sexta-feira, 2 de julho de 2010

AUSTERIDADE BRITÂNICA



Algumas das principais medidas do plano de austeridade britânico.

. O IVA sobe de 17,5% para 20%.
. Corte de 25% nos orçamentos governamentais, com excepção da Saúde e apoio internacional.
. O imposto sobre as mais-valias sobe de 18% para 28% para os rendimentos mais elevados.
. Congelamento por três anos do subsídio por criança.
. Fundo para a Rainha congelado em 9,5 milhões de euros.
. Menos benefícios fiscais para remunerações superiores a 48 mil libras por ano.
. O imposto sobre os lucros das empresas não financeiras é reduzido de 28% para 27%, no próximo ano. Esta taxa sofrerá ainda uma redução de 1 ponto percentual nos três anos seguintes até atingir 24 por cento.
. Para as pequenas empresas, o imposto sobre o lucro será reduzido para 20 por cento.

TURISMO NO ALGARNE

Parece que já ninguém se lembra do tempo em que os empresários algarvios não queriam a má companhia dos turistas nacionais.
Mas mudam-se os tempos, as crises e as vaidades e agora é um choradinho pegado. De joelhos, agora que ingleses, e alemães se deixam ficar a bronzear sob os nevoeiros dos respectivos países, pedem, imploram, que frenquentemos os seus hoteis e restaurantes. Tudo em nome do interesse nacional, dizem eles e o Governo.
Espero que, quando a crise passar, os turistas portugueses não voltem a ser escorraçados do Algarve.

O PETRÓLEO AMERICANO E O GOLFO DO MÉXICO



No seu território, a América autorizou offshore e driling, caso do Golfo do México, e autorizou-o a grandes profundidades submarinas. Onde o homem não chega nem pode trabalhar.
A América quer, deseja, com voracidade imensa e parco sentido da realidade, petróleo para os seus SUV e os seus Escalades e Hummers. E quer petróleo a qualquer preço. Invadindo países do Médio Oriente, apertando ditadores ao peito, promovendo alianças espúrias, desencadeando guerrilhas "de libertação", praticando uma política externa que torna o crude o símbolo dos interesses americanos.
Quanto ao desastre ecológico, o maior de sempre na história americana, convém recordar que no delta do Níger, nas florestas tropicais do Equador e da Indonésia, entre outros lugares, a ExxonMobil, a par com a sua colega Chevron, têm causado danos ambientais continuados a tribos e populações que vivem nas zonas de exploração, e tem provocado desastres ambientais superiores ao do Golfo do México. No Equador foram despejados 18 mil milhões de galões de águas pós-residuais tóxicas na floresta, destruindo um ecossistema. Custo da limpeza depois de uma acção do Equador? 27 mil milhões. Na Indonésia, a ExxonMobil aparece envolvida em crimes ambientais e desrespeito dos direitos humanos, unindo-se a forças de segurança locais que, em conluio com autoridades corruptas, aprisionam e matam todos os que se opõem à exploração. O mesmo acontece no delta do Níger, onde a aliança entre petrolíferas e o venal Governo nigeriano tem servido para reprimir as populações que viram o seu modo de vida afectado, a pesca, a agricultura, e subvivem no meio de labaredas e uma mancha tóxica que alastra pela paisagem. Rios negros, árvores mortas, águas,animais e pessoas envenenadas...
No Golfo do México, os congressistas clamam por vingança e armam-se em vítimas. Em África e no resto do mundo, apoiam o invisível vilão.
(excertos de um texto de Clara Ferreira Alves publicado na Revista Única em 26-06-2010)

BLOCO DE ESQUERDA - TACHOS


Mãe de Louçã, 79 anos, Assessora da Assembleia da República


(" FAZ O QUE EU DIGO, NÃO FAÇAS O QUE EU FAÇO ... ")

e) - FRANCISCO ANACLETO LOUÇÃ, de 49 anos de idade, portador do Bilhete de Identidade nº 4711887, emitido pelo Arquivo de Identificação de Lisboa em 6 de Abril de 1998, filho de António Seixas Louçã e de Noémia da Rocha Neves Anacleto Louçã, solteiro, professor universitário, natural de São Sebastião da Pedreira, Lisboa e residente na Avenida Duque de Loulé nº 105, 1º, Lisboa;
Despacho (extracto) n.º 5296/2010
Assembleia da República - Secretário-Geral
Nomeação da licenciada Noémia da Rocha Neves Anacleto Louçã para a categoria de assessora do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda

Confirma-se o que os velhos anarquistas diziam: "O poder corrompe e é arrogante".
Um político, para mais de uma esquerda radical e moralista, não pode ceder à tentação de arranjar um "tacho" para a mãe.
Caíu mais um esteio, que julgávamos inanomível, da ética política portuguesa!
Estou triste porque julgava Francisco Louçã imune ao nepotismo.
Nas próximas eleições voto em branco.


terça-feira, 29 de junho de 2010

Actividades nos parlamentos

QUANDO OS DAQUI COMEÇAREM A LEVAR UNS "BORNOS" A SERIO, MAS DADOS PELA POPULAÇAO, OS NOSSOS PROBLEMAS VAO SER RESOLVIDOS, NEM HAVERA TEMPO PARA "CUBAR"!!!!!
ENQUANTO UNS SE ESPANCAM OUTROS DORMEM...ISTO E QUE É..............


JAPAN


MEXICO


RUSSIA


INDIA


TAIWAN


Turkey


Angola

O PRESIDENTE DOS NETINHOS



CAVACO SILVA (Presidente da República):
" Todos os portugueses sabem que desde quinta-feira à noite estou nos Açores, em São Miguel, cumprindo uma promessa que fiz há muito tempo a toda a minha família, filhos e netos, de lhes mostrar as belezas desta região".

MARCELO REBELO DE SOUSA (comentador):
"É mais importante ser-se Presidente do que os netinhos. A função presidencial prevalece sobre as promessas todas aos netinhos".

ASSUNTO DE ESTADO?
Cavaco Silva, a quem José Saramago apodou de "génio da banalidade", não compareceu ao funeral do escritor, no domingo, 20. O Presidente justificou-se com a promessa à família e com o facto de nunca ter conhecido pessoalmente o vencedor do prémio Nobel da Literatura.

PERGUNTA:
Será que Portugal, em tempo de crise, precisa de um "génio da banalidade" ou, pelo contrário, de um homem que coloque os interesses da Nação acima da sua vida pessoal?
Nas próximas eleições os portugueses decidirão!

E O MEXILHÃO TRAMOU A BARRAGEM

“O Ministério do Ambiente chumbou a construção da barragem de Pedroselos, no Alto Tâmega. Motivo: a descoberta de que ali vive uma espécie em vias de extinção, conhecida por mexilhão do rio.
Não sei o mais admirar: se o Ministério do Ambiente, que nunca tinha dado por que no Alto Tâmega se desenrolava este drama, se a Iberdrola, que ao investir ali, alertou para a tragédia; se o próprio mexilhão, que mesmo à beira da morte, conseguiu fazer ouvir a sua voz desesperada.
Interroga-se o leitor mas que importância transcendente tem o mexilhão do rio em Portugal? Não sabe. Mas o certo é que a Iberdrola, que já pagou 303 milhões de euros ao Estado português pela construção de quatro barragens no Alto Tâmega, ou constrói esta noutro local ou redistribui a potência das outras quatro por apenas três. Isto, claro, se nas margens das outras não se descobrir que uma raríssima pulga da areia está em vias de extinção…Decididamente, o ridículo não mata. Mas custa imenso tempo e dinheiro.”
(Texto de Nicolau Santos, publicado no jornal Expresso de 26 de Junho de 2010)

Entretanto, queremos energia barata nos frigoríficos, nas lâmpadas lá de casa, nos telemóveis, nas televisões, aquecimento no Inverno, ar condicionado no Verão, avenidas iluminadas, carros eléctricos, indústrias competitivas, agricultura moderna; pelo caminho manifestamo-nos contra o nuclear, contra a utilização de combustíveis fósseis, contra a poluição ambiental das torres eólicas. Enfim, salva-se o mexilhão e definhamos nós…

DEPUTADA BRASILEIRA- Precisamos de uma igual em Portugal

segunda-feira, 28 de junho de 2010

HIPOTECAR O FUTURO


A NOVA REPÚBLICA E AS SANGUESSUGAS

…O Governo tem dificuldade em compreender o essencial. Demorou a perceber que tinha