sexta-feira, 24 de junho de 2011
A HERANÇA DA LÍNGUA PORTUGUESA NO ORIENTE
A HERANÇA DA LÍNGUA PORTUGUESA NO ORIENTE (ÁSIA)
HISTÓRIA COLONIAL PORTUGUESA
Escrito por Marco Ramerini
Tradução feita por Márcia Siqueira de Carvalho
Além disso, onde a presença portuguesa era preponderante ou mais duradoura, cresceram as comunidades de "casados" e "mestiços" que adotaram uma variedade de língua mãe: uma espécie de Creoule português.
Comunidades que falam Português na Ásia (Azul: Comunidades que falam Português atualmente na Ásia. Vermelho: Comunidades que falavam o Português na Ásia)
HISTÓRIA COLONIAL PORTUGUESA
Escrito por Marco Ramerini
Tradução feita por Márcia Siqueira de Carvalho
A língua portuguesa foi, nos séculos XVI, XVII e XVII , a língua dos negócios nas costas do Oceano Índico, em função da expansão colonial e comercial portuguesa. O português foi usado, naquela época, não somente nas cidades asiáticas conquistadas pelos portugueses, mas também por muitos governantes locais nos seus contatos com outros estrangeiros poderosos (holandeses, ingleses, dinamarqueses, etc).
No Ceilão, por exemplo, o português foi usado para todos os contatos entre os europeus e a população nativa; vários reis do Ceilão falavam fluentemente esta língua e nomes portugueses eram comuns na nobreza. Quando os holandeses ocuparam a costa do Ceilão, principalmente sob as ordens de Van Goens, eles tomaram medidas para parar o uso da língua portuguesa. Porém, ele estava tão entranhado entre os habitantes do Ceilão que até mesmo as famílias dos burgueses holandeses começaram a usar a língua portuguesa. Em 1704, o governador Cornelius Jan Simonsz falava que : "se você fala português no Ceilão, você é entendido em todo lugar".
Também na cidade de Batávia, capital da Holanda Oriental (atual Jakarta), o português foi a língua falada nos séculos XVII e XVIII. As missões religiosas contribuíram para esta grande expansão da língua portuguesa. Isto porque desde que as comunidades se convertiam ao catolicismo, elas adotavam o português como língua materna. Também as missões protestantes (holandeses, dinamarqueses, ingleses ...) que trabalharam na Índia foram forçados a usar o português como a língua de evangelização.
A língua portuguesa também influenciou várias línguas orientais. Muitas palavras portuguesas foram incorporadas por vários idiomas orientais, como as da Índia, do suaili, malaio, indonésio, bengali, japonês, os várias do Ceilão, o tetum de Timor, africâner da África do Sul, etc.
Além disso, onde a presença portuguesa era preponderante ou mais duradoura, cresceram as comunidades de "casados" e "mestiços" que adotaram uma variedade de língua mãe: uma espécie de Creoule português.
O que restou hoje é muito pouco. Entretanto é interessante notar que, neste sentido, existem pequenas comunidades de pessoas espalhadas por toda a Ásia que continuam a usar o "creoule" português, embora não tenham mais contatos com Portugal, em alguns casos, durante séculos. Outro aspecto interessante é que durante o período mais importante da presença portuguesa na Ásia, não havia mais do que 12.000 a 14.000 portugueses, incluindo os religiosos.
Comunidades que falam Português na Ásia (Azul: Comunidades que falam Português atualmente na Ásia. Vermelho: Comunidades que falavam o Português na Ásia)
AS COMUNIDADES QUE FALAM PORTUGUÊS ATUALMENTE:
Malaca, Malásia: (Portuguese Settlement, Praya Lane, Bandara Hilir). Cerca de 1000 pessoas falam esta espécie de "creole" (Papia Kristang). Cerca de 80 % dos antigos habitantes da colonia portuguesa em Malacca falam Kristang, que também é falado atualmente em Singapora e Kuala Lumpur. Kristang é muito parecido com o malaio local na sua estrutura gramatical, mas 95% do seu vocabulário deriva do português. Não muito tempo tempo atrás o português também era falado em Pulau Tikus (Penang) mas agora é considerado extinto. A comunidade eurasiana tem 12.000 membros na Peninsula Malaia. Activo é MPEA (Malacca Portuguese Eurasian Association) e SPEMA (Secretariat of the Portuguese/Eurasian Malaysian Associations) com 7 associações dos seus membros em Alor Star, Penang, Perak, Malacca (MPEA), Kuala Lumpur, Seremban e Johor Baru. Ha também em Singapura uma associaçao Eurasiatica. Malaca se separou do domínio português em 1641.
Korlai, Índia: (perto de Chaul). Cerca de 900 pessoas falam o creole português e esta comunidade tem a sua igreja chamada: "Igreja de Nossa Senhora do Monte Carmelo" Chaul se separou do domínio português em 1740.
Damão, Índia: (Damão Grande ou Praça, Campo dos Remédios, Jumprim, Damão da Cima). Cerca de 2000 pessoas falam esta espécie de Creole Português. Damão se separou do domínio português em Dezembro de 1961.
Ceilão (Sri Lanka): [Burgueses Portugueses em Batticaloa (Koolavaddy, Mamangam, Uppodai, Dutch Bar, Akkaraipattu); Trincomalee (Palayuttu); comunidades Kaffir de Mannar e Puttalam ]. Atualmente é apenas usado entre as 250 famílias em suas casas em Batticaloa até 1984. Muitos emigraram para a Austrália. Ainda há 100 famílias em Batticaloa e Trincomalee e cerca de 80 famílias Afro-Sinhalese (Kaffir) em Puttalam. Quase extinta. Em Batticaloa existe o Clube de Recreio"Shamrock" or "Batticaloa Catholic Burgher Union". Ha uma pequena comunidade de descendentes portugues na aldeia de WahaKotte (circa 7°42'N. - 80°36'E) (Centro do Sri Lanka, seis quilometros de Galewala estrada entre Galewala e Matale), eles são Catolicos Romanos, mas são acerca de dois geracão que Creole Português não é falado. Ceilão se separou do domínio português em 1658.
Macau: Cerca de 2.000 pessoas fala o português como sua primeira língua, e perto de 11.500 como sua segunda língua. Apenas poucas mulheres idosas falam o Macauense um Creole Macau-Português. O "Instituto Cultural de Macau" e a "Fundação do Oriente" estão funcionando. Existe também um canal de TV e vários jornais voltados inteiramente para o português. Macau em 20 de Dezembro de 1999 voltou a fazer parte da China. Hong Kong: Centenas de pessoas falam o Macauense. Quase todas são emigrantes de Macau. Nunca foi colonia portuguesa.
Goa, Índia: O idioma português está desaparecendo rapidamente de Goa. Atualmente ele é falado por um pequeno setor das famílias mais abastadas e apenas 3 a 5 % da populaçãio continua falando-o (estima-se de 30.000 a 50.000 pessoas). Atualmente 35% da população de Goa são imigraantes de outros estados indianos. Nas escolas da Índia ele é ensinado como a terceira língua (não obrigatória). Existe um departamento de Português na Universidade de Goa, mas a "Fundação do Oriente" e a Sociedade de Amizade Indo-Portuguesa ainda estão em funcionamento. O último jornal em língua protuguesa foi publicado na década de 80. Em Panaji muitos cartazes em português ainda são visíveis em lojas, edifícios públicos, etc. Goa se separou do domínio português em Dezembro de 1961.
Diu, Índia: Aqui o idioma creole protuguês está quase extinto. Diu se separou do domínio português em Dezembro de 1961.
Timor Leste: Os que falavam o português em 1950 não ultrapassavam a 10.000 pessoas e em 1974 apenas 10% a 20% da população. Em 1975: O Timor Leste tinha 700 000 habitantes dos quais : 35 a 70 000 sabiam ler e escrever em português e 100 a 140 000 podiam falar e entender esta língua. Até1981, o português foi a língua da Igreja de Timor, quando foi substituído pelo Tetum. Entretanto ele é comumente usado como idioma de negócios na cidade de Dili. O português permaneceu como a língua da resistência anti-Indonésia e de comunicação externa da Igreja Católica. O português criole de Timor (Português de Bidau) hoje está praticamente extinto. Ele é falado próximo a Dili, Lifau e Bidau. Indonesia invadiu o Timor Leste em 1975. Entretanto, nenhuma nação reconheceu esta anexação militar. Timor Leste tornou-se um estado independente, 20 de maio de 2002. A lingua oficial de Timor-Leste está o português.
Flores, Indonésia: (Larantuka, Sikka) Aqui o português sobrevive nas tradições religiosas e na comunidadeTopasses (os descendentes dos homens portugueses com as mulheres nativas) utilizam-no nas suas preces. Aos sábados, as mulheres de Larantuka rezam o rosário numa forma corrompida de português. Na área de Sikka, no Leste de Flores, muitas pessoas são descendentes de portugueses e ainda (???) usam esta língua. Existe uma Confraria chamada de "Reinja Rosari". Portugal retirou-se em 1859.
ATÉ POUCOS ANOS ATRÁS, COMUNIDADES QUE FALAVAM O PORTUGUÊS EXISTIAM EM:
Ceilão (Sri Lanka): (O Creole Português era falado pela comunidade burguesa holandesa) Até o início do século XX, o creole português era falado pelos membros desta comunidade. Até depois da Segunda Guerra Mundial, os católicos do Sri Lanka, em Colombo se reuniam nas missas faladas em português (como a igreja de Santo Antônio, em Dematagoda). Após a segunda metade deste século, parte destes católicos tão antigos começaram a freqüentar missas em grupos cada vez menores nas igrejas católicas na cidade (Dematagoda, Hulftsdorp, Kotahena, Kotte, Nugegoda e Wellawatte). Embora era uma língua falada, o português estáva perdendo rapidamente a sua importância original nos serviços religiosos nas igrejas católicas (sendo substituído pelo inglês mais moderno e mais procurado).
Jakarta-Batavia-Tugu, Indonésia: (um subúrbio de Jakarta). Aqui, até o início do século XX uma espécie de português corrompido ainda era falado pela população cristã em Tugu. O último habitante que falava creole morreu em 1978. Nunca esteve sob domínio de Portugal.
Cochim, Índia: (Vypeen). Desapareceu nos últimos 20 anos. A comunidade portuguesa/hindu (2.000 pessoas) frequenta a velha igreja de Nossa Senhora da Esperança. Portugal retirou-se de Cochim em 1663.
Bombaim or do Norte, Índia: (Baçaim, Salsette, Thana, Chevai, Mahim, Tecelaria, Dadar, Parel, Cavel, Bandora-Badra, Govai, Morol, Andheri, Versova, Malvan, Manori, Mazagão) Em 1906, este Creole foi, depois do Ceilão, o dialeto indo-português mais importante. Em1906 ainda existia perto de 5.000 pessoas que falavam o Creole Português como,língua materna, e 2.000 estavam em Bombaim e Mahim, 1.000 estavam em Bandora, 500 em Thana, 100 em Curla, 50 em Baçaim e 1.000 em outras vilas. Não existia, naquela época, escolas em creole-português e as classes mais ricas substituiram-no pelo inglês. (Costa, Dalgado).
