quinta-feira, 30 de agosto de 2012

ANGOLA - ELEIÇÕES EM 31-08-2012


Presidente da CNE reconhece “imperfeições” no processo eleitoral — CPLP

Agosto 29, 2012


Em relação à CNE: publicação dos cadernos eleitorais, frisando que a lei não permite que as eleições se realizem sem cadernos eleitorais,“Nas campanhas eleitorais os cidadãos precisam tomar conhecimento da visão, dos programas e da credibilidade dos candidatos aos vários cargos, para que as opções sejam tomadas em consciência e com conhecimento de causa”. Realmente é uma maneira do eleitorado conhecer melhor os candidatos e as suas propostas,mas é preciso que todos os intervenientes estejam dispostos a isso, o mais importante é que a campanha eleitoral decorra em paz e com a tranquilidade por todos desejada.(Comentario CAI)

O presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) angolana reconheceu a existência de “imperfeições” na organização das eleições gerais de sexta-feira, disse hoje à Lusa o chefe da Missão de Observação Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).



Leonardo Simáo, antigo chefe da diplomacia moçambicana que falava à Lusa à margem do encontro que a equipa de 10 observadores realizou hoje em Luanda, afirmou que as “imperfeições” no processo eleitoral angolano lhe foram referidas no encontro que manteve com o presidente da CNE, André Silva Neto.

“No encontro que tivemos, ele disse-nos que há pequenas imperfeiçoes aqui e acolá, dado o tempo curto que tiveram para a organização das eleições”, destacou.

A aprovação somente em dezembro da lei eleitoral e a substituição do presidente da CNE, em virtude da recusa dos partidos da oposição em aceitarem a manutenção de Suzana Inglês a frente da CNE, foram as razões apontadas por Silva Neto no encontro que manteve com Leonardo Simão.

“Tudo isso atrasou de facto. Fez com que o tempo de preparação (das eleições) fosse demasiado curto”, acrescentou.



“Vamos ver no cômputo geral, o que é que isto significa”, frisou.

Os 10 observadores da missão da CPLP vão ser distribuídos por seis das 18 províncias angolanas e no dia 2 de setembro será divulgada a posição da CPLP relativamente à forma como decorreu o processo eleitoral e a votação.

“Ainda estamos na fase inicial. O peixe parece estar pronto para a realização de eleições credíveis. Quer sob o ponto de vista político, há tranquilidade, e também sob o ponto de vista técnico. Está tudo a postos. Só falta mesmo votar”, sintetizou.

Quanto às críticas da oposição, nomeadamente a UNITA, quanto à forma como o processo está a ser organizado, Leonardo Simão reconheceu haver “sempre aspetos que os partidos políticos acham que devem ser melhoradas”.



“Mas vamos ver em que estas questões influenciam os resultados. Não nos podemos pronunciar agora. Tomámos nota, quer das questões colocadas pelos partidos, por um lado, quer aquilo que são as respostas que a CNE dá”, concluiu.

A transparência das eleições gerais está a ser contestada pela UNITA, maior partido de oposição angolano, por alegadas irregularidades na divulgação dos cadernos eleitorais, atribuição de credenciais aos delegados das mesas de voto e cópias das atas síntese no final da votação, esperando a resolução destas questões até sexta-feira, sem a qual diz não reconhecer o Governo que sair eleito.



A missão de observação eleitoral CPLP integra 10 observadores provenientes do Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe, aos quais se juntam os membros da Assembleia Parlamentar da CPLP, designadamente, dois deputados portugueses, um cabo-verdiano, um guineense e dois são-tomenses.

Além da CPLP, a União Africana e a Comunidade de Desenvolvimento dos Países da África Austral também enviaram missões de observação às eleições.



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Sinopse

De Lisboa a Luanda, seguindo por Paris e por bases aéreas bem guardadas na Rússia e na África do Sul, é uma longa viagem sacudida por geografias contrastantes e pelos solavancos da descolonização e do fim da Guerra Fria. Tambwe – A Unha do Leão faz-se disso e de muito mais. É também o percurso interior de Eugénio, à procura da sua infância e da sua razão de ser numa Angola atormentada pela guerra.

