quarta-feira, 23 de maio de 2012

A SOBREVIVÊNCIA DA EUROPA


A sobrevivência

por VASCO GRAÇA MOURA



Os europeus estão a assistir a um filme de terror. De todos os lados lhes surgem ameaças de desastre. Às tantas, era a Grécia e continua. De repente, passa a ser a Espanha e continua. Se a Grécia estoirar, talvez a Europa se aguente. Se for a Espanha, é melhor nem pensar no que pode acontecer. Duvidosamente Portugal terá uma saída. Outros Estados-membros se hão-de seguir no descalabro, sem que haja tempo para se reflectir e para serem tomadas medidas com um mínimo de coerência e um mínimo de sentido. Realmente, apesar de ser tudo muito doutamente técnico e nominalmente muito eficaz, as medidas que vão surgindo falham sucessivamente e não parecem servir para nada. É verdade que, na construção europeia, houve sempre aspectos críticos e tensões, avanços e recuos, discordâncias, obstruções, subtilezas e manobras. Mas, até há pouco, tudo era relativo e as coisas iam-se resolvendo porque os objectivos eram comuns e legitimavam as soluções.

Hoje em dia, os representantes dos Estados-membros da União Europeia passam o tempo a reclamar isto e aquilo para os seus países, a jogar um ping-pong arriscado com o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional, a dizer convictamente que estão a ser tomadas medidas e a ver passar os comboios que as ultrapassam. A Europa começa a habituar-se a acordar em sobressalto, no pavor de ficar irreconhecível no espaço de poucas horas. Todos dizem temer o esfacelamento da União, mas não se vê que os que podem alguma coisa estejam propriamente dispostos a fazer seja o que for, salvo a tirar tanto o cavalinho próprio da chuva que, com isso, contribuem ainda mais para relançar o desastre.

Tem-se a impressão de que é para o caos que a Europa avança. É imprevisível o que se vai passar. São imprevisíveis as consequências da saída de um Estado-membro da zona euro. Na teoria, no papel e na linguagem diplomática, essa possibilidade ficou consignada. Mas é provável que ninguém a tenha levado a sério e ninguém perdeu tempo a pensar no que podia acontecer na prática, numa época em que as interdependências financeiras são a regra e em que a globalização acarreta consequências imparáveis nos mercados à escala planetária. Não foram criados nem um plano B, nem válvulas de segurança. Tal como, se algum Estado-membro amanhã resolver sair da União, também ninguém é capaz de prever as consequências dessa atitude e de dizer onde e como é que as coisas vão parar. Não há tratados, nem regulações, nem euroburocracias que possam valer nessa emergência. As receitas ideológicas não funcionam, a não ser para estimularem irresponsabilidades corporativas. E as receitas políticas, desamparadas de autoridade nacional e internacional, têm todas vindo a falhar.

Entretanto, a União Europeia fica-se atarantada, entre Bruxelas, Paris e Berlim, e com Londres a fingir que assobia para o lado. Há muita gente a barafustar e pouca gente a fazer coisas úteis, mas todos percebem que se vive uma situação insustentável, que há zonas em que a revolta das populações pode alastrar e acabar por ficar incontrolável. Ninguém está disposto a aceitar o rigor inevitável da austeridade. Toda a gente quer ver mais dinheiro a ser despejado sobre os problemas, o que não resolve absolutamente nada e só aumenta o sorvedouro.

A Europa, sobretudo a do Sul, arrisca-se a ficar à mercê de sucessivas hordas de gente desempregada, desesperada e com fome, de gente que perdeu toda a esperança e se convence de não ter nada a perder com a violência, destravando-se em massas inorgânicas, vociferando invocações de democracia directa, legitimando desmandos de toda a ordem, lançando-se ao saque e à destruição de bens públicos e privados, não recuando ante violações de toda a espécie de direitos, acolhendo caudilhismos e aventureirismos inconsequentes e perigosíssimos. Há sempre uns coronéis disponíveis para essas aventuras e uns idiotas úteis para lhes fazerem alguns fretes.

Por isso mesmo, talvez hoje a grande pergunta a fazer aos Estados-Membros em situação mais difícil seja a que indague da capacidade das respectivas forças armadas e de polícia para segurarem o status quo democrático, em face da conflitualidade implosiva que se começa a desenhar. A sobrevivência da Europa também depende dessa segurança interna.

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Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico

PASSOS COELHO E MIGUEL RELVAS PALADINOS INFATIGÁVEIS DE MANDAR PORTUGUESES PARA FORA DO PAÍS


Portugal faz falta a quem?

por BAPTISTA-BASTOS
DIÁRIO DE NOTÍCIAS de 23-05-2012



"Portugal faz-me falta." É uma frase comovente e bela pela sua clara genuinidade. Proferiu-a um professor de Música, de nome Fernando (desculpem, não fixei o apelido), há vinte e sete anos imigrado na Suíça. Ouvi-a anteontem, no programa Opinião Pública, primeira edição, SIC-Notícias. "Se as condições em Portugal fossem outras, ia para lá hoje mesmo." Não são: são piores. E Fernando vai ficar, iluminando a tristeza dos nossos males, que alguns banalizam, inculcando-nos a tese de que são históricos e inevitáveis.

Não creio que Passos Coelho ou Miguel Relvas (agora enredado em novas encrencas), paladinos infatigáveis de mandar portugueses para fora do País, tivessem conhecimento deste desabafo d'alma. São criaturas de recursos curtos e insistentes, resultantes dessa simbiose milagrosa e casual que tem transformado a mediocridade num desaforo e a ignorância numa carta-de-guia.

Este Fernando precisa de Portugal porque sim. A sensação confusa e dorida que nos prende "a esta nesga de terra / debruada de mar" [Torga] - e que designamos de saudade, à falta de melhor explicação, faz parte da nossa retórica sentimental. Essa emoção já me tocou no batente quando vivi na Grécia e no Brasil. Estamos lá sem nunca deixarmos de estar aqui: é mais uma forma abstracta de ser, e uma fragilidade propícia a servidões momentâneas. Uma coisa fora do tempo, um pouco reaccionária e acaso tonta, cujo aproveitamento, ao longo da história das nossas tiranias, tem feito mossa à colectiva maioridade de que necessitamos.