Coromandel, Índia: (Meliapore, Madras, Tuticorin, Cuddalore, Karikal, Pondicherry, Tranquebar, Manapar, Negapatam…..) Na costa de Coromandel, os descendentes dos portugueses são geralmente conhecidos como "Topasses", eram católicos e falavam o creole português. Com a chegada do domínio inglês na Índia, eles começaram a falar a língua inglesa em lugar do português e também alglicizaram seus nomes. Atualmente fazem parte da comunidade aurasiana. Em Negapatam, em 1883, ainda existiam 20 famílias que falavam o indo-português. (Schuchardt, Dalgado)
DESAPARECEU JÁ HÁ MUITOS ANOS:
Solor & Adonara, Indonésia: Solor, Adonara (Vure)
Ilha de Java -Batávia, Indonésia: (comunidade holandesa de Batávia, Mardijkers) Os Mardijkers são os descendentes dos antigos escravos de Malacca, Bengal, Coromandel, Malabar, que foram convertidos ao Protestantismo quando libertados. Eles falavam uma espécie de creole-português e eram o ramo principal da comunidade portuguesa da Batávia. Depois da conquista holandesa de Malacca e do Ceilão eles cresceram consideravelmente. Em 1673, foi construída uma igreja protestante, para a comunidade portuguesa na Batávia e depois, no século XVII, uma segunda igreja foi construída. Em 1713, esta comunidade tinha cerca de 4.000 membros. < Lopes > Até 1750, o português foi a primeira língua na Batávia, porém, depois o malaio passou a dominar. Em 1808, o reverendo Engelbrecht celebrou a última missa em português. Em 1816, a comunidade portuguesa foi incorporada pela comunidade malaia. Também entre as famílias holandesas da Batávia, a língua portuguesa foi intensamente usada até 1750, apesar dos esforços do Governo Holandês contra o seu uso.
Mangalore, Índia: Mangalore.
Cannanore, Índia: Cannanore.
Bengala, Índia-Bangladesh: (Balasore, Pipli, Chandernagore, Chittagong, Midnapore, Hugli……) A língua portuguesa foi, nos séculos XVII e XVIII, a "lingua franca" em Bengala. Depois de 1811, o português era usado em todas as igrejas cristãs (católicas e protestantes) de Calcutá. No início do século XX, apenas umas poucas famílias falavam uma forma corrompida de português misturadas com muitas palavras da língua inglesa. (Campos)
Moluccas, Indonésia: (Ternate, Ambon, Banda, Makasar) Ternateno, um creole Português que foi falado nas ilhas de Ternate e West Halmahera, atualmente está extinto. Ambon, aqui o português sobrevive na língua actualmente falada o Malayu-Ambom, o que contem cerca de 350 termos de origem portuguesa.
Nas costas da Índia, existiam cerca de 44 comunidades onde o português era falado.
BIBLIOGRAFIA:
- Abdurachman, Paramita Rahayu "Some portuguese loanwords in the vocabulary of speakers of Ambonese Malay in christian villages of Central Moluccas"
17 pp. LIPI, 1972, Jakarta, Indonesia.
- Clancy, Clements "The genesis of a language: the formation and development of Korlai Portuguese"
XII, 281 pp. maps, Creole language library vol.16, Benjamins, 1996, Amsterdam and Philadelphia.
- Dalgado, S. R. "Estudos sobre os Crioulos Indo-Portugueses"
187 pp. Comissao Nacional para as Comemoraçoes dos Descobrimentos Portugueses 1998 Lisboa, Portugal.
Dialecto Indo-Portugues de Goa; Dialecto Indo-Portugues de Damao; Dialecto Indo-Portugues do Norte; Dialecto Indo-Portugues de Negapatao; Berço duma cantga em Indo-Portugues.
The latest edition of the interesting study of Sebastiao Rodolfo Delgado on the Creole languages of Goa, Damao, Negapatam and the Northern Province of India.
- Dalgado, Sebastião Rudolfo "Dialecto Indo-Português de Ceilão"
301p. (Cadernos Ásia) CNCDP, 1998, Lisboa, Portugal.
- Daus, Ronald "Portuguese Eurasian communities in Southeast Asia"
83 pp. Institute of Southeast Asian, 1989, Singapore.
The Portuguese Eurasian communities in Malacca, Tugu, Larantuka and Singapore.
- Goonatilleka, M.H. "A Portuguese Creole in Sri Lanka: A Brief Socio-Linguistic Survey"
In: SOUZA, Teotónio R. de (ed.) "Indo-Portuguese History. Old Issues, New Questions (3 th ISIPH )"
pp. 147-180 Concept, 1985, New Delhi, India.
- Hettiarachchi, A. S. "Influence of Portuguese on the Sinhalese Language"
JCBRAS Vol. IX, 1965, pp. 229-238
- Jackson, Kenneth David "Sing without a shame:oral traditions in Indo-Portuguese creole verse: with transcription and analysis of a nineteenth-century manuscript of Ceylon Portuguese Creole"
XXVII, 257 pp. Creole Language Library, Benjamins, 1990, Amsterdam and Philadelphia.
- Lopes, David "A Expansão da Língua Portuguesa no Oriente durante os Séculos XVI, XVII e XVIII"
265 pp. Portucalense Editora, 1969, Porto, Portugal.
- Matos, Luís de "O português, língua franca no Oriente"
In: "Colóquios sobre as províncias do Oriente" Vol. 2 Junta de Investigações do Ultramar, 1968, Lisboa. - pp. 11-23
(Estudos de Ciências Políticas e Sociais ; 81)
- Silva Jayasuriya, Shihan de "Indo Portuguese of Ceylon: a contact language"
188 pp. Athena Publications, 2001, London, UK.
- Silva Rego, Padre Antonio da "Dialecto Portugues de Malaca e outros
escritos" 304 pp. (Cadernos Ásia) CNCDP, 1998, Lisboa, Portugal.
Dialecto Portugues de Malaca; A Comunidade Luso-Malaia de Malaca e Singapura; A cultura Portuguesa na Malaia e em Singapura.
- Teixeira, Pe. Manuel "The Influence of Portuguese on the Malay Language"
In: "Journal of the Malayan Branch of the Royal Asiatic Society", 1962, vol. XXXV (Pt. 1).
- Theban, Laurentiu "Situaçao e perspectivas do português e dos crioulos de origem portuguesa na India e no Sri-Lanka"
In: "Actas do Congresso sobre a situaçao da lingua Portuguesa no Mundo" vol. 1 pp. 269-285 Imprensa National, 1985, Lisboa, Portugal.
ONU: MUNDO CAMINHA PARA "CRISE SOCIAL GLOBAL"
ONU: Mundo caminha para "crise social global" devido à recessão de 2008-2009
22 de Junho de 2011
O mundo enfrenta uma “crise social global” emergente provocada pelo desemprego generalizado, o elevado preço dos alimentos e combustíveis e outros efeitos da recessão económica de 2008-2009, alertou hoje a ONU num relatório divulgado em Genebra.
No documento, a ONU adverte, por outro lado, que as políticas de austeridade adotadas em vários países, designadamente em Espanha e na Grécia, ameaçam o emprego e põem em risco o relançamento das economias, potenciando um agravamento da referida crise social.
O secretário-geral adjunto da ONU para o desenvolvimento económico, o malaio Jomo Kwame Sundaram afirmou hoje que os governos mundiais não estão a conseguir ajudar as 200 milhões de pessoas desempregadas em 2010 e que têm dificuldade em obter alimentos devido ao elevado preço destes.
Segundo Sundaram, a acentuada subida dos preços dos alimentos e dos combustíveis que precedeu a crise financeira mundial fez aumentar o número de pessoas com fome no mundo para mais de mil milhões em 2009, o mais alto de sempre.
E a situação pode ser agravada pelas políticas de austeridade, alerta o relatório 2011 do Conselho Económico e Social da ONU, aconselhando prudência aos governos.
“As medidas de austeridade tomadas por alguns países excessivamente endividados, como a Grécia ou a Espanha, ameaçam o emprego no setor público e a despesa social como tornam a retoma mais incerta e mais frágil”, lê-se no documento. “Os governos devem reagir com prudência às pressões para a consolidação orçamental e para a adoção de políticas de austeridade se não querem correr o risco de interromper a recuperação da sua economia”, acrescenta.
O relatório frisa que este problema não diz apenas respeito às economias mais desenvolvidas, uma vez que “muitos países em desenvolvimento, nomeadamente os que beneficiam de programas do FMI, também sofrem pressões para reduzir a despesa pública e adotar medidas de austeridade”.
Uma das conclusões do relatório é que os governos devem poder aplicar, de maneira sistemática, políticas contra-cíclicas.
Para isso, prossegue, é “indispensável” rever “a natureza e os objetivos de base das condições” impostas pelas organizações internacionais para dar ajuda aos países em dificuldade.
“É essencial que os governos tenham em conta as prováveis consequências sociais das suas políticas económicas” em áreas como a nutrição, a saúde e a educação, para não penalizar o crescimento económico a longo prazo, lê-se ainda no documento.
@Lusa
22 de Junho de 2011
O mundo enfrenta uma “crise social global” emergente provocada pelo desemprego generalizado, o elevado preço dos alimentos e combustíveis e outros efeitos da recessão económica de 2008-2009, alertou hoje a ONU num relatório divulgado em Genebra.
No documento, a ONU adverte, por outro lado, que as políticas de austeridade adotadas em vários países, designadamente em Espanha e na Grécia, ameaçam o emprego e põem em risco o relançamento das economias, potenciando um agravamento da referida crise social.
O secretário-geral adjunto da ONU para o desenvolvimento económico, o malaio Jomo Kwame Sundaram afirmou hoje que os governos mundiais não estão a conseguir ajudar as 200 milhões de pessoas desempregadas em 2010 e que têm dificuldade em obter alimentos devido ao elevado preço destes.
Segundo Sundaram, a acentuada subida dos preços dos alimentos e dos combustíveis que precedeu a crise financeira mundial fez aumentar o número de pessoas com fome no mundo para mais de mil milhões em 2009, o mais alto de sempre.
E a situação pode ser agravada pelas políticas de austeridade, alerta o relatório 2011 do Conselho Económico e Social da ONU, aconselhando prudência aos governos.
“As medidas de austeridade tomadas por alguns países excessivamente endividados, como a Grécia ou a Espanha, ameaçam o emprego no setor público e a despesa social como tornam a retoma mais incerta e mais frágil”, lê-se no documento. “Os governos devem reagir com prudência às pressões para a consolidação orçamental e para a adoção de políticas de austeridade se não querem correr o risco de interromper a recuperação da sua economia”, acrescenta.
O relatório frisa que este problema não diz apenas respeito às economias mais desenvolvidas, uma vez que “muitos países em desenvolvimento, nomeadamente os que beneficiam de programas do FMI, também sofrem pressões para reduzir a despesa pública e adotar medidas de austeridade”.
Uma das conclusões do relatório é que os governos devem poder aplicar, de maneira sistemática, políticas contra-cíclicas.
Para isso, prossegue, é “indispensável” rever “a natureza e os objetivos de base das condições” impostas pelas organizações internacionais para dar ajuda aos países em dificuldade.
“É essencial que os governos tenham em conta as prováveis consequências sociais das suas políticas económicas” em áreas como a nutrição, a saúde e a educação, para não penalizar o crescimento económico a longo prazo, lê-se ainda no documento.
@Lusa
ESTADOS UNIDOS, PREVISÕES DE CRESCIMENTO EM BAIXA
Fed baixa previsões de crescimento e EUA já não vão crescer mais de 3% em 2011
22 Junho 2011 |
Diogo Cavaleiro - diogocavaleiro@negocios.pt
Reserva Federal norte-americana reduz perspectivas de crescimento para a maior economia do mundo pela segunda vez em 2011, mas indica que desemprego será mais alto do que o esperado. Taxa de juro permanecerá entre 0% e 0,25% nos próximos meses, mas poderá ser elevada ainda este ano.
A Reserva Federal norte-americana (Fed) baixou as previsões para o crescimento económico dos Estados Unidos da América. Naquela que é a segunda vez que há uma revisão das estimativas para a expansão norte-americana neste ano, a Fed revelou que não espera que os EUA cresçam acima de 3% em 2011.
De acordo com as estimativas dos governadores da Fed, os EUA devem crescer a um ritmo entre 2,7% e 2,9% este ano. A previsão anterior apontava para uma evolução entre 3,1% e 3,3%.
Para 2012, a Fed espera um progresso entre 3,3% e 3,7%. Há três meses, a expansão prevista seria entre 3,5% e 4,2%. O ritmo de progresso da maior economia do mundo tem sido "frustantemente lento", um advérbio que Bernanke tem utilizado várias vezes nas últimas declarações. Os "ventos contrários" poderão ser mais fortes do que o previsto, considerou.
