sexta-feira, 17 de junho de 2011

MÚSICA PARA O SEU FIM DE SEMANA: SANTANA E CLAPTON

AMÁLIA RODRIGUES

CURIOSIDADES PORTUGUESAS - 1931 A 1940

1931
- Fundação do Rádio Clube Português

- Criação da Acção Libertária Portuguesa

- Revolta da Madeira, contra a Ditadura, sob o comando do general Sousa Dias

- Fundação do Diário da Manhã a 4 de Abril

- Manifestações contra a Ditadura no 1º de Maio

- Repressão da mendicidade nas ruas e lugares públicos

- Tentativa de revolta reviralhista a 26 de Agosto

- Compra de 3 toneladas de barras de ouro nos EUA para reserva metálica

1932
- Criação da Organização Revolucionária Armada

- Criação do Comissariado do Desemprego
- Criação do Movimento Nacional Sindicalista

- Fundação da Federação Anarquista Portuguesa, fruto da extinção da Aliança Libertária Portuguesa

- Inauguração das comunicações telefónicas com o Brasil

- Oliveira Salazar é nomeado Presidente do Conselho de Ministros a 5 de Julho

- Morte de D. Manuel II em Inglaterra

- Exposição Industrial Portuguesa

1933
- Aprovação de uma nova Constituição, em plebiscito, em 19 de Março

- Eleição da Assembleia Nacional (Parlamento)

- Primeiras emissões experimentais da Emissora nacional criada por Duarte Pacheco

- Fim da Ditadura Militar e início do Estado Novo

- República Unitária Corporativa (II República)

- Inauguração da Estufa Fria em Lisboa

- Criada em Portugal a Radiodifusão Nacional.

- Primeiro Congresso da União Nacional, em Portugal.

- Passa a funcionar em Portugal, o Correio Aéreo.

- Criação do Instituto do Vinho do Porto

- Criação do Instituto Português do Combustível

- O Prof. Egas Moniz, realiza a primeira leucotomia pré-frontal.

- O general Óscar Carmona, é reeleito Presidente da República

1934
- Ligação aérea Lisboa-Goa efectuada por Carlos Bleck

- José Maria Nicolau vence a Volta a Portugal em bicicleta

- Exposição Colonial no Porto

- Lançado à água o novo contratorpedeiro "Dão"

- O Estatuto do Trabalho Nacional estabelece o Regime Corporativo, através da constituição dos Grémios, Sindicatos Nacionais e Casas do Povo

- Revolta dos trabalhadores vidreiros da Marinha Grande

- Instituídas as 8 horas de trabalho semanais com o dia descanso semanal ao Domingo

- Primeiras eleições para a Assembleia Nacional a 16 de Dezembro. A União Nacional preencheu na totalidade os 90 lugares do Parlamento. A oposição não concorreu e apelou à abstenção

1935
- A Liga Naval Portuguesa doa ao Aquário Vasco da Gama (inaugurado a 20 de Maio de 1898) a colecção oceanográfica e biblioteca de D. Carlos I

- Inauguração solene da Assembleia Nacional por Óscar Carmona em 11 de Janeiro

- Proibição dos partidos políticos e das associações secretas

- Fundação da União Nacional

- Reeleição do Marechal Óscar Carmona (único candidato) para Presidente da República em 17 de Fevereiro com 80% dos votos

- Revisão da Constituição de 1933 reforçando o poder legislativo ao Governo em detrimento da Assembleia

- Salários mínimos estabelecidos por decreto

- Prisão de Bento Gonçalves

- Morre Fernando Pessoa

1936
- Criação do Instituto Nacional do Pão

- Criação do Teatro do Povo sob orientação de António Ferro

- A CUF lança as actividades na construção naval

- Novo contratorpedeiro, o "Douro"

- Apoio ao movimento nacionalista na Guerra Civil de Espanha

- Fundação da Legião Portuguesa

- António Oliveira Salazar, além da presidência do Conselho de Ministros, assume as pastas das Finanças, da Guerra e dos Negócios do Estrangeiro.

- Criação da Academia Portuguesa de História

- Início da Guerra Civil Espanhola a 16 de Julho

- Inauguração da Emissora Nacional de Radiodifusão

- Criação da Junta de Electrificação Nacional, que além de outra competências, tinha a de estudar a instalação de centrais termoeléctricas e hidroeléctricas

1937
- Criação da Junta Nacional dos Vinhos e a Junta Nacional do Azeite

- António Lopes Ribeiro realiza "A Revolução de Maio" de propaganda ao regime

- Presença de Portugal na Exposição Universal de Paris, com um pavilhão desenhado pelo arquitecto Keil do Amaral

- Início das emissões da Rádio Renascença

- Criação das Casa dos Pescadores

- Morre Afonso Costa exilado em Paris

- Primeira parada e apresentação oficial da Legião e da Mocidade Portuguesa na Avenida da Liberdade

- Prisão de Álvaro Cunhal pela PVDE (Polícia de Vigilância e Defesa do Estado)

- Atentado bombista contra Salazar

1938
- Inauguração da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, projecto de Pardal Monteiro
- PCP é expulso da Internacional Comunista

- Tomada de posse de Duarte Pacheco como Presidente da Câmara de Lisboa

- Duarte Pacheco é nomeado para a pasta das Obras Públicas e Comunicações

- Eleições para a Assembleia Nacional, tendo mais uma vez a oposição não ter concorrido pelo que a lista da União Nacional venceu.

