terça-feira, 24 de janeiro de 2012

TEERÃO AMEAÇOU FECHAR O ESTREITO DE ORMUZ


Os países da União Europeia aprovaram formalmente esta segunda-feira um embargo petrolífero gradual ao Irão. O acordo prevê a interdição imediata de novos contratos de petróleo entre o Irão e os países europeus.

“Foi concluído um acordo de princípio para um embargo petrolífero ao Irão” durante uma reunião de embaixadores dos países da UE em Bruxelas, indicou uma fonte da AFP que pediu para não ser identificada.

Em resposta, um alto funcionário do Governo iraniano disse que Teerão não vai esperar pelo dia 1 de Julho e irá suspender imediatamente todas as vendas de petróleo aos países europeus. "Os preços vão subir e os europeus vão ter problemas", disse Ali Fallahian à agência noticiosa Fars, citada pela BBC.

“Actualmente, e em virtude do momento que se vive, o Irão pode vende ro seu petróleo a quem quiser. (...) Com estas sanções o preço vai aumehtar e quem ficará em desvantagem é a Europa e os Estados Unidos da América", disse também à Fars, agora citada pela AFP, Ali Adiani, da comissão parlamentar iraniana para a Energia.
Espera-se que o défice de petróleo de origem iraniana seja compensado por outros países da zona do Golfo Pérsico. O Irão vende cerca de 20% do seu petróleo aos países da União Europeia. O grosso das suas vendas realiza-se na Ásia.

Entretanto, o porta-aviões USS Abraham Lincoln patrulhou ontem sem incidentes o Estreito de Ormuz, apesar das ameaças recentes do Irão.

Sabe-se igualmente que uma embarcação britânica (HMS Argyll) e outra francesa se juntaram a este porta-aviões americano e a um outro - o USS Carl Vinson - numa patrulha pelo Golfo a fim de marcarem uma posição: sublinhar o compromisso inabalável internacional pela manutenção dos direitos de passagem naquele estreito, indicou uma fonte do ministério britânico da Defesa citado pela CNN.

Teerão ameaçou recentemente fechar o Estreito de Ormuz - a única entrada e saída para o Golfo Pérsico - numa altura em que o Irão enfrenta um escrutínio cada vez mais apertado por parte das potências ocidentais em torno do seu programa nuclear.

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