Com uma escrita torrencial e opulenta, o autor descola volta e meia da realidade palpável, circunscrita pelo tempo e pelo espaço, e parte para um universo onírico e simbólico, verdadeiro paraíso perdido, porventura para sempre.

Romance de vida e de morte, só uma partitura de Brahms parece restar como energia redentora quando, na noite tropical, se abrem as portas da prisão de Luanda.

(Pedro Vieira)


(EXCERTO DO ROMANCE TAMBWE-A UNHA DO LEÃO)


"À medida que caminhava, penetrando mais e mais no solo, comecei a distinguir vozes que chegavam do desconhecido; era uma monocórdica ladainha com a cadência das orações. Qual o significado daquilo tudo, a passagem secreta, o túnel iluminado por engenhos primitivos, as místicas lengalengas? O que encontraria ao fundo do corredor subterrâneo? Pressentindo-me, as vozes calaram-se; fora traído pela ansiedade do meu passo apressado. Parei, tentando passar despercebido. Precaução vã, tolo engano. Desconhecia, naquele momento, quem se resguardava no recanto secreto; soube, depois, que fora seguido desde o princípio, como só os deuses o sabem fazer. Na omnisciência que tudo vê, tudo sabe, conduziram-me como ovelha tresmalhada ao redil.
Chegado a esta altura do relato, é importante que seja sincero, com a autenticidade que apenas se tem nos poucos momentos decisivos da vida. Raros momentos de verdade que tanto nos podem trazer glória como opróbrio. Mentiria se afirmasse que não senti receio. Aliás, mais do que receio, conheci a cor do medo. Uma cor indefinida, que nos esconde o norte, que nos agonia de pânico. Voltar para trás como um cobarde, para sempre possuído pelo remorso de não ter desvendado o segredo, era sentimento que não queria que me perseguisse. Fugir ao apelo do conhecimento, era desmerecer os antepassados que, empoleirados em frágeis mas desassombradas embarcações, correram tudo quanto era mar à procura de fortuna, aventura e poder. Fugir à surpresa do extraordinário, era recusar o êxtase que transforma o espírito e inunda a alma com cânticos de sons sublimes, cânticos de celestial leveza. E no entanto, grande foi a tentação de tudo largar e correr de regresso ao quarto acolhedor, ao aconchego do leito onde destilara a febre malsã. Só não o fiz porque, vindo de longe, do corredor que se alongava à minha frente como o ventre da baleia que engolira o profeta Jonas, por sobre as vozes emudecidas, por sobre o ruído de água corrente, comecei a escutar algo que me era familiar, que aprendera a apreciar na companhia do meu velho avô.
Majestosa, heróica, romântica, a 3ª Sinfonia de Brahms ecoava num apelo irresistível. Já não era só o meu nome que me reclamava, a música hipnotizava-me os sentidos. Os pilares da confiança reergueram-se e, como criança perdida que reencontra o esteio dos parentes, o aconchego da mãe, o afago do pai, sorri. Do outro lado de lá só poderia estar o feiticeiro que mais admirava, que tantas vezes me segurara a mão e explicara os complexos segredos da vida, os tortuosos e instáveis equilíbrios do mundo dos adultos, na sua voz autoritária, cheia de sabedoria. Prossegui, agora sem quaisquer dúvidas, com o passo apressado, aspirado pelos acordes da orquestra, numa necessidade de chegar, numa vontade de por ponto final à ansiedade que esmagava.
Quando, de repente, me vi dentro da nave grandiosa, quedei-me boquiaberto de surpresa; a irrealidade adquirira a dimensão dolorosa do inacreditável. Impossível tanta beleza, tamanha pujança da natureza. Por mais que me soubesse acordado, julgava-me vítima do embuste do sonho, adejando qual borboleta entontecida pela luz.
Talhada na rocha circunjacente à caverna imensa, uma goela escura jorrava líquidos cristalinos, como se ali nascesse toda a água sagrada do universo; vinha de mansinho, sem ruído, sem remoinhos, de desconhecida profundidade, e deslizava dentro de um leito de pedras cintilantes, para, mais adiante, de novo se escapar, sorvida pelo precipício. Eu, Eugénio, pelo povo chamado “hossi”, o leão que nada teme, filho de uma terra onde todos adormecíamos suspensos pelo espírito, suspirei de emoção, a garganta incapaz do som, embargada que estava pelas lágrimas.
Se o modo como a água brotava, impressionava, misteriosa torrente vinda de inacessível âmago, imperscrutável fonte cavada na dura rocha, gorgolejo de um lago negro de gélida profundidade, o que sobejava da ilusão mantinham-me manietado, incapaz de sujar a sala da meditação, temendo perturbar o equilíbrio daquele universo grandioso. O tecto da nave, perfeita abóbada, era feito em cristal de rocha. A luz, entrando a jorros, sufocava de tanto mistério. Existia um centro, um círculo de sombra como uma íris, e, mais dentro, a mancha negra de uma pupila. Por instantes, ofuscado pelo brilho da abóbada, perturbado pelos contrastes de luz e sombra, deixei de ver, o cérebro enegrecido pelo desmaio que se aproximava. Não sei quanto tempo assim fiquei, talvez breves instantes, talvez a relativa eternidade do momento, quem sabe, o instante sacrificial da morte em que o espírito se espoja aos pés da divindade.
Cumprido o ritual de iniciação, acordei. Acordei aquietado, esquecido da estupefacção, com a sabedoria de todos os segredos e mistérios que habitavam o templo. Acordei com outro sentido, apalpando a pele nova sobre a pele curtida. Via para além, através da matéria; tinha a visão que permite perceber a distância, a escuridão, o silêncio.
Enormes como uma coluna, no preciso ponto de convergência e irradiação da gruta, iluminados em difusa transparência, estavam três homens. Conhecia-os. Conhecia-lhes o porte grave e as manhas; Vapor apoiava-se no seu cajado, o médico americano estalava os dedos nodosos das mãos enormes e o meu avô dava corda à grafonola. Curiosos, olhavam-me com um sorriso cúmplice. Pareciam satisfeitos com o seu poder de sedução. Percebi, só então, com toda a clareza do meu novo sentido, que tudo funcionara como tinham arquitectado. Sentaram-se, quase em simultâneo, como se tivessem estudado o movimento para me impressionar. Os tronos eram humildes, pequenos e singelos bancos de madeira com entalhes estéticos de elementar geometria, cobertos por pele de cabra do mato, no entanto comoviam como se fossem assentos do Olimpo. Era ali o Olho da Terra. Era ali o lugar de toda a sabedoria, era dali que se espiava o mundo. "




