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sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Crónica 3 - ELEIÇÕES
Poderá parecer fora de tempo voltar a falar, tantas semanas depois, das eleições para o Parlamento europeu. Faço-o porque acredito que o que aconteceu foi um sério aviso à classe política de toda a Europa.
Ao contrário do que os políticos quiseram fazer crer, o único e honesto balanço da “Festa” que foram aquelas eleições e temo se repita, é o da ABSTENÇÃO.
Contudo, o caricato foi ouvir e ver, mal se conheceram os resultados, todos a gritar VITÓRIA. Vitória de quem, se dos 9.600.581 portugueses inscritos como eleitores, 6.279.529 cidadãos se esqueceram de votar? É o estúpido truque da avestruz, que esconde a cabeça para não ver o perigo, julgando deste modo escapar ao predador.
A classe política parecia tão entusiasmada que, mesmo que apenas votassem 100 portugueses, continuariam a falar em percentagens fabulosas. Ou seja, 31% para o PSD, 26% para o PS, 10% para o BE, 10% para o PCP e 8% para CDS, etc., etc.. RIDÍCULO.
A abstenção sempre foi uma realidade em todas as eleições, contudo, nem nas legislativas, nem nas autárquicas, as percentagens se aproximam do absoluto.
Como explicar, então, este fenómeno sociológico que enferma toda a Europa?
A verdade é que as nacionalidades que compõem a UNIÃO não sentem a Europa como uma entidade política, como uma pátria. Ninguém se comove com o Hino, com a Bandeira, com a Constituição, com os Tratados. Os cidadãos da União apenas querem a EUROPA da ECONOMIA. Basta-lhes isso e para tanto não percebem a necessidade de eleições. Na lógica da maioria dos europeus seria suficiente um conjunto de especialistas que lhes tratasse da vidinha, da lista do supermercado, do emprego, ou seja, da economia e das finanças. Poupava-se dinheiro que escasseia e escapava-se ao ridículo de se gritar vitória sobre algo que não passa de ficção.
O problema dos políticos é que reconhecer a abstenção é avalizar a falta de legitimidade dos seus cargos políticos, é reconhecer a falência das suas soluções, é reconhecer que lhe toparam a demagogia.
Que fazer?
Todos vimos, com a actual crise, que não se pode entregar a gestão aos tais especialistas milagreiros. O resultado da sua visão unicamente economicista para a solução dos problemas, originou o desemprego, a falência das empresas, a fome, e todos os dramas que se conhecem, na Europa e no Mundo.
Definitivamente, há que acabar com a promiscuidade entre políticos e gestores, deixar de pensar o país como uma empresa onde o DEVE e HAVER são verdades absolutas, para que os dividendos se distribuam pelos accionistas. A continuar assim estaremos a dar razão aos abstencionistas.
AOC
Ao contrário do que os políticos quiseram fazer crer, o único e honesto balanço da “Festa” que foram aquelas eleições e temo se repita, é o da ABSTENÇÃO.
Contudo, o caricato foi ouvir e ver, mal se conheceram os resultados, todos a gritar VITÓRIA. Vitória de quem, se dos 9.600.581 portugueses inscritos como eleitores, 6.279.529 cidadãos se esqueceram de votar? É o estúpido truque da avestruz, que esconde a cabeça para não ver o perigo, julgando deste modo escapar ao predador.
A classe política parecia tão entusiasmada que, mesmo que apenas votassem 100 portugueses, continuariam a falar em percentagens fabulosas. Ou seja, 31% para o PSD, 26% para o PS, 10% para o BE, 10% para o PCP e 8% para CDS, etc., etc.. RIDÍCULO.
A abstenção sempre foi uma realidade em todas as eleições, contudo, nem nas legislativas, nem nas autárquicas, as percentagens se aproximam do absoluto.
Como explicar, então, este fenómeno sociológico que enferma toda a Europa?
A verdade é que as nacionalidades que compõem a UNIÃO não sentem a Europa como uma entidade política, como uma pátria. Ninguém se comove com o Hino, com a Bandeira, com a Constituição, com os Tratados. Os cidadãos da União apenas querem a EUROPA da ECONOMIA. Basta-lhes isso e para tanto não percebem a necessidade de eleições. Na lógica da maioria dos europeus seria suficiente um conjunto de especialistas que lhes tratasse da vidinha, da lista do supermercado, do emprego, ou seja, da economia e das finanças. Poupava-se dinheiro que escasseia e escapava-se ao ridículo de se gritar vitória sobre algo que não passa de ficção.
O problema dos políticos é que reconhecer a abstenção é avalizar a falta de legitimidade dos seus cargos políticos, é reconhecer a falência das suas soluções, é reconhecer que lhe toparam a demagogia.
Que fazer?
Todos vimos, com a actual crise, que não se pode entregar a gestão aos tais especialistas milagreiros. O resultado da sua visão unicamente economicista para a solução dos problemas, originou o desemprego, a falência das empresas, a fome, e todos os dramas que se conhecem, na Europa e no Mundo.
Definitivamente, há que acabar com a promiscuidade entre políticos e gestores, deixar de pensar o país como uma empresa onde o DEVE e HAVER são verdades absolutas, para que os dividendos se distribuam pelos accionistas. A continuar assim estaremos a dar razão aos abstencionistas.
AOC
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Crónica 2-NO DESERTO TAMBÉM HÁ MIRAGENS.
Dentro em breve, os portugueses serão chamados a votar novamente.Insatisfeitos com a gestão do PS e de Sócrates, darão, ao que parece, a vitória ao PSD e a Manuela Ferreira Leite, na esperança de que estes políticos de sempre distribuam riqueza. Puro engano. Acto eleitoral após acto eleitoral votamos nos gurus da economia de mercado para depois reclamarmos soluções políticas de gestão socialista. Já é tempo de saber, como adultos que somos, que os teóricos do liberalismo económico defendem o mercado com unhas e dentes: a lei da oferta e da procura tudo regula, tudo resolve. Constatamos, diariamente, as consequências que a aplicação desta lei trouxe à economia mundial (Falências de Bancos, de empresas produtoras de economia real, desemprego, fome) contudo, apesar da crise, as sondagens indicam que continuaremos a apostar nas mesmas soluções. Não tarda, teremos a Segurança Social privatizada; o acesso à saúde dependente dos seguros que cada um faça; o ensino gratuito, uma recordação do passado. Enfim, iludimo-nos porque recusamos ler nas entrelinhas e continuamos a acreditar nos milagres dos santos. Vota-se ao centro e à direita e depois, professores, médicos, juízes, funcionários, operários, reclamam medidas de esquerda. Impossível! Haja coerência. É tempo de deixarmos de votar por impulso e alimentar a demagogia daqueles que nos enganam. Passemos ao votos das ideias, dos princípios. Afinal, o que é que queremos: Mercado ou Estado Social? Tão simples como isso.
AOC
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
LEITURA PARA FÉRIAS
AGOSTO ESTÁ À PORTA.
POR TRADIÇÃO É O MÊS DE FÉRIAS. NÃO SE ESQUEÇA QUE UMA BOA LEITURA É FUNDAMENTAL PARA O REPOUSO DO CORPO E DO ESPÍRITO.
ADQUIRA, POR ISSO, "A ESPECIARIA" DE ANTÓNIO OLIVEIRA E CASTRO COMO COMPANHIA DO LAZER. LEIA E DEIXE-SE IR PELAS VEREDAS DA IMAGINAÇÃO E DO SONHO. ASSIM, A CRISE FICA MAIS FÁCIL.
BOAS FÉRIAS.
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