Também a taxa de desemprego sofreu alterações nas previsões de Junho. Se em Abril se projectava uma taxa de desemprego média entre 8,4% e 8,7%, esse número sobe agora para taxas entre 8,6% e 8,9%. Para o ano seguinte, a subida na taxa de desemprego passa de um leque entre 7,6% e 7,9% para 7,8% e 8,2%.
Nas palavras de Ben Bernanke, que fazia declarações na conferência de imprensa que se seguiu à reunião de governantes da Fed, a queda nesta taxa tem sido igualmente "frustantemente lenta". E uma adaptação a valores considerados mais "normais" será igualmente conseguida a um ritmo brando.
O presidente da Reserva Federal norte-americana declarou ainda hoje que a autoridade monetária poderá actuar no mercado caso as condições económicas o justifiquem. Neste momento, a recuperação económica acontece a um "ritmo moderado".
"Nós estaremos preparados para tomar acções adicionais", declarou Bernanke. O presidente da Fed diz, por exemplo, que poderão ser feitas "novas compras de títulos".
Além disso, a Reserva Federal tem ainda formas de estimular a economia que ainda "não foram testadas", o que alarga a margem de acção caso a autoridade precise efectivamente de intervir novamente.
Hoje, a Fed anunciou que o programa de aquisição de obrigações vai acabar mesmo em Junho, como previsto, mas anunciou que vai manter os estímulos monetários recorde para que a economia recupere.
22 Junho 2011 |
Diogo Cavaleiro - diogocavaleiro@negocios.pt
Reserva Federal norte-americana reduz perspectivas de crescimento para a maior economia do mundo pela segunda vez em 2011, mas indica que desemprego será mais alto do que o esperado. Taxa de juro permanecerá entre 0% e 0,25% nos próximos meses, mas poderá ser elevada ainda este ano.
A Reserva Federal norte-americana (Fed) baixou as previsões para o crescimento económico dos Estados Unidos da América. Naquela que é a segunda vez que há uma revisão das estimativas para a expansão norte-americana neste ano, a Fed revelou que não espera que os EUA cresçam acima de 3% em 2011.
De acordo com as estimativas dos governadores da Fed, os EUA devem crescer a um ritmo entre 2,7% e 2,9% este ano. A previsão anterior apontava para uma evolução entre 3,1% e 3,3%.
Para 2012, a Fed espera um progresso entre 3,3% e 3,7%. Há três meses, a expansão prevista seria entre 3,5% e 4,2%. O ritmo de progresso da maior economia do mundo tem sido "frustantemente lento", um advérbio que Bernanke tem utilizado várias vezes nas últimas declarações. Os "ventos contrários" poderão ser mais fortes do que o previsto, considerou.
Também a taxa de desemprego sofreu alterações nas previsões de Junho. Se em Abril se projectava uma taxa de desemprego média entre 8,4% e 8,7%, esse número sobe agora para taxas entre 8,6% e 8,9%. Para o ano seguinte, a subida na taxa de desemprego passa de um leque entre 7,6% e 7,9% para 7,8% e 8,2%.
Nas palavras de Ben Bernanke, que fazia declarações na conferência de imprensa que se seguiu à reunião de governantes da Fed, a queda nesta taxa tem sido igualmente "frustantemente lenta". E uma adaptação a valores considerados mais "normais" será igualmente conseguida a um ritmo brando.
O presidente da Reserva Federal norte-americana declarou ainda hoje que a autoridade monetária poderá actuar no mercado caso as condições económicas o justifiquem. Neste momento, a recuperação económica acontece a um "ritmo moderado".
"Nós estaremos preparados para tomar acções adicionais", declarou Bernanke. O presidente da Fed diz, por exemplo, que poderão ser feitas "novas compras de títulos".
Além disso, a Reserva Federal tem ainda formas de estimular a economia que ainda "não foram testadas", o que alarga a margem de acção caso a autoridade precise efectivamente de intervir novamente.
Hoje, a Fed anunciou que o programa de aquisição de obrigações vai acabar mesmo em Junho, como previsto, mas anunciou que vai manter os estímulos monetários recorde para que a economia recupere.
PRESIDENTE DA COMISSÃO DE PROTECÇÃO DE DADOS RECEBEU 59 MIL EUROS A MAIS
por Adriana Vale, Publicado em 23 de Junho de 2011
O Presidente da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) Luís Silveira recebeu, por acumulação indevida de pensões, mais de 59 mil euros entre Abril de 2006 e Dezembro de 2010. O mesmo aconteceu com dois vogais da mesma comissão, Ana Cristina Roque dos Santos, que entre Janeiro de 2006 e Dezembro de 2010, recebeu a mais um montante de 86 mil euros e o vogal Luís Paiva de Andrade, que recebeu mais 38 mil euros do que devia, referentes ao período de Janeiro de 2009 a Dezembro de 2010.
Esta conclusão é do Tribunal de Contas (TC) em relatório sobre a CNPD, assinado no passado dia 26 de Maio. O visado contestou a conclusão do Tribunal de Contas e o relatório foi enviado para que o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas se pronunciasse.
O Ministério Público, por sua vez, enviou o caso para apreciação do Conselho Consultivo da Procuradoria Geral da República, que ainda não teve tempo de se pronunciar sobre o caso.
Contactada pelo i, a Comissão Nacional de Protecção, através da sua assessoria de comunicação, diz que a decisão do Tribunal de Contas ainda não é final. O facto de esta verbas terem sido pagas a mais é tema que ainda está em discussão e longe de estar concluído. Mas o relatório já foi aprovado e enviado para o Ministério Público (MP) deste tribunal. Caso os magistrados do MP decidam que há matéria para uma acção a infracção será julgada na 3ª secção do Tribunal de Contas. No total, e só a estes três membros da comissão foram pagos indevidamente mais de 184 600 euros.
Infracções Financeiras Segundo o relatório assinado pelo conselheiro Ferreira Dias, no capítulo reservado a eventuais infracções financeiras pode ler-se que foi pago a Luís Silveira "o montante de 59.817,71 euros, por ter acumulado indevidamente a remuneração de Procurador-Geral Adjunto, na situação de jubilado" com a remuneração decorrente do cargo de presidente "ainda que reduzida a uma terça parte". Quanto aos dois vogais, os pagamentos em excesso devem-se a situações semelhantes, embora nenhum deles tenha o estatuto de magistrado jubilado. A vogal Ana Roque dos Santos, recebeu a mais "86.493,35 euros por ter acumulado a totalidade da remuneração de vogal, com a totalidade da remuneração de aposentada, sem que uma delas fosse reduzida a uma terça parte" , ao contrário do que está prevista na lei. A Luís Paiva de Andrade, "foi pago a mais o montante de 38.293,34 euros, por ter acumulado a totalidade da remuneração de vogal, com a totalidade da remuneração de aposentado sem que uma delas fosse reduzida a uma terça parte."
Ou seja, estes dois vogais recebiam o seu vencimento na íntegra a par com o pagamento da aposentação. O presidente da CNPD é remunerado de acordo com o que está fixado para o cargo de director-geral, cabendo aos restantes membros uma remuneração igual a 85% daquela, mas "sem prejuízo da faculdade de opção pelas remunerações correspondentes ao lugar de origem" Esta é, como diz a lei, uma opção e não uma acumulação. O presidente da CNPD tem ainda direito a um abono mensal para despesas de representação de montante igual ao atribuído aos directores-gerais. Os restantes membros da CNPD têm direito a um abono mensal para despesas de representação de montante igual ao atribuído aos subdirectores-gerais. Segundo a tabela a um cargo de direcção superior de 1ª grau é de cerca de 3 730,06 euros líquidos acrescidos de 778 euros de despesas de representação.
Jubilação Luís Silveira tem 73 anos é pai de João Tiago Silveira, ex-secretário de Estado da Justiça e da Presidência de Conselho de Ministros, do executivo de José Sócrates. Foi professor universitário e membro do Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República. Está na Comissão Nacional de Protecção de Dados desde 2001 de que também faz parte Luís José Durão Barroso, irmão do actual presidente da Comissão Europeia.
Apesar de ter o cargo equiparado a Procurador-geral adjunto nunca exerceu essas funções. A sua jubilação também não foi tema pacífico dentro do Ministério Público não sendo, como nos disseram fontes do MP, caso único. Há outros casos em que um profissional com cargo equiparado da procurador-geral adjunto, em vez da aposentação opta pela jubilação. A jubilação é um estatuto mais favorável que a simples aposentação porque permite ter direito ao vencimento na íntegra, enquanto que a aposentação é semelhante à comum reforma. Um procurador-geral adjunto ganhará perto 3400 euros mensais.
No texto do relatório refere-se ainda que a legalidade desta acumulação foi alvo de parecer pedido por Luís Silveira ao auditor jurídico da Assembleia da República. Mas o parecer parte do pressuposto que Silveira está aposentado e não jubilado, o que tem estatuto remuneratório diferentes. Diz o relator que neste caso "terá havido uma deficiente entendimento na apreciação efectuada".
FISCO CAÇA JOE BERARDO
Fisco caça Joe Berardo
A Fundação Berardo é acusada pela Inspecção-Geral das Finanças de não ter liquidado IVA e retido IRS, em 2009, quando adquiriu obras de arte para o Museu Colecção Berardo, que recebeu fundos estatais da Cultura. Joe Berardo nega qualquer incumprimento fiscal.
O relatório da Inspecção-Geral das Finanças revela que a Fundação Berardo - que detém o aquele museu instalado no Centro Cultural de Belém, em Lisboa - registou um incumprimento fiscal de 129 mil euros, entre 2008 e 2009, respeitante à falta de liquidação de IVA e à não retenção na fonte de IRS na compra de obras da arte.
A Fundação Berardo é acusada pela Inspecção-Geral das Finanças de não ter liquidado IVA e retido IRS, em 2009, quando adquiriu obras de arte para o Museu Colecção Berardo, que recebeu fundos estatais da Cultura. Joe Berardo nega qualquer incumprimento fiscal.
O relatório da Inspecção-Geral das Finanças revela que a Fundação Berardo - que detém o aquele museu instalado no Centro Cultural de Belém, em Lisboa - registou um incumprimento fiscal de 129 mil euros, entre 2008 e 2009, respeitante à falta de liquidação de IVA e à não retenção na fonte de IRS na compra de obras da arte.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
ESTADO FALHADO? PORTUGAL ESTÁ MAIS LONGE DISSO QUE A ALEMANHA.
Estado falhado? Portugal está mais longe disso que a Alemanha
por Marta F. Reis , Publicado em 22 de Junho de 2011
Só a Irlanda parecia, em 2010, mais sólida que Portugal, entre os países em crise na Europa
Sem a garantia dos 78 mil milhões de euros de ajuda externa, Portugal seria este mês um país falido. Mas a falência de um país é mais do que um conceito económico, e neste capítulo estamos muito longe de ser considerados um estado falhado. O mesmo 2010 que precipitou o pedido de ajuda foi um ano de melhoria nacional no Índice de Estados Falhados, publicado anualmente pela revista "Foreign Policy". Portugal surge mesmo à frente da Alemanha numa honrosa 163.a posição em 177 países, a caminho da sustentabilidade política, económica e social. Convém dizer que a Alemanha, de onde têm partido nas últimas semanas tantos alertas à navegação europeia, vem logo atrás numa tabela em que o melhor é estar no fundo.
O ranking, elaborado pela organização independente Fund for Peace vai na sétima edição e foi publicado esta semana. O objectivo é alertar os países mais vulneráveis a pressões internas como a desigualdade social, insegurança, economia, fuga de capital humano ou pressões ambientais sobre a população - onde se destaca a quebra abrupta do Haiti na classificação geral. Ainda assim, se o topo do ranking é a que mais preocupa a organização, J. J. Messner, um dos autores, explicou ao i que é possível analisar o desempenho português em relação aos demais pares europeus. A primeira ressalva, diz, é que o relatório só analisou dados relativos ao período entre Janeiro e Dezembro de 2010, pelo que o índice do próximo ano poderá reflectir melhor a situação actual do país.