1939
- Início da carreira de Amália Rodrigues
- Realiza-se no Terreiro do Paço uma manifestação de apoio a Salazar feita pelos Sindicatos Nacionais, Casas do Povo e Casas dos Pescadores

- Assinatura do "Pacto Ibérico", o Tratado de Amizade e Não-Agressão entre Portugal e Espanha, com cláusulas secretas

- Início da II Guerra Mundial e anúncio de "neutralidade equidistante" feito pelo Governo português e publicada nos jornais a 2 de Setembro

- A Inglaterra e a França declaram guerra à Alemanha

1940
- O Estado Português e a Santa Sé celebram o acordo da Concordata, pelo qual a Igreja vê reconhecida a posse dos seus bens e a Liberdade de Culto

- Fundação da Academia Portuguesa de História e da Academia Portuguesa de Belas-Artes

- Exposição do Mundo Português, para festejar o Oitavo Centenário da Fundação de Portugal e o Terceiro da sua Restauração

- A taxa de analfabetismo em Portugal é de cerca de 55%

- António Lopes Ribeiro realiza o "Feitiço do Império", de propaganda da política colonial salazarista, que se estreará no Eden a 24 de Maio
- Na sequência da "amnistia comemorativa dos centenários", vários dirigentes do Partido Comunista Português saem do campo de concentração do Tarrafal e do Forte de Angra do Heroísmo e dedicam-se à reorganização do Partido .Neste movimento de reorganização estão Militão Ribeiro, Pires Jorge, Júlio Fogaça, Sérgio Vilarigues, Álvaro Cunhal, Piteira Santos

PORTUGAL - CIDADE DE SERPA

ARÁBIA SAUDITA - MULHERES DESAFIAM PROIBIÇÃO DE GUIAR

Mulheres desafiam proibição de guiar na Arábia Saudita
11h08m
Um grupo de mulheres sauditas desafia, sexta-feira, décadas de opressão sobre a proibição de conduzir e pediu às cidadãs do país que possuam carta de condução para aderirem ao protesto Mulheres ao Volante.

A campanha, designada "Women2Drive", utilizou as redes sociais Facebook e Twitter para incitar as mulheres da Arábia Saudita a conduzirem automóveis como parte integrante das suas actividades quotidianas.

As autoridades de Riade adoptaram medidas drásticas após algumas mulheres com cartas de condução internacionais terem promovido diversas acções para desafiar essa proibição.

Em maio, as autoridades da cidade de Al Khobar prenderam Manal al Sharif, uma assessora de segurança informática de 32 anos, que optou por conduzir o seu veículo por diversas vezes e exortou outras mulheres a adoptarem a mesma atitude através de um vídeo colocado na rede YouTube.

As autoridades desta cidade do leste da Arábia Saudita obrigaram Manal al Sharif a assinar um documento onde se comprometia a não voltar a conduzir, e foi libertada após 13 dias na prisão.

STRAUSS-KHAN, A LONGA CARREIRA DE UM SEDUTOR

Strauss-Kahn
A longa carreira de um sedutor

António Sarmento
17/05/11

Kahn nunca se esforçou por esconder a imagem de ‘womanizer’.

No dia em que Dominique Strauss-Kahn se encontrou com Nicolas Sarkozy no Palácio do Eliseu, em 2007, a conversa principal não foi sobre economia ou política. Kahn preparava-se para assumir a liderança do FMI e os dois passaram alguns minutos a falar sobre mulheres. É que o presidente francês estava preocupado com a imagem do país e Dominique podia manchá-lo facilmente.

"Evita apanhar o elevador sozinho com uma estagiária. A França não se pode dar ao luxo de ter um escândalo", ter-lhe-á dito o presidente francês. A revelação está no livro "Os segredos de um presidenciável", escrito o ano passado por uma antiga colaboradora do director-geral do Fundo Monetário Internacional, sob o nome falso de Cassandra.

A fama de Strauss-Kahn espalhou-se como um rastilho de pólvora. Desde o francês mais humilde ao presidente da República, todos sabiam que é mulherengo. E, no ano seguinte à conversa com o Sarkozy, os rumores confirmaram-se. Em 2008, Kahn teve que pedir desculpas públicas por ter mantido uma relação com uma subordinada no FMI, a economista húngara Pirosca Nagy.

STRAUSS-KHAN: NA EUROPA A JUSTIÇA SÓ É RIGOROSA COM OS POBRES

Strauss-Kahn invocou "imunidade diplomática"

Dominique Strauss-Kahn, acusado de crimes sexuais por uma funcionária de um hotel de Nova Iorque, invocou imunidade diplomática no momento da sua detenção no aeroporto JKF, segundo um documento publicado quinta-feira pelo procurador de Manhattan.

O documento de sete páginas, citado pela AFP, revela algumas conversas de Strauss-Kahn com a polícia entre o momento em que ligou para o hotel Sofitel a partir de um avião com destino a Paris para reclamar a perda de um telemóvel até à noite de 15 de maio, quando pediu uma sandes na esquadra policial onde foi ouvido.

De acordo com a transcrição dos diálogos, às 17:00 locais de 14 de maio (20:00 em Lisboa), na esquadra do aeroporto JFK, em Nova Iorque, conversou com dois polícias, tendo-lhes perguntado se as algemas eram mesmo "necessárias".

A resposta dos agentes foi: "sim, são" ao que o ex-diretor-geral do Fundo Monetário Internacional retorquiu "tenho imunidade diplomática", explicando que os documentos que o comprovam estavam "num segundo passaporte".

Mais tarde, um polícia disse a Strauss-Kahn: "Neste país, tem direito [a um advogado] se quiser, desconheço se tem algum estatuto diplomático".

Em resposta, o antigo responsável do FMI disse: "Não, não, não, não quero usar isso, quero apenas saber se preciso de um advogado", ao que o polícia respondeu: "cabe-lhe a si decidir".

TÉCNICAS INFALÍVEIS EM ÁFRICA


Isto é verdadeira Tecnologia (Técnica + Logos)!...

Quando o homem quer e acredita, a obra nasce, com impressionante Eficiência!...

E assim se explica como se construiram, no passado, pirâmides e outras obras grandiosas...

PROTEGE A ECONOMIA PORTUGUESA PARA ULTRAPASSARMOS A CRISE

APELO NACIONAL

Queres que aconteça um milagre económico no nosso país?
Então deixa-te de seguir dissertações de economistas ao serviço de interesses, que não os nossos! Não te deixes mais manipular pelo marketing!
Faz aquilo que os políticos, por razões óbvias, não te podem recomendar sequer, mas que individualmente podes fazer:

Torna-te PROTECCIONISTA da nossa economia!