"Portugal faz-me falta." A grandeza emocionada desta confissão confronta-se com a pequenez insultuosa daqueles dois nomeados. "Agora, Estar", escreveu o poeta Pedro Tamen, um dos mais belos livros sobre o Portugal liberto, repleto de uma autenticidade que não tardou em empalidecer. Os senhores da força sem razão remeteram para a ruína anónima aqueles aos quais Portugal fazia falta e que ambicionavam estar, apenas para ser. Passos Coelho e Miguel Relvas são parte dessa herança espúria. Levam a sua capacidade paradoxal ao ponto de nos indicarem a fronteira, por incapacidade de nos reter aqui. 815 portugueses por dia perderam o emprego no primeiro trimestre deste ano. A pátria despovoa-se dos seus jovens e o número de suicídios cresce. Os velhos são um embaraço improdutivo para este Governo que, além de desempregar pessoas, desempregou a generosidade e a compaixão.

Podemos viver nesta aridez de espírito, neste caucionar da agressão sem limites, neste vazio e neste coração oco, ostensivo, incoerente e fatal? A pergunta ainda não saiu dos círculos concêntricos das nossas inquietações quotidianas. Vamo-nos animando com os escândalos diários, e remetemos, para os fojos, a preparação de novos conceitos e de novas resistências.

Agora, ir?

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Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o Novo Acordo Ortográfico

BONGA NAS MEMÓRIAS AFRICANA



Caro amigo, já está online a mais recente emissão das Memórias Africanas.

BONGA NAS MEMÓRIAS AFRICANAS, com Paulo Salvador.

Bonga é um homem de voz rouca e rasgada. Uma imagem sonora da força africana. Ele foi sete vezes campeão português de atletismo ao serviço do Sport Lisboa e Benfica. Mas curiosamente a sua maior gloria seria no campo musical. Foi o primeiro músico africano a actuar no Olympia de Paris. A política obrigou-o a fugir de Angola para Portugal e depois para a Holanda. Editou alguns dos mais importantes discos de música africana. Foi ele quem primeiro tornou famosa a música Caminho Longe, depois eternizada por Cesária Évora. Ele gravou até um disco no Vaticano. Uma conversa com Bonga é uma viagem no tempo
Oiçam em www.recordarangola.com

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Paulo Salvador
Jornalista TVI
site : www.recordarangola.com

BERNARDO SASSETTI - ALICE

Morreu o pianista e compositor português Bernardo Sasseti, aos 41 anos. O músico estava a fotografar numa falésia, no Guincho, e caiu. A morte foi confirmada às 13h desta sexta-feira pela família.

Em 1987 iniciou a sua carreira profissional, tendo lançado inúmeros discos, a solo ou através de colaborações, e tocado um pouco por todo o mundo.

Casado com a actriz Beatriz Batarda, de quem tem duas filhas, era um dos músicos portugueses mais conhecidos do universo do jazz.

EÇA DE QUEIROZ - OS POLÍTICOS E AS FRALDAS




O Pessimismo é Excelente para os Inertes
O Pessimismo é uma teoria bem consoladora para os que sofrem, porque desindividualiza o sofrimento, alarga-o até o tornar uma lei universal, a lei própria da Vida; portanto lhe tira o carácter pungente de uma injustiça especial, cometida contra o sofredor por um Destino inimigo e faccioso! Realmente o nosso mal sobretudo nos amarga quando contemplamos ou imaginamos o bem do nosso vizinho - porque nos sentimos escolhidos e destacados para a Infelicidade, podendo, como ele, ter nascido para a Fortuna.
Quem se queixaria de ser coxo - se toda a humanidade coxeasse? E quais não seriam os urros, e a furiosa revolta do homem envolto na neve e friagem e borrasca de um Inverno especial, organizado nos céus para o envolver a ele unicamente - enquanto em redor toda a humanidade se movesse na benignidade de uma Primavera? (...) O Pessimismo é excelente para os Inertes, porque lhes atenua o desgracioso delito da Inércia.

Eça de Queirós, in 'A Cidade e as Serras'
Tema(s): Pessimismo Ler outros pensamentos de Eça de Queirós

EÇA DE QUEIROZ - A INEVITABILIDADE DAS REVOLUÇÕES


A Inevitabilidade das Revoluções
As revoluções não são factos que se aplaudam ou que se condenem. Havia nisso o mesmo absurdo que em aplaudir ou condenar as evoluções do Sol. São factos fatais. Têm de vir. De cada vez que vêm é sinal de que o homem vai alcançar mais uma liberdade, mais um direito, mais uma felicidade.
Decerto que os horrores da revolução são medonhos, decerto que tudo o que é vital nas sociedades, a família, o trabalho, a educação, sofrem dolorosamente com a passagem dessa trovoada humana. Mas as misérias que se sofrem com as opressões, com os maus regímens, com as tiranias, são maiores ainda. As mulheres assassinadas no estado de prenhez e esmagadas com pedras, quando foi da revolução de 93, é uma coisa horrível; mas as mulheres, as crianças, os velhos morrendo de frio e de fome, aos milhares nas ruas, nos Invernos de 80 a 86, por culpa do Estado, e dos tributos e das finanças perdidas, e da fome e da morte da agricultura, é pior ainda. As desgraças das revoluções são dolorosas fatalidades, as desgraças dos maus governos são dolorosas infâmias.

Eça de Queirós, in 'Distrito de Évora'

INGRATIDÃO E FALTA DE MEMÓRIA DA ALEMANHA



José Manuel Alho
http://alho_politicamente_incorrecto.blogs.sapo.pt/


Ingratidão e falta de memória da Alemanha!!!!

Pensemos nisto!...

A memória dos Povos não deve ser curta…

A ingratidão dos países, tal como a das pessoas, é acompanhada quase sempre pela falta de memória. Em 1953, a Alemanha de Konrad Adenauer entrou em default, falência, ficou Kaput, ou seja, ficou sem dinheiro para fazer mover a actividade económica do país. Tal qual como a Grécia actualmente.

A Alemanha negociou 16 mil milhões de marcos em dívidas de 1920 que entraram em incumprimento na década de 30 após o colapso da bolsa em Wall Street. O dinheiro tinha-lhe sido emprestado pelos EUA, pela França e pelo Reino Unido.