À frente da Alemanha Nesta análise mais global da falência dos Estados - que inclui 12 indicadores e uma pontuação final entre 120 pontos (situação de alerta) e menos de 20 pontos (sustentabilidade) a cada país - Portugal surge com 32,3 pontos, menos (e menos é bom) 1,6 que a Alemanha. Messner explica que, apesar de a situação económica ser mais desfavorável em Portugal, na Alemanha há um desempenho mais negativo em áreas como o acolhimento e a integração de refugiados, conflitos intergrupos e desenvolvimento económico desigual. Embora este parâmetro se possa agravar em Portugal nos próximos meses, atenuar as desigualdades sociais também foi referido no último estudo da Francisco Manuel dos Santos. Apesar de analisar apenas a situação nacional até 2008, e de referir a importância das prestações sociais para as melhorias, o estudo concluía que, entre 1993 e 2008, o rendimento dos 5% mais pobres da população duplicou, e entre os mais ricos nota-se uma maior estabilidade. Messner alerta, contudo, para a fuga de capital humano em Portugal, que se agravou em 2010.
Entre os países perto da bancarrota na Europa, e apesar de apenas Espanha, a par de Portugal, diminuir em 2010 o seu risco de falência (incomparavelmente pequeno olhando para o pior do ranking, a Somália, com 113,4 pontos, ou PALOP como Angola, 84,6 pontos), a Irlanda é o único país à frente de Portugal em matéria de sustentabilidade nacional. Resta dizer que 81% da população mundial vive na "pior metade" do índice, nota o relatório, e apenas 1,72% (e os 10 milhões de portugueses não se incluem neste filão liderado à distância pela Finlândia) vivem em Estados sustentáveis económica, política e socialmente.
UMA VOLTA POR PARIS NUM FERRARI GTB-1978
VÍDEO DE CLAUDE LELOUCH
POR PARIS
NUMA FERRARI GTB -1978
Em agosto de 1978, portanto há 31 anos, o cineasta francês ClaudeLelouch adaptou uma câmera giroscopicamente estabilizada na frente de um Ferrari 275 GTB e convidou um amigo piloto profissional de Fórmula 1, para fazer um trajeto no coração de Paris!!!, na maior velocidade que ele pudesse.
A hora seria logo que o dia clareasse.
O filme só dava para 10 minutos e o trajeto seria de Porte Dauphine, através do Louvre até abasílica de SacreCoeur. Lelouch não conseguiu permissão para interditar nenhuma rua no perigoso trajeto a ser percorrido.
O piloto completou o circuito em 9 minutos!, chegando a 324 km por hora em certos momentos.
O filme mostra-o furando sinais vermelhos, quase atropelando pedestres, espantando pombos e entrando em ruas de sentido único. O sol nem havia saído ainda.
O piloto, teria sido René Arnoux, ou Jean-Pierre Jarier ?
Quando mostrou o filme em público pela primeira vez, Claude Lelouch foi preso. !!!!!!!!
Mas ele nunca revelou o nome do piloto de fórmula 1 que pilotou a máquina e o filme foi proibido,passando a circular só no underground.
Se você não viu ainda o clássico, prenda a respiração e clique no link abaixo. Se você já viu, veja de novo. Vale a pena curtir a emoção de passear em Paris como se estivesse a bordo de um Ferrari 275 GTB.
Ligue o som e curta !!!
Versão Integral... Raridade!!!!!!
http://www.youtube.com/watch?v=gWVde1pWl24&feature=fvsr
LISBELA E O PRISIONEIRO
Trailer - Lisbela e o Prisioneiro
Um dos melhores filmes nacionais. Lisbela e o Prisioneiro conta com grande elenco e uma história de amor e comédia!
A Embaixada do Brasil informo que por motivos de utilização da sala do auditório no próximo Dia 29 de Junho a sessão de cinema fica adiada para o dia 27de Julho próximo.
SINOPSE
Lisbela e o Prisioneiro é uma comédia romântica e conta a história divertida do malandro, aventureiro e conquistador Leléu (Selton Mello) e da mocinha sonhadora Lisbela (Débora Falabella), que adora ver filmes americanos e sonha com os heróis do cinema. Lisbela está noiva e de casamento marcado, quando Leléu chega à cidade. O casal se encanta e passa a viver uma história de amor cheia de personagens tirados do cenário nordestino. Lisbela e Leléu vão sofrer pressões da família, do meio social e também com as suas próprias dúvidas e hesitações. Mas, em uma reviravolta final, cheia de bravura e humor, eles seguem seus destinos. Como a própria Lisbela diz, a graça não é saber o que acontece. É saber como acontece. Quando acontece. E aí... só vendo o filme.
TÍTULO ORIGINAL: Lisbela e o Prisioneiro
ANO: 2003
DIREÇÃO : Guel Arraes
CO-PRODUÇÃO : Globo Filmes, Natasha Filmes, Fox Film do Brasil, Estúdios Mega, João Paulo Diniz
DISTRIBUIÇÃO : Fox Film do Brasil
ELENCO : Selton Melo, Débora Falabella, Marco Nanini,Heloisa PeMarco Naninirissé,Bruno Garcia, Aramis Trindade, André Mattos, Lívia Falcão,Tadeu Mello
FICHA TÉCNICA
Roteiro: Guel Arraes, Jorge Furtado, Pedro Cardoso
Edição de Som: Miriam Biderman
Som Direto: José Louzeiro
Produtor: Paula Lavigne
Produção Executiva: Mauro Lima, Tereza Gonzalez, Ivan Teixeira
Produtores Associados: Virginia Cavendish, Guel Arraes
Diretor de Fotografia: Uli Burtin
Direção de Arte: Cláudio Amaral Peixoto
Figurino: Emília Duncan
Montagem: Paulo Henrique Farias
Maquiagem: Marlene Moura
Trilha Sonora: João Falcão, André Moraes
Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=YVA3UoZM0zU
Embaixada do Brasil em Lisboa - http://www.embaixadadobrasil.pt
Um dos melhores filmes nacionais. Lisbela e o Prisioneiro conta com grande elenco e uma história de amor e comédia!
A Embaixada do Brasil informo que por motivos de utilização da sala do auditório no próximo Dia 29 de Junho a sessão de cinema fica adiada para o dia 27de Julho próximo.
SINOPSE
Lisbela e o Prisioneiro é uma comédia romântica e conta a história divertida do malandro, aventureiro e conquistador Leléu (Selton Mello) e da mocinha sonhadora Lisbela (Débora Falabella), que adora ver filmes americanos e sonha com os heróis do cinema. Lisbela está noiva e de casamento marcado, quando Leléu chega à cidade. O casal se encanta e passa a viver uma história de amor cheia de personagens tirados do cenário nordestino. Lisbela e Leléu vão sofrer pressões da família, do meio social e também com as suas próprias dúvidas e hesitações. Mas, em uma reviravolta final, cheia de bravura e humor, eles seguem seus destinos. Como a própria Lisbela diz, a graça não é saber o que acontece. É saber como acontece. Quando acontece. E aí... só vendo o filme.
TÍTULO ORIGINAL: Lisbela e o Prisioneiro
ANO: 2003
DIREÇÃO : Guel Arraes
CO-PRODUÇÃO : Globo Filmes, Natasha Filmes, Fox Film do Brasil, Estúdios Mega, João Paulo Diniz
DISTRIBUIÇÃO : Fox Film do Brasil
ELENCO : Selton Melo, Débora Falabella, Marco Nanini,Heloisa PeMarco Naninirissé,Bruno Garcia, Aramis Trindade, André Mattos, Lívia Falcão,Tadeu Mello
FICHA TÉCNICA
Roteiro: Guel Arraes, Jorge Furtado, Pedro Cardoso
Edição de Som: Miriam Biderman
Som Direto: José Louzeiro
Produtor: Paula Lavigne
Produção Executiva: Mauro Lima, Tereza Gonzalez, Ivan Teixeira
Produtores Associados: Virginia Cavendish, Guel Arraes
Diretor de Fotografia: Uli Burtin
Direção de Arte: Cláudio Amaral Peixoto
Figurino: Emília Duncan
Montagem: Paulo Henrique Farias
Maquiagem: Marlene Moura
Trilha Sonora: João Falcão, André Moraes
Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=YVA3UoZM0zU
Embaixada do Brasil em Lisboa - http://www.embaixadadobrasil.pt
APPLE - A MAGIA DO NOVO IOS 5
A magia do novo iOS 5
O vídeo foi publicado há dois dias no Youtube e já soma mais de 670 mil visualizações. Eis o novo sistema operativo da Apple segundo Simon Pierro, mestre alemão do ilusionismo.
O vídeo foi publicado há dois dias no Youtube e já soma mais de 670 mil visualizações. Eis o novo sistema operativo da Apple segundo Simon Pierro, mestre alemão do ilusionismo.
terça-feira, 21 de junho de 2011
CIENTISTAS PORTUGUESES DESCOBREM NOVO ANTIBIÓTICO
Estudo originou artigo publicado na Chemistry & Biology
Portugueses estudam antibiótico encontrado em bactéria dos Açores
20.06.2011 - 20:41 Por Nicolau Ferreira
Uma equipa de cientistas portugueses conseguiu pela primeira vez produzir mais facilmente uma classe de antibióticos, os chamados lantibióticos. Fez isso com uma substância de um bacilo encontrado nos Açores, esta molécula combate bactérias resistentes.
As fontes hidrotermais dos Açores foram o início da história que terminou este ano, com a publicação de um artigo na revista Chemistry & Biology. Foram nestas fontes que Sónia Mendo, professora da Universidade de Aveiro e coordenadora do trabalho, encontrou em 2000 o Bacillus licheniformis, durante o seu doutoramento. “As fontes hidrotermais são habitats adversos em que vamos encontrar organismos com capacidades diferentes do habitual”, explicou Sónia Mendo ao PÚBLICO.
A investigadora descobriu que este bacilo produz a lichenicidina, uma substância que combate duas das bactérias hospitalares mais resistentes: o Staphylococcus aureus resistente à meticilina e Enterococcus resistente à vancomicina.
A lichenicidina é interessante porque é uma molécula que faz parte dos lantibióticos, uma das várias classes de antibióticos, que se distingue por ter na sua composição o aminoácido lantionina.
A molécula identificada nas fontes hidrotermais dos Açores é formada por duas cadeias de cerca de 30 aminoácidos cada. Deste modo, a lichenicidina causa dois efeitos diferentes nas bactérias: impede-as de produzir a parede celular que as envolve e causa buracos na membrana celular deses micróbios, destruindo-os. “Em vez de ter um alvo tem dois, para as bactérias é mais difícil desenvolver resistências.”
O passo seguinte passa pelo estudo deste químico em bactérias manipuladas para haver um aperfeiçoamento da molécula, que poderá assim ser utilizado na medicina. Muito desse trabalho é feito na bactéria Escherichia coli, onde "as manipulações são mais simples”, disse a cientista.
Faz-se isto através da manipulação genética. Identifica-se o gene responsável pela produção do antibiótico na bactéria original, neste caso seria no bacilo hidrotermal, e depois transfere-se o gene para a E. coli. Depois, pode-se substituir aminoácidos no antibiótico, e testar as novas conformações da molécula e aperfeiçoar as suas funções.
O problema é que nunca se tinha conseguido pôr a E. coli a produzir lantibióticos. Era um dogma com 20 anos. Com a lichenicidina foi diferente. “Ao colocar o grupo de genes na E. coli ela produziu a substância”, disse a cientista, que referiu que o trabalho molecular foi feito por Tânia Caetano, também de Aveiro, e tiveram a colaboração da Universidade Técnica de Berlim. Agora a equipa vai poder brincar com a estrutura da molécula e ver o que acontece.
É possível que no futuro este lantibiótico seja aplicado na medicina? “Gostaríamos de chegar a essa fase, mas falta muito tempo”, explicou a cientista. “Ainda não sabemos o mecanismo de acção ou se a substância é tóxica nas células humanas.”
