sábado, 19 de março de 2011

PORQUE RAZÃO A DEMOCRACIA PORTUGUESA CULTIVA INIMIGOS


Já está em Moçambique.... O menino... (IMAGEM)


Por uma elementaríssima questão de justiça, não posso deixar de referir o percurso vertiginoso, de um homem que começou há poucos anos como caixa de uma agência da Caixa Geral de Depósitos em Mogadouro, e que agora, fala ao telefone com alguns dos mais poderosos governantes do nosso (pobre) País, que é um dos principais arguidos de um dos mais falados processos judiciais a decorrer e que, veja-se, é, além de muitas outras coisas de que nós nem sonhamos, o representante para África de uma das maiores empresas de construção civil brasileira, a quem foi adjudicada a construção de nova barragem moçambicana a poucos quilómetros de Cabora Bassa.

E o tipo, ou tipos, com quem ele fala ao telefone também lucram com o negócio ? Seria estranho que não lucrasse(m) ...

Estamos ou não entregues a escumalha ?!?!

Estamos...


Qualquer outro português, sem cartão partidário, arguido no mais simples processo, veria as portas fecharem-se. O seu registo criminal maculado seria um óbice para conseguir trabalho. Este herói do PS, pelo contrário, é nomeado administrador em Moçambique. Assim a democracia arranja inimigos e cultiva a abstenção. O que é triste, é que os políticos, sem vergonha, fazem ouvidos de mercador, insultam o povo apelidando-o de invejoso, e continuam a enriquecer. A política já não é a causa pública. Passou a ser trampolim para inconfessáveis desígnios. Por isso, Portugal e a Europa está como está. Desacreditada como qualquer país africano ou latino-americano, onde a corrupção é um estado de espírito, aceite como ética. O povo parece adormecido mas estou em crer que acordará um dia. O desespero, o desencanto, a raiva, o ódio, a fome é grande. Espero, nessa altura, que não falte lucidez e não nos deixemos enganar mais uma vez com as promessas dos arrependidos de última hora. Como disse alguém, "O poder está na ponta da baioneta".
AOC

CUCA ROSETA - "Porque Voltas de que Lei"

JAPÃO - OS HERÓIS DE FUKUSHIMA

sexta-feira, 18 de março de 2011

GUERRA E RELIGIÃO


INDÚSTRIA DE PONTA - PORTUGAL EXPORTA PARA A ÍNDIA E PAQUISTÃO

Fábrica do caralho em Portugal, exporta para India e Paquistão. ATENÇÃO SOM !!!!

VILA REAL DE SANTO ANTONIO

A MIGRAÇÃO DAS RENAS


Helene e as renas‏



Human Planet is an upcoming landmark natural history series for BBC One. Elle-Helene, a young girl from northern Norway, leads the dramatic migration of 3,000…

Fantástico vídeo da BBC One

Helene é uma jovem norueguesa que, todos os anos em Fevereiro, leva cerca de 3.000 renas a atravessarem o rio com cerca de 2.5 km de largura, a fim de procurarem os novos pastos verdes na região polar norte.

http://www.youtube.com/watch?v=6pBT8n-SNWk&feature=player_embedded#!

OS POLÍTICOS PERDERAM A VERGONHA. AUMENTAM-SE 20% MAS PEDEM SACRIFÍCIOS AO POVO ESTÚPIDO


Governo corta vencimentos mas aumenta para o trabalho precário e para despesas de representação

Eugénio Rosa – Economista – Mais trabalhos disponíveis em http://www.eugeniorosa.com/

GOVERNO CORTA E CONGELA REMUNERAÇÕES NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, MAS AO MESMO TEMPO AUMENTA EM 205% A VERBA PARA TAREFEIROS, E EM 20% AS DESPESAS DE REPRESENTAÇÃO DOS GOVERNANTES E CHEFIAS

À medida que se aprofunda a análise da Proposta de Orçamento do Estado para 2011
apresentado pelo governo encontram-se mais “surpresas”. Neste estudo vai-se analisar quatro:
(a)As dotações incluídas no OE2011 para pagar trabalhadores precários que aumentam
significativamente;
(b) As dotações destinadas a suportar despesas de representação de governantes e chefias que também aumentam;
(c) As despesas com combustíveis que sobem significativamente;
d) As dotações inscritas no OE2011 destinadas a aquisição de serviços a privados que, apesar da crise, continuam elevadíssima sendo uma fonte importante de lucros para dezenas de empresas. E isto numa altura em que se cortam 1.432 milhões € nos vencimentos de
mais de 350.000 trabalhadores e se congelam, pelo segundo ano consecutivo, as remunerações
dos restantes trabalhadores. Para isso observem-se os dados do quadro seguinte retirados dos
Mapas Informativos anexo ao OE2011.
Quadro 1 – Dotações inscritas nos orçamentos dos Serviços Integrados da Administração
Central em 2010 e em 2011

Pessoal dos quadros - Regime função pública 5.160,6 4.762,1 - 7,7%
Pessoal contratado a termo 168,1 175,2 - 4,2%
Pessoal em regime de tarefa ou avença 12,8 39,2 - 205,0%
Despesas de representação 16,1 19,3 - 20,0%
Combustíveis e Lubrificantes 42,5 53,8 - 26,6%
FONTE: Mapas Informativos - SI - OE2010 e 2011

Entre 2010 e 2011, como mostram os dados do quadro 1, as despesas com a generalidade dos
trabalhadores dos Serviços Integrados (inclui todas as direcções gerais de todos os Ministérios ) diminuem em -7,7% ( menos -398,5 milhões €), mas as despesas destinadas à contratação de
trabalhadores a prazo, a trabalhadores em regime de tarefa e avençados ( “recibos verde”), as
d espesas de representação e em combustíveis aumentam significativamente.
Assim, a dotação destinada à contratação de trabalhadores à tarefa e avençados sobe 205% em
2011 nos Serviços Integrados da Administração Pública. Isto quando o governo reduz e congela
os salários dos trabalhadores da Administração Pública. Em 2011, para além dos 214,3 milhões € destinados à contratação de trabalhadores a prazo e em regime de tarefa ou avença nos Serviços Integrados, ainda existem mais 225,4 milhões € com o mesmo fim inscritos nos orçamentos dos Serviços e Fundos Autónomos (institutos e outros organismos ). Portanto, no conjunto de toda aAdministração Central encontram-se inscritos 439,7 milhões € para a contratação de trabalhadores precários. É clara a intenção do governo de substituir trabalhadores com vinculo permanente por trabalhadores com vinculo precário. É certamente um mau exemplo que o governo dá também aos patrões privados que encontrarão neste comportamento mais um estimulo para aumentar ainda mais a precariedade em Portugal.
Outro ponto que caracteriza bem a politica do governo de Sócrates é o aumento das despesas de
combustíveis em 26,6%, quando afirma que está a substituir a frota do Estado, em que tem gasto milhões de euros, precisamente com o objectivo de reduzir este tipo de despesas. Em 2011, nos Serviços Integrados estão previstos 53,8 milhões € para “combustíveis e lubrificantes” mas existem ainda inscritos nos orçamentos dos Serviços e Fundos Autónomos mais 20,4 milhões €, o que soma 74,2 milhões € só para “combustíveis e lubrificantes”. O aumento significativo nas despesas com combustíveis desmente também aqui as declarações do governo.
Mas é a nível das despesas de representação que o escândalo é ainda maior. Quando se
reduzem em cerca de 1.432,5 milhões € aos trabalhadores da Função Pública, o governo aumenta a dotação para despesas de representação nos orçamentos dos Serviços Integrados em 20%. Em 2011, nos orçamentos dos Serviços Integrados estão inscritos 19,3 milhões € a que se devem juntar ainda mais 10,8 milhões € que se encontram inscritos nos Orçamentos dos Serviços e Fundos Autónomos com o mesmo fim. Ao todo, são 30,1 milhões € para despesas de
representação. Só no orçamento de 2011 da Presidência do Conselho de Ministros estão inscritos para despesas de representação 1.414.675 euros. Desta forma os governantes e chefias poderão ser compensados pelos cortes nos vencimentos, o que não acontecerá com os restantes trabalhadores. É evidente a politica de “dois pesos e duas medidas”.

