A história que se conta em «A especiaria - Em Busca do elixir da eterna juventude» é uma ficção apoiada em personagens, algumas delas verídicas, que construíram a história comum das nações irmãs: Angola, Cabo Verde, Portugal e São Tomé.
A acção decorre entre 1540 e 1975, socorrendo-se o autor de episódios, verdadeiros uns, imaginados outros, a que acrescenta sal e jindungo, crente de que o presente é consequência de todo um passado de amores e ódios e o futuro passa pela defesa desta cultura mestiça, crioula, sem a qual deixaremos de ser quem somos: diferentes.
A acção decorre entre 1540 e 1975, socorrendo-se o autor de episódios, verdadeiros uns, imaginados outros, a que acrescenta sal e jindungo, crente de que o presente é consequência de todo um passado de amores e ódios e o futuro passa pela defesa desta cultura mestiça, crioula, sem a qual deixaremos de ser quem somos: diferentes.
A história é percorrida por um herói, Flávio Mancini, obcecado com a procura do elixir da eterna juventude, droga que o Homem busca, desde sempre, para contrariar a decrepitude do corpo e da mente. Sonhador incurável, o veneziano tem a certeza que o licor único se encontra em Angola, escondido algures nas florestas do reino do Congo.Será que Mancini encontra a divina especiaria? Talvez sim e talvez não. Depende do ponto de vista do leitor.
António Oliveira e Castro nasceu em Angola, no Bongo-Lépi, em 1951, e por uma série de acasos continua vivo. Em 1977, salta directamente dos quadros da Comissão Nacional do Plano, de Angola, para a cozinha do Caravela, em Estocolmo.
Mas falta-lhe luz na cidade dos nórdicos e voa para Lisboa, para se esconder, como uma toupeira, nas catacumbas de uma organização política. Experimenta o cinema, a pintura, a poesia, a universidade, a rádio, a publicidade, a agricultura, sem nada levar a sério. Prova, sacia-se e abandona os despojos. Não se encontra. Para sobreviver é obrigado a trabalhar. Fá-lo sem convicção.Em 2005 arranja coragem e agarra-se com determinação ao projecto de toda uma vida:A Especiaria.
Anteriormente publicou os volumes de poesia «Houve Mesmo Um Dia de Desespero em Que Se Cultivaram Campos de Cicuta» (1985) e «As Planícies Donde Vim» (1987).«A Especiaria», de António Oliveira e Castro, 224 pgs., Colecção Tempos Modernos, «Guerra e Paz-Editores»
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