(artigo de opinião de JOÃO TÁVORA, 30.05.11)
Tenho para mim que o principal objectivo das eleições do próximo Domingo será atingido: evitar que a missão de resgate do país seja atribuída ao protagonista da sua consumada ruína.
O meu optimismo esbarra no entanto com um terrível receio de que Passos Coelho não possua arcaboiço para liderar a dramática e complexa empresa que se iniciará na segunda-feira, e que num fósforo porá à prova a sua firmeza e liderança, capacidade de motivar, gerar consensos e de enfrentar com firmeza as corporações conservadoras, os sindicatos avessos à mudança, e uma comunicação social sedenta de sangue, porque histórica e culturalmente comprometida com a quimera socialista.
É fácil reconhecer-se agora como foram injustificadas as acusações em tempos assacadas a PPC deste ser um produto comunicacional, muita parra e pouca uva ao pior estilo de José Sócrates. Antes pelo contrário: o actual líder do PSD gere uma frágil imagem, um discurso atabalhoado na forma e no conteúdo, sempre atrapalhado com as palavras que não conseguem explicar os estapafúrdios argumentos soprados aos seus ouvidos por uma trágica assessoria.
1 comentário:
Parabéns ...
Enviar um comentário