Para isso:

1. Experimenta comprar preferencialmente produtos fabricados em Portugal. Experimenta começar pelas idas ao supermercado (carnes, peixe, legumes, bebidas, conservas, preferencialmente, nacionais).
Experimenta trocar, temporariamente, a McDonalds, ou outra qualquer cadeia de fast food, pela tradicional tasca portuguesa. Experimenta trocar a Coca-cola à refeição, por uma água, um refrigerante, ou uma cerveja sem álcool, fabricada em Portugal.

2. Adia por 6 meses a 1 ano todas as compras de produtos estrangeiros, que tenhas planeado fazer, tais como automóveis, TV e outros electrodomésticos, produtos de luxo, telemóveis, roupa e calçado de marcas importadas, férias fora do país, etc., etc...

Portugal afundou, somos enxovalhados diariamente por considerações e comentários mais ou menos jocosos vindos de várias paragens, mas em particular dos países mais ricos. Confundem o povo português com a classe política incompetente e em muitos casos até corrupta que nos tem dirigido nos últimos anos e se tem governado a si própria.

Olham-nos como um fardo pesado incapaz de recuperar e de traçar um rumo de desenvolvimento.
Agora, mais do que lamentar a situação de falência a que Portugal chegou, e mais do que procurarmos fuzilar os responsáveis e são muitos, cabe-nos dar a resposta ao mundo mostrando de que fibra somos feitos para podermos recuperar a nossa auto-estima e o nosso orgulho.

Nós seremos capazes de ultrapassar esta situação difícil. Vamos certamente dar o nosso melhor para dar a volta por cima, mas há atitudes simples que podem fazer a diferença.

O desafio é durante seis meses a um ano evitar comprar produtos fabricados fora de Portugal. Fazer o esforço, em cada acto de compra, de verificar as etiquetas de origem e rejeitar comprar o que não tenha sido produzido em Portugal, sempre que existir alternativa.

Desta forma estaremos a substituir as importações que nos estão a arrastar para o fundo e apresentaremos resultados surpreendentes a nível de indicadores de crescimento económico e consequentemente de redução de desemprego. Há quem afirme que bastaria que, cada português, substituísse em somente 100 euros mensais as compras de produtos importados, por produtos fabricados no país, para que o nosso problema de falta de crescimento económico ficasse resolvido.
Representaria para a nossa indústria, só por si, um acréscimo superior a 12.000.000.000 de euros por ano, ou seja uma verba equivalente à da construção de um novo aeroporto de Lisboa e respectivas acessibilidades, a cada 3 meses!!!

Este comportamento deve ser assumido como um acto de cidadania, como um acto de mobilização colectiva, por nós, e, como resposta aos povos do mundo que nos acham uns coitadinhos incapazes.
Os nossos vizinhos Espanhóis há muitos anos que fazem isso.

Quem já viajou com Espanhóis sabe que eles, começam logo por reservar e comprar as passagens, ou pacote, em agência Espanhola, depois, se viajam de avião, fazem-no na Ibéria, pernoitam em hotéis de cadeias exclusivamente Espanholas (Meliá, Riu, Sana ou outras), desde que uma delas exista, e se encontrarem uma marca espanhola dum produto que precisem, é essa mesma que compram, sem sequer comparar o preço (por exemplo em Portugal só abastecem combustíveis Repsol, ou Cepsa). Mas, até mesmo as empresas se comportam de forma semelhante! As multinacionais Espanholas a operar em Portugal, com poucas excepções, obrigam os seus funcionários que se deslocam ao estrangeiro a seguir estas preferências e contratam

preferencialmente outras empresas espanholas, quer sejam de segurança, transportes, montagens industrias e duma forma geral de tudo o que precisem, que possam cá chegar com produto, ou serviço, a preço competitivo, vindo do outro lado da fronteira. São super proteccionistas da sua economia! Dão sempre a preferência a uma empresa ou produto Espanhol! Imitemo-los nós no futuro!

Será um primeiro passo na direcção certa

RECITAL DE GUITARRA

Conservatório Regional de Setúbal - Recital de Professores de Guitarra (17.Junho.2011)‏

 RECITAL DE GUITARRA
pelos professores
André Castilho | Eurico Pereira | Gonçalo Gouveia
John Fletcher | José Diniz | Tiago Alexandre


sexta-feira | 17 de Junho de 2011 | 18h30
Salão Nobre da Câmara Municipal de Setúbal


obras de Bach, Beethoven, Duarte,
Castelnuovo-Tedesco, Giuliani, Koshkin, Machado, Regondi



quinta-feira, 16 de junho de 2011

ESCUTE ESTE ASSOBIO

DISCURSO DO DIA DE PORTUGAL - 10 DE JUNHO 2011

Discurso de António Barreto, Presidente da Comissão Organizadora das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas

Nada é novo. Nunca! Já lá estivemos, já o vivemos e já conhecemos. Uma crise financeira, a falência das contas públicas, a despesa pública e privada, ambas excessivas, o desequilíbrio da balança comercial, o descontrolo da actividade do Estado, o pedido de ajuda externa, a intervenção estrangeira, a crise política e a crispação estéril dos dirigentes partidários. Portugal já passou por isso tudo. E recuperou. O nosso país pode ultrapassar, mais uma vez, as dificuldades actuais. Não é seguro que o faça. Mas é possível.
Tudo é novo. Sempre! Uma crise internacional inédita, um mundo globalizado, uma moeda comum a várias nações, um assustador défice da produção nacional, um insuportável grau de endividamento e a mais elevada taxa de desemprego da história. São factos novos que, em simultâneo, tornam tudo mais difícil, mas também podem contribuir para novas soluções. Não é certo que o novo enquadramento internacional ajude a resolver as nossas insuficiências. Mas é possível.
Novo é também o facto de alguns políticos não terem dado o exemplo do sacrifício que impõem aos cidadãos. A indisponibilidade para falarem uns com os outros, para dialogar, para encontrar denominadores comuns e chegar a compromissos contrasta com a facilidade e o oportunismo com que pedem aos cidadãos esforços excepcionais e renúncias a que muitos se recusam. A crispação política é tal que se fica com a impressão de que há partidos intrusos, ideias subversivas e opiniões condenáveis. O nosso Estado democrático, tão pesado, mas ao mesmo tempo tão frágil, refém de interesses particulares, nomeadamente partidários, parece conviver mal com a liberdade. Ora, é bom recordar que, em geral, as democracias, não são derrotadas, destroem-se a si próprias!
Há momentos, na história de um país, em que se exige uma especial relação política e afectiva entre o povo e os seus dirigentes. Em que é indispensável uma particular sintonia entre os cidadãos e os seus governantes. Em que é fundamental que haja um entendimento de princípio entre trabalhadores e patrões. Sem esta comunidade de cooperação e sem esta consciência do interesse comum nada é possível, nem sequer a liberdade.
Vivemos um desses momentos. Tudo deve ser feito para que estas condições de sobrevivência, porque é disso que se trata, estejam ao nosso alcance. Sem encenação medíocre e vazia, os políticos têm de falar uns com os outros, como alguns já não o fazem há muito. Os políticos devem respeitar os empresários e os trabalhadores, o que muitos parecem ter esquecido há algum tempo. Os políticos devem exprimir-se com verdade, princípio moral fundador da liberdade, o que infelizmente tem sido pouco habitual. Os políticos devem dar provas de honestidade e de cordialidade, condições para uma sociedade decente.
Vivemos os resultados de uma grave crise internacional. Sem dúvida. O nosso povo sofre o que outros povos, quase todos, sofrem. Com a agravante de uma crise política e institucional europeia que fere mais os países mais frágeis, como o nosso. Sentimos também, indiscutivelmente, os efeitos de longos anos de vida despreocupada e ilusória. Pagamos a factura que a miragem da abundância nos legou. Amargamos as sequelas de erros antigos que tornaram a economia portuguesa pouco competitiva e escassamente inovadora. Mas também sofremos as consequências da imprevidência das autoridades. Eis por que o apuramento de responsabilidades é indispensável, a fim de evitar novos erros.
Ao longo dos últimos meses, vivemos acontecimentos extraordinários que deixaram na população marcas de ansiedade. Uma sucessão de factos e decisões criou uma vaga de perplexidade. Há poucos dias, o povo falou. Fez a sua parte. Aos políticos cabe agora fazer a sua. Compete-lhes interpretar, não aproveitar. Exige-se-lhes que interpretem não só a expressão eleitoral do nosso povo, mas também e sobretudo os seus sentimentos e as suas aspirações. Pede-se-lhes que sejam capazes, como não o foram até agora, de dialogar e discutir entre si e de informar a população com verdade. Compete-lhes estabelecer objectivos, firmar um pacto com a sociedade, estimular o reconhecimento dos cidadãos nos seus dirigentes e orientar as energias necessárias à recuperação económica e à saúde financeira. Espera-se deles que saibam traduzir em razões públicas e conhecidas os objectivos das suas políticas. Deseja-se que percebam que vivemos um desses raros momentos históricos de aflição e de ansiedade colectiva em que é preciso estabelecer uma relação especial entre cidadãos e governantes. Os Portugueses, idosos e jovens, homens e mulheres, ricos e pobres, merecem ser tratados como cidadãos livres. Não apenas como contribuintes inesgotáveis ou eleitores resignados.É muito difícil, ao mesmo tempo, sanear as contas públicas, investir na economia e salvaguardar o Estado de protecção social. É quase impossível. Mas é possível. É muito difícil, em momentos de penúria, acudir à prioridade nacional, a reorganização da Justiça, e fazer com que os Juízes julguem prontamente, com independência, mas em obediência ao povo soberano e no respeito pelos cidadãos. É difícil. Mas é possível.
O esforço que é hoje pedido aos Portugueses é talvez ímpar na nossa história, pelo menos no último século. Por isso são necessários meios excepcionais que permitam que os cidadãos, em liberdade, saibam para quê e para quem trabalham. Sem respeito pelos empresários e pelos trabalhadores, não há saída nem solução. E sem participação dos cidadãos, nomeadamente das gerações mais novas, o esforço da comunidade nacional será inútil.
É muito difícil atrair os jovens à participação cívica e à vida política. É quase impossível. Mas é possível. Se os mais velhos perceberem que de nada serve intoxicar a juventude com as cartilhas habituais, nem acreditar que a escola a mudará, nem ainda pensar que uma imaginária "reforma de mentalidades" se encarregará disso. Se os dirigentes nacionais perceberem que são eles que estão errados, não as jovens gerações, às quais faltam oportunidades e horizontes. Se entenderem que o seu sistema político é obsoleto, que o seu sistema eleitoral é absurdo e que os seus métodos de representação estão caducos.
Como disse um grande jurista, “cada geração tem o direito de rever a Constituição”. As jovens gerações têm esse direito. Não é verdade que tudo dependa da Constituição. Nem que a sua revisão seja solução para a maior parte das nossas dificuldades. Mas a adequação, à sociedade presente, desta Constituição anacrónica, barroca e excessivamente programática afigura-se indispensável. Se tantos a invocam, se tantos a ela se referem, se tantos dela se queixam, é porque realmente está desajustada e corre o risco de ser factor de afastamento e de divisão. Ou então é letra morta, triste consolação. Uma nova Constituição, ou uma Constituição renovada, implica um novo sistema eleitoral, com o qual se estabeleçam condições de confiança, de lealdade e de responsabilidade, hoje pouco frequentes na nossa vida política. Uma nova Constituição implica um reexame das relações entre os grandes órgãos de soberania, actualmente de muito confusa configuração. Uma Constituição renovada permitirá pôr termo à permanente ameaça de governos minoritários e de Parlamentos instáveis. Uma Constituição renovada será ainda, finalmente, o ponto de partida para uma profunda reforma da Justiça portuguesa, que é actualmente uma das fontes de perigos maiores para a democracia. A liberdade necessita de Justiça, tanto quanto de eleições.Pobre país moreno e emigrante, poderás sair desta crise se souberes exigir dos teus dirigentes que falem verdade ao povo, não escondam os factos e a realidade, cumpram a sua palavra e não se percam em demagogia!
País europeu e antiquíssimo, serás capaz de te organizar para o futuro se trabalhares e fizeres sacrifícios, mas só se exigires que os teus dirigentes políticos, sociais e económicos façam o mesmo, trabalhem para o bem comum, falem uns com os outros, se entendam sobre o essencial e não tenham sempre à cabeça das prioridades os seus grupos e os seus adeptos.
País perene e errante, que viveste na Europa e fora dela, mas que à Europa regressaste, tens de te preparar para viver com metas difíceis de alcançar, apesar de assinadas pelo Estado e por três partidos, mas tens de evitar que a isso te obrigue um governo de fora.
País do sol e do Sul, tens de aprender a trabalhar melhor e a pensar mais nos teus filhos.
País desigual e contraditório, tens diante de ti a mais difícil das tarefas, a de conciliar a eficiência com a equidade, sem o que perderás a tua humanidade. Tarefa difícil. Mas possível.