Portugueses estudam antibiótico encontrado em bactéria dos Açores
20.06.2011 - 20:41 Por Nicolau Ferreira
Uma equipa de cientistas portugueses conseguiu pela primeira vez produzir mais facilmente uma classe de antibióticos, os chamados lantibióticos. Fez isso com uma substância de um bacilo encontrado nos Açores, esta molécula combate bactérias resistentes.
As fontes hidrotermais dos Açores foram o início da história que terminou este ano, com a publicação de um artigo na revista Chemistry & Biology. Foram nestas fontes que Sónia Mendo, professora da Universidade de Aveiro e coordenadora do trabalho, encontrou em 2000 o Bacillus licheniformis, durante o seu doutoramento. “As fontes hidrotermais são habitats adversos em que vamos encontrar organismos com capacidades diferentes do habitual”, explicou Sónia Mendo ao PÚBLICO.
A investigadora descobriu que este bacilo produz a lichenicidina, uma substância que combate duas das bactérias hospitalares mais resistentes: o Staphylococcus aureus resistente à meticilina e Enterococcus resistente à vancomicina.
A lichenicidina é interessante porque é uma molécula que faz parte dos lantibióticos, uma das várias classes de antibióticos, que se distingue por ter na sua composição o aminoácido lantionina.
A molécula identificada nas fontes hidrotermais dos Açores é formada por duas cadeias de cerca de 30 aminoácidos cada. Deste modo, a lichenicidina causa dois efeitos diferentes nas bactérias: impede-as de produzir a parede celular que as envolve e causa buracos na membrana celular deses micróbios, destruindo-os. “Em vez de ter um alvo tem dois, para as bactérias é mais difícil desenvolver resistências.”
O passo seguinte passa pelo estudo deste químico em bactérias manipuladas para haver um aperfeiçoamento da molécula, que poderá assim ser utilizado na medicina. Muito desse trabalho é feito na bactéria Escherichia coli, onde "as manipulações são mais simples”, disse a cientista.
Faz-se isto através da manipulação genética. Identifica-se o gene responsável pela produção do antibiótico na bactéria original, neste caso seria no bacilo hidrotermal, e depois transfere-se o gene para a E. coli. Depois, pode-se substituir aminoácidos no antibiótico, e testar as novas conformações da molécula e aperfeiçoar as suas funções.
O problema é que nunca se tinha conseguido pôr a E. coli a produzir lantibióticos. Era um dogma com 20 anos. Com a lichenicidina foi diferente. “Ao colocar o grupo de genes na E. coli ela produziu a substância”, disse a cientista, que referiu que o trabalho molecular foi feito por Tânia Caetano, também de Aveiro, e tiveram a colaboração da Universidade Técnica de Berlim. Agora a equipa vai poder brincar com a estrutura da molécula e ver o que acontece.
É possível que no futuro este lantibiótico seja aplicado na medicina? “Gostaríamos de chegar a essa fase, mas falta muito tempo”, explicou a cientista. “Ainda não sabemos o mecanismo de acção ou se a substância é tóxica nas células humanas.”
EFEITOS ESPECIAIS
Batelco - INFINITY
Os efeitos especiais conseguem maravilhas!
Veja primeiro “o filme”
e de seguida o “Making off”
O filme:
http://www.youtube.com/watch?v=qvl7kG82EfI
Making off:
http://www.youtube.com/watch?v=DEluA6LFw6k
Os efeitos especiais conseguem maravilhas!
Veja primeiro “o filme”
e de seguida o “Making off”
O filme:
http://www.youtube.com/watch?v=qvl7kG82EfI
Making off:
http://www.youtube.com/watch?v=DEluA6LFw6k
A HONESTIDADE DOS JUÍZES PORTUGUESES
O «caso do copianço» no Centro de Estudos Judiciários (CEJ) ilustra, como poucos, uma das principais causas da degenerescência da Justiça portuguesa. Em vez de ser um verdadeiro centro de formação, o CEJ transformou-se numa espécie de universidade em que os formandos foram reduzidos ao estatuto de alunos e os formadores elevados à categoria de catedráticos. E, assim, em vez de efectiva preparação profissional, o CEJ ministra um ensino essencialmente teorético e laboratorial assente no paradigma professor/aluno, em que a cabeça dos formandos é atulhada com tecnicidade jurídica pelos seus omniscientes mestres. Não admira que, assim tratados, os chamados auditores de Justiça se comportem como alunos, para quem copiar nos exames sempre foi uma espécie de direito natural.
Só que esses alunos com 26, 27, 28 anos de idade serão, dentro de meses, magistrados que exercerão uma função soberana de forma totalmente irresponsável e independente. Sem qualquer experiência profissional, bom senso e capacidade de compreensão dos problemas concretos da vida, eles passam de alunos a titulares de poderes soberanos vitalícios, em cujo exercício vão continuar a reproduzir os mesmos métodos do CEJ, ou seja, a copiar uns pelos outros sentenças e despachos, às vezes com tal displicência que nem os nomes das partes corrigem. E, assim, com essa «mentalidade de copianço», eles vão, como magistrados, dedicar-se com inusitado zelo à cultura das «chocas» (cópias de decisões de outros casos, próprias ou de colegas) que diligentemente armazenam nos seus computadores. E depois, através da laboriosa actividade do copy/paste, «proferem» longuíssimos despachos, sentenças e acórdãos, sempre com a mesma prolixa fundamentação que, mecanicisticamente, vão transpondo de uns processos para os outros com soberana displicência. E, em vez de se esforçarem por resolver com sensatez e prudência os litígios da vida, eles continuarão a preocupar-se apenas com o «professor», que agora é o todo-poderoso inspector do Conselho Superior da Magistratura que os virá avaliar. E, assim, as suas decisões soberanas estarão mais voltadas para agradar ao inspector que temem do que para a questão concreta que deveriam resolver com justiça.
Infelizmente, o CEJ não forma magistrados, mas sim majestades. Os «alunos», em vez de serem preparados para prestar um serviço público à comunidade, são formatados para aceder a uma casta e defenderem à outrance um poder ilimitado e irresponsável, sem qualquer escrutínio democrático. O resultado está à vista!
Mas há um segundo aspecto que não é menos importante e que tem a ver com a honestidade. Quem utiliza métodos fraudulentos para chegar a magistrado não deixará de utilizar métodos fraudulentos no exercício dessas funções. Por isso devia haver um especial rigor na selecção das pessoas que pretendem aceder à magistratura, até porque, uma vez atingido esse estatuto, eles ficam totalmente fora de qualquer escrutínio.
Nunca vi um magistrado ser punido por desonestidade nas suas decisões e, no entanto, eles são tão (des)honestos como outros profissionais. Em todas as profissões e funções (advogados, médicos, engenheiros, professores, funcionários públicos, polícias, autarcas, deputados, governantes, etc.) há pessoas desonestas, mas quando chegamos aos magistrados eles são todos honestos. É falso. Eles não são feitos de uma massa diferente da do comum dos mortais. O problema é que eles julgam-se uns aos outros, protegem-se uns aos outros, exculpam-se uns outros, muitas vezes sem qualquer pudor. Algumas das piores desonestidades a que assisti em toda a minha vida foram praticadas em tribunal por magistrados, sobretudo juízes, sem quaisquer consequências porque a desonestidade deles é absorvida pelas sua independência e irresponsabilidade funcionais.
Existe na sociedade portuguesa uma ideia antiga, segundo a qual «se é juiz é honesto». Ora, isso não é verdadeiro. O princípio correcto devia ser: «se é honesto, então que seja juiz». Mas, como se vê com o «caso do copianço», a honestidade pessoal não é critério para a selecção dos magistrados.
M.H. - Lisboa - 2011
BRASIL - RONALDINHO GAÚCHO E MACHADO DE ASSIS
Também o sr. Professor Doutor Cavaco Silva, Presidente da República Portuguesa, foi distinguido como Doutor Honoris Causa na área da Literatura pela Universidade de Goa, quando confessou publicamente não ser capaz de ler José Saramago!!!!!!!! Está tudo dito!!!
segunda-feira, 20 de junho de 2011
CLUBE DE CANOAGEM DE SETÚBAL LIDERA CAMPEONATO NACIONAL DE KAYAK POLO
O Clube de Canoagem de Setúbal venceu a quarta fase do Campeonato Nacional de Kayak Polo 2011 no escalão sénior, que se realizou no passado fim-de-semana na vila de Fronteira.
Numa organização da Federação Portuguesa de Canoagem e Clube Atlético Fronteirense, o Clube de Set+ubal conquistou assim precisoso pontos para se adiantar na liderança do Campeonato, a apenas uma jornada do fim. A final desta quarta fase foi disputada entre o CC Setubal e o CD Paço de Arcos, tendo o primeiro vencido por duas bolas a uma.
No escalão Sub16, o CDPaço de Arcos levou a melhor, ao terminar esta quarta fase em primeiro lugar do grupo.
A quinta e útlima fase do Nacional de Kayak Polo realiza-se em Arcos de Valdevez, nos dias 23 e 24 de Julho de 2011.
Todos os resultados dos jogos da quarta fase encontram-se disponíveis na área Competições|Resultados.
Numa organização da Federação Portuguesa de Canoagem e Clube Atlético Fronteirense, o Clube de Set+ubal conquistou assim precisoso pontos para se adiantar na liderança do Campeonato, a apenas uma jornada do fim. A final desta quarta fase foi disputada entre o CC Setubal e o CD Paço de Arcos, tendo o primeiro vencido por duas bolas a uma.
No escalão Sub16, o CDPaço de Arcos levou a melhor, ao terminar esta quarta fase em primeiro lugar do grupo.
A quinta e útlima fase do Nacional de Kayak Polo realiza-se em Arcos de Valdevez, nos dias 23 e 24 de Julho de 2011.
Todos os resultados dos jogos da quarta fase encontram-se disponíveis na área Competições|Resultados.
INDONÉSIA-COMEMORAÇÃO DO DIA DE PORTUGAL PELOS DESCENDENTES DOS PORTUGUESES DE 1661
In the quiet village community monument. They are descendants of Portuguese, who began to inhabit the Kampung Tugu since 1661.
Life in Kampung Tugu Tugu community is moving in harmony with a touch of the Portuguese culture. Even by the year 1940, they still use the Portuguese language in everyday conversations.
Tugu community population currently estimated at 1,200 people. Only about 600 people who are still living in Kampung Tugu. Approximately 100 people scattered throughout the territory of Indonesia. While around 500 people live in the Netherlands.
Those who still dwells in Kampung Tugu also runs a number living in harmony with the Portuguese tradition. One of these is-Rabo Rabo. This tradition held every new year, a relationship between the family. One family comes to another family, then the two families coming together other families. And so on until the whole family gathered at the Monument of the oldest family homes.
Portuguese traces are still visible in the Church Monument. This church was founded around the year 1678 by Al Amelchior Leidecker.
The church is still standing upright with its original form though has been renovated several times. Very simple form of the building. White concrete walls with wood frame windows and doors were painted red.
Source: www.jakartainside.com
HUMOR EM TEMPO DE CRISE
A RAÇA DO ALENTEJANO
Como é um alentejano?
É, assim, a modos que atravessado.
Nem é bem branco, nem preto, nem castanho, nem amarelo, nem vermelho....
E também não é bem judeu, nem bem cigano.
Como é que hei-de explicar?
É uma mistura disto tudo com uma pinga de azeite e uma côdea de pão.
Dos amarelos, herdámos a filosofia oriental, a paciência de chinês e aquela paz interior do tipo "não há nada que me chateie";
dos pretos, o gosto pela savana, por não fazer nada e pelos prazeres da vida;
dos judeus, o humor cáustico e refinado e as anedotas curtas e autobiográficas;
dos árabes, a pele curtida pelo sol do deserto e esse jeito especial de nos escarrancharmos nos camelos;
dos ciganos, a esperteza de enganar os outros, convencendo-os de que são eles que nos estão a enganar a nós;
dos brancos, o olhar intelectual de carneiro mal morto;
e dos vermelhos, essa grande maluqueira de sermos todos iguais.