Governo corta vencimentos mas aumenta para o trabalho precário e para despesas de representação
Eugénio Rosa – Economista – Mais trabalhos disponíveis em http://www.eugeniorosa.com/

QUEM PODERÁ SER BENEFICIADO COM O AUMENTO DA DOTAÇÃO PARA DESPESAS DE REPRESENTAÇÃO EM 2011

O quadro seguinte mostra quais são os governantes e as chefias da Administração Pública que
têm direito a despesas de representação e quais são os seus montantes em 2010.
Quadro 3- Governantes e chefias com direito a despesas de representação

GOVERNANTES E CARGOS DE CHEFIA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Remuneração base Presidente República 1 7.630,04 € - 3.052,01 €
Presidente da Assembleia da República 1 6.104,03 € - 2.441,61 €
Primeiro Ministro 1 5.722,53 € - 2.289,01 €
Ministros 17 4.959,52 € - 1.983,81 €
Secretários de Estado 36 4.578,02 € - 1.373,41 €
Cargos de Direcção Superior de 1º Grau 1.331 3.734,06 € - 778,03 €
Cargos de Direcção Superior de 2º Grau 3.173,95 € - 583,81 €
Cargos de Direcção Intermédia de 1º Grau 2.987,25 € - 311,21 €
Cargos de Direcção Intermédia de 2º Grau 4.536, 2.613,84 € - 194,79 €
FONTE: Direcção Geral da Administração e Emprego Publico -Ministério das Finanças e Lei 4/85
Os que constam do quadro somam 5.923 (mas ainda não inclui a totalidade, embora os que faltam são em numero muito mais reduzido) têm direito a despesas de representação num universo de cerca de 650.000 trabalhadores da Administração Pública.
O GOVERNO VAI GASTAR EM 2011, 1317 MILHÕES € COM A AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS, QUE MUITOS DELES PODIAM SER FEITOS PELOS TRABALHADORES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

O quadro construído com dados constantes Mapas Informativos dos Serviços Integrados e dos
Servidos Autónomos anexos à Proposta de Orçamento do Estado para 2011, revela o volume de
verbas que o governo pretende gastar com aquisição de serviços a privados, quando uma parte
importante deles podiam ser realizados internamente por trabalhadores da Administração Pública.
Quadro 4 – Dotações inscritas no Orçamento de Estado para 2011 destinadas a aquisição de serviços a privados
RUBRICAS 2011
Milhões €
Estudos Pareceres, Projectos, Consultoria 150,5
Assistência Técnica 108,7
Outros Trabalhos especializados 617,1
Publicidade 47,0
Vigilância e segurança 90,9
Outros serviços 303,1
SUBTOTAL 1.317,2
FONTE : Mapas Informativos – Serviços Integrados e SFA – OE2011

Ao mesmo tempo que corta 1.432,5 milhões € nos salários nominais dos trabalhadores da
Administração Pública, o governo tenciona gastar, em 2001, 1.317, milhões € com a aquisição a
privados de “estudos, pareceres, projectos, consultoria”; com “assistência técnica”; com “outros
trabalhos especializados”; com publicidade (entre 2010 e 2011, as despesas com publicidade
aumentarão 32,9%); com vigilância e segurança “; e com “outros serviços”. Tudo isto não deixa de ser insólito numa altura de grave crise financeira do Estado, e mais quando se sabe que existem na Administração Pública trabalhadores com as competências necessárias para fazer muitos destes serviços. É evidente que a austeridade não se aplica a todos os sectores da Administração Pública, e estas elevadas dotações para aquisição se serviços permitirão a muitos privados fazerem bons negócios.
Eugénio Rosa
Economista,
edr@netacbo.pt
20.10.2010






Laurel and Hardy meet Santana

HUMOR EM TEMPO DE CRISE - COMO OS GOVERNOS TRANSFORMAM OS CIDADÃOS EM LOUCOS.


Contribuinte: Gostava de comprar um carro.

Estado: Muito bem. Faça o favor de escolher.

Contribuinte: Já escolhi. Tenho que pagar alguma coisa?

Estado: Sim. Imposto sobre Automóveis (ISV) e Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).

Contribuinte: Ah... Só isso.

Estado: ... e uma coisinha para o pôr a circular: o selo.

Contribuinte: Ah!..

Estado: ... E mais uma coisinha na gasolina necessária para que o carro efectivamente circule. O ISP.

Contribuinte: Mas... sem gasolina eu não circulo.

Estado: Eu sei.

Contribuinte: ... Mas eu já pago para circular...

Estado: Claro!...

Contribuinte: Então... vai cobrar-me pelo valor da gasolina?

Estado: Também. Mas isso é o IVA. O ISP é uma coisa diferente.

Contribuinte: Diferente?!

Estado: Muito. O ISP é porque a gasolina existe.

Contribuinte: ... Porque existe?!

Estado: Há muitos milhões de anos os dinossauros e o carvão fizeram petróleo. E você paga.

Contribuinte: ... Só isso?

Estado: Só. Mas não julgue que pode deixar o carro assim como quer.

Contribuinte: Como assim?!

Estado: Tem que pagar para o estacionar.

Contribuinte: ... Para o estacionar?

Estado: Exacto.

Contribuinte: Portanto, pago para andar e pago para estar parado?

Estado: Não. Se quiser mesmo andar com o carro precisa de pagar seguro.

Contribuinte: Então, pago para circular, pago para poder circular e

pago por estar parado.

Estado: Sim. Nós não estamos aqui para enganar ninguém. O carro é novo?

Contribuinte: Novo?

Estado: É que se não for novo tem que pagar para vermos se ele está em condições de andar por aí.

Contribuinte: Pago para você ver se pode cobrar?

Estado: Claro. Acha que isso é de borla? Só há mais uma coisinha...

Contribuinte: ... Mais uma coisinha?

Estado: Para circular em auto-estradas...

Contribuinte: Mas... mas eu já pago imposto de circulação.

Estado: Pois. Mas esta é uma circulação diferente.

Contribuinte: ... Diferente?

Estado: Sim. Muito diferente. É só para quem quiser.

Contribuinte:: Só mais isso?

Estado: Sim. Só mais isso.

Contribuinte: E acabou?

Estado: Sim. Depois de pagar os 25 euros, acabou.

Contribuinte: Quais 25 euros?!

Estado: Os 25 euros que tem de pagar para andar nas auto-estradas.

Contribuinte: Mas não disse que as auto-estradas eram só para quem quisesse?

Estado: Sim. Mas todos pagam os 25 euros.

Contribuinte : Quais 25 euros?

Estado: Os 25 euros é quanto custa o chip.

Contribuinte: ... Custa o quê?

Estado: Pagar o chip. Para poder pagar.

Contribuinte: Não perceb...

Estado: Sim. Pagar custa 25 euros.

Contribuinte: Pagar custa 25 euros?

Estado: Sim. Paga 25 euros para pagar.

Contribuinte: Mas eu não vou circular nas auto-estradas.

