quarta-feira, 10 de abril de 2013

FALTAM-NOS LÍDERES

Maturidade, sim, é do que precisamos


por FERREIRA FERNANDESHoje
IN DIÁRIO DE NOTÍCIAS



Perdíamos por cabazada, mas a troika de árbitros, condoída, passou o jogo para sete anos - quatro anos de prolongamento! Há que aproveitá-los. Há que recordar aquela tarde de 1966: vínhamos de um sufoco, a Coreia do Norte atacou-nos (e não era só de garganta como os de hoje), a dívida já ia em 0-3. Então, o nosso líder Eusébio da Silva Ferreira começou a resgatar, 1-3, 2-3..., e os portugueses do costume puseram-se aos saltos, queriam abraçá-lo. Ele enxotou-os. Conhaque é conhaque, trabalho é trabalho - e só parou aos 5-3. Como eu dizia, nada de euforia pelos quatro anos de prolongamento. Assentar e escolher a tática: "Há tempo de coruja e tempo de falcão", dizia outro dos nossos grandes líderes, D. João II, fazendo jogar o Diogo Cão e o Bartolomeu Dias, como o outro, o Torres e o José Augusto. Já recorri a dois e grandes, O Pantera Negra e O Príncipe Perfeito,

para percebermos bem que a questão de líderes é crucial. Sopram-me dali dizendo que um mister também era importante, era, mas esqueçam, o nosso mister o mais que sabe é engasgar-se. Equacionemos, pois. Desvantagem: nada a esperar do balneário, o mister é nada. Vantagem: saber que os líderes são fundamentais. Outra vantagem: sabermos todos (até os próprios) que os líderes atuais - o que está em campo e o no banquinho - não são coruja, nem falcão, nem pantera, nem príncipe, só banais. Digam-me: não é de aproveitar os quatro anos de prolongamento?!
 

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