolo, uma fatia de 56 milhões teve como destino os bancos portugueses.
Há uma semana, o Estado português precisou de se financiar nos mercados. Foi a primeira ida aos mercados desde que, em Abril do ano passado, pedimos ajuda externa para reequilibrarmos as nossas finanças públicas. O Tesouro colocou 1500 milhões de dívida pelos prazos de seis e 18 meses. Deste total, 500 milhões, com vencimento em Outubro, o prazo mais curto, foram colocados a uma taxa média de 2,992%. Para os restantes 1000 milhões, a 18 meses, a taxa foi de 4,55%. O Tesouro conseguiu uma procura duas vezes e meia superior à oferta e o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, considerou os resultados do leilão um sucesso e um sinal promissor. Mas isso não é verdade.
O que o ministro se esqueceu de dizer foi que a maior parte dos compradores foram bancos portugueses. Bancos que desviaram para dívida pública os fundos que o BCE lhes colocou à disposição para investirem na economia real.
Para os bancos é um excelente negócio. Pagam 1% ao BCE por dinheiro que investem a uma taxa quatro vezes e meia superior em títulos de divida pública portuguesa. E ainda podem utilizar os títulos adquiridos como garantia colateral para irem ao BCE buscar mais financiamento a 1%. Uma negócio da China.
Para o Tesouro, é um péssimo sinal. Garantir a colocação da emissão com recurso aos bancos portugueses sinaliza que a procura externa não está muito empolgada. Antes do pedido de resgate, ainda com Teixeira dos Santos à frente do Ministério, as emissões do Tesouro também correram bem, sempre graças à colaboração activa dos grandes bancos nacionais.
Fabricar sucessos assim é como tapar o Sol com uma peneira. A estratégia já deu maus resultados num passado recente: Para o Estado, que andou a esconder as suas dificuldades no financiamento. Para os bancos, que ficaram cheios de dívida catalogada como lixo.
O sinal promissor do ministro é, afinal, um péssimo sinal. Estarão as coisas assim tão mal, que justifiquem estes meios?
Álvaro Mendonça (in Automotor on-line)
Continuamos a deixar que façam o que querem com o nosso destino.
Continuamos a ter políticos da treta.
Continuamos a ir para o fosso.
Continuamos ...
NÃO É PROMISSOR. É PÉSSIMO!
Há cerca de um mês o Banco Central Europeu anunciou uma mega injecção de fundos para a banca poder financiar as empresas e as famílias. Foram mais de 800 mil milhões de euros, cedidos à taxa de 1%, para apoiar a economia real e fintar a hipótese de uma nova recessão na zona euro. Daquele bolo, uma fatia de 56 milhões teve como destino os bancos portugueses.
Há uma semana, o Estado português precisou de se financiar nos mercados. Foi a primeira ida aos mercados desde que, em Abril do ano passado, pedimos ajuda externa para reequilibrarmos as nossas finanças públicas. O Tesouro colocou 1500 milhões de dívida pelos prazos de seis e 18 meses. Deste total, 500 milhões, com vencimento em Outubro, o prazo mais curto, foram colocados a uma taxa média de 2,992%. Para os restantes 1000 milhões, a 18 meses, a taxa foi de 4,55%. O Tesouro conseguiu uma procura duas vezes e meia superior à oferta e o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, considerou os resultados do leilão um sucesso e um sinal promissor. Mas isso não é verdade.
O que o ministro se esqueceu de dizer foi que a maior parte dos compradores foram bancos portugueses. Bancos que desviaram para dívida pública os fundos que o BCE lhes colocou à disposição para investirem na economia real.
Para os bancos é um excelente negócio. Pagam 1% ao BCE por dinheiro que investem a uma taxa quatro vezes e meia superior em títulos de divida pública portuguesa. E ainda podem utilizar os títulos adquiridos como garantia colateral para irem ao BCE buscar mais financiamento a 1%. Uma negócio da China.
Para o Tesouro, é um péssimo sinal. Garantir a colocação da emissão com recurso aos bancos portugueses sinaliza que a procura externa não está muito empolgada. Antes do pedido de resgate, ainda com Teixeira dos Santos à frente do Ministério, as emissões do Tesouro também correram bem, sempre graças à colaboração activa dos grandes bancos nacionais.
Fabricar sucessos assim é como tapar o Sol com uma peneira. A estratégia já deu maus resultados num passado recente: Para o Estado, que andou a esconder as suas dificuldades no financiamento. Para os bancos, que ficaram cheios de dívida catalogada como lixo.