O alentejano, como se vê, mais do que uma raça pura, é uma raça apurada.
Ou melhor, uma caldeirada feita com os melhores ingredientes de cada uma das raças.
Não é fácil fazer um alentejano.
Por isso, há tão poucos.
É certo que os judeus são o povo eleito de Deus.
Mas os alentejanos têm uma enorme vantagem sobre os judeus:
nunca foram eleitos por ninguém, o que é o melhor certificado da sua qualidade.
Conhecem, por acaso, alguém que preste que já tenha sido eleito para alguma coisa?
Até o próprio Milton Friedman reconhece isso quando afirma que
«as qualidades necessárias para ser eleito são quase sempre o contrário das que se exigem para bem governar».
E já imaginaram o que seria o mundo governado por um alentejano?
Era um descanso
Como é um alentejano?
É, assim, a modos que atravessado.
Nem é bem branco, nem preto, nem castanho, nem amarelo, nem vermelho....
E também não é bem judeu, nem bem cigano.
Como é que hei-de explicar?
É uma mistura disto tudo com uma pinga de azeite e uma côdea de pão.
Dos amarelos, herdámos a filosofia oriental, a paciência de chinês e aquela paz interior do tipo "não há nada que me chateie";
dos pretos, o gosto pela savana, por não fazer nada e pelos prazeres da vida;
dos judeus, o humor cáustico e refinado e as anedotas curtas e autobiográficas;
dos árabes, a pele curtida pelo sol do deserto e esse jeito especial de nos escarrancharmos nos camelos;
dos ciganos, a esperteza de enganar os outros, convencendo-os de que são eles que nos estão a enganar a nós;
dos brancos, o olhar intelectual de carneiro mal morto;
e dos vermelhos, essa grande maluqueira de sermos todos iguais.
O alentejano, como se vê, mais do que uma raça pura, é uma raça apurada.
Ou melhor, uma caldeirada feita com os melhores ingredientes de cada uma das raças.
Não é fácil fazer um alentejano.
Por isso, há tão poucos.
É certo que os judeus são o povo eleito de Deus.
Mas os alentejanos têm uma enorme vantagem sobre os judeus:
nunca foram eleitos por ninguém, o que é o melhor certificado da sua qualidade.
Conhecem, por acaso, alguém que preste que já tenha sido eleito para alguma coisa?
Até o próprio Milton Friedman reconhece isso quando afirma que
«as qualidades necessárias para ser eleito são quase sempre o contrário das que se exigem para bem governar».
E já imaginaram o que seria o mundo governado por um alentejano?
Era um descanso
BLOCO DE ESQUERDA: RENEGOCIAÇÃO DA DÍVIDA
Bloco avança com propostas de auditoria e renegociação da dívida
O Bloco de Esquerda anunciou neste sábado que vai avançar na abertura do Parlamento com uma proposta de auditoria à dívida pública e privada e com um desafio ao PS de assumir claramente a rejeição de uma revisão constitucional.
Louçã garantiu que a proposta de auditoria à dívida será apresentada
As posições foram transmitidas aos jornalistas em conferência de imprensa pelo coordenador do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, no final da reunião da Mesa Nacional – o órgão máximo partidário entre congressos. No encontro foi também decidido que o novo líder parlamentar do Bloco de Esquerda deverá ser eleito na segunda-feira pelos deputados bloquistas, na sequência de uma proposta a apresentar pela nova Comissão Política do partido, que foi eleita neste sábado.
“Defendemos na campanha eleitoral uma proposta de auditoria à dívida e defenderemos essa proposta no primeiro dia dos trabalhos da Assembleia da República”, referiu Louçã, depois de considerar essencial saber-se qual o peso da dívida pública na economia portuguesa e o peso que a dívida privada tem, que é maior do que a pública e que arrasta o país para mais dificuldades”.
De acordo com Francisco Louçã, só com o conhecimento dos resultados dessa auditoria “o país poderá fazer escolhas democráticas, sensatas e razoáveis para cumprir as suas obrigações e para proteger a economia ao nível da criação de emprego”. Além da exigência da auditoria, também na abertura da legislatura o Bloco de Esquerda avançará com a proposta sobre os critérios para a renegociação da dívida”. “Não existe qualquer dúvida que a renegociação é necessária, que a Grécia o está a fazer tarde demais e difícil demais. A nossa proposta é que a renegociação, procurando juros mais baixos e prazos mais alargados, determine um montante de acerto de contas que liberte o suficiente dos recursos orçamentais para que haja investimento criador de emprego”, sustentou o líder do Bloco de Esquerda.
Louçã advertiu depois que “sem criação de emprego e sem investimento a economia portuguesa estará a morrer a cada ano que passa”. Na conferência de imprensa, o líder do Bloco de Esquerda lançou ainda um desafio concreto ao PS no sentido de que assuma claramente e já que recusa qualquer revisão constitucional, uma vez que, na sua opinião, o primeiro “choque” do novo Governo será contra “os direitos do emprego”, tendo em vista “facilitar os despedimentos”.
O Bloco de Esquerda anunciou neste sábado que vai avançar na abertura do Parlamento com uma proposta de auditoria à dívida pública e privada e com um desafio ao PS de assumir claramente a rejeição de uma revisão constitucional.
Louçã garantiu que a proposta de auditoria à dívida será apresentada
As posições foram transmitidas aos jornalistas em conferência de imprensa pelo coordenador do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, no final da reunião da Mesa Nacional – o órgão máximo partidário entre congressos. No encontro foi também decidido que o novo líder parlamentar do Bloco de Esquerda deverá ser eleito na segunda-feira pelos deputados bloquistas, na sequência de uma proposta a apresentar pela nova Comissão Política do partido, que foi eleita neste sábado.
“Defendemos na campanha eleitoral uma proposta de auditoria à dívida e defenderemos essa proposta no primeiro dia dos trabalhos da Assembleia da República”, referiu Louçã, depois de considerar essencial saber-se qual o peso da dívida pública na economia portuguesa e o peso que a dívida privada tem, que é maior do que a pública e que arrasta o país para mais dificuldades”.
De acordo com Francisco Louçã, só com o conhecimento dos resultados dessa auditoria “o país poderá fazer escolhas democráticas, sensatas e razoáveis para cumprir as suas obrigações e para proteger a economia ao nível da criação de emprego”. Além da exigência da auditoria, também na abertura da legislatura o Bloco de Esquerda avançará com a proposta sobre os critérios para a renegociação da dívida”. “Não existe qualquer dúvida que a renegociação é necessária, que a Grécia o está a fazer tarde demais e difícil demais. A nossa proposta é que a renegociação, procurando juros mais baixos e prazos mais alargados, determine um montante de acerto de contas que liberte o suficiente dos recursos orçamentais para que haja investimento criador de emprego”, sustentou o líder do Bloco de Esquerda.
Louçã advertiu depois que “sem criação de emprego e sem investimento a economia portuguesa estará a morrer a cada ano que passa”. Na conferência de imprensa, o líder do Bloco de Esquerda lançou ainda um desafio concreto ao PS no sentido de que assuma claramente e já que recusa qualquer revisão constitucional, uma vez que, na sua opinião, o primeiro “choque” do novo Governo será contra “os direitos do emprego”, tendo em vista “facilitar os despedimentos”.
CONHECEM?
VIVE num Palácio, ali mesmo ao pé dos pastelinhos de Belém , com um orçamento de 45 mil euros por dia sem ter nada para fazer.
São 16 milhões por ano de orçamento para a Presidência da República, mais que o dobro daquilo a que tem direito a Casa Real Espanha que se fica pelos 7 milhões.
Conhecem???
E O POVO, PÁ???
São 16 milhões por ano de orçamento para a Presidência da República, mais que o dobro daquilo a que tem direito a Casa Real Espanha que se fica pelos 7 milhões.
Conhecem???
E O POVO, PÁ???
ESPANHA: MILHARES DE MADRILENOS GRITARAM "NÃO PAGAMOS A CRISE"
Milhares de espanhóis gritam "não pagamos a crise" em Madrid
Contra a crise e o desemprego, dezenas de milhares de espanhóis de todas as idades invadiram este domingo as ruas de Madrid a gritar palavras de ordem como: "não pagamos a crise".
A multidão formou-se quando seis cortejos de todos os bairros de Madrid se juntaram frente ao Parlamento, no centro.
"Contra o desemprego. Organiza-te e luta. Vamos marchar juntos contra o desemprego", lia-se num grande cartaz que liderava o caminho da "coluna sudoeste", que partiu de manhã de Leganes, uma comunidade-dormitório a cerca de quinze quilómetros a sul de Madrid.
"Nós não somos mercadoria nas mãos de políticos e banqueiros", estava escrito a letras vermelhas num outro cartaz.
Ao microfone, um manifestante gritava: "Vamos preparar uma greve geral. Nós vamos parar o país".
"Os bancos e os governos que provocaram esta situação devem estar cientes de que não estamos de acordo com as medidas e os cortes nos orçamentos. Temos a intenção de ser ouvidos e vamos conseguir", assegurou a plataforma que organizou a manifestação por toda a Espanha.
Contra a crise e o desemprego, dezenas de milhares de espanhóis de todas as idades invadiram este domingo as ruas de Madrid a gritar palavras de ordem como: "não pagamos a crise".
A multidão formou-se quando seis cortejos de todos os bairros de Madrid se juntaram frente ao Parlamento, no centro.
"Contra o desemprego. Organiza-te e luta. Vamos marchar juntos contra o desemprego", lia-se num grande cartaz que liderava o caminho da "coluna sudoeste", que partiu de manhã de Leganes, uma comunidade-dormitório a cerca de quinze quilómetros a sul de Madrid.
"Nós não somos mercadoria nas mãos de políticos e banqueiros", estava escrito a letras vermelhas num outro cartaz.
Ao microfone, um manifestante gritava: "Vamos preparar uma greve geral. Nós vamos parar o país".
"Os bancos e os governos que provocaram esta situação devem estar cientes de que não estamos de acordo com as medidas e os cortes nos orçamentos. Temos a intenção de ser ouvidos e vamos conseguir", assegurou a plataforma que organizou a manifestação por toda a Espanha.
CHINA, O GRANDE ALIADO DA DEMOCRACIA E DIREITOS HUMANOS
Mulher do dissidente chinês Hu Jia está desaparecida
A mulher do dissidente chinês Hu Jia, que deveria ter sido libertado no domingo, desapareceu e estará alegadamente sob a custódia das autoridades chinesas, refere a edição de segunda-feira do Oriental Daily, de Hong Kong.
Zeng Jinyan terá embarcado no domingo em Pequim num voo para Shenzhen, no sul da China, mas não terá saído do avião com os outros passageiros.
Segundo o Oriental Daily que cita fontes não identificadas, Zeng "terá sido provavelmente levada pelas autoridades chinesas".
Hu Jia, de 37 anos, deveria ter sido libertado no domingo depois de cumprir uma pena de três anos e meio alegadamente por "subversão".
Hu Jia é um dos dissidentes chineses mais conhecidos por defender causas ambientais e doentes de SIDA.
Vários opositores do governo chinês e defensores dos direitos humanos recentemente libertados foram colocados em prisão domiciliária, muitas vezes com as respectivas famílias, o que levou a mulher de Hu Jia a deixar, em Abril, Pequim com a sua filha para ir viver para Shenzhen, disse a própria recentemente à agência France Press (AFP).
A mulher do dissidente chinês Hu Jia, que deveria ter sido libertado no domingo, desapareceu e estará alegadamente sob a custódia das autoridades chinesas, refere a edição de segunda-feira do Oriental Daily, de Hong Kong.
Zeng Jinyan terá embarcado no domingo em Pequim num voo para Shenzhen, no sul da China, mas não terá saído do avião com os outros passageiros.
Segundo o Oriental Daily que cita fontes não identificadas, Zeng "terá sido provavelmente levada pelas autoridades chinesas".