Outros 16 mil milhões de marcos diziam respeito a empréstimos dos EUA no pós-guerra, no âmbito do Acordo de Londres sobre as Dívidas Alemãs (LDA), de 1953. O total a pagar foi reduzido 50%, para cerca de 15 mil milhões de marcos, por um período de 30 anos, o que não teve quase impacto na crescente economia alemã.

O resgate alemão foi feito por um conjunto de países que incluíam a Grécia, a Bélgica, o Canadá, Ceilão, a Dinamarca, França, o Irão, a Irlanda, a Itália, o Liechtenstein, o Luxemburgo, a Noruega, o Paquistão, a Espanha, a Suécia, a Suíça, a África do Sul, o Reino Unido, a Irlanda do Norte, os EUA e a Jugoslávia. As dívidas alemãs eram do período anterior e posterior à Segunda Guerra Mundial. Algumas decorriam do esforço de reparações de guerra e outras de empréstimos gigantescos norte-americanos ao governo e às empresas.

Durante 20 anos, como recorda esse acordo, Berlim não honrou qualquer pagamento da dívida.

Por incrível que pareça, apenas oito anos depois de a Grécia ter sido invadida e brutalmente ocupada pelas tropas nazis, Atenas aceitou participar no esforço internacional para tirar a Alemanha da terrível bancarrota em que se encontrava.

Ora os custos monetários da ocupação alemã da Grécia foram estimados em 162 mil milhões de euros sem juros.

Após a guerra, a Alemanha ficou de compensar a Grécia por perdas de navios bombardeados ou capturados, durante o período de neutralidade, pelos danos causados à economia grega, e pagar compensações às vítimas do exército alemão de ocupação. As vítimas gregas foram mais de um milhão de pessoas (38960 executadas, 12 mil abatidas, 70 mil mortas no campo de batalha, 105 mil em campos de concentração na Alemanha, e 600 mil que pereceram de fome). Além disso, as hordas nazis roubaram tesouros arqueológicos gregos de valor incalculável.

Qual foi a reacção da direita parlamentar alemã aos actuais problemas financeiros da Grécia? Segundo esta, a Grécia devia considerar vender terras, edifícios históricos e objectos de arte para reduzir a sua dívida.

Além de tomar as medidas de austeridade impostas, como cortes no sector público e congelamento de pensões, os gregos deviam vender algumas ilhas, defenderam dois destacados elementos da CDU, Josef Schlarmann e Frank Schaeffler, do partido da chanceler Merkel. Os dois responsáveis chegaram a alvitrar que o Partenon, e algumas ilhas gregas no Egeu, fossem vendidas para evitar a bancarrota.

"Os que estão insolventes devem vender o que possuem para pagar aos seus credores", disseram ao jornal "Bild".

Depois disso, surgiu no seio do executivo a ideia peregrina de pôr um comissário europeu a fiscalizar permanentemente as contas gregas em Atenas.

O historiador Albrecht Ritschl, da London School of Economics, recordou recentemente à "Spiegel" que a Alemanha foi o pior país devedor do século xx. O economista destaca que a insolvência germânica dos anos 30 faz a dívida grega de hoje parecer insignificante.

"No século xx, a Alemanha foi responsável pela maior bancarrota de que há memória", afirmou. "Foi apenas graças aos Estados Unidos, que injectaram quantias enormes de dinheiro após a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, que a Alemanha se tornou financeiramente estável e hoje detém o estatuto de locomotiva da Europa. Esse facto, lamentavelmente, parece esquecido", sublinha Ritsch. O historiador sublinha que a Alemanha desencadeou duas guerras mundiais, a segunda de aniquilação e extermínio, e
depois os seus inimigos perdoaram-lhe totalmente o pagamento das reparações ou adiaram-nas. A Grécia não esquece que a Alemanha deve a sua prosperidade
económica a outros países. Por isso, alguns parlamentares gregos sugerem que seja feita a contabilidade das dívidas alemãs à Grécia para que destas se desconte o que a Grécia deve actualmente.

terça-feira, 22 de maio de 2012

A CULPA DA GRÉCIA E A CULPA DA ALEMANHA


A culpa da Grécia e a culpa da Alemanha

por PEDRO TADEU-DIÁRIO DE NOTÍCIAS 22-05-2012

Quando, em maio de 1945, a Alemanha perdeu a II Guerra Mundial, tinham morrido, ninguém sabe ao certo, uns 40 milhões de pessoas. O país estava literalmente destruído e contava, por sua vez, cerca de sete milhões de mortos. As potências vencedoras decidiram viabilizar economicamente a nova Alemanha, apesar de a terem separado da Áustria e de a terem dividido: a RFA sob a tutela da Grã-Bretanha, França e Estados Unidos; a RDA sob a tutela da União Soviética. Mas esta solução foi bem melhor do que a que Churchil, o primeiro--ministro inglês da guerra, chegou a planear: transformar o país num enorme campo agrícola, sem indústrias, sem serviços, sem nada.

De 1947 até 1952 a Alemanha Ocidental recebeu, do Plano Marshal, 3,3 mil milhões de dólares. Esta dívida foi paga ao longo de 25 anos, até 1978: mil milhões pelo Governo, os restantes 2,3 mil milhões por um Fundo que emprestou esse dinheiro a juros baixos e a prazos longos, principalmente a pequenas e médias empresas.

A partir de março de 1960 - 15 anos depois do fim da guerra - a Alemanha Ocidental - graças a um dos maiores crescimentos económicos de sempre, de que o povo da RFA tem todo o mérito mas que só foi possível realizar por não ter faltado dinheiro para investir - começou finalmente a pagar indemnizações devidas a 11 Estados : a Grécia recebeu 115 milhões de marcos alemães, a França 400 milhões, a Polónia cem milhões, a Rússia sete milhões e meio, a então Jugoslávia oito milhões. Foram pagos três mil milhões de marcos a Israel e 450 milhões a organizações judaicas.

Depois da reunificação da Alemanha, com a queda do bloco soviético, a reconstrução da RDA custou, de 1991 a 2009, 1,3 biliões de dólares, sendo que 120 mil milhões vieram de ajudas externas.