O sinal promissor do ministro é, afinal, um péssimo sinal. Estarão as coisas assim tão mal, que justifiquem estes meios?
Álvaro Mendonça (in Automotor on-line)
ECONOMIA E ENGENHARIA
se não fosse engenheiro, diria que a expressão...
Papá Peter publicou no grupo Plataforma231.net
17 de Abril de 2012
Se não fosse engenheiro diria que a expressão "engenharia fiscal" pode parecer uma metáfora quando de facto é uma expressão literalmente correcta; uma realidade desde sempre, quer na fiscalidade quer na economia. Tudo isto é estudado e controlável.
De facto, alguns dos princípios mais utilizados em engenharia, com base na matemática e física aplicada, principalmente o estudo de sistemas dinâmicos - estudo das reacções a determinadas acções provocadas em sistemas diversos e alteração das variáveis de forma a obter ou controlar o efeito pretendido - foram largamente estudados de forma a obter os diversos modelos económicos e fiscais actualmente conhecidos.
O grande problema é que os largos estudos por trás dos modelos foram numa dada altura financiados e publicitados, através de grandes nomes da economia (que depois eram laureados com Nobel, para lhes dar maior credibilidade) por quem detinha o capital sendo que o objectivo dos mesmos estudos era conhecer profundamente as variáveis para que, exercendo poder político sobre as mesmas, se poderia controlar efectivamente os efeitos na economia.
Conclusão: Esta ideia que depois nos venderam, que os mercados é que mandam e que a economia é imprevisível, é tudo treta, porque o que acontece, é que, sim, a muito curto prazo, as flutuações que se verificam, são as flutuações normais diárias, mensais, etc... no entanto, a longo prazo, tudo o que ronda a economia é perfeitamente controlável e logo previsível. No entanto, se tudo fosse previsível o sistema económico seria estável, e daí, pouco interessante para a especulação, e logo a economia conforme a conhecemos perderia sentido e passaria a funcionar conforme os princípios com que foi fundada (optimização dos recursos para benefício da população e não dos lucros). A palavra chave é INSTABILIDADE, porque so0quanto maior a instabilidade num sistema de natureza social, mais espaço existe para a corrupção, a incerteza, a desigualdade, para a mentira.
Daí, que quem defende a regulação dos mercados, nada mais está a defender, do que aquilo que se faz e sempre fez em engenharia, que é modelar e controlar as variáveis, de forma que os sistemas sejam tendencialmente estáveis. Um bom exemplo que é perfeitamente entendido por todos, é a utilização de molas e amortecedores no automóvel. A mola tem a função de manter a altura do carro ao solo mais ou menos constante e de forma suave e o amortecedor tem a função de reduzir significativamente a vibração do automóvel devido às irregularidades do piso. Da mesma forma se pode modelar a economia em função dos objectivos ou das necessidades através de impostos, taxas, lei, regulação.
A economia faz parte da sociedade, e se a sociedade de rege por leis, a economia não pode fugir às leis como se não fizesse parte da sociedade ou como se nada tivesse a ver com as pessoas e é isso que têm tentado defender: Que a economia deve ser livre e os mercados devem funcionar livremente porque só assim se atingirá o perfeito funcionamento da sociedade - GRANDE FALÁCIA. Qualquer engenheiro percebe esta falácia se estudou sistemas dinâmicos...
Papá Peter publicou no grupo Plataforma231.net
17 de Abril de 2012
Se não fosse engenheiro diria que a expressão "engenharia fiscal" pode parecer uma metáfora quando de facto é uma expressão literalmente correcta; uma realidade desde sempre, quer na fiscalidade quer na economia. Tudo isto é estudado e controlável.
De facto, alguns dos princípios mais utilizados em engenharia, com base na matemática e física aplicada, principalmente o estudo de sistemas dinâmicos - estudo das reacções a determinadas acções provocadas em sistemas diversos e alteração das variáveis de forma a obter ou controlar o efeito pretendido - foram largamente estudados de forma a obter os diversos modelos económicos e fiscais actualmente conhecidos.
O grande problema é que os largos estudos por trás dos modelos foram numa dada altura financiados e publicitados, através de grandes nomes da economia (que depois eram laureados com Nobel, para lhes dar maior credibilidade) por quem detinha o capital sendo que o objectivo dos mesmos estudos era conhecer profundamente as variáveis para que, exercendo poder político sobre as mesmas, se poderia controlar efectivamente os efeitos na economia.