Hu Jia, de 37 anos, deveria ter sido libertado no domingo depois de cumprir uma pena de três anos e meio alegadamente por "subversão".
Hu Jia é um dos dissidentes chineses mais conhecidos por defender causas ambientais e doentes de SIDA.
Vários opositores do governo chinês e defensores dos direitos humanos recentemente libertados foram colocados em prisão domiciliária, muitas vezes com as respectivas famílias, o que levou a mulher de Hu Jia a deixar, em Abril, Pequim com a sua filha para ir viver para Shenzhen, disse a própria recentemente à agência France Press (AFP).
LÍBIA: NATO RECONHECE BOMBARDEAMENTOS CONTRA CIVIS
A NATO reconheceu dois "erros" cometidos na Líbia no espaço de 24 horas devido aos ataques dos aliados que mataram civis em Tripoli e um grupo de forças rebeldes ao regime de Kadafi.
Na noite de sábado, um ataque da NATO na capital matou nove pessoas, incluindo cinco membros de uma família, e feriu 18 pessoas numa área residencial, informou o porta-voz do governo líbio, Moussa Ibrahim.
Em comunicado, a Aliança Atlântica admitiu que um bombardeamento tinha feito vítimas civis, a primeira vez que reconheceu um "erro" que causou mortes entre a população líbia.
"Um local militar era o alvo dos ataques aéreos com mísseis em Tripoli na noite passada. No entanto, uma arma não atingiu o alvo e pode ter havido um erro no sistema que resultou em vítimas civis ", lê-se no comunicado.
Por seu lado, Moussa Ibrahim aproveitou para acusar a NATO de "actos bárbaros" e intencionalmente atingir civis.
"É mais uma noite de terror e de horror causado pela NATO", afirmou o porta-voz, garantindo que não havia instalações ou veículos militares perto da área atingida pela força internacional.
No sábado, a NATO tinha admitido ter atacado acidentalmente uma coluna de veículos dos rebeldes na região de Brega.
Na noite de sábado, um ataque da NATO na capital matou nove pessoas, incluindo cinco membros de uma família, e feriu 18 pessoas numa área residencial, informou o porta-voz do governo líbio, Moussa Ibrahim.
Em comunicado, a Aliança Atlântica admitiu que um bombardeamento tinha feito vítimas civis, a primeira vez que reconheceu um "erro" que causou mortes entre a população líbia.
"Um local militar era o alvo dos ataques aéreos com mísseis em Tripoli na noite passada. No entanto, uma arma não atingiu o alvo e pode ter havido um erro no sistema que resultou em vítimas civis ", lê-se no comunicado.
Por seu lado, Moussa Ibrahim aproveitou para acusar a NATO de "actos bárbaros" e intencionalmente atingir civis.
"É mais uma noite de terror e de horror causado pela NATO", afirmou o porta-voz, garantindo que não havia instalações ou veículos militares perto da área atingida pela força internacional.
No sábado, a NATO tinha admitido ter atacado acidentalmente uma coluna de veículos dos rebeldes na região de Brega.
ITÁLIA: UMBERTO BOSSI PODE DIZER NÃO A BERLUSCONI
Umberto Bossi prometeu pressionar o primeiro-ministro
Aliado de Berlusconi avisa que pode “dizer Stop”
UMBERTO BOSSI, o único aliado de Silvio Berlusconi e o garante da sua curta maioria no Parlamento. Umberto Bossi aproveitou neste domingo a festa anual da Liga Norte, o partido xenófobo, secessionista e populista que chefia, para dirigir ao primeiro-ministro italiano uma série de ultimatos e avisá-lo que apesar de continuar a apoiá-lo, “pode dizer Stop”.
Bossi avisou Berlusconi de que a sua liderança poderá ser questionada (Alessadro Garofalo/Reuters)
“Querido Berlusconi, a tua capacidade para dirigir a direita pode ser questionada se algumas coisas não forem feitas”, disse o líder do partido na sua festa em Pontida, perto de Bergamo, onde em 1167 terá nascido a Liga Lombarda, aliança do Norte contra o imperador Federico Barbarossa.
Bossi não defende eleições antecipadas porque conhece os riscos: “Este é um momento favorável à esquerda”. Mas a Liga não está disposta a tudo. “Não seremos nós os responsáveis por mandar o país para a ruína.”
O partido que nasceu há 22 anos para pedir a autonomia do Norte considera Il Cavaliere como o grande responsável pelos recentes desaires eleitorais e muitos dirigentes têm defendido que Berlusconi passou de mais-valia a fardo e que é chegado o tempo de pôr fim a esta aliança.
Há três semanas, a direita sofreu derrotas importantes nas eleições locais. A perda da câmara de Milão foi a mais pesada. E ainda há uma semana, voltou a ser derrotada em toda a linha em três referendos: um sobre a rejeição da energia nuclear, outros sobre a privatização da água e ainda uma consulta à lei que revoga a imunidade judicial ao primeiro-ministro. Berlusconi avisou que não ia votar e a Liga apelou à abstenção.
Uma vez mais, como já fizera com a câmara de Milão, e apesar crise de popularidade que atravessa, o chefe do Governo fez dos referendos um plebiscito à sua governação. Duplo desaire. Milão fugia à esquerda há 20 anos e desde 1995 que nenhum referendo em Itália era validado por a participação não chegar aos 50 por cento. Desta vez votaram 57 por cento dos eleitores.
Vários analistas apostavam ainda antes das eleições locais que a aliança entre a Liga e o Povo da Liberdade de Berlusconi não sobreviveria a uma derrota em Milão. A Liga, sustentavam, não se deixaria arrastar por Berlusconi numa espiral de derrotas e perda de peso eleitoral. Mas provocar eleições antes de 2013 pode ser entregar o país ao centro-esquerda.
Assim, o que a Liga vai tentar é ganhar o mais possível com a fragilidade do primeiro-ministro. Bossi repetiu ontem que exige ver transferidas de Roma para o Norte do país as sedes de pelo menos quatro ministérios, questão simbólica mas que tem sido muito criticada pelos outros partidos.
Fim das missões no estrangeiro
A par da transferência de ministros, a exigência mais importante passa pela redução da carga fiscal, que “ultrapassou os limites do suportável”, disse Bossi, defendendo que “há onde encontrar o dinheiro”. A receita da Liga passa por “pôr fim às missões de paz” em que a Itália participa – Líbia, Afeganistão e Líbano –, o que permitiria “economizar uns bons mil milhões de euros”.
Muito aplaudido, Bossi falou para 80 mil de apoiantes, muitos preparados para este dia a rigor, com trajes medievais completos, outros vestindo verde, a cor do partido, de alto a baixo. A AFP falou com dois gémeos de 27 anos e mais de 1,90 metros, Roberto e Paolo Locatti, com T-shirts onde se lia “a Padania não é a Itália” e “Jamais escravos de Roma”. A Padania é o termo usado pela Liga para apelidar as regiões mais ricas do Norte. Roberto quer garantias “sobre o federalismo fiscal”, enquanto Paolo aguarda pacientemente pelo fim da legislatura e o adeus a Berlusconi: “As pessoas estão cada vez mais fartas dele”.
A multidão gritou muitas vezes “secessão; Bossi respondeu com a promessa de “uma pressão muito forte contra o centralismo”.
Aliado de Berlusconi avisa que pode “dizer Stop”
UMBERTO BOSSI, o único aliado de Silvio Berlusconi e o garante da sua curta maioria no Parlamento. Umberto Bossi aproveitou neste domingo a festa anual da Liga Norte, o partido xenófobo, secessionista e populista que chefia, para dirigir ao primeiro-ministro italiano uma série de ultimatos e avisá-lo que apesar de continuar a apoiá-lo, “pode dizer Stop”.
Bossi avisou Berlusconi de que a sua liderança poderá ser questionada (Alessadro Garofalo/Reuters)
“Querido Berlusconi, a tua capacidade para dirigir a direita pode ser questionada se algumas coisas não forem feitas”, disse o líder do partido na sua festa em Pontida, perto de Bergamo, onde em 1167 terá nascido a Liga Lombarda, aliança do Norte contra o imperador Federico Barbarossa.
Bossi não defende eleições antecipadas porque conhece os riscos: “Este é um momento favorável à esquerda”. Mas a Liga não está disposta a tudo. “Não seremos nós os responsáveis por mandar o país para a ruína.”
O partido que nasceu há 22 anos para pedir a autonomia do Norte considera Il Cavaliere como o grande responsável pelos recentes desaires eleitorais e muitos dirigentes têm defendido que Berlusconi passou de mais-valia a fardo e que é chegado o tempo de pôr fim a esta aliança.
Há três semanas, a direita sofreu derrotas importantes nas eleições locais. A perda da câmara de Milão foi a mais pesada. E ainda há uma semana, voltou a ser derrotada em toda a linha em três referendos: um sobre a rejeição da energia nuclear, outros sobre a privatização da água e ainda uma consulta à lei que revoga a imunidade judicial ao primeiro-ministro. Berlusconi avisou que não ia votar e a Liga apelou à abstenção.
Uma vez mais, como já fizera com a câmara de Milão, e apesar crise de popularidade que atravessa, o chefe do Governo fez dos referendos um plebiscito à sua governação. Duplo desaire. Milão fugia à esquerda há 20 anos e desde 1995 que nenhum referendo em Itália era validado por a participação não chegar aos 50 por cento. Desta vez votaram 57 por cento dos eleitores.
Vários analistas apostavam ainda antes das eleições locais que a aliança entre a Liga e o Povo da Liberdade de Berlusconi não sobreviveria a uma derrota em Milão. A Liga, sustentavam, não se deixaria arrastar por Berlusconi numa espiral de derrotas e perda de peso eleitoral. Mas provocar eleições antes de 2013 pode ser entregar o país ao centro-esquerda.
Assim, o que a Liga vai tentar é ganhar o mais possível com a fragilidade do primeiro-ministro. Bossi repetiu ontem que exige ver transferidas de Roma para o Norte do país as sedes de pelo menos quatro ministérios, questão simbólica mas que tem sido muito criticada pelos outros partidos.
Fim das missões no estrangeiro
A par da transferência de ministros, a exigência mais importante passa pela redução da carga fiscal, que “ultrapassou os limites do suportável”, disse Bossi, defendendo que “há onde encontrar o dinheiro”. A receita da Liga passa por “pôr fim às missões de paz” em que a Itália participa – Líbia, Afeganistão e Líbano –, o que permitiria “economizar uns bons mil milhões de euros”.
Muito aplaudido, Bossi falou para 80 mil de apoiantes, muitos preparados para este dia a rigor, com trajes medievais completos, outros vestindo verde, a cor do partido, de alto a baixo. A AFP falou com dois gémeos de 27 anos e mais de 1,90 metros, Roberto e Paolo Locatti, com T-shirts onde se lia “a Padania não é a Itália” e “Jamais escravos de Roma”. A Padania é o termo usado pela Liga para apelidar as regiões mais ricas do Norte. Roberto quer garantias “sobre o federalismo fiscal”, enquanto Paolo aguarda pacientemente pelo fim da legislatura e o adeus a Berlusconi: “As pessoas estão cada vez mais fartas dele”.
A multidão gritou muitas vezes “secessão; Bossi respondeu com a promessa de “uma pressão muito forte contra o centralismo”.
MARROCOS - PROTESTOS CONTRA A NOVA CONSTITUIÇÃO
Protestos em Casablanca, Marraquexe e Tânger
Milhares na rua contra a nova Constituição de Marrocos
Foam milhares os marroquinos a responder ao apelo do Movimento 20 de Fevereiro e a sair à rua nas grandes cidades de Marrocos para dizer “não” à reforma constitucional, apresentada na sexta-feira pelo rei Mohammed VI como um passo para “consolidar os pilares de uma monarquia constitucional, democrática, parlamentar e social”.
Com a revisão constitucional, o rei mantém-se como máxima autoridade religiosa e militar (Jamil Bittar/Reuters)
Em Casablanca, segundo a AFP, dez mil pessoas, na sua maioria jovens, desfilaram no bairro popular Derb Soltan. “Não vamos desistir”, assegurou Ahmed Mediany, membro da secção local do Movimento Islamista Justiça e Bem-Estar.