CÃES DE RAÇA PORTUGUESA - RAFEIRO ALENTEJANO




O Rafeiro do Alentejo é uma raça antiga da região do Alentejo. Como a maioria dos molossos europeus, acredita-se que tenha descendido dos cães corpulentos do Tibete.
Quando os cães chegaram na Península Ibérica não é conhecida, pois eles podem ter vindo com alguns nômades na pré-história, ou que tenham sido trazidos pelos romanos quando governou a região milhares de anos atrás. Muitas vezes, é suposto que a raça está relacionada com o Mastim tibetano, mas nenhuma prova disso existe. Talvez no futuro, evidências de DNA vai provar quando os cães chegaram e qual a sua ancestralidade é, mas por agora não há nenhuma prova, apenas lendas, conjecturas e especulações.
O que se sabe é que esta raça tem sido usado para mover os ovinos das montanhas do norte de Portugal para o planalto do Alentejo e de volta para a montanha. Devido às mudanças na agricultura e na pecuária, e da eliminação de predadores de grande porte, a raça deixou de ter uso econômico e começou a declinar. Criadores, no entanto, têm sido capazes de manter a raça viva, embora, em Portugal, ainda é considerada "vulnerável"

PRESIDENTE EGÍPCIO DENUNCIA REGIME SÍRIO



Presidente egípcio denuncia regime opressivo da Síria

O presidente egípcio, Mohamed Mursi, denunciou hoje o «regime opressivo» da Síria num discurso que fez na reunião do Movimento dos Países Não Alinhados em Teerão, principal aliado de Damasco.

De acordo com agência oficial egípcia Mena, a delegação síria abandonou o local da reunião durante o discurso crítico de Mursi.

«A revolução no Egipto era um pilar da Primavera Árabe, que começou poucos dias depois da Tunísia e foi seguida pela Líbia e Iémen, e actualmente a revolução na Síria aponta contra o regime opressivo deste país», afirmou Mursi.