Hoje a Alemanha é um dos países que mais contribuíram para ajudar o exterior. É uma das quatro ou cinco economias mais fortes do mundo. É um grande Estado.

Olho o que se passa na Grécia, onde a população, martirizada por cinco anos de austeridade, exige o fim do acordo com a troika e pede, simplesmente, mais tempo e melhores condições para pagar o que deve e para recompor a economia do país. A Alemanha olha-a com desdém, recusa o apelo, ameaça tirá-la do euro, culpa-a por irresponsabilidade e exige castigo por não cumprir os acordos da troika.

Olho esta suposta culpa dos gregos e comparo-a com a culpa dos alemães, há 67 anos. Se os vencedores da guerra de então tivessem sido tão insensatos como os dirigentes da atual guerra financeira, que restaria, agora, da grande Alemanha?

A INQUISIÇÃO

BANIDOS DA BÍBLIA

O SAUDOSO BERNARDO SASSETTI

ESTÁGIO PROFISSIONAL REMUNERADO NA PT


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Atentamente,

Maria João Figueiredo
Direção de Recursos Humanos

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segunda-feira, 21 de maio de 2012

PEDRO PASSOS COELHO: O QUERIDO LÍDER

SINGAPURA, O PAÍS MODELO DE PEDRO PASSOS COELHO.
UM PAÍS ONDE É PROIBIDO BEBER ÁGUA NA RUA, ONDE A IMPRENSA NÃO É LIVRE, ONDE NÃO SE PODE FUMAR, ONDE AS ELEIÇÕES NÃO SÃO LIVRES, ONDE HÁ PENA DE MORTE.

Singapura deve libertar autor britânico de um livro sobre a pena de morte

A Amnesty International pede às autoridades de Singapura que libertem imediatamente o autor britânico Alan Shadrake, que foi detido por difamação em 18 de julho, após publicar um livro no qual critica o uso da pena de morte por Singapura.

“Singapura usa as leis criminais sobre difamação para silenciar os que criticam as políticas do governo”, declarou Donna Guest, diretora-adjunta do Programa para a Ásia e Oceania da Amnesty International. “O governo de Singapura deve libertar Shadrake imediatamente”.

Shadrake apresentou seu livro Once a Jolly Hangman: Singapore Justice in the Dock em Singapura em 17 de julho. A obra é uma entrevista com um ex-carrasco da prisão de Changi de Singapura. Em 18 de julho, Shadrake foi detido, e permanece na delegacia de polícia de Cantonment.

As Forças Policiais de Singapura confirmaram a detenção de Shadrake em declarações, nas que afirmaram que: “Está sob investigação por supostos crimes de difamação e outros”.

A polícia informou que a detenção foi feita em virtude de uma queixa feita em 16 de julho pela Autoridade para o Desenvolvimento dos Meios de Comunicação (MDA, por sua sigla em inglês), órgão oficial responsável pela censura de publicações e emissões. Segundo seu site, a MDA está “convertendo Singapura em uma vibrante cidade de meios de comunicação globais”.

“Se Singapura aspira ser uma cidade de meios de comunicação globais, tem que respeitar as normas globais de direitos humanos relativas à liberdade de expressão”, declarou Donna Guest. “Singapura deveria eliminar tanto suas leis criminais sobre difamação como a pena de morte”.

A difamação criminal em Singapura acarreta uma pena de até dois anos de prisão e multas sem limite máximo, o que tem efeitos paralisantes na liberdade de expressão. Segundo a Amnesty International, as críticas pacíficas às políticas do governo nunca devem ser objeto de procedimentos penais.

Em 2010, o relator especial das Nações Unidas para a liberdade de expressão, Frank La Rue, pediu a todos os Estados a abolição de todas as leis sobre difamação criminal, afirmando que não podiam ser justificadas, já que as leis sobre difamação no âmbito civil já protegem adequadamente a reputação dos cidadãos.

As leis cingapurianas sobre a pena de morte também descumprem as normas internacionais de direitos humanos. Sua lei sobre narcóticos viola as normas de imparcialidade processual com a presunção de culpa dos detidos por narcotráfico que, por sua vez, acarreta pena de morte preceptiva. Isto impede que os juízes considerem as circunstâncias de cada caso ou que imponham condenações mais leves.

O relator especial sobre execuções extrajudiciais, sumárias ou arbitrárias declarou que a pena de morte não deve ser legalmente preceptiva sob nenhuma circunstância, independentemente das acusações feitas.


FIM/

Amnesty International

Comunicado à Imprensa - Índice AI: PRE 01/007/2010 (Público)

19 de julho de 2010

Tradução livre

DESGRAÇADO PAÍS QUE TEM UM PRIMEIRO-MINISTRO COM ESTA SABEDORIA

DESEMPREGADOS APELAM A MANIFESTAÇÃO PELO DIREIRO AO TRABALHO



21 May 2012

DESEMPREGADOS APELAM A MANIFESTAÇÃO PELO DIREITO AO TRABALHO – Do coiso do pastel de nata ao coiso do cupcake, andam descaradamente a gozar na cara dos desempregados.

21 de Maio de 2012 por Renato Teixeira


O Ministério da Verdade já respondeu aos imbecis que acham que a falta de emprego se combate com empreendedorismo e não levará muito tempo até que voltemos às ruas do protesto.

Um grupo de desempregados está a preparar uma manifestação para o próximo dia 30 de Junho, que pode bem voltar às portas de São Bento, exigindo o direito ao trabalho e pleno emprego. Como se pode ver pelo excelente trabalho estatístico do MSE, as contas são fáceis de fazer ao minuto. O preço do desemprego, para lá do seu custo humano, está à vista.

Esta iniciativa, proposta inicialmente por um grupo de desempregados do Porto, será igualmente discutida depois da Flashmob do Movimento Sem Emprego, dia 28, no Centro de Emprego do Conde Redondo, e na Assembleia Popular da Plataforma 15 de Outubro, a 3 de Junho, no Rossio.

Proposta de manifesto da manifestação:

«O desemprego é um flagelo, queremos trabalho!»