O movimento de contestação que nasceu das redes sociais e saiu pela primeira vez à rua a 20 de Fevereiro para pedir reformas democráticas é essencialmente constituído por jovens de partidos da esquerda radical e por apoiantes dos grupos islamistas, os dois grandes blocos da oposição ao regime e ao monarca. Há 34 partidos em Marrocos, mas a maioria defende a manutenção do statu quo, com o rei a reunir grande parte dos poderes no país. Os três principais partidos do país já apelaram ao “sim” no referendo marcado para 1 de Julho.
Foi esse estado das coisas que o 20 de Fevereiro viu garantido na reforma constitucional, que prevê um fortalecimento da figura do primeiro-ministro, ao mesmo tempo que torna a justiça mais independente do poder político, mas mantém o rei como máxima autoridade religiosa e militar, continuando ainda a seu cargo a nomeação dos juízes e do chefe do Governo.
A grande manifestação deste domingo foi a de Casablanca, a maior cidade do país, com seis milhões de habitantes, e grande aposta do Movimento. Mas o protesto começou atrasado porque os manifestantes se depararam com centenas de pessoas favoráveis ao rei e ao seu projecto de Constituição, que tentaram impedir a marcha. Para evitar confrontos, os membros do 20 de Fevereiro mudaram de bairro.
Em Tânger, houve centenas a protestar num bairro popular. Em Marraquexe foram centenas a manifestar-se sem distúrbios, enquanto em Rabat dezenas de membros do Movimento tiveram de contornar uma contra-manifestação no bairro de Takadum.
O Movimento 20 de Fevereiro, inspirado nas revoluções tunisina e egípcia, não esperava uma revisão constitucional satisfatória, pelo que a decisão de manter os protestos, que passaram a semanais no fim de Maio, já estava tomada antes do anúncio do rei. Falta agora a este grupo heterogéneo de pessoas pôr-se de acordo sobre a posição a defender para a consulta de dia 1, apelando ao voto no “não” ou ao boicote, opção defendida por muitos membros da esquerda que não acreditam na transparência do voto.
Milhares na rua contra a nova Constituição de Marrocos
Foam milhares os marroquinos a responder ao apelo do Movimento 20 de Fevereiro e a sair à rua nas grandes cidades de Marrocos para dizer “não” à reforma constitucional, apresentada na sexta-feira pelo rei Mohammed VI como um passo para “consolidar os pilares de uma monarquia constitucional, democrática, parlamentar e social”.
Com a revisão constitucional, o rei mantém-se como máxima autoridade religiosa e militar (Jamil Bittar/Reuters)
Em Casablanca, segundo a AFP, dez mil pessoas, na sua maioria jovens, desfilaram no bairro popular Derb Soltan. “Não vamos desistir”, assegurou Ahmed Mediany, membro da secção local do Movimento Islamista Justiça e Bem-Estar.
O movimento de contestação que nasceu das redes sociais e saiu pela primeira vez à rua a 20 de Fevereiro para pedir reformas democráticas é essencialmente constituído por jovens de partidos da esquerda radical e por apoiantes dos grupos islamistas, os dois grandes blocos da oposição ao regime e ao monarca. Há 34 partidos em Marrocos, mas a maioria defende a manutenção do statu quo, com o rei a reunir grande parte dos poderes no país. Os três principais partidos do país já apelaram ao “sim” no referendo marcado para 1 de Julho.
Foi esse estado das coisas que o 20 de Fevereiro viu garantido na reforma constitucional, que prevê um fortalecimento da figura do primeiro-ministro, ao mesmo tempo que torna a justiça mais independente do poder político, mas mantém o rei como máxima autoridade religiosa e militar, continuando ainda a seu cargo a nomeação dos juízes e do chefe do Governo.
A grande manifestação deste domingo foi a de Casablanca, a maior cidade do país, com seis milhões de habitantes, e grande aposta do Movimento. Mas o protesto começou atrasado porque os manifestantes se depararam com centenas de pessoas favoráveis ao rei e ao seu projecto de Constituição, que tentaram impedir a marcha. Para evitar confrontos, os membros do 20 de Fevereiro mudaram de bairro.
Em Tânger, houve centenas a protestar num bairro popular. Em Marraquexe foram centenas a manifestar-se sem distúrbios, enquanto em Rabat dezenas de membros do Movimento tiveram de contornar uma contra-manifestação no bairro de Takadum.
O Movimento 20 de Fevereiro, inspirado nas revoluções tunisina e egípcia, não esperava uma revisão constitucional satisfatória, pelo que a decisão de manter os protestos, que passaram a semanais no fim de Maio, já estava tomada antes do anúncio do rei. Falta agora a este grupo heterogéneo de pessoas pôr-se de acordo sobre a posição a defender para a consulta de dia 1, apelando ao voto no “não” ou ao boicote, opção defendida por muitos membros da esquerda que não acreditam na transparência do voto.
NOVA IORQUE - DIA DE PORTUGAL CELEBRADO NO CENTRAL PARK
O travo da bica, o doce dos Dom Rodrigo e até o “cheiro a rosmaninho” da letra de “Cheira Bem, Cheira a Lisboa” assentaram hoje arraiais no muito nova-iorquino Central Park, na primeira comemoração recente do Dia de Portugal em Manhattan.
Se logo por alturas de maio e junho localidades como Mineola (Nova Iorque) ou Newark (Nova Jérsia) se enchem do cheiro de sardinhas e febras nas festas populares e do Dia de Portugal das comunidades luso-americanas, não estava nas recordações mesmo dos portugueses mais antigos na cidade ouvir fado e guitarra portuguesa num dia de sol, bem no “pulmão” de Nova Iorque.
Rodeada de verde e com os arranha-céus de Nova Iorque como pano de fundo, a jovem fadista luso-americana Nathalie Pires, de Newark, cantou fado e marchas populares, pondo as centenas de pessoas que por ali passavam a bater “palminhas” e a repetir o refrão “Cheira Bem, Cheira a Lisboa”.
Com esta letra encheu o parque dos “elétricos” da capital portuguesa, das “procissões com cheiro a rosmaninho”, as “tasca da viela mais escondida [onde] cheira a iscas com ela e a vinho” e, claro, da “varina que teima em passar”.
No público desta comemoração quase inédita e retardada do 10 de junho estavam os corredores que fizeram os 8 quilómetros do “Portugal Day”, e muitos portugueses que – de carro, autocarro ou comboio – fizeram centenas de quilómetros para estar no festival que se seguiu, uma mostra de produtos e de cultura portuguesa.
Para “apoiar e mostrar Portugal”, Carlos Bahia, do clube português de Danbury (Connecticut), fez uma hora e meia de comboio com um grupo de sete pessoas.
“Achei que era uma boa ideia para promover o nome de Portugal”, disse à Lusa, lamentando apenas o “pouco tempo” para a festa.
Entre o público eram muitas as camisolas da seleção de futebol e de clubes portugueses.
Há mais de duas décadas nos Estados Unidos, Lisa veio de Nova Jérsia, com o seu traje negro e dourado de noiva do Minho, para ajudar a “dar a conhecer o país”.
“Isto é bom porque acho que faz os americanos conhecerem um pouco Portugal, que é um país pequenino que eles confundem sempre com o Brasil”, disse à Lusa a emigrante nascida na ex-colónia de Goa.
A mesma experiência tem Neide, jovem que trabalha na New York University e uma das dezenas de voluntários que quiseram ajudar a “divulgar o país e celebrar a cultura” portuguesa.
“Regra geral, somos confundidos com brasileiros. Infelizmente é verdade”, lamenta.
A norte-americana Emma, que participou na corrida, repetia no final o que acabara de ouvir da animadora do evento, que apresentava Portugal como “o país mais solarengo da Europa”, embora admitindo o seu desconhecimento.
“Não sei muito... vou à internet procurar”, disse à Lusa.
Outros, que após a corrida bebiam Compal, Sumol ou uma bica e comiam pão com Queijo da Serra, perguntavam aos portugueses qual a melhor altura do ano para visitar.
De Washington veio o embaixador Nuno Brito, que saiu convencido da capacidade de eventos do género para “vender o nome de Portugal” no país.
“É uma maneira de conhecer o nosso pais muito interessante, muito criativa e inovadora”, disse à Lusa.
Mesmo sem patrocinadores, por enquanto, a gestora financeira Domitília Santos e a associação Portuguese Circle, que promoveram o evento com apoio do Turismo de Portugal e empresas, já reservaram 17 de junho de 2012 para o segundo Portugal Day.
Paulo Dias Figueiredo, da Agência Lusa
Se logo por alturas de maio e junho localidades como Mineola (Nova Iorque) ou Newark (Nova Jérsia) se enchem do cheiro de sardinhas e febras nas festas populares e do Dia de Portugal das comunidades luso-americanas, não estava nas recordações mesmo dos portugueses mais antigos na cidade ouvir fado e guitarra portuguesa num dia de sol, bem no “pulmão” de Nova Iorque.
Rodeada de verde e com os arranha-céus de Nova Iorque como pano de fundo, a jovem fadista luso-americana Nathalie Pires, de Newark, cantou fado e marchas populares, pondo as centenas de pessoas que por ali passavam a bater “palminhas” e a repetir o refrão “Cheira Bem, Cheira a Lisboa”.
Com esta letra encheu o parque dos “elétricos” da capital portuguesa, das “procissões com cheiro a rosmaninho”, as “tasca da viela mais escondida [onde] cheira a iscas com ela e a vinho” e, claro, da “varina que teima em passar”.
No público desta comemoração quase inédita e retardada do 10 de junho estavam os corredores que fizeram os 8 quilómetros do “Portugal Day”, e muitos portugueses que – de carro, autocarro ou comboio – fizeram centenas de quilómetros para estar no festival que se seguiu, uma mostra de produtos e de cultura portuguesa.
Para “apoiar e mostrar Portugal”, Carlos Bahia, do clube português de Danbury (Connecticut), fez uma hora e meia de comboio com um grupo de sete pessoas.
“Achei que era uma boa ideia para promover o nome de Portugal”, disse à Lusa, lamentando apenas o “pouco tempo” para a festa.
Entre o público eram muitas as camisolas da seleção de futebol e de clubes portugueses.
Há mais de duas décadas nos Estados Unidos, Lisa veio de Nova Jérsia, com o seu traje negro e dourado de noiva do Minho, para ajudar a “dar a conhecer o país”.
“Isto é bom porque acho que faz os americanos conhecerem um pouco Portugal, que é um país pequenino que eles confundem sempre com o Brasil”, disse à Lusa a emigrante nascida na ex-colónia de Goa.
A mesma experiência tem Neide, jovem que trabalha na New York University e uma das dezenas de voluntários que quiseram ajudar a “divulgar o país e celebrar a cultura” portuguesa.
“Regra geral, somos confundidos com brasileiros. Infelizmente é verdade”, lamenta.
A norte-americana Emma, que participou na corrida, repetia no final o que acabara de ouvir da animadora do evento, que apresentava Portugal como “o país mais solarengo da Europa”, embora admitindo o seu desconhecimento.
“Não sei muito... vou à internet procurar”, disse à Lusa.
Outros, que após a corrida bebiam Compal, Sumol ou uma bica e comiam pão com Queijo da Serra, perguntavam aos portugueses qual a melhor altura do ano para visitar.
De Washington veio o embaixador Nuno Brito, que saiu convencido da capacidade de eventos do género para “vender o nome de Portugal” no país.
“É uma maneira de conhecer o nosso pais muito interessante, muito criativa e inovadora”, disse à Lusa.
Mesmo sem patrocinadores, por enquanto, a gestora financeira Domitília Santos e a associação Portuguese Circle, que promoveram o evento com apoio do Turismo de Portugal e empresas, já reservaram 17 de junho de 2012 para o segundo Portugal Day.
Paulo Dias Figueiredo, da Agência Lusa
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