ALUNOS QUE COPIARAM DEVIAM SER "EXCLUÍDOS" DA PROFISSÃO

O bastonário da Ordem dos Advogados (OA), Marinho Pinto, defendeu hoje que os formandos do Centro de Estudos Judiciários (CEJ) que utilizaram "métodos fraudulentos" para ficarem aprovados no curso para magistrados deviam ser "excluídos" da profissão.

Em declarações à Agência Lusa sobre o caso do copianço generalizado num teste do curso de auditores de Justiça do CEJ, António Marinho Pinto salientou que as pessoas que "utilizam métodos fraudulentos para acederem à magistratura não serão seguramente magistrados honestos". "Isto é, de facto, um dos pontos mais graves da nossa Justiça", disse o bastonário dos advogados, observando que a estes formandos apanhados a copiar "falece-lhes a legitimidade moral para poderem ser magistrados" e julgarem e condenarem outros cidadãos. Quanto à medida da direcção do CEJ de anular o teste, mas atribuir nota positiva (10 valores) a todos os futuros magistrados do curso, Marinho Pinto considerou que se tratou mais de "uma decisão para salvar a face do que para castigar os elementos prevaricadores". "Quando se começa a prevaricar nos primeiros passos da carreira, imagine-se o que eles farão quando forem magistrados", com os poderes inerentes à profissão, comentou o bastonário, notando que quando estes auditores de Justiça começam "logo com fraudes" é "de esperar e temer o pior" no futuro.

Marinho Pinto lembrou que estas "fraudes" no curso para magistrados não são inéditas, pois em 2008 houve também a anulação de uma prova porque se descobriu que o filho de um magistrado que frequentava o CEJ teve conhecimento antecipado das perguntas do teste. Tudo somado, o bastonário da OA conclui que isto revela que "as grandes reformas da Justiça em Portugal tem de começar pelo recrutamento de magistrados".

Um copianço generalizado num teste do curso de auditores do CEJ levou à anulação do teste, mas a direcção decidiu atribuir nota positiva (10) a todos os futuros magistrados. Num despacho datado de 01 de Junho e assinado pela directora do CEJ, a desembargadora Ana Luísa Geraldes, a que a agência Lusa teve acesso, é referido que na correcção do teste de Investigação Criminal e Gestão do Inquérito (ICGI) "verificou-se a existência de respostas coincidentes em vários grupos" de alunos da mesma sala. O documento indica que, em alguns grupos, "a esmagadora maioria dos testes" tinha "muitas respostas parecidas ou mesmo iguais", constatando-se que todos os alunos erraram em certas questões.

No despacho é dito que as perguntas erradas nem eram as mais difíceis do teste, tendo-se verificado também o inverso: numa das questões mais difíceis ninguém falhou. Realça ainda que há pessoas sentadas umas ao lado das outras que têm "testes exactamente iguais, repetindo entre elas os erros que fizeram". Perante o copianço da turma, a direcção do CEJ decidiu, em reunião, "anular o teste em causa, atribuindo a todos a classificação final de 10 valores" naquela cadeira da área criminal. A principal missão do CEJ é a formação de magistrados, competindo-lhe assegurar a formação inicial e contínua de magistrados judiciais e do Ministério Público para os tribunais judiciais e para os tribunais administrativos e fiscais.

MAGISTRADOS DA TANGA

Togas da tanga
por FERREIRA FERNANDES


O Centro de Estudos Judiciários (CEJ) fez um exame a 137 candidatos a juízes e procuradores do Ministério Público. Isto é, examinou gente que no futuro vai investigar para que se faça justiça e gente que vai fazer justiça. Os examinadores do CEJ consideraram que "a esmagadora maioria dos testes tinha muitas respostas parecidas ou mesmo iguais". Copianço generalizado, pois. Ou quase generalizado, já que talvez tenha havido quem não tenha aceitado a trafulhice. Perante a impossibilidade da destrinça - entre os aldrabões e os outros -, o CEJ decidiu-se pela justiça salomónica: pegou na espada e rachou ao meio os 20 valores máximos do exame: deu nota 10 a todos (como a média costuma ser 13 ou 14, o 10 serviu de sanção). E foi assim que de pequenino se não torceu o pepino destes futuros magistrados. Dificilmente se podia ter encontrado solução mais injusta: os trafulhas, que deviam ter tido 0 (e convidados a ir vender cautelas premiadas aos donos de fortunas ilícitas), tiveram 10; os alunos dignos, que deviam ter tido a sua verdadeira nota, tiveram a nota do arranjinho; e o CEJ, que não soube prever o problema, não foi obrigado a fazer novo exame. Ah, já me esquecia: o teste era sobre Investigação Criminal! Depois admirem-se que os filhos destes exames, não sabendo investigar, se safem fornecendo a jornalistas, rafeiros como eles, fugas ao segredo de Justiça. São fugas nota 10.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

CARLOS SANTANA - SAMBA PA TI

PORTUGAL - MONSANTO A ALDEIA MAIS PORTUGUESA DE PORTUGAL

CURIOSIDADES PORTUGUESAS: 1926 A 1930

1926
- Criação das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo

- Remodelação do Casino Estoril

- Golpe Radical em Torres Novas e Almada (intentona)

- Manuel Teixeira Gomes é eleito Presidente da República.

