Um ponto é tudo
E os vencedores são: nós, o PS e o PSD!
Ganhou o PSD, ganhando um candidato a líder, Rui Rio, que ao fazer patinar
Menezes, apoiando Rui Moreira, pôs luzes e sirenes em cima da ambulância com um
magote de derrotados passistas. E ganhou o PS, ganhando um candidato a líder,
António Costa, que obteve uma esmagadora vitória em Lisboa, a contraciclo da
medíocre prestação dos socialistas. Eis o que há para concluir, de nacional, nas
eleições de ontem. Claro que muitas outras coisas foram importantes, mas são de
parabéns à prima. Parabéns a Rui Moreira, que soube interpretar as gentes do
Porto. Parabéns ao PCP pela colheita a sul do Tejo (e pelo gostinho especial de
ver o Bloco sem Salvaterra e órfão de câmaras). Parabéns ao CDS, que meteu
lanças nas ilhas. E parabéns aos madeirenses, em geral. Parabéns a todos e à
prima, são vitórias importantes. Mas, sem desprimor, Portugal é mais importante.
E ontem ele esteve de parabéns. Era governado por um partido dirigido por um
inepto, de quem talvez agora os militantes se deem conta do desmazelo. Ontem, o
Porto mostrou-lhes uma alternativa. À desgraça de ser governado mal, Portugal
juntava o azar de um pretendente a governante igualmente incapaz. Com essa
parelha absurda, o País agonizava. Ontem, além da oferta do Porto para redimir a
direita, Portugal recebeu de Lisboa um socialista, político a sério. São, por
enquanto, duas meras luzes ao fundo do túnel. Se se concretizarem, houve ontem a
mais importante das eleições
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