O Irão é o principal apoio regional do regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, com uma aliança incondicional desde o início da revolta popular na Síria, em março de 2011.

O governo iraniano é contrário a uma mudança de regime para solucionar a crise, ao contrário do Egipto.

«O Egipto está disposto a trabalhar com todas as partes para fazer com que o sangue deixe de ser derramado», disse o presidente egípcio.

O conflito sírio deu a Mursi a oportunidade de estender a mão a Teerão, após 32 anos de relações difíceis entre os dois países, ao propor em meados de agosto a criação de um comité regional com, além do Egipto e Irão, Arábia Saudita e Turquia para buscar uma solução para a crise síria.





ACONTECIMENTOS DO DIA 30 DE AGOSTO


DESCRIÇÃO O nascimento de uma nova nação, Timor-Leste. Vitória do movimento sindical polaco "Solidariedade". Fontes Pereira de Melo lidera o recém-criado Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria. A viagem inaugural do vaivém Discovery. O julgamento de Milosevic. Nasceram Mary Shelley, Rânia da Jordânia. Morreu Nicolau Nasoni. Os Oasis cantam "Supersonic", single de estreia do primeiro álbum da banda.


http://videos.sapo.pt/uz5I2kQMTFTCL3ruY43J
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A BRONCA DA CUNHA VERA PEREIRA



«SÓ ADMITIR A VERA PEREIRA». Foi assim, com letras maiúsculas, que o Instituto de Emprego e Formação Profissonal (IEFP) publicou um anúncio de emprego. Divulgou o nome da candidata na alínea «outros conhecimentos».

Pelos vistos, o «dono» deste posto de trabalho já tinha sido previamente escolhido. A «dona», neste caso.

A oferta de emprego, para o Centro Paroquial de Santa Maria, em Tavira, exige aos candidatos uma licenciatura em educação de infância.

Entre as condições impostas, os potenciais interessados teriam de estar inscritos há mais de seis meses no Centro de Emprego.

O salário, de 833 euros, parece que já tem então destinatário certo. Vera Pereira, nome que terá sido publicado por lapso, corresponderá, assim, à pessoa que a entidade empregadora pretendia para o cargo.

Este anúncio está a ter ampla difusão nas redes sociais. Entretanto, o site do IEFP já retirou o nome que está a causar polémica.

Contactada pela Agência Financeira, a direção do Centro Social Paroquial de Santa Maria, não quis comentar a notícia.

Com mais de duas décadas de existência, este centro social sofre agora obras de alargamento, estando a ser construído um segundo piso no edifício a fim de receber um lar de idosos e uma creche infantil. Será para recrutar para este novo espaço que, segundo apurou a AF, o polémico anúncio de trabalho se refere.

Já numa nota enviada à Agência Financeira, pelas 13h00, o IEFP disse que «a situação identificada é perfeitamente normal, enquadra-se nos procedimentos previstos e estipulados para as ofertas de emprego apresentadas com o propósito de as empresas formalizarem candidaturas à medida Estímulo 2012».

O IEFP admite que houve um «lapso». «O lapso registado no procedimento foi apenas a evidência do nome da candidata desempregada apresentada pela entidade empregadora».

Neste caso, acrescentou, «a entidade tinha identificado a pessoa desempregada a contratar pelo que procedeu à respetiva apresentação para a oferta em questão, decorrendo o processo de aferição relativamente à candidata apresentada de reunir os requisitos de elegibilidade da medida Estímulo 2012, razão pela qual a oferta de emprego permaneceu ativa no portal Net Emprego».

De qualquer modo, o IEFP reconhece que «não deveria ter sido evidenciado o nome da pessoa desempregada apresentada pela entidade empregadora, o que aconteceu por lapso».

Questionado pela AF sobre o facto de ter sido retirado o nome de Vera Pereira, uma vez que, como diz, a «situação é perfeitamente normal», o IEFP explicou que o lapso «prende-se tão somente com o facto de não dever ser mencionado o nome do candidato».

Refere ainda que «é normal que tendo já a entidade identificado quem é a pessoa(s) desempregada(s) a contratar que o indique e que sujeite à verificação de elegibilidade para o Estímulo 2012 os requisitos da pessoa que identificou».