Estado: Imagine que um dia quer? Tem que pagar.

Contribuinte: Tenho que pagar para pagar porque um dia posso querer?

Estado: Exactamente. Você paga para pagar o que um dia pode querer.

Contribuinte: E se eu não quiser?

Estado: Paga multa!

As Maravilhas de Portugal no Mundo - Fortalezas de Jalali e Marini, Omã ...

AS VERDADES DO MINISTRO BRASILEIRO DA EDUCAÇÃO

AMI - RECOLHA DE RESÍDUOS ELÉCTRICOS E ELECTRÓNICOS





Rua José do Patrocínio, 49 1959-003 Lisboa Tel. 218 362 100 Fax 218 362 199
E-Mail: fundacao.ami@ami.org.pt Internet: http://www.ami.org.pt/



NGO in Special Consultative Status with the Economic and Social Council of the United Nations

Ex.mos Senhores,

No intuito de promover as boas práticas ambientais das empresas e dos organismos públicos, a AMI tem procurado disponibilizar instrumentos de recolha e tratamento de resíduos, que lhe permitem, adicionalmente e sem custo acrescido para os participantes, angariar fundos para o financiamento dos seus projectos.

Pretendemos, no seguimento de anteriores contactos, apresentar-vos uma proposta para os Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos de que pretendam desfazer-se.

Para conhecerem esta proposta em pormenor, contactem-nos através do e-mail reciclagem@ami.org.pt ou do número de telefone 218 362 100.

Agradecemos a disponibilidade e aguardamos o vosso contacto.

Com os melhores cumprimentos,

AMI
Departamento de Ambiente

ANGOLA-GREVE NA FÁBRICA CHINESA DO BOM JESUS


Greve na fábrica de cimento no Bom Jesus


Os trabalhadores da fábrica de cimento China Fund Limited (CIF), no Bom Jesus, Bengo, paralisaram as actividades laborais ontem, quinta-feira, 10. Os grevistas reclamam junto da direcção da empresa contratos de trabalho, alimentação condigna, transporte, aumento salarial, higiene e segurança no trabalho, seguro de saúde, segurança social, redução das horas no trabalho, televisor e ar condicionado nas casernas onde dormem.

Os funcionários disseram a O PAIS que a cozinha foi construída sobre uma fossa e “quando ela enche os vermes sobem e circulam no local onde os angolanos fazem as refeições”.

Segundo os grevistas, a comida oferecida “é uma miséria. No período da manhã, não passa de pão simples com alguns copos de leite Cowbell, mas aguado, fazendo lembrar quissângua”. A situação piora ao almoço, segundo alegam, porque comem apenas arroz branco e seco com peixe ou funge de milho, uma alimentação tida como inapropriada por eles que trabalham diariamente com produtos químicos.

Os grevistas disseram que os trabalhadores de nacionalidade chinesa têm melhores condições. Vivem em edifícios de quatro andares, com ar condicionado e uma alimentação condigna, ao passo que “os angolanos vivem em casernas com mosquito e calor”. “Os chineses são arrogantes, mandam e falam da forma como quiserem para os angolanos, sentem-se protegidos”, adiantaram os descontentes.

Uma chinesa, conhecida por Ana, terá agredido fisicamente uma cidadã angolana, esta chamou a Polícia e levou-a até à esquadra nos arredores do Bom Jesus, mas nada aconteceu à cidadã asiática. Os chineses escusam-se a falar o português “arranhado” para não atenderem as reclamações dos cidadãos angolanos, principalmente quando se dirigem à direcção dos recursos humanos.

Os angolanos têm encontrado muitas dificuldades para se deslocarem a Bom Jesus. A maioria vive em Luanda, mas por começarem a labutar a partir das sete horas, são obrigados a passar a noite nas casernas. “Quem for para a casa, vê-se obrigado a estar no local de serviço às mesmas horas do dia anterior e se chegar tarde não pode justificar o seu atraso”, segundo se queixaram.

Na empresa de cimento em questão o salário base é de 14 mil Kwanzas; um motorista aufere 300 dólares norte-americanos, mas se faltar, ainda que justifique, sofre desconto, por mais que reclame não é atendido. Mesmo estando doentes, os trabalhadores angolanos são obrigados a trabalhar e se faltarem correm o risco de ser imediatamente despedidos ou descontados, ainda que levem justificativo médico, referem ainda.

Com a onda de despedimentos em massa, os chineses preferem contratar miúdos, de preferência os que têm proveniência do Huambo, Bié e Kwanza Sul por serem mais obedientes, mas sem idade para trabalhar, dizem ainda os amotinados.

A cimenteira produz 250 mil sacos de cimento por dia e os operadores são obrigados a encher 50 camiões por dia e cada “traile” leva mais de 500 sacos, que pode estar avaliado, segundo os angolanos em 5.700 dólares.

Os angolanos afirmam também que alguns motoristas chineses conduzem com cartas de condução da SADC, exibindo-as no peito como se fossem cidadãos nacionais; há quem questione quem passou tais documentos.

O representante da comissão negociadora da greve, Pedro João, camionista, disse que ganha 300 dólares e, de quando em vez, é descontado sem explicações da direcção, facto que o deixa muito agastado. João avançou que os patrões não querem saber dos fins-de-semana, muito menos de doenças e quando se lhes fala de horas extra, “eles estão nem aí porque têm protecção”. O representante da comissão afirmou que os chineses tratam os angolanos de “burros”, por isso decidiram entrar em greve, para ver se os mesmos respondem ao caderno reivindicativo que fizeram chegar à direcção.

O responsável pela comissão de negociação e alguns colegas seus foram chamados pela direcção da empresa para negociarem, mas tinham de entrar um de cada vez, nunca em bloco. João pediu aos seus colegas para se retirarem do gabinete, alegando que esse tipo de negociação ia pôr em risco a situação do colectivo na empresa, porque podiam ser corrompidos.

O representante da comissão de negociação pediu para que a equipa de reportagem entrasse para constatar “in situ” as condições de trabalho, os chineses orientaram os efectivos das FAA presentes no local a não deixarem ninguém entrar.

João disse ainda que alguns soldados das Forças Armadas estão solidários com eles porque o trabalho não é devidamente remunerado ,mas não podem fazer nada, estão apenas a cumprir ordens superiores.

Depois de os trabalhos paralisarem, os chineses dirigiram-se à esquadra da Polícia Nacional nos arredores, dizendo que os angolanos estavam a desobedecer, mas não foram bem sucedidos.

Integrante da comissão Sindical, Dona Maria, funcionária dos recursos humanos, preferiu não falar por temer represálias, até porque a equipa a que pertence não é tida pelos empregadores. É das poucas funcionárias que fala inglês e consegue traduzir aos colegas quando alguns chineses se exprimem em inglês.

Elísio Cassule, trabalhador do sector do enchimento, sofreu um acidente de trabalho na semana passada mas não foi atendido pelas autoridades da fábrica. O funcionário por pouco perdia a visão, pois cairam-lhe mais de dois sacos de cimento quente na cara.

Cassule adiantou que nem sequer foi levado ao hospital e que os patrões chineses o obrigaram a trabalhar no dia seguinte, mesmo impossibilitado de enxergar convenientemente os sacos que passavam na esteira.

Quem o destino quis que se acidentasse nestas condições de trabalho foi José João. Ao entrar para um buraco na zona onde se obtém a matériaprima para o fabrico do cimento dois ferros aguçados rasgaram-lhe os pés. O acidentado desconfia que terão sido os chineses que deixaram os ferros no local. Não foi levado a nenhum posto médico. Um colega levou-lhe à casa, mas quando regressaram todos levaram faltas e vão ser descontados.