“Cavaco Silva disse, há pouco tempo, que 10.000 euros por mês não lhe chegavam para as despesas. Miguel Relvas e Passos Coelho já afirmaram em público que os jovens só terão melhoria na sua vida se emigrarem, e insultaram os que ainda não o fizeram dizendo que «não querem sair da sua zona de conforto». Agora, Passos Coelho diz que «o desemprego é uma oportunidade para mudar de vida» e que não se deve «estigmatizar» um despedimento.

É notório o desrespeito dos membros do Governo, dos deputados da maioria, e do Presidente da República, em relação aos trabalhadores desempregados. Desrespeito que já vem de longe entre os partidos que nos governam: não esquecemos que José Sócrates assinou um memorando com a troika onde está escrito, preto no branco, que é preciso reduzir de 24 para 18 meses o tempo do subsídio de desemprego porque «a actual duração do subsídio não estimula a procura de trabalho»!

Os desempregados não são calaceiros. São as vítimas da política de PS, PSD e CDS, de há muitos anos, de destruição da economia nacional, destruição da protecção laboral, venda ao desbarato de empresas públicas, permissividade total aos negócios mais mirabolantes no sector privado – com o seu cortejo de falências, deslocalizações, despedimentos colectivos, «lay-offs» -, ausência absoluta de um modelo económico que não assente em trabalho barato e sem qualificações. Se há desemprego não é por culpa da falta de empreendedorismo, de proactividade, de dinâmica e espírito de iniciativa dos desempregados: é porque há a decisão política de não investir na economia. A decisão política de não qualificar os trabalhadores. A decisão política de não negociar em favor de Portugal junto da UE. A decisão política de prejudicar os trabalhadores e beneficiar o capital.

Porque rejeitam todas estas decisões políticas, e sobretudo porque sentem vivo repúdio por quem lhes destruiu o emprego e ainda os culpa por isso, os desempregados vão sair à rua em todo o país, convidando a juntar-se-lhes todos os partidos políticos, todos os sindicatos, todas as associações, todos os movimentos sociais, todos os colectivos, e todos aqueles que rejeitem esta política de insulto a quem não trabalha por decisão política dos partidos ao serviço do capital. O desemprego não é uma oportunidade: o desemprego é uma catástrofe nacional, cujos culpados não são os desempregados, nem os imigrantes, nem as conjunturas, nem as inevitabilidades: os culpados são os partidos cujas políticas criaram, maciçamente, o desemprego, e que têm ainda a suprema desfaçatez de atirarem a culpa para o agredido por eles!”

(in5DIASNET)

GRÉCIA. SYRIZA DIZ QUE ANGELA MERKEL NÃO DECIDE SOBRE A VONTADE DO POVO GREGO.




Grécia. Líder do Syriza diz que não cabe a Merkel decidir referendo sobre o euro


Por Agência Lusa, publicado em 21 Maio 2012 - 17:48
i informação

O líder da coligação da esquerda grego Syriza, Alexis Tsipras, afirmou hoje que não será a chanceler alemã Angela Merkel a decidir sobre a convocação de um referendo no país sobre o euro.

“A Grécia é um país soberano (…). Não cabe à senhora Merkel decidir se vamos ou não vamos avançar para um referendo”, declarou Tsipras em Paris durante uma conferência de imprensa conjunta com Jean-Luc Mélenchon, líder do movimento da esquerda francesa Frente de Esquerda.

“Não existe nada para negociar no memorando [o plano de austeridade dos credores internacionais para a Grécia] porque não negociamos com o inferno. Porque o que se trata de discutir não é o memorando mas a dívida pública”, insistiu Tsipras.

Georg Streiter, porta-voz da chanceler alemã, voltou hoje a desmentir perentoriamente que Merkel tenha sugerido a organização de um referendo sobre o euro, em simultâneo com as legislativas antecipadas de 17 de junho, e sublinhou que a chanceler não está disposta a “fornecer ingredientes à cozinha política” grega.

“Merkel deve compreender que é uma parceira como os outros (…) numa zona euro sem senhorios ou proprietários”, declarou ainda Tsipras.

O líder da Syriza, formação que garantiu o segundo lugar nas legislativas de 6 de maio, não foi recebido por qualquer responsável do novo executivo francês mas sublinhou que o Presidente socialista François Hollande deverá “compreender a necessidade de responder a questões cruciais. Se o povo francês lhe deu o voto, é para promover uma política diferente de Nicolas Sarkozy”.

E frisou: “François Hollande não poderá renunciar facilmente às suas promessas sob o risco de se tornar num Hollandreou”, ironizou o líder político grego, numa associação dos nomes do Presidente francês e de Georges Papandreou, o ex-primeiro-ministro socialista grego.

A VIDA DO ANTIGO PRIMEIRO-MINISTRO EM PARIS...


A viver há vários meses em Paris, José Sócrates mantém uma vida desafogada, a gastar cerca de 15 mil euros por mês segundo contas do “Correio da Manhã”, sem ter poupanças ou emprego conhecidos — a não ser a “fortuna pessoal que vem da mãe”. A subvenção vitalícia que poderia receber no desempenho de cargos públicos desde 1987 só a vai poder solicitar a partir de Setembro, quando completar 55 anos.

Segundo noticiou esta sexta-feira o “Correio da Manhã”, o ex-primeiro-ministro leva uma vida de luxo na capital francesa. Arrenda uma casa que ronda os sete mil euros mensais – num dos bairros mais caros de Paris –, visita alguns dos restaurantes mais selectos, onde as refeições podem ultrapassar os cem euros por dia, frequenta um mestrado que custa treze mil euros por ano (e usa um Mini Cooper para se deslocar até às aulas) e vive ainda com o filho mais velho, que frequenta uma escola privada que atinge os 2186 euros.

José Sócrates não tem depósitos a prazo, à ordem ou qualquer plano poupança reforma declarado. A nova lei do controlo da riqueza dos titulares de cargos políticos obriga a declarar as contas à ordem com saldo superior a 50 salários mínimos, correspondente ao valor actual de 24 250 euros, e Sócrates nada declarou. Já segundo as declarações disponíveis no Tribunal Constitucional que o “CM” cita, entre 1995 e 2010, Sócrates obteve rendimentos acumulados de 1,19 milhões de euros, a que se somam quase 50 mil euros por seis meses de salário, despesas de representação e subsídios de férias em 2011.