ACONTECIMENTOS DO DIA 29 DE AGOSTO


29 de agosto: as histórias deste dia
Portugal reconhece a independência do Brasil. D. Afonso V conquista a cidade de Tânger. A morte de Atahualpa e o fim da civilização dos incas. Gottlieb Daimler e a motocicleta. O furacão Katrina continua a arrasar Nova Orleães. Nasceram John Locke, o Mestre Aleijadinho, Charlie Parker e Ingrid Bergman. Os Los Lobos cantam La Bamba.

http://videos.sapo.pt/YvPmMpZcUBfUu0Ggtyzz
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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

CÃES DE RAÇA PORTUGUESA - PASTOR TRANSMONTANO



Ao longo dos séculos, as tribos errantes da Ásia, deslocaram-se de oriente para ocidente, estabelecendo novas tribos e rebanhos que eram acompanhados pelos mastins de guarda e protecção. Estes cães partindo de umtronco comum, adquiriram e mantiveram características próprias que hoje permitem diferencia-los de região para região. A história de todos os mastins de rebanhos europeus e ibéricos está assim interligada, sendo possível encontrar uma origem comum a todas as variantes raciais adaptadas localmente.
Na Península Ibérica existem, há cerca de 4000 anos, tribos que assentavam na pastorícia a sua fonte de subsistência. Na defesa dos rebanhos contra outras tribos e predadores utilizavam cães de grande porte e valentia, trazidos da Ásia menor. As deslocações temporárias dos rebanhos na Península Ibérica (Transumância) conforme as estações do ano, levou à dispersão e ficção desses cães nas várias regiões, criando raças diferentes se as regiões eram distintas, bem delimitadas e isoladas por grandes rios ou montanhas inóspitas.

A origem do Cão de Gado Transmontano está ligada à origem dos restantes mastins portugueses, apresentando, até, algumas semelhanças com o Cão Serra da Estrela pelo curto e com o Rafeiro do Alentejo.

As regiões de Trás-os-Montes, Serra da Estrela e Alentejo são caracterizadas por um clima austero do tipo continental (nove meses de inverno e três de inferno). É natural que em climas semelhantes e em regiões próximas estes três tipos de mastins portugueses fossem evoluindo com características muito parecidas.

As diferenças morfológicas e funcionais das três raças devem-se ao tipo de relevo e à presença ou não de predadores (lobo) nas suas regiões. Em Trás-os-Montes e na Serra das Estrela fixaram-se cães de grande porte e valentes, com uma maior agilidade, leveza e desenvoltura, porque as acidentadas paisagens e o lobo assim o determinam, outros igualmente de grande porte e valentes, mais pesados e de forte presença estabeleceram-se no Alentejo.

Nas décadas de 70 e 80 devido á diminuição drástica do número de lobos e devido ao abandono da pastorícia de grande parte das gentes de Trás-os-Montes, que nesta altura migrava para o litoral do país ou para o estrangeiro á procura de melhores possibilidades de vida, o Cão de Gado Transmontano deixa de ser útil e cai no esquecimento ficando perto da extinção.

PORTUGAL MARAVILHOSO - ALDEIA DE MARIALVA


ANTÓNIO BORGES O VENTRÍLOQUO


O ventríloquo
por BAPTISTA-BASTOS
(IN DIÁRIO DE NOTÍCIAS)



O país que pensa assistiu, entre o perplexo e o estarrecido, às declarações do sr. António Borges a Judite Sousa, na TVI. Perplexo porque viu um assessor substituir o Governo numa entrevista importante. Estarrecido pela frieza gélida com que o senhorito falou no extermínio do serviço público de informação, em troca de coisa alguma. A certa altura da extraordinária conversa, o sr. Borges, impávido e sereno, disse que a questão dos despedimentos previsíveis diria respeito ao novo "operador" logo que a RTP e a RDP fossem desmanteladas. O Governo lavava dali as mãos. Só um tolo admitiria que o preopinante falava com voz própria. Ele mais não era do que o eco, à sorrelfa, de Miguel Relvas, dissimulado nos bastidores pelas públicas razões conhecidas.