A cidadã chinesa Lucy, dos recursos humanos, explicou que os trabalhadores estavam a exigir demais e a trabalhar pouco. Disse ainda que as exigências dos funcionários são demasiadas e que não estavam dispostos a dar o que pedem, porque “o trabalho não condiz na realidade”.

Depois de algum alvoroço, Lucy não aceitou prestar mais declarações à equipa de O PAIS. Exigia que se apresentasse um documento autorizado pelo Executivo para poder dar mais detalhes sobre o assunto.


Sebastião Félix
11 de Março de 2011


1.nigga
2011-03-17 14:28:40
daqui a pouco os estrangeiros nos vão expulsar de angola

2.jonas savimbi
2011-03-15 15:29:13
se fosse no tempo do meu marchal, estes gajos apanhavam tunguto. A situação em angola esta ficar precária, um dia o próprio governo não terá pernas para travar está mentira que se vem arrastando. porque está empresa é de algum chefe e o próprio angolano não tem amor ao angolano. Será que é preciso ser branco? Eu respondo por vocês não nós os africanos temos de deixar de pensar que o poder é eterno porquê não é.

3.nel
2011-03-13 20:16:44
Estes sim são os verdadeiros colonizadores ,opressores e exploradores

4.asdrubal
2011-03-12 10:16:21
EE assim a china tornou-se um pais poderoso assim. A nao repeitar os direitos humanos. isto ee muita confianca que voces estao a dar nestes chines comessam a matar eles

5.mbuba
2011-03-12 08:47:08
este pais esta mal ninguem faz nada por nacionas isto vai continuar enquanto o mpla estiver no
6.chadio pereira
2011-03-12 02:03:45
epa esta MERDA aaim tambem ja nao, come entao aonde esta o amor aos angolanos?, PO.RRA a terra e nossa e estes chineses teem de nos respeitar, ate direitos de trabalhadores nao dao, xe estao a pensar o que? so peco a direccao da policia economica ver este caso, estes chineses ja querem mandar na nossa terra isso nao pode, ainda por-cima teem carta da SADC, epa to mesmo bwe fodido com esta noticia, assim ta bom MWANGOLES fazem mesmo greve, manda lixar quem esta a defender estes merdas dos chineses, se nao respeitarem e darem boas condicoes nao voltem ao trabalho e metem o caso no tribunal forca ai MWANGOLES


Obrigado pela sua participação.
A equipa de O Pais - O Jornal da Nova Angola.

quinta-feira, 17 de março de 2011

O DISCURSO DA TOMADA DE POSSE DO PRESIDENTE CAVACO SILVA



*Para os que têm a memória curta ou mesmo para aqueles que são "ceguinhos" e
só vêm as coisas de um lado. *
*Afinal os culpados da situação actual são todos. Andamos em "festança" há
37 anos.*
* *
*Meus amigos o nosso problema é ATITUDE perante a função, o lugar que cada
um de nós ocupa na sociedade e no emprego.*
* *
Sábado, Março 12
O discurso do Presidente da Relespública
O discurso do *Presidente Cavaco Silva* foi duma enorme coragem. Não há memória dum discurso de posse em que o novo Presidente tenha criticado tão duramente o Presidente anterior. Ao referir-se à década perdida, o PR inclui o último quinquénio e, por isso, não critica apenas o Governo mas acaba, também, por fazer uma autocrítica impiedosa.
Valha a verdade que não se ficou por aqui. *A sua autocrítica estendeu-se até ao tempo em que foi Primeiro Ministro.

Quando afirma que* " O exercício de funções públicas deve ser prestigiado pelos melhores, o que exige que as nomeações para os cargos dirigentes da Administração sejam pautadas exclusivamente por critérios de mérito e não pela filiação partidária dos nomeados ou pelas suas simpatias políticas.", *deve estar arrependido de ter permitido, enquanto PM, que a Administração Pública se tivesse transformado numa grande coutada partidária.* Recordemos que foi durante um seu Governo que a Saúde viu chegar os primeiros "gestores de reconhecido mérito", com os resultados que se conhecem.

*Quando declara* que " é crucial a realização de reformas estruturais destinadas a diminuir o peso da despesa pública" *deve estar com certeza a lembrar-se de criação das carreiras especiais na Função Pública e do peso que tiveram na criação do "Monstro", de que é autor, agravando desmesuradamente as desigualdades sociais e os brutaissalários dos gestores públicos, a maioria dos quais, seus correligionários.

Quando afirma* " É crucial aprofundar o potencial competitivo de sectores como a floresta, o mar, a cultura e o lazer, as indústrias criativas, o turismo e a agricultura, onde detemos vantagens naturais diferenciadoras.", deve estar a reflectir no texto de Miguel Sousa Tavares no Expresso de 13 de Maio de 2010:
"Na década do agora inimigo das grandes obras públicas, Cavaco Silva,
*construímos sem parar*: auto-estradas e hospitais, escolas e tudo mais. "O país está dotado de infra-estruturas!", proclamou-se, triunfantemente. E, de facto, o país precisava. O problema é que, enquanto se dotava de infra-estruturas para servir a economia, *o país vendia a economia, a troco de subsídios para abate e set-aside:* e também, em vez disso, ser usado na compra de jeeps, barcos de recreio e...até apartamentos. Vendemos assim a agricultura, as pescas, as minas, a marinha mercante, os portos, as indústrias que podiam vir a ser competitivas
- ficámos com os têxteis e o fado. E, quando alguém, subitamente, perguntou "de que vamos viver no futuro?", sorriram, com ar complacente. Então, não era óbvia a resposta? *Iríamos viver dos serviços, do turismo, da "sociedade de informação" e... de Bruxelas."

Diz o PR:* "Não podemos assistir de braços cruzados à saída de empresas do nosso País. Pelo contrário, temos que pensar seriamente no que é que podemos fazer para atrair mais empresas." Uma das coisas que não podemos deixar de fazer, diz o bilionário do Pingo Doce, explorador do consumismo em vez de investir, é melhorar o sistema de Justiça. *O
PR deve estar a lembrar-se que, nessa área, a gesto mais significativo do seu mandato anterior foi receber o Presidente do Sindicato do Ministério Público.

Manifesta o PR a esperança* "que todos os agentes políticos e poderes do Estado e os agentes económicos e financeiros estejam à altura das dificuldades do momento e dêem sentido de futuro aos sacrifícios exigidos aos Portugueses."
O bilionário da Forbes, tal como a PT, tal como a Portucel, já deram o exemplo com a antecipação de dividendos. Mas, sobre isso, o anterior PR não se pronunciou.

*Afirma ainda o PR* "Em vários sectores da vida nacional, com destaque para o mundo das empresas, emergiram nos últimos anos sinais de uma cultura altamente nociva, assente na criação de laços pouco transparentes de dependência com os poderes públicos, fruto, em parte, das formas de influência e de domínio que o crescimento desmesurado do peso do Estado
propicia. É uma cultura que tem de acabar. Deve ser clara a separação entre a esfera pública das decisões colectivas e a esfera privada dos interesses particulares"
*É impossível que não se tenha lembrado do BPN, nem de explicar como foi operado o"milagre" pela através do qual a Senhora sua mulher embora auferindo uma mísera reforma de 800 euros, consegue amealhar milhões de euros em aplicações financeiras em diversas instituições, como decorre da sua declaração de rendimentos do último ano.