Além destes rendimentos, Sócrates vai poder usufruir de uma subvenção no valor de 1449,58 euros mensais por ter estado 11 anos como deputado na Assembleia da República. O acesso à subvenção vitalícia (limitado aos deputados mais antigos) só pode ser pedido aos 55 anos (que Sócrates completa em Setembro).

Até lá, o deputado do PS e amigo pessoal do ex-primeiro-ministro, Renato Sampaio, arrisca uma justificação para a vida que Sócrates consegue manter em Paris: “Toda a gente sabe que ele tem uma fortuna pessoal que vem da mãe.” O deputado defende que as despesas feitas por Sócrates em Paris são do “foro pessoal” e que tem a “certeza” de que o dinheiro para as pagar não foi obtido de “forma ilícita”. Para Renato Sampaio, sempre recusando comentar o assunto, Sócrates está a ser alvo de uma “perseguição mediática”, até porque o ex-primeiro-ministro “vive dos seus rendimentos e de uma forma contida”.

A subvenção vitalícia Em 2005, José Sócrates, acabado de chegar ao poder, aprovou uma lei que pôs fim às subvenções dos titulares de cargos políticos, com excepção do Presidente da República e dos presidentes dos governos regionais. Mas quem já tivesse 12 anos de funções, consecutivos ou interpolados, à data da entrada em vigor da lei (Outubro de 2005) poderia receber a subvenção, correspondente a 48% do ordenado-base, assim que completasse os 55 anos. Por essa altura, Sócrates tinha apenas 11 anos como parlamentar, por isso, a sua percentagem limita-se aos 44%. Como o vencimento-base de um deputado é de 3294,52 euros, caso Sócrates faça o requerimento em Setembro, poderá receber do Estado 1449,58 euros.

A mesma lei de 2005 acabou com a subvenção vitalícia a que os primeiros-ministros também tinham direito. Sócrates foi eleito em Fevereiro de 2005 e a lei foi publicada em Outubro, pelo que teria direito a uma prestação correspondente a quase nove meses. No entanto, Pedro Silva Pereira, à data ministro da Presidência, referiu que, por opção própria, “o actual primeiro-ministro já não receberá essa pensão vitalícia”.
...O MUNDO É DOS ESPERTOS. DESTE TIPO DE ESPERTOS!

MIGUEL RELVAS, UM MINISTRO TENEBROSO


TAMBÉM CAVACO SILVA, NO CASO DO BPN, PUNHA AS MÃOS NO FOGO POR DIAS LOUREIRO, OLIVEIRA E COSTA, DUARTE LIMA, E É O QUE SE SABE... FORA O QUE ANDA ESCONDIDO.
O ministro Miguel Relvas enviou para a Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) a sua visão dos factos sobre a alegada pressão sobre o «Público» e a uma das suas jornalistas. Considera que o jornal faz «jornalismo interpretativo», mas nada diz sobre as ameaças à repórter.

A direção do «Público» emitiu uma nota sobre esta matéria em que diz que «em nenhum momento da exposição [do ministro], existe uma explicação para as ameaças que foram feitas». «Ao pretender contornar esta realidade com a construção de uma imagem distorcida sobre o jornalismo do Público, Miguel Relvas elabora uma manobra de diversão. Recordemos: não é qualidade da investigação sobre o caso das secretas que está em causa, mas a tentativa de intimidação à jornalista que a conduziu. Não dando explicações à ERC sobre o seus actos e as suas intenções, Miguel Relvas errou o alvo», lê-se na nota da Direção.

Já Miguel Relvas explica à Entidade Reguladora que há erros na elaboração das notícias: «A técnica é conhecida: construir um quadro narrativo inicial e tudo fazer depois para que a realidade se a esse quadro». Também critica títulos e abordagens noutras notícias.

O ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares tem optado pelo silêncio, mas as reações políticas continuam. Neste domingo, Passos Coelho negou que Relvas tenha atacado a imprensa, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que o ministro deve ser demitido caso se confirmem as acusações e o líder parlamentar do PSD aconselhou a que se aguarde pela posição da ERC sobre este assunto.
Marcelo Rebelou de Sousa considera que se ficarem provadas as ameaças do ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, à jornalista do Público, Maria José Oliveira, este deve demitir-se. No seu comentário habitual, na TVI, o professor afirmou que nesta matéria “ou não se prova nada, ou prova-se que o ministro não ameaçou com “black out” e menos ainda falou de dados da jornalista, ou num caso extremo em que se prova que falou de dados privados, se for esse o caso não deveria continuar”, referiu. Marcelo diz ainda que colocando-se a hipótese de uma “situação intermédia”, em que tenha havido uma pressão institucional mas sem ameaças à jornalista e ao órgão de comunicação social, Miguel Relvas ficaria numa “situação fragilizada”, que traria necessariamente desgaste político. Porém, defendeu que, nessa circunstância, não seria caso para sair do governo. O professor elogiou as declarações de Passos Coelho, que saiu hoje em defesa do ministro dos Assuntos Parlamentares e rejeitou que este tivesse feito qualquer ameaça, e considerou que o PCP e BE aproveitaram a questão para “fazer um ataque” a Miguel Relvas.
Rebelo de Sousa considera que se ficarem provadas as ameaças do ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, à jornalista do Público, Maria José Oliveira, este deve demitir-se.

No seu comentário habitual, na TVI, o professor afirmou que nesta matéria “ou não se prova nada, ou prova-se que o ministro não ameaçou com “black out” e menos ainda falou de dados da jornalista, ou num caso extremo em que se prova que falou de dados privados, se for esse o caso não deveria continuar”, referiu.

Marcelo diz ainda que colocando-se a hipótese de uma “situação intermédia”, em que tenha havido uma pressão institucional mas sem ameaças à jornalista e ao órgão de comunicação social, Miguel Relvas ficaria numa “situação fragilizada”, que traria necessariamente desgaste político. Porém, defendeu que, nessa circunstância, não seria caso para sair do governo.

O professor elogiou as declarações de Passos Coelho, que saiu hoje em defesa do ministro dos Assuntos Parlamentares e rejeitou que este tivesse feito qualquer ameaça, e considerou que o PCP e BE aproveitaram a questão para “fazer um ataque” a Miguel Relvas.