Há algo de desprezível na conduta moral de quem se serve de um outro para dizer o que, no momento, não está interessado em afirmar; e de repugnante, naquele que se substitui com a cara, a voz e a ideia. Ambos se equivalem e ambos são a imagem restituída da baderna a que chegámos.

A esta farsa não estará alheio o primeiro-ministro. Não passa pela cabeça de ninguém que o enredo foi montado sem o seu conhecimento. De qualquer das formas, ele terá de esclarecer o assunto. O sr. Borges, ao falar, como falou, assertivo e veemente, da privatização da RTP e da RDP, do que vai mudar e do que vai ser concessionado; dos funcionários que a entidade "compradora" entenderá, ou não, estarem a mais; da extinção absoluta do serviço público e da sua eventual entrega a interesses estrangeiros - disse-o com conhecimento de causa e no registo comum a um governante.

Este desvio do discurso cultural e político transforma-se num apelo ao desmantelamento dos percursos habituais das nossas heranças. Além da gravidade da proposta, e da natureza agressiva do seu conteúdo, que tende a subalternizar a própria democracia, parece-me insultuoso que seja um estranho ao Governo a dar notícia dos factos. E a pôr em causa, com displicente indiferença, a vida de quase duas mil pessoas.

As atitudes deste Executivo têm dissolvido o pouco que nos restava de orgulho nacional. Nenhuma neutralidade pode arbitrar estas pequenas infâmias. E são-no porque o desdém demonstrado pelos governantes parece querer criar as suas próprias razões.

A mística do neoliberalismo, perante um mundo sem pátria e de pensamento único, tem como objectivo o domínio pela obediência, pela submissão e pelo medo. O papel do sr. António Borges é o de um factotum desprovido de toda a singularidade. Em causa estão a grande crise de valores de que enferma a nossa época e a supremacia da finança sobre a diversidade civilizacional. Alegremente, caminhamos para o desconhecido, sabendo-se, de antemão, pelo que resulta da experiência, a configuração da catástrofe.

Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo acordo ortográfico.

HOLOCAUSTO EM PORTUGAL


Afinal, somos só aldrabões
por FERREIRA FERNANDES
(IN DIÁRIO DE NOTÍCIAS)



Soube-se, ontem, da catástrofe, pior que o Terramoto de Lisboa (10 mil mortos): em dois anos, desapareceram 134 mil filhos em Portugal! Dados como cidadãos em 2009, desapareceram 104 mil, em 2010, e 30 mil, em 2011. Assim, sem dizer água vai, nem foto "Desaparecido" nos vidros dos supermercados... Uma tragédia enorme e misteriosa. Teremos abatido uma geração, como Herodes? 134 mil é muita gente, é Viseu a desaparecer três vezes. A confirmar-se, em matéria de desaparecimentos o triângulo das Bermudas seria uma brincadeira comparado com o buraco negro do Fisco, onde os infelizes foram vistos pela última vez. Fisco? Eu disse Fisco? Sim, os 134 mil estavam nas declarações de impostos dos pais, em 2009, e, depois, desapareceram, quando passou a ser obrigatório o número de identificação fiscal dos filhos nas declarações do IRS. Então, querem ver que...? Sim, há que considerar a hipótese dos 134 mil serem filhos fantasmas, inventados, concebidos só para sacar benefícios, de 190 a 380 euros, e, quando passou a haver controlo, foram abatidos. Metaforicamente abatidos, apagados nas declarações. Não houve holocausto, só aldrabice de papelada. Uff, fico tranquilo! Embora, como hoje em dia são sempre os alemães a julgar, não sei se, sendo só aldrabões, não ficamos ainda mais mal vistos.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

AULA DE DIREITO - NÃO VOLTEM A FICAR CALADOS!


Aula de Direito. Não, de justiça.



UMA BELA AULA DE DIREITO e de CIDADANIA.

Uma manhã, quando nosso novo professor de "Introdução ao Direito"entrou na sala, a primeira coisa que fez foi perguntar o nome a umaluno que estava sentado na primeira fila:
- Como te chamas?
- Chamo-me Juan, senhor.

- Saia de minha aula e não quero que voltes nunca mais! - gritou o desagradável professor.