- Golpe militar comandado por Gomes da Costa.

A I República é derrubada e instaurada a Ditadura Militar em 28 de Maio

- II Congresso do PCP, 29 de Maio

- Dissolução do Congresso da República

- Censura imposta à imprensa

- Afastamento de Gomes da Costa Presidência do Ministério. O lugar é ocupado pelo general Óscar Fragoso Carmona

- Mendes Cabeçadas em 31 de Maio torna-se no 9º Presidente da República

- Gomes da Costa em 17 de Junho 31 de Maio torna-se no 10º Presidente da República

- Óscar Carmona em 16 de Novembro 31 de Maio torna-se no 11º Presidente da República

1927
- É cria a JAE (Junta Autónoma das Estradas) e a Direcção geral das Estradas

- Pardal Monteiro inicia o projecto das novas instalações do Instituto Superior Técnico (IST) na Alameda D. Afonso Henriques

- Duarte Pacheco assume a direcção do IST

- Revoltas reviralhistas contra a Ditadura Militar no Porto no dia 3 de Fevereiro e, dia 7, em Lisboa, que falham.

- Redução da escolaridade obrigatória de 6 para 4 anos.

- 1ª Angiografia cerebral efectuada por Egas Moniz.

- Criação da União Nacional Republicana

1928
- Óscar Carmona é eleito Presidente da República

- Negociação empréstimo externo, junto da Sociedade das Nações.

- Nomeação de António de Oliveira Salazar para ministro das Finanças em 16 de Abril

- Proibição dos touros de morte

- É promulgado o Código do Registo Civil

- Introdução em Angola da nova moeda com a denominação "Angolares"

- Inauguração da nova estação do Cais do Sodré, na Linha de Cascais, projecto do Arq. Pardal Monteiro

1929
- Morre Columbano Bordalo Pinheiro

- É introduzida a Licença de Isqueiro

- Criação da Caixa Geral de Aposentações

- Reorganização do PCP. Eleição de Bento Gonçalves para Secretário-Geral em 24 de Abril

- Salazar profere o discurso "Política de Verdade, Política de Sacrifício, Política Nacional" em Lisboa "Nada contra a Nação, tudo pela Nação"

- Exposição da TSF (Telefonia sem fios)

1930
- Criação da Universidade Técnica de Lisboa

- Conspiração reviralhista

- Criação da União Nacional

- Proibição de contratação de trabalhadores estrangeiros

- Criação do Banco de Fomento Colonial

- Criação do Tribunal de Contas

PARIS


ALLANIS MORISSETTE



Os nossos problemas não são nada comparados com o que nos é dado a ver!

HUMOR EM TEMPO DE CRISE: O RICO E O POBRE

O QUE É QUE GARCIA PEREIRA JÁ SABE SOBRE PAULO PORTAS?

Garcia Pereira recusa representar Paulo Portas contra Ana Gomes

por Agência Lusa, Publicado em 14 de Junho de 2011


O advogado António Garcia Pereira revelou hoje ter recusado o pedido feito pelo presidente do CDS-PP, Paulo Portas, para avaliar as declarações feitas pela eurodeputada socialista Ana Gomes e ponderar uma eventual ação judicial.

“A propósito da notícia recentemente vinda a público referindo a eventual representação pela minha pessoa do sr. dr. Paulo Portas num processo contra a srª drª Ana Gomes, venho por este meio esclarecer que não aceitei patrocinar tal causa”, refere Garcia Pereira, também dirigente do PCTP/MRPP, num comunicado divulgado hoje.

O líder do CDS-PP, Paulo Portas, pediu na semana passada a Garcia Pereira – que já o representou em 2008, num processo contra o ex-ministro da Agricultura Jaime Silva - para avaliar as declarações da socialista Ana Gomes, só decidindo depois sobre uma eventual ação contra a eurodeputada.

Em causa estão as declarações feitas na última terça-feira, em Estrasburgo, por Ana Gomes, que defendeu a exclusão do líder do CDS-PP do próximo Governo, afirmando que está em causa a "idoneidade pessoal e política" de Paulo Portas.

"Penso que está em causa não obviamente a legitimidade politica do seu partido, CDS-PP, como resultou das eleições, em governar, em integrar a coligação governamental, mas do dr. Paulo Portas pessoalmente, por a sua idoneidade pessoal e política estarem em causa em face do seu comportamento em anteriores responsabilidades governamentais", disse Ana Gomes, apontando "o caso dos submarinos e outros casos".

À margem da sessão plenária do Parlamento Europeu, a eurodeputada socialista, quando confrontada com o facto de Paulo Portas nunca ter sido condenado judicialmente e não haver assim nada que o iniba de integrar o futuro Governo, respondeu que “também não havia nada que inibisse o senhor Dominique Strauss Kahn de ser diretor do FMI”.