Marcelo Rebelou de Sousa considera que se ficarem provadas as ameaças do ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, à jornalista do Público, Maria José Oliveira, este deve demitir-se.

No seu comentário habitual, na TVI, o professor afirmou que nesta matéria “ou não se prova nada, ou prova-se que o ministro não ameaçou com “black out” e menos ainda falou de dados da jornalista, ou num caso extremo em que se prova que falou de dados privados, se for esse o caso não deveria continuar”, referiu.

Marcelo diz ainda que colocando-se a hipótese de uma “situação intermédia”, em que tenha havido uma pressão institucional mas sem ameaças à jornalista e ao órgão de comunicação social, Miguel Relvas ficaria numa “situação fragilizada”, que traria necessariamente desgaste político. Porém, defendeu que, nessa circunstância, não seria caso para sair do governo.

O professor elogiou as declarações de Passos Coelho, que saiu hoje em defesa do ministro dos Assuntos Parlamentares e rejeitou que este tivesse feito qualquer ameaça, e considerou que o PCP e BE aproveitaram a questão para “fazer um ataque” a Miguel Relvas.

Ana Tomás, publicado em 20 Maio 2012 - jornal i

AMIGOS PARA SEMPRE


PENSAMENTO EM TEMPO DE CRISE


PENSAMENTO EM TEMPO DE CRISE


GEORGE SOROS: O FUTURO DA EUROPA É UMA QUESTÃO POLÍTICA QUE ESTÁ ALÉM DA COMPETÊNCIA DO BUNDESBANK


O futuro da Europa é uma questão política, pelo que está além da competência de decisão do Bundesbank.
Inversão da renacionalização da Europa- Opinião - Jornal de negócios onlinehttp://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=554815

POR ENTRE AS BRUMAS

DUARTE LIMA E O BPN. E OS OUTROS ?


DESMANTELADA A MAIOR REDE DE BRANQUEAMENTO DE CAPITAIS EM PORTUGAL

Por Redação


A maior rede de fuga ao fisco e branqueamento de capitais a operar em Portugal foi desmantelada e quatro pessoas acabaram detidas, de acordo com o jornal Sol.

O semanário revela que estas detenções ocorreram na sequência de declarações do ex-líder parlamentar do PSD Duarte Lima, que resultaram na mudança da medida de coação que lhe tinha sido aplicada (passou de prisão preventiva a prisão domiciliária com pulseira eletrónica).

Dos quatro detidos, três alegadamente geriam e faziam aplicações de fortunas de clientes portugueses a partir da Suíça. Mas o cenário, na realidade, era outro - esses indivíduos agenciavam clientes para bancos suíços e criavam empresas off-shore onde era colocado o capital.

De acordo ainda com o semanário, esta rede de fuga ao fisco era liderada por um ex-diretor executivo e dois antigos funcionários do banco suíço UBS, que foram detidos na quinta-feira no Porto. Um outro elemento, que abria contas bancárias por onde circulavam as verbas, acabou detido em Lisboa.

BCP, o BPN e o BPN - Instituição Financeira Internacional, com sede em Cabo Verde são alguns dos bancos onde foram abertas contas ligadas a esta rede criminosa, num valor que pode ir aos mil milhões de euros.

Empresários, advogados e alguns políticos, tais como Duarte Lima, eram utilizadores desta rede. Terá sido, aliás, através deste esquema, que o ex-deputado fez circular os dez milhões de euros de burla ao BPN, motivo pelo qual está preso em Portugal.



Jornal o SOL

A MANIPULAÇÃO DE UM ESTADO DE DIREITO EM PORTUGAL




A manipulação de um Estado de Direito
17 Abril 2012
Pedro SantosGuerreiro - psg@negocios.pt
Os fortes ganharão sempre aos fracos, os ricos terão sempre mais poder que os pobres, os
porcos de Orwell que escrevem nas ombreiras das portas mandarão sempre nos animais
que pasmam e não sabem ler. Sim, as coisas são o que são. Mas escusam de ser pior.

Os fortes ganharão sempre aos fracos, os ricos terão sempre mais poder que os pobres, os porcos de Orwell que escrevem nas ombreiras das portas mandarão sempre nos animais que pasmam e não sabem ler. Sim, as coisas são o que são. Mas escusam de ser pior. A nomeação dos novos juízes para o Tribunal C onstitucional é um assunto muito sério. E grave. E nosso.

A nomeação de juízes para o C onstitucional é partidária, sempre foi e nunca devia ter sido. Os nomes agora propostos pelo PSD, pelo PP e pelo PS (Paulo Saragoça da Matta, Fátima Mata Mouros e José C onde Rodrigues) podiam, portanto, parecer apenas partidarizados como sempre, o que nos levaria a debater ou não a forma de constituição do tribunal. Mas o que está em causa hoje é outra coisa. É a suspeita de uma escolha à medida das políticas de austeridade do Governo.
Não está em causa a competência técnica de qualquer dos nomes. Nem a sua seriedade. Mas está o seu fraco currículo para um tribunal que noutros países democráticos é o Olimpo dos juristas - em respeitabilidade, independência e poder. C omo é o caso dos Estados Unidos. C omo é o caso da Alemanha, onde Angela Merkel respeita a possibilidade de chumbo do seu tribunal a resgates a países.

É de resgate que estamos a falar. Eis a vaca fria: o C onstitucional estaria prestes a chumbar a mãe de todas as medidas da austeridade, o corte dos subsídios da Função Pública. E estas escolhas podem ter sido feitas à medida, para inverter essa calamidade política. Não porque os escolhidos sejam manipuláveis. Mas por saber-se o que pensam. E terem sido escolhidos em função disso. E isso sim será manipulação.

A suspeita é grave e recai em quem escolheu, não em quem foi escolhido. Desde o ano passado que se duvida da constitucionalidade da medida. C avaco Silva duvidou, sempre preferiu um imposto extraordinário, sobre todos, do que esta suspensão dos subsídios. O C onstitucional, que aprovou o corte de 5% em nome dos tempos extraordinários, logo avisou que também essa aprovação era excepcional.

Mas depois do corte de 5% veio o dos subsídios. E havia o risco real da medida ser chumbada. E depois era uma calamidade política.