E também das razões que o levaram a abandonar o pder em 1995, não obstante dispor de maioria aboluta que dispunha e de se viver numa conjuntura interna e internacional, incomparável muito melhor que a actual, deixou o país com a segunda maior taxa de desemprego da então CEE e numa convulsão social de tal ordem, insustentável, coagindo-o a fugir ao julgamento do povo, e, por isso, obrigado a antregar o poder ao Fernando Nogueira!!!

Cavaco Silva, tem a memória muito curta!!!

Brites

Japan: The Day After (Tribute Video)

O VALOR DA VIDA HUMNA - CUIDADO CENAS VIOLENTAS

BARBÁRIE ... BARBÁRIE ...

COMO é possível????

Quando é que a vida humana terá valor?

Quando é que as pessoas deixarão de julgar o próximo sem LHE dar oportunidade de defesa?

Quando é que OS assassinos serão julgados?

Está na tua consciência apagares ou mostrares ao mundo AQUILO QUE O HOMEM É CAPAZ DE FAZER.




ATÉ NA SELVA HÁ GAJOS A ATRAPALHAR

Ponte de Lima

PARTILHA


Ilha de Moçambique

As Maravilhas de Portugal no Mundo - Fortaleza de Jesus de Mombaça, Quén...

PORQUE NÃO HÁ INUNDAÇÕES EM TÓQUIO









Anualmente uns 25 tufões assolam o território japonês.

Desses, dois ou três atingem Tóquio em cheio, com chuvas fortíssimas durantre várias horas ou até um dia inteiro.
Mas nem por isso ocorrem enchentes ou alagamentos na cidade.
Por que será? Veja as explicações abaixo.


Subterrâneos de Tóquio

O subsolo de Tóquio alberga uma fantástica infraestrutura cujo aspecto se assemelha ao cenário de um jogo de computador ou a um templo de uma civilização remota.

Cinco poços de 32 m de diâmetro por 65 m de profundidade interligados por 64 Km de túneis formam um colossal sistema de drenagem de águas pluviais destinado a impedir a inundação da cidade durante a época das chuvas.

A dimensão deste complexo subterrâneo desafia toda a imaginação.

É uma obra de engenharia sofisticadíssima realizada em betão, situada 50 m abaixo do solo, fato extraordinário num país constantemente sujeito a abalos sísmicos e onde quase todas as infraestruturas são aéreas.

A sua função é não apenas acumular as águas pluviais como também evacuá-las em direção a um rio, caso seja necessário.

Para isso dispõe de 14.000 HP de turbinas capazes de bombear cerca de 200 t de água por segundo para o exterior.

Conclusão: Não existe problema insolúvel. Basta querer enfrentá-lo.


NOTA: Toda esta tecnologia e o seu arrojo são de admirar. A tecnologia é, felizmente, solução para muitos problemas do homem. Já é um pouco descabido, nesta altura de Terramotos, Tsunami e Explosões nos reactores da central nuclear de Fukushima o comentário: não existe problema insolúvel.

O homem ainda não consegue fazer frente a uma natureza verdadeiramente em fúria. É a não aceitação desta verdade, o desrespeito pelo equilíbrio, que tem provocado imensas catástrofes. Umas visíveis, como no caso do Japão, outras minúsculas, mas que colocam em causa a sobrevivência de ecossistemas necessários à sobrevivência da humanidade.
AOC

Nick Brandt : in the eye of the beholder

O FIM DO PETRÓLEO COM O ESCRITOR JOSÉ RODRIGUES DOS SANTOS


"Venha Tomar um Café com. JOSÉ RODRIGUES DOS SANTOS e discutir o fim do petróleo e os desafios tecnológicos na perspectiva de um escritor e pesquisador" com a presença do Eng. Mira Amaral‏

23 de Março de 2011 17h

Pequeno Auditório do Núcleo Central Taguspark

(Welcome Coffe 16h45)

“Venha Tomar um Café com…

JOSÉ RODRIGUES DOS SANTOS

e discutir o fim do petróleo e os desafios tecnológicos na perspectiva de um escritor e pesquisador” com a presença do Eng. Mira Amaral

A Comissão Executiva da Taguspark, S.A., convida todos os interessados a tomar um café e conversar sobre um tema de grande actualidade. Este será o segundo encontro de uma série de conversas informais, animadas por uma curta introdução e seguidas de uma discussão livre… no fim de tarde de Quarta-feira, 23 de Março, às 17h, no Pequeno Auditório do Núcleo Central do Taguspark.

Estaremos à sua espera a partir das 16h45, onde terá a oportunidade de conversar com José Rodrigues dos Santos.

Nascido em 1964 em Moçambique, abraçou o jornalismo em 1981, trabalhou na BBC e na CNN. Doutorado em Ciências da Comunicação, é escritor, professor da Universidade Nova de Lisboa e jornalista da RTP. Trata-se de um dos mais premiados jornalistas portugueses, com dois prémios do Clube Português de Imprensa e três da CNN, entre outros.

Rodrigues dos Santos vem falar-nos do fim do petróleo e os desafios tecnológicos na perspectiva de um escritor e pesquisador. Um tema da maior importância no nosso país - a crise energética, o começo do fim do petróleo e as suas implicações na economia nacional e nas empresas.

Contamos com a sua presença.

Este encontro será transmitido, em directo, via webcast.

Para mais informações, por favor contactar:

DIRECÇÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES, COMUNICAÇÃO E IMAGEM

Joana Saldanha Nunes 21 4226900 jnunes@taguspark.pt

HUMOR EM TEMPO DE CRISE


Só quando pagar o tractor....

Um pai Ribatejano com 3 filhos

O mais velho foi ter com o pai e pediu:
-Oh pai, queria 1 carro! Na faculdade sou o único que não tenho!
-Só quando eu acabar de pagar o tractor.
Chega o segundo e diz:
-Oh pai preciso de uma moto!
-Só quando eu acabar de pagar o tractor.
A seguir vem o mais novo.
-Pai quero uma bicicleta!
-Só quando eu acabar de pagar o tractor.
O miúdo vai para o quintal amuado, ao chegar vê o galo em cima da galinha, passa pela mãe a correr dá um enorme pontapé no galo. A mãe ao observar aquilo pergunta. Mas que mal te fez o galo?
Resposta do miúdo:

-Nesta casa enquanto o pai não pagar o tractor anda tudo a pé!!!

quarta-feira, 16 de março de 2011

JAPÃO, ANTES E DEPOIS


Japão - Antes e Depois‏
http://www.vg.no/nyheter/utenriks/jordskjelv-i-japan/bilder.php

Passem o rato em cima das imagens (tipo scroll lateral) e vejam o antes e depois... impressionante!

Centro Histórico - BEJA Portugal

GERAÇÃO À RASCA - A NOSSA CULPA


Geração à Rasca - A Nossa Culpa
Um dia, isto tinha de acontecer.
Existe uma geração à rasca?
Existe mais do que uma! Certamente!
Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida.
Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações.
A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo.
Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.

Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos) vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.
Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse. Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada.
Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.

Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, ... A vaquinha emagreceu, feneceu, secou.

Foi então que os pais ficaram à rasca.
Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado.
Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.
São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquercoisaphones ou pads, sempre de última geração.

São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!

A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.

Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.
Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional.
Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.
Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.
Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.
Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável.
Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.
Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.

Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e inteligência nesta geração?
Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos!
Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós).
Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja!, que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida.

E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!!