PAULO PORTAS MENTIROSO COMPULSIVO

Terça-feira, 10 de Maio de 2011

A minha mãe tem razão

O Dr Paulo Portas é um "candidato" inteligente e tem uns dentes impecáveis, sem traço dos raios ultra-violeta que lhe escurecem saudavelmente a face e a careca (a qual tenta esconder com uma carpete de serapilheira de cabelos); escrevia os artigos politicos mais chatos do planeta à face do universo, mas dirigia um jornal utilíssimo e onde proliferavam o Miguel Esteves Cardoso e o Vasco Pulido Valente, as melhores pessoas do universo à face do planeta. O que o levará, então, a fazer coisas destas? O Câmara Corporativa, a que toda a gente chama de mentirosos, apanhou o Dr Paulo Portas a fazer pior que mentir, ou seja, a omitir manipulativamente. Se José Sócrates mente quando diz uma coisa e depois faz o seu contrário, o Dr Paulo Portas faz-nos preferir pessoas que mentem (sou dos que nunca se viu qualquer problema de maior com o "read my lips" do Bush pai, por exemplo) a pessoas que manipulam a própria mentira; é como quando se rouba: uma pessoa que assalta um banco pela calada na noite ou em plena luz do dia com a ameaça de uma pistola é muito mais aconselhável que um pessoa que assalta um banco porque tem a confiança do gerente do banco que é seu pai ou amigo. O Dr Paulo Portas é um político com a rara capacidade de tornar os seus potenciais eleitores piores pessoas do que eles na realidade são (e pensam que são), e se os meus instintos sempre me disseram que votar contra é uma forma profundamente cobarde de participar na vida pública democrática, este seu traço para responsabilizar subrepticiamente quem nele acredita das mentiras que ele próprio cria quase consegue que eu ponha de lado as mais elementares regras que até aqui, mal ou bem, me definiram como eleitor. O Dr Paulo Portas cria mentiras, nem sequer as diz como quem mente àcerca de um facto objectivo, e é por aí que ele se infiltra na dignidade de quem nele faz fé, pois como é que se testa a veracidade de uma entidade inteiramente nova (que são o que na irrealidade são estes seus gráficos)? No vídeo seguinte, que este contribuinte não conhecia, o Professor Doutor Francisco Louçã - que nunca convenceu ninguém ser uma pessoa que fala sempre com a verdade e o rigor da responsabilidade perto do coração - consegue humilhar, em directo e na televisão, um Dr Paulo Portas atascado no interior de uma fantasia estatística que choca por ser tão obviamente (televisivamente, santo deus!) falsificável por quem partilha as suas funções e deveres, mas que o Dr Paulo Portas, para poder continuar a actuar politicamente sobre o inocente sem a exigência de regular a ganância pela sua própria perfeição*, não evita de contar até a si mesmo, como se fosse ele próprio um daqueles a quem ele tenta convencer, mentindo:


publicado por maradona às 16:48 NO BLOGUE A CAUSA FOI MODIFICADA

PORQUE PAULO PORTAS NÃO PODE SER MINISTRO!

PAULO PORTAS MINISTRO?‏


Pedro Pezarat Correia, brigadeiro do Exército e Capitão de Abril, viu um artigo de opinião ser recusado pelo Diário de Notícias. Não sabemos se pela sensibilidade do tema, se pelo conteúdo, só sabemos que não foi aceite para publicação. Antes da revolução que este militar ajudou a levantar, isto tinha um nome: censura. E em democracia, que nome terá? Fica aqui o texto na íntegra (divulgado pelo Rui Bebiano via Facebook):


PAULO PORTAS MINISTRO?


Ana Gomes provocou uma tempestade mediática com as suas declarações sobre Paulo Portas. Considero muito Ana Gomes, uma mulher de causas, frontal, corajosa, diplomata com muito relevantes serviços prestados a Portugal e à Humanidade. Confesso que me escapa alguma da sua argumentação contra Paulo Portas e não alcanço a invocação do exemplo de Strauss-Kahn. Mas estou com ela na sua conclusão: Paulo Portas não deve ser ministro na República Portuguesa. Partilho inteiramente a conclusão ainda que através de diferentes premissas. Paulo Portas, enquanto ministro da Defesa Nacional de anterior governo, mentiu deliberadamente aos portugueses sobre a existência de armas de destruição maciça no Iraque, que serviram de pretexto para a guerra de agressão anglo-americana desencadeada em 2003. Sublinho o deliberadamente porque, não há muito tempo, num frente-a-frente televisivo, salvo erro na SICNotícias, a deputada do CDS Teresa Caeiro mostrou-se muito ofendida por Alfredo Barroso se ter referido a este caso exactamente nesses termos.

 A verdade é que Paulo Portas, regressado de uma visita de Estado aos EUA, declarou à comunicação social que “vira provas insofismáveis da existência de armas de destruição maciça no Iraque” (cito de cor mas as palavras foram muito aproximadamente estas). Ele não afirmou que lhe tinham dito que essas provas existiam. Não. Garantiu que vira as provas. Ora, como as armas não existiam logo as provas também não, Portas mentiu deliberadamente. E mentiu com dolo, visto que a mentira visava justificar o envolvimento de Portugal naquela guerra perversa e que se traduziu num desastre estratégico. A tese de que afinal Portas foi enganado não colhe. É a segunda mentira. Portas não foi enganado, enganou. Um político que usa assim, fraudulentamente, o seu cargo de Estado, não deve voltar a ser ministro. Mas já não é a primeira vez que esgrimo argumentos pelo seu impedimento para funções ministeriais. Em 12 de Abril de 2002 publiquei um artigo no Diário de Notícias em que denunciava o insulto de Paulo Portas à Instituição Militar, quando classificou a morte em combate de Jonas Savimbi como um “assassinato”. Note-se que a UNITA assumiu claramente – e como tal fazendo o elogio do seu líder –, a sua morte em combate. Portas viria pouco depois dessas declarações a ser nomeado ministro e, por isso, escrevi naquele texto: «O que se estranha, porque é grave, é que o autor de tal disparate tenha sido, posteriormente, nomeado ministro da Defesa Nacional, que tutela as Forças Armadas. Para o actual ministro da Defesa Nacional, baixas em combate, de elementos combatentes, particularmente de chefes destacados, fardados e militarmente enquadrados, num cenário e teatro de guerra, em confronto com militares inimigos, também fardados e enquadrados, constituem assassinatos. Os militares portugueses sabem que, hoje, se forem enviados para cenários de guerra […] onde eventualmente se empenhem em acções que provoquem baixas, podem vir a ser considerados, pelo ministro de que dependem, como tendo participado em assassinatos. Os militares portugueses sabem que hoje, o ministro da tutela, considera as Forças Armadas uma instituição de assassinos potenciais». Mantenho integralmente o que então escrevi. Um homem que, com tanta leviandade, mente e aborda assuntos fundamentais de Estado, carece de dimensão ética para ser ministro da República. Lamentavelmente já o foi uma vez. Se voltar a sê-lo, como cidadão sentir-me-ei ofendido. Como militar participante no 25 de Abril, acto fundador do regime democrático vigente, sentir-me-ei traído.