Juan estava desconcertado. Quando voltou a si, levantou-se rapidamente, recolheu suas coisas e saiu da sala. Todos estávamos assustados e indignados porém ninguem falou nada.

- Agora sim! - e perguntou o professor - para que servem as leis?...

Seguíamos assustados porém pouco a pouco começamos a responder à sua pergunta:
- Para que haja uma ordem em nossa sociedade.
- Não! - respondia o professor.
- Para cumpri-las.
- Não!
- Para que as pessoas erradas paguem por seus atos.
- Não!!
- Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?!
- Para que haja justiça - falou tímidamente uma garota.
- Até que enfim! É isso... para que haja justiça. E agora, para que serve a justiça?

Todos começávamos a ficar incomodados pela atitude tão grosseira.
Porém, seguíamos respondendo:
- Para salvaguardar os direitos humanos...
- Bem, que mais? - perguntava o professor.
- Para diferençar o certo do errado... Para premiar a quem faz o bem...
- Ok, não está mal porém... respondam a esta pergunta: agi
corretamente ao expulsar Juan da sala de aula?...

Todos ficamos calados, ninguem respondia.
- Quero uma resposta decidida e unânime!
- Não!! - respondemos todos a uma só voz.
- Poderia dizer-se que cometi uma injustiça?
- Sim!!!
- E por que ninguem fez nada a respeito? Para que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária para pratica-las?
- Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma injustiça. Todos. Não voltem a ficar calados, nunca mais!
- Vá buscar o Juan - disse, olhando-me fixamente.

Naquele dia recebi a lição mais prática no meu curso de Direito.
Quando não defendemos nossos direitos perdemos a dignidade e a dignidade não se negocia.

LUANDA VISTA POR UM MOTOQUEIRO ATREVIDO


Luanda vista por um motoqueiro atrevido

O percurso começa na Casa do Desportista (Ilha) segue pela (nova) Marginal, vira à direita no Banco Nacional (antigo Banco de Angola), Casa Paris, sobe a antiga Luis de Camões (Hotel Trópico), entra nos Combatentes, vira à esquerda até ao Cemitério Velho a caminho do Miramar.


http://www.youtube.com/watch?v=IR16yxcu_9o&feature=player_detailpage#t=21s

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O MUNDO

O Mundo

O mundo é pequeno prá caramba
Tem alemão, italiano, italiana
O mundo, filé à milanesa
Tem coreano, japonês, japonesa...
O mundo é uma salada russa
Tem nego da Pérsia
Tem nego da Prússia
O mundo é uma esfiha de carne
Tem nego do Zâmbia
Tem nego do Zaire...
O mundo é azul lá de cima
O mundo é vermelho na China
O mundo tá muito gripado
Açúcar é doce
O sal é salgado...
O mundo caquinho de vidro
Tá cego do olho
Tá surdo do ouvido
O mundo tá muito doente
O homem que mata
O homem que mente...
Por que você me trata mal?
Se eu te trato bem!
Por que você me faz o mal?
Se eu só te faço bem!...(2x)
O mundo é pequeno pra caramba
Tem alemão, italiano, italiana
O mundo, filé à milanesa
Tem coreano, japonês, japonesa...
O mundo é uma salada russa
Tem nêgo da Pérsia
Tem nêgo da Prússia
O mundo é uma esfiha de carne
Tem nêgo do Zâmbia
Tem nêgo do Zaire...
O mundo é azul lá de cima
O mundo é vermelho na China
O mundo tá muito gripado
Açucar é doce
O sal é salgado...
O mundo caquinho de vidro
Tá cego do olho
Tá surdo do ouvido
O mundo tá muito doente
O homem que mata
O homem que mente...
Por que você me trata mal?
Se eu te trato bem!
Por que você me faz o mal?
Se eu só te faço bem!...(2x)
Todos somos filhos de Deus
Todos somos filhos de Deus
Só não falamos
As mesmas línguas...(4x)
Everybody filhos de God
Everybody filhos de God
Só não falamos
As mesmas línguas...
Everybody filhos de Gandhi
Everybody filhos de Gandhi
Só não falamos
As mesmas línguas...

PORTUGAL MARAVILHOSO



O ARGENTINO EM TORONTO


SÓ O CONTRIBUINTE REMA