Novos e velhos, todos estamos à rasca.
Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens.
Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles.
A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la.
Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam. Haverá mais triste prova do nosso falhanço?
Pode ser que tudo isto não passe de alarmismo, de um exagero meu, de uma generalização injusta.
Pode ser que nada/ninguém seja assim.

http://assobiorebelde.blogspot.com/2011/03/geracao-rasca-nossa-culpa.html

Escutas Pinto da Costa - Reacção do Hitler

DISCURSO POLÍTICO ANTES E DEPOIS DA POSSE


ANTES DA POSSE



O nosso partido cumpre o que promete.
Só os tolos podem crer que
não lutaremos contra a corrupção.
Porque, se há algo certo para nós, é que
a honestidade e a transparência são fundamentais.
para alcançar os nossos ideais
Mostraremos que é uma grande estupidez crer que
as máfias continuarão no governo, como sempre.
Asseguramos sem dúvida que
a justiça social será o alvo da nossa acção.
Apesar disso, há idiotas que imaginam que
se possa governar com as manchas da velha política.
Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que
se termine com os marajás e as negociatas.
Não permitiremos de nenhum modo que
as nossas crianças morram de fome.
Cumpriremos os nossos propósitos mesmo que
os recursos económicos do país se esgotem.
Exerceremos o poder até que
Compreendam que
Somos a nova política.


DEPOIS DA POSSE

Basta ler o mesmo texto acima, DE BAIXO PARA CIMA

CONVITE - ROTA DA FEITORIA FENÍCIA


João convidou-te para o evento Rota da Feitoria Fenícia e diz "Vamos ajudar o nosso Património Marítimo. "PRESERVAR USANDO"".

Rota da Feitoria Fenícia
Domingo, 20 de Março às 12:00
Local: Doca das Fontaínhas (Doca dos Ferries para Troia) Setúbal N38 31.332 W8 53.168

CONVITE DO SYNAPSIS: LER AUTORES PORTUGUESES





CONVITE SYNAPSIS: "LER AUTORES PORTUGUESES"‏

Há mil boas razões para ficarmos sentados no sofá, em casa, numa sexta-feira, à noite: um bom livro, boa música, o convívio da família, ou mesmo a televisão, para quem ainda goste. Mas há outras mil razões para sairmos de casa às sextas. Por exemplo, ir aos serões do Synapsis, no Museu de Arqueologia de Setúbal. Na próxima 6.ª feira, não faltem:

18 de Março, 6.ª feira, às 21h30
“Ler Autores Portugueses”
António Marrachinho Soares

Ao serão, em tertúlia, vamos voltar um bocadinho à escola e relembrar momentos importantes da literatura portuguesa, também homenageando alguns dos nossos Autores.
Aproveitaremos a participação de todos para fruir e conhecer melhor algumas páginas da nossa literatura mas também para entrever os caminhos do futuro, a partir de um presente rico em propostas, certamente de gosto e valor subjectivos, mas informado pelo que nos ofereceram os Autores que aproximaram Portugal da modernidade e fizeram da Poesia ou da Literatura Portuguesas expoentes da cultura universal.

Abraço

Salvador Peres

OS VENCIMENTOS DOS GESTORES PÚBLICOS


Vencimento dos administradores públicos


por Advogado do diabo em 11-10-2010 10:35



Quando digo que não concordo com as greves e que estas medidas de austeridade são necessárias é porque sei que se o FMI tiver que intervir em Portugal vamos sofrer ainda mais do que com estas medidas que possivelmente vão agora ser implementadas. Contudo, não concordo mas compreendo as pessoas que não partilham da minha opinião, pois parece que a crise e a austeridade continuam sempre a ser só para alguns, veja-se o vencimento mensal dos 20 administradores públicos mais bem pagos, e sim é mensal não é anual.

Valor - Empresa - Administrador
420.000,00 € - TAP - Fernando Pinto
371.000,00 € - CGD - Faria de Oliveira

365.000,00 € - PT- Henrique Granadeiro
250.040,00 € - RTP - Guilherme Costa
249.448,00 €- Banco Portugal - Carlos Costa
247.938,00 € - ISP - Fernando Nogueira
245.552,00 € - CMVM- Carlos Tavares
233.857,00 € - ERSE - Vítor Santos
224.000,00 € - ANACOM- Amado da Silva
200.200,00 € - CTT - Mata da Costa
134.197,00 € - Parpublica -José Plácido Reis
133.000,00 € - ANA - Guilhermino Rodrigues
126.686,00 € - EDP - Pedro Serra
96.507,00 € - Metro Porto - António Oliveira Fonseca
89.299,00 € - LUSA - Afonso Camões
69.110,00 € - CP - Cardoso dos Reis
66.536,00 € - REFER- Luís Pardal
66.536,00 € - Metro Lisboa - Joaquim Reis
58.865,00 € - CARRIS - José Manuel Rodrigues
58.859,00 € - STCP- Fernanda Meneses

Isto é vergonhoso, por muito que estas pessoas sejam produtivas (se é que são) merecem receber estas exorbitâncias? Quanto ao governo o que tenho a dizer é que se não querem polémicas e querem o apoio da população em geral, não se ponham a jeito de serem criticados.


Nota: numa altura em que, com o PEC 4, se preparam para congelar reformas de 200 euros, é revoltante pedirem-se mais sacrifícios sempre aos mesmos. O que estas vinte pessoas ganham dava para pagar pensões de 200 euros a mais de 18.000 portugueses. Mas claro que as empresas públicas precisam de gestores. Pois precisam, mas bastava reduzir-lhes os proventos em 25% para que 4.600 portugueses recebessem as tais pensões de 200 euros. Demagogia? É falso dizer que se não pagarmos bem estes boys emigram. A maior parte das empresas privadas não paga tão chorudos ordenados e no estrangeiro ninguém os quereria. É que, por lá, há gente tão ou mais competente e muito mais barata.

Queen - Another One Bites the Dust - Ivanovic / Lyra

CONVITE PARA OUVIR DEJAN IVANOVICH



Recital e Masterclass de Guitarra por Dejan Ivanovich
Sábado, 9 de Abril às 21:30
Local: Conservatório Regional de Setúbal

As Maravilhas de Portugal no Mundo - Convento de S. Francisco, Salvador ...

PINTOR LUCIANO SANTOS





"O Pintor Setubalense Luciano dos Santos no contexto das gerações da Arte Moderna Portuguesa"


Os 100 anos do nascimento do pintor Luciano dos Santos são evocados no dia 25, data da efeméride, com uma conferência a realizar, às 21h00, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

“O Pintor Setubalense Luciano dos Santos no contexto das gerações da Arte Moderna Portuguesa” é o título do encontro conduzido por Baptista Pereira.


Luciano Santos, pintor setubalense e um expoente da arte portuguesa, prox . dia 25 !

André rieu- when the saints go marchin in - NYC

segunda-feira, 14 de março de 2011

COMO AS GASOLINEIRAS NOS ENGANAM


SE BEBER NÃO CHUTE A GARRAFA

Video sobre Viseu

O FUTURO EM VIDRO


Para quem gosta de tecnologia interessante!

Carregue no link abaixo.

Algo que já não está tão distante quanto se pensa.

O Futuro em vidro. Le Futur en vitre

http://www.dump.com/2011/02/12/a-day-made-of-glass-cornings-vision-for-the-future-with-specialty-glass-at-the-heart-of-it-video/

Yuja Wang plays the Flight of the Bumble-Bee (Vol du Bourdon) -

UMA VOZ E UMA MULHER QUE A DROGA DESTRUIU - Whitney Houston - I Will Always Love You (Divas Live, 1999)

ENERGIAS RENOVÁVEIS


Aqui vai uma notícia de última hora.

Governo português contrata indiano que está há 70 anos sem comer nem beber para ensinar desempregados a alimentarem-se da luz solar.