Uma calamidade é melhor que o caos. Se o corte de subsídios fosse considerado inconstitucional, o Governo teria uma enorme derrota e precisaria de reiniciar um processo de austeridade alternativa, que provavelmente passaria pela reedição do imposto extraordinário de IRS. Mais uma "metade" do subsídio de Natal. C omo C avaco sempre preferiu. O desgaste político seria enorme. A consolidação voltaria a ser feita pelo aumento de receita, não pelo corte de despesa. Mas seria a lei. "Dura lex sed lex", não é assim?

C omo aqui escreveu Elisabete Miranda em Janeiro (em Janeiro!), "ter medo da C onstituição é menorizar as instituições e infantilizar os cidadãos". A crise está a esboroar a credibilidade das instituições. Uma frase mal dita arruinou a imagem de um Presidente, uma caçada maldita expôs o ridículo de um monarca. E como escreveu Pedro Lomba no "Público", "estão a 'abandalhar' o Tribunal C onstitucional".

A lei é o que nos separa do caos, o que nos protege da iniquidade, é o melhor esforço humano para perseguir a justiça. Sem o Estado de Direito não há Estado, há "Far West". A lei é o que defende do forte o fraco, nivela o poder do rico e do pobre, e mesmo que falhe na decisão entre o mal e o bem, é o que separa o certo do errado. E está escrito. Na lei. Na C onstituição. Mesmo que seja inconveniente. Ou inoportuno.

As indicações para o C onstitucional permitem a especulação de que os partidos do acordo da troika querem influenciar a aprovação da medida que, de outra forma, seria chumbada. Pobre C onstituição.

Pobre tribunal. Será verdade que, como escrevia ontem o "Público", um outro suposto candidato juiz, Jorge Reis Novais, terá declinado por falta de qualidade dos seus pares? Não sabemos. Talvez outros juízes devessem ter o absurdo de consciência de Groucho Marx, que não quis entrar num clube que aceitasse pessoas como ele. Mas ninguém se incomoda. Nem no Parlamento. Nem na Presidência. Nem mesmo os demais juízes - ou apresentariam a sua demissão.
psg@negocios.pt

KITARO-MATSURI

ESTRANHO SINDICATO DOS MAGISTRADOS OU PORQUE A JUSTIÇA NÃO FUNCIONA EM PORTUGAL


A NOTÍCIA JÁ É ANTIGA, JÁ AQUI A COLOCÁMOS, MAS CONVÉM RECORDAR PARA PERCEBERMOS AS CUMPLICIDADES DO PODER.

Estranho Sindicato dos Magistrados do MP

ESTRANHO PAÍS ESTE!!!

Sugiro leitura do texto seguida de visita aos links...belo trabalho sindicalista!

http://nonocongresso.smmp.pt/?page_id=52


http://nonocongresso.smmp.pt/?page_id=45


http://publico.pt/Sociedade/presidente-do-sindicato-do-mp-diz-que-persistem-indecorosas-margens-de-impunidade-1536094


http://vaievem.wordpress.com/2012/03/04/magistrados-patrocinados-nao-parece-normal/


Num país onde se odeia os sindicalistas é estranho que um dirigente sindical tenha tanto protagonismo nos jornais e televisões, sendo bajulado por jornalistas e políticos apesar de não dizer nada que mereça a perda de tempo de o ouvir.

Num país onde a classe política detesta sindicatos e sindicalistas é estranho que a tomada de posse dos órgãos de um sindicato seja tão concorrida por colunáveis políticos como a posse de um Presidente da República.

Num país onde os banqueiros odeiam sindicatos é estranho que financiem um congresso sindical.

Num país onde os trabalhadores estão a ser empobrecidos e onde os funcionários públicos já perderam um terço dos seus rendimentos é estranho que um sindicato organize um congresso num hotel de luxo com programa de três dias para acompanhantes, com direito a refeições e cruzeiro pela costa algarvia.

Num país em crise é estranho que um sindicato convide uma dúzia de jornalistas e os instale num hotel de cinco estrelas com deireito a pensaõ completa e programa social.

Tudo isto deixa de ser estranho quando se sabe que o sindicato em causa é ele próprio um sindicato muito estranho, o absurdo sindicato dos magistrados do Ministério Público, uma espécie de magistrados que alguém escolheu para polícias da democracia mas pelo estado da justiça não têm desempenhado esse papel. Pois os nossos ilustres sindicalistas organizaram um congresso de luxo com direito a programa para acompanhantes e com borlas para jornalistas. Até aqui tudo normal, as dúvidas surgem quando se percebe que o congresso tem o patrocínio da banca e de grandes empresas, bem como dos jornais, os tais que têm beneficiado de acesso generalizado a processos em segredo de justiça..

Se a moda pega o Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos organizarão o seu congresso numa estância de neve da Suíça, o sindicato dos investigadores da PJ poder escolher entre a Bretanha e o hotel de gelo na Finlândia. Qual será o gestor de bom senso que recusará um patrocínio ao pessoal do fisco ou o criminoso que se arma em forreta se o pedido vier da PJ?

Não admira a generosidade do sindicato para com os jornalistas, vem na tradição da generosidade que a justiça portuguesa tem para com os jornalistas, dão-lhe cópias dos processos e um dia destes ainda vão inventar investigações para combater a crise que a imprensa está a atravessar. É evidente que na hora de opinar sobre a escolha do próximo procurador-geral os jornalistas não esquecerão de qual tem sido o grupo de pressão que os tem ajudado e ainda os convida para encher a mula num hotel de cinco estrelas.

Corrupção? Não senhor, corrupção é só o que está previsto no Código Penal. Isto é só pouca vergonha!

CONVITE-CULSETE SETÚBAL-ESCRITOR URBANO BETTENCOURT



Caríssima/o,

A Culsete vai receber no próximo domingo, 27 de Maio, às 16:00 h, o escritor Urbano Bettencourt, que vem apresentar o seu último livro, África Frente e Verso, conforme convite em anexo.

Simultaneamente, serão evocados os 40 anos de escrita literária do autor, iniciados em Setúbal com o título Raiz de Mágoa.

A sessão vai contar com a colaboração dos atores Fernando Guerreiro e José Nobre.

Agradeço divulgação pelos seus contactos, quer pessoalmente quer através da internete.

Até domingo.

Manuel Medeiros

Livreiro