Junho de 2011-06-13 PEDRO DE PEZARAT CORREIA

terça-feira, 14 de junho de 2011

PORTUGAL - MÉRTOLA

CURIOSIDADES PORTUGUESAS - 1910 A 1913

1910
- A empresa inglesa que, desde 1882, tinha celebrado com o governo português o contrato de exploração das redes de Lisboa e do Porto e que, nesse mesmo ano, instalara 15 telefones nas duas cidades, anuncia a instalação, em 1910, de 6.263 postos.

- Entra em funcionamento a primeira estação radiotelegráfica portuguesa, na Casa da Balança

- Falência do Banco Crédito Predial Portuguez

- Abertura do Parlamento a 23 de Setembro

- Tentativa de insurreição republicana em 14 de Julho

- Suicídio de Cândido dos Reis a 4 de Outubro

- Em 4 de Outubro Loures e Almada proclamam a República, e o Rei D. Manuel II foge para Mafra

- A 5 de Outubro Paiva Couceiro bombardeia a Rotunda e a Armada anuncia desembarque

- A 5 de Outubro, proclamação da República nos Paços do Concelho de Lisboa e anúncio do Governo Provisório feita José Relvas, Eusébio Leão e Inocêncio Camacho

- Teófilo Braga preside ao primeiro Governo Provisório

- Dissolução dos partidos monárquicos

- Inauguração da Bandeira nacional Republicana a 1 de Dezembro

- Lei do Divórcio

- Lei do Inquilinato

- Alastra o movimento grevista

- Regulação do direito à greve e do lockout

- Inscrição da palavra “República” nos selos e todas as franquias em circulação (13/10/1910)

- Primeira greve da República. Ferroviários da linha da Póvoa (5/11/1910)

- Greve dos trabalhadores da Companhia Carris Ferro de Lisboa a 14 de Outubro

- A ex- família real chega a Inglaterra a 14 de Outubro

- D. Manuel II liquida as dívidas aos credores e fixa residência em Inglaterra

- São aprovadas as Leis da Família, a primeira sobre o casamento como contracto civil e a segunda estabelecendo o regime de protecção dos filhos

1911
- Organização da Guarda Nacional Republicana

- Fundado o jornal "República"

- Inauguração do Hospital de Santa Marta em Lisboa

- Tentativa de greve geral em Lisboa a 20 de Março

- Inauguração das carreiras de navegação entre Nova Iorque e Lisboa pelo paquete francês “Sant’Anne” (18/05/1911)

- Eleição da Assembleia Nacional Constituinte. Sufrágio directo e universal

- Substituição do real pelo escudo (22/05/1911)

- Criado o Crédito Agrícola

- Decretado o descanso semanal "em princípio ao Domingo"

- O Liberal, o Diário Ilustrado, e o Correio da Manhã, principais veículos de persistente propaganda monárquica e clerical, são assaltados e destruídos.

- I Governo Constitucional liderado pelo republicano João Chagas, em 4 de Setembro (70 dias)

- A Constituição da República foi aprovada dia 19 de Agosto e promulgada a 21

- II Governo Constitucional, Augusto Vasconcelos, em 13 de Novembro (217 dias)

- Primeiras sessões do Senado e da Câmara dos Deputados

- 1º Concerto no Teatro nacional pela Orquestra de Lisboa

- Criação das Universidades de Lisboa e Porto

- Criada a Guarda nacional Republicana em 3 de Maio

1912
- Proibição do fabrico de bebidas alcoólicas nas colónias

- Greve geral a 28 de Janeiro

- Inaugurada a Universidade Livre de Lisboa

- Febre tifóide em Lisboa

- Segunda incursão monárquica em Trás-os-Montes chefiada por Paiva Couceiro (06/07/1912). Dois dias depois tem lugar o combate de Chaves

- Lançamento da 1ª pedra da sede da Voz do Operário, em Lisboa

- É aprovado o primeiro contrato entre o Governo português e a Marconi Wireless Telegraph Company Ltd., para o estabelecimento de uma rede de telegrafia sem fios em Lisboa, Porto, S. Miguel, Funchal e S. Vicente de Cabo Verde (12/08/1912)

- Em 27 de Setembro, Alberto Sanches de Castro, membro do Aero Clube de Portugal, fundado em 1909, e que recebera instrução de voo em França, é o primeiro português a voar em território nacional a bordo de um Voisin Antoinette de 40cv, que ensaiou no Mouchão da Póvoa de Santa Iria

- Angola: descoberta de diamantes na região da Lunda

- III Governo Constitucional liderado pelo republicano Duarte Leite, em 16 de Junho (198 dias)

1913
- Iluminação pública eléctrica em Fafe e Ovar

- A população portuguesa é calculada em cerca de 6 milhões de habitantes (não contando com os emigrantes).

- IV Governo Constitucional formado por Afonso Costa, exclusivamente democrático, ficando com a Presidência e as Finanças, em 9 de Janeiro (396 dias)

- Novo código eleitoral

- em 12 de Julho são fixadas as portagens na ponte D. Luis I no Porto

- Início das carreiras regulares de autocarros entre Algés e Carnide

- Recepção do “Espadarte”, o primeiro submarino português

- Lei n.º 83 que estabelece o direito de protecção, assistência clínica, medicamentos e indemnização para operários e empregados, vítimas de acidentes no trabalho. Limita-o a um número restrito de sectores profissionais e fabris

- Em Dezembro regista-se uma crise financeira de alguma dimensão, com o desaparecimento dos bancos Lusitano e Mercantil de Lisboa.