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=42606&op=all

Aos 80 anos, Prahlad Jani - ou Mataji, como é conhecido - sobreviveu os últimos 70 anos sem comer nem beber, praticando um tipo especial de ioga que, segundo o octogenário, utiliza o Sol como alimento.
Soubemos que o Ministério do Trabalho já contratou este mestre da meditação para dar palestras a desempregados e fala-se também em palestras para funcionários públicos.
Fonte do gabinete da ministra Helena André explicou: "Todos sabem o momento de crise que atravessamos. Não há perspectivas de melhoria e temos que preparar as pessoas para sobreviverem com muito pouco."
Portugal é um país com muitos dias de Sol por ano e se este homem conseguir ensinar os nossos desempregados a sobreviverem só com a luz solar é a solução para o nosso problema.
Dentro de meses esperamos já deixar de pagar subsídios de desemprego, vamos apenas distribuir espelhos para que os desempregados possam apanhar o dobro da luz solar e encherem a barriguinha.

O Governo de Sócrates, sempre na senda das tecnologias renováveis e não poluentes, encontrou mais uma solução para a crise!

ANGOLA - 15 DE MARÇO DE 1961 - OS MASSACRES DA UPA/FNLA

CAROS AMIGOS

Passam, agora, 50 anos sobre o início da revolta da UPA no norte de Angola. Centenas de portugueses e milhares de angolanos mortos. Uma guerra que se prolongaria 13 anos e continuaria, de outra forma, até ao novo milénio. A zona do Quitexe foi das primeiras a ser confrontada com este cortejo de desgraças. No texto anexo os autores descrevem as situações dramáticas que viveram e episódios que ajudam a compreender os caminhos que levaram àquela tragédia imensa. Textos fundamentais para a compreensão do conflito, escritos de forma tão impressiva que nos impede de ficarmos indiferentes devido à magnitude do drama humano e social então vivido, à sinceridade que se pressente no que os autores nos dizem e à forma simples, viva e directa como estão escritos.

Os melhores cumprimentos

João Luís Garcia

“Quitexe” - http://quitexehistoria.blogs.sapo.pt/






O Velho Canzenza


O velho Canzenza simbolizava a alma da velha cultura e do poder africano, exercido em paralelo com o da administração portuguesa. A solução dos grandes problemas surgidos no seio das
comunidades e no interior das sanzalas estava a cargo de Os Mais Velhos que eram pessoas de muito respeito, não só por serem velhos, mas pelo saber e experiência que tinham da vida africana. São, os mais velhos, homens como o Canzenza, perante os quais os mais novos se
curvam e batem palmas em sinal de muito respeito. Foi na pequena sanzala, logo à saída do Quitexe, na estrada que vai para Camabatela, que o velho Canzenza foi obrigado a fixar-se desde 1947/48 vindo de longe, da serra do Cananga. Lá vivia rodeado de uma numerosa família e era possuidor de grandes lavras de café.
A ordem do Muniputo (Administração Portuguesa) viera. Tinha que abandonar a sua serra e fixar-se junto à estrada, perto do Posto Administrativo do Quitexe, a uns 40 ou 50 Km.
A partir de 1949 o café começa a subir nas cotações internacionais, o seu preço aumenta. Em Luanda há uma corrida em direcção ao Norte. Todos querem ser fazendeiros: médicos, engenheiros, advogados, comerciantes, juízes, reformados do exército e também muitos aventureiros; vêm todos à procura do ouro negro.
As matas do Quitexe são as mais apetecidas e, assim, munidos de licenças de demarcação de milhares de hectares, vão espalhando tabuletas a assinalar a posse e ocupação dessas
extensas áreas. O Quitexe está transformado num verdadeiro “Farwije”.
Estamos no ano de 1951. O velho Canzenza é chamado ao posto onde o Chefe lhe diz que as suas antigas lavras de café na serra do Cananga e as matas em redor foram demarcadas por
um senhor médico, reformado do exército.
O Chefe do Posto intimou o Velho Canzenza para, no outro dia, lhes ir mostrar todas as lavras lá existentes. Ele, que três anos antes fora obrigado a abandoná-las, regressa, agora, para as
entregar ao branco vindo de Luanda.
Podia ser que o branco, em troca, lhe desse uma boa retribuição...
Há uma corrida em direcção ao Norte. Todos querem ser fazendeiros.
Mas o oficial médico, vestindo a sua farda militar, arroga-se em representante do estado português e, portanto nada tinha a pagar.
E, assim regressaram ao Quitexe, o Velho mais pobre e o branco, mais rico, talvez já colha, nesse ano, umas toneladas de café nas lavras abandonadas.
No dia 15 de Março o Canzenza ficara na sua sanzala que ficava a menos de 1 Km do Quitexe. Por certo saberia o que se tinha passado nessa manhã. Ao cair da noite, uma carrinha vinda dos
lados de Camabatela aproxima-se da sanzala. O velho lá está vestido com os tradicionais panos. Da carrinha são disparados tiros e o Canzenza cai ao chão.
A viatura não para, segue para o Quitexe e o R...... anuncia que acabava de matar o Canzenza. No dia 18 de Março o Quitexe está em pé de guerra, cheio de gente.
Por altura do meio-dia é dado o sinal de alerta, todos correm a pegar em
armas. Um preto, possivelmente um “turra” aparece de mãos no ar dirigindo-se para o Posto Administrativo. Aproxima- se e passa entre alguns brancos de armas apontadas. Vou ver de quem se trata e, meu Deus, que vejo eu! A figura imponente do velho Canzenza. Tal como
Jesus Cristo, que ao terceiro dia ressuscitou, também o velho Canzenza faz de novo a sua aparição no reino dos vivos.
Afastei-me cobardemente, para que ele não me visse. Eu não estava em condições de lhe poder valer, pois, dias antes, eu também havia sido ameaçado de morte pelos brancos. Horas mais tarde, soube que havia sido entregue à Pide e tinha sido levado para o Uíge para interrogatório.
Pobre Canzenza, por certo nunca mais voltaria e as autoridades portuguesas teriam perdido um dos elos mais fortes do convívio pacífico entre os Portugueses e os Africanos: apesar de
tudo, Os Mais Velhos gostavam dos Portugueses!
JOÃO NOGUEIRA GARCIA.


João Nogueira Garcia rumou a Angola, em 1947, com uma carta de chamada do seu irmão Alfredo que se instalara em Porto Alexandre uns anos antes.
Natural da Várzea Grande (Vila Nova do Ceira) chegou a Angola com 21 anos, com uma mala cheia de esperança.
Rapidamente a sua experiência no comércio lhe permitiu construir a sua própria casa comercial no posto administrativo do Quitexe, na zona do Uíge, a terceira a ser edificada no local.
O bom relacionamento e o respeito que nutria pelos povos desta região angolana foram fundamentais na expansão das suas actividades.
Já em colaboração com o seu irmão Alfredo foi também agricultor de café e industrial. No Quitexe, que rapidamente cresceu e se tornou vila, nasceram os seus filhos. Envolvido na barbárie que toldou os espíritos de angolanos e portugueses em Março de 61, soube afirmar o seu carácter no respeito pela dignidade humana, contra a violência, a vingança e o terror. Veio a falecer em2006, com 79 anos, deixando- nos o relato desses dias negros no repositório de memórias que é o livro “Quitexe 61– Uma Tragédia Anunciada”.

FOGE, NÃO OLHES PARA TRÁS!


