quarta-feira, 10 de abril de 2013

O POVO TEM QUE SE REVOLTAR!

Mais cortes

"País está em respiração assistida", diz António Arnaut

por Ana MaiaOntem
IN DIÁRIO DE NOTÍCIAS

"País está em respiração assistida", diz António Arnaut
Fotografia © Carlos Jorge Monteiro/Global Imagens

 
 
António Arnaut, conhecido por pai do Serviço Nacional de Saúde, diz que não é possível aceitar mais cortes e apela à revolta Cívica. O ex-ministro acusa o Governo de quer destruir o estado social e afirma que o País está em respiração assistida.

"Há muita coisa que se deve fazer para evitar que o País naufrague, porque ninguém aguenta mais. As pessoas não têm dinheiro para pagar medicamentos, algumas as taxas moderadoras, o acesso aos transportes está dificultado. O País está em respiração assistida. Mais uma medida restritiva nos direitos fundamentais pode provocar uma convulsão social. Temos um primeiro-ministro absolutamente impreparado, que não tem sensibilidade social", disse António Arnaut ao DN.
Em causa estão os cortes anunciado por Pedro Passos Coelho nas áreas da saúde, educação e segurança social depois de conhecido o chumbo do Tribunal Constitucional a quatro medidas apresentadas pelo Governo. "O objetivo do Governo, assumido desde a primeira hora, é destruir o estado social. O próprio ministro da Saúde, que é dos poucos ministros competentes e com alguma sensibilidade social, já disse publicamente que não é possível fazer mais cortes na saúde".
António Arnaut avisa que não é possível cortar mais na saúde e que aumentar as taxas moderadoras não é uma solução viável. "Se as taxas atingirem um montante superior haverá mais dificuldade no acesso ao SNS. Deixará de ser universal, o que é inconstitucional. O SNS também é tendencialmente gratuito, não tendencialmente pago. As taxas não são formas de copagamento", defendeu, lembrando que o primeiro obstáculo que o Governo terá de enfrentar é o Tribunal Constitucional, seguido do Presidente da República e em último lugar do povo. "O direito à manifestação também é constitucional. O povo tem de se levantar e dizer que não pode ser. O País não suporta mais cortes", apontou.
 

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