Conclusão: Esta ideia que depois nos venderam, que os mercados é que mandam e que a economia é imprevisível, é tudo treta, porque o que acontece, é que, sim, a muito curto prazo, as flutuações que se verificam, são as flutuações normais diárias, mensais, etc... no entanto, a longo prazo, tudo o que ronda a economia é perfeitamente controlável e logo previsível. No entanto, se tudo fosse previsível o sistema económico seria estável, e daí, pouco interessante para a especulação, e logo a economia conforme a conhecemos perderia sentido e passaria a funcionar conforme os princípios com que foi fundada (optimização dos recursos para benefício da população e não dos lucros). A palavra chave é INSTABILIDADE, porque so0quanto maior a instabilidade num sistema de natureza social, mais espaço existe para a corrupção, a incerteza, a desigualdade, para a mentira.
Daí, que quem defende a regulação dos mercados, nada mais está a defender, do que aquilo que se faz e sempre fez em engenharia, que é modelar e controlar as variáveis, de forma que os sistemas sejam tendencialmente estáveis. Um bom exemplo que é perfeitamente entendido por todos, é a utilização de molas e amortecedores no automóvel. A mola tem a função de manter a altura do carro ao solo mais ou menos constante e de forma suave e o amortecedor tem a função de reduzir significativamente a vibração do automóvel devido às irregularidades do piso. Da mesma forma se pode modelar a economia em função dos objectivos ou das necessidades através de impostos, taxas, lei, regulação.
A economia faz parte da sociedade, e se a sociedade de rege por leis, a economia não pode fugir às leis como se não fizesse parte da sociedade ou como se nada tivesse a ver com as pessoas e é isso que têm tentado defender: Que a economia deve ser livre e os mercados devem funcionar livremente porque só assim se atingirá o perfeito funcionamento da sociedade - GRANDE FALÁCIA. Qualquer engenheiro percebe esta falácia se estudou sistemas dinâmicos...
ISLÂNDIA: O BOM EXEMPLO
ISLÂNDIA. BOAS NOTÍCIAS PARA 2012
Porém, o que é digno de menção é a história que fala de um povo capaz de começar a escrever seu próprio futuro, sem ficar a mercê do que se
Islândia triplicará o seu crescimento económico em 2012 após a prisão de políticos e banqueiros
Começou a redigir uma nova Constituição feita por eles e para eles. E hoje, graças à mobilização popular, será o país mais próspero de um ocidente submetido a uma tenaz crise de dívida.
É a cidadania islandesa, cuja revolta em 2008 foi silenciada na Europa por temor a que muitos percebessem. Mas conseguiram, graças à força de toda uma nação, o que começou por ser crise converteu-se em oportunidade. Uma oportunidade que os movimentos altermundistas observaram com atenção e elegeram como modelo realista a seguir.
Consideramos que a história da Islândia é uma das melhores noticias dos tempos atuais. Sobretudo depois de se saber que, segundo as previsões da Comissão Europeia, este país do norte atlântico, fechará 2011 com um crescimento de 2,1% e que em 2012, este crescimento será de 1,5%, uma cifra que supera o triplo dos países da zona euro. A tendência de crescimento aumentará inclusive em 2013, quando está previsto que alcance 2,7%. Os analistas asseveram que a economia islandesa continua exibindo sintomas de desequilíbrio. E que a incerteza persiste nos mercados. Porém, voltou a gerar emprego e a dívida pública foi diminuindo de forma palpável.
Este pequeno país do periférico ártico recusou resgatar os bancos.
Deixou-os cair e aplicou a justiça sobre aqueles que tinham provocado descalabros e desmandes financeiros. Os matizes da história islandesa dos últimos anos são múltiplos. Apesar de ter transcendido parte dos resultados que todo o movimento social almejava, pouco foi relatado do esforço que este povo realizou. Da situação limite a que chegaram com a crise e das múltiplas batalhas que ainda estão por ser resolvidas.
Porém, o que é digno de menção é a história que fala de um povo capaz de começar a escrever seu próprio futuro, sem ficar a mercê do que se
decida em despachos distantes da realidade. Embora continuem existindo buracos para preencher e escuros por iluminar.
A revolta islandesa não causou outras vítimas que não fossem os políticos e os homens de finanças.
Não derramou nenhuma gota de sangue. Não houve a tão famosa "Primavera Árabe".
Nem sequer teve rastro mediático, pois os Media (ao serviço dos poderosos), passaram por cima dos acontecimentos em ponta dos pés.
Mesmo assim, conseguiram seus objetivos de forma limpa e exemplar.
Hoje, o caso da Islândia bem poderá ser ilustrativo do caminho a seguir pelos indignados espanhóis, pelo movimento Occupy Wall Street e por aqueles que exigirem justiça social e justiça económica em todo o mundo.
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