Conselho aos Filhos de Portugal. Duro de roer!!!!‏
Mensagem recebida de um emigrante a viver no estrangeiro:

SER JOVEM NOS TEMPOS DE HOJE EM PORTUGAL


"Se és um jovem português

Atravessa a fronteira do teu País e parte destemido na procura de um futuro com Futuro

Porque no teu País

a Educação é como uma licenciatura tirada sem mérito e sem trabalho arquitectada por amigos docentes e abençoada numa manhã dominical

Porque no teu País

é mais importante a estatística dos números que a competência científica dos alunos.O que interessa é encher as universidades nem que seja de burros

Porque no teu País

a corrupção faz parte do jogo onde os jogadores e os árbitros são carne do mesmo osso e partilham o mesmo tempero

Porque no teu País

a justiça é ela própria uma injustiça porque serve quem é rico e influente com leis democraticamente pobres

Porque no teu País

as prisões não são para os ladrões ricos porque os ricos não são ladrões já que um desvio é diferente de um roubo

Porque no teu País

a Saúde é uma doença crónica onde, quem pouco tem é sempre colocado na coluna da despesa

Porque no teu País

se paga a quem nada faz e se taxa a quem pouco aufere

Porque no teu País

a incompetência política é definida como coragem patriótica

Porque no teu País

um submarino é mais importante que tu e o mar apenas serve para tomar banho e pescar sardinhas

Porque no teu País

um autarca condenado à prisão pela justiça pode continuar em funções em liberdade passeando e assobiando de mãos nos bolsos

Porque no teu País

os manuais escolares são pagos enquanto a frota automóvel dos políticos é topo de gama

Porque no teu País

háá reformas de duzentos euros e acumulação de reformas de milhares deles

Porque no teu País

a universidade pública deixou cair a exigência e as licenciaturas na privada tiram-se ao ritmo das chorudas mensalidades

Porque no teu País

os governantes, na sua esmagadora maioria apenas possuem experiência partidária que os conduz pelas veredas do "sim ao chefe"

Porque no teu País

o que é falso, dito como verdade, sob Palavra de Honra, são votos ganhos numa eleição

Porque no teu País

ss falências são uma normalidade o desemprego é galopante a criminalidade assusta o limiar da pobreza é gritante e a venda de Porsches ... aumenta

Porque no teu País

há esquadras da polícia em tal estado que os agentes se servem da casa de banho dos cafés mais próximos

Porque no teu País

Se oferecem computadores nas escolas apenas para compor as estatísticas do saber "faz de conta" em banda larga

Porque no teu País

se os teus pais não forem ricos por mais que faças e labutes pouco vales sem um cartão partidário

Porque no teu País

os governantes não taxam os bancos porque, quando saírem do governo serão eles que os empregam

Porque no teu País

és apenas mais um número onde o Primeiro-Ministro se chama Alice que vive no País das Maravilhas mesmo ao lado do teu.

Foge !

E não olhes para trás !"

PS: Não concordo com o autor desta opinião. Fugir não é solução. A emigração tem sido a desgraça histórica deste país. Fugir tem sido a solução encontrada pelos portugueses, e não só, para contornarem as dificuldades da vida. Enquantos noutros países se fizeram revoluções, os portugueses fugiram, aos milhões, para o Brasil, Angola, Moçambique, Venezuela, França. Tinham esse direito como seres humanos. O direito de fugir à miséria, de procurar uma vida melhor e a maior parte conseguiu-o. Contudo, em termos históricos e sociais, esta sangria de vontades, de raivas e desesperos esvaziou tensões e evitou a solução melhor. No seu cinismo e medo, os políticos sempre souberam disso e ao longo da história nunca a contrariaram. Aquilo de que uma sociedade necessita para que verdadeiramente se transforme é da violência de uma revolução. E essa só é possível com gente. Com cidadãos que nada têm a perder. Enquanto tal não suceder temos países adiados.

AOC

A IMPORTÂNCIA DE UM CAFÉZINHO


A importância de um cafézinho....‏


Dois leões fugiram do Jardim Zoológico. Na fuga, cada um tomou um rumo diferente. Um dos leões foi para as matas e o outro foi para o centro da cidade.

Procuraram os leões por todo o lado, mas ninguém os encontrou.

Um mês mais tarde, para surpresa geral, o leão que voltou foi justamente o que fugira para as matas.

Voltou magro, faminto, alquebrado. Assim, o leão foi reconduzido à sua jaula.

Passaram-se oito meses e ninguém mais se lembrou do leão que fugira para o centro da cidade. Eis senão quando, um dia, o bicho foi recapturado e voltou ao Jardim Zoológico, gordo, sadio, vendendo saúde.

Mal ficaram juntos de novo, o leão que fugira para a floresta perguntou ao colega:

- Como é que conseguiste ficar na cidade este tempo todo e ainda voltar com saúde? Eu, que fugi para a mata, tive que voltar, porque quase não encontrava que comer...

O outro leão então explicou:
- Enchi-me de coragem e fui esconder-me numa repartição pública. Cada dia comia um funcionário e ninguém dava por falta dele.

- E porque voltaste então para cá? Tinham-se acabado os funcionários?

- Nada disso.. Funcionário público é coisa que nunca se acaba. É que eu cometi um erro gravíssimo. Já tinha comido o director geral, dois superintendentes, cinco adjuntos, três coordenadores, dez assessores, doze chefes de secção, quinze chefes de divisão, várias secretárias, dezenas de funcionários e ninguém deu por falta deles! Mas, no dia em
que comi o desgraçado que servia o cafézinho... estraguei tudo!

PETIÇÃO PELA DESTITUIÇÃO DO GOVERNO DE JOSÉ SÓCRATES



Acabei de ler e assinar a petição online: «Pela destituição do Governo de José Sócrates»

http://www.peticaopublica.com/?pi=P2011N6443
Apesar de considerar uma medida urgente a tomar , não a considero "a única"
Lê e age em conformidade com o que pensas


Petição Pela destituição do Governo de José Sócrates Para:Exmº Senhor Presidente da República PortuguesaExmº Senhor Presidente da República Portuguesa,
Dr. Aníbal Cavaco Silva


Esta petição tem como missiva a destituição do Governo Vigente assim como a responsabilização judicial de todos os constituintes envolvidos em casos de Peculato ou gestão danosa do Património da nação Portuguesa.

Estamos fartos!
É esta a principal missão desta Petição Pública apartidária. Este não é um manifesto Político.
Este é um grito de revolta!
Será que nós os Portugueses somos tão passivos, que permitimos que o Primeiro-ministro continue a ludibriar-nos indefinidamente sem consequências?
O sonho de Abril de 74 resume-se à situação em que este País se encontra?
A Juíza Maria José Morgado concorda: "Corrupção tornou País mais pobre"
Não existe espaço suficiente para resumidamente descrever as situações que a nossa imprensa denuncia, são tantas... eles, a imprensa, cumprem com a missiva de informação pública, expondo o CRIME!
Todos os amigos, dos amigos, dos amigos, roubam-no, a si e aos seus filhos, em suma, o povo Português está a ser defraudado.
O que vai fazer quanto a isto? O mundo está em convulsão, as ditaduras estão a cair, as mudanças acontecem, um pouco por todo o lado, exige-se mudança e rigor.
Nós Portugueses, descendentes do Afonso Henriques, que ousou com coragem enfrentar a mãe e o mundo, somos mansos?



http://www.parlamento.pt/Legislacao/Paginas/ConstituicaoRepublicaPortuguesa.aspx
http://www.presidencia.pt/?idc=1

Esta petição é condição fundamental das liberdades e direito democrático, aqui declaramos a Vossa Excelência, enquanto cidadãos activos da República Portuguesa, o nosso repúdio pela situação em que o país se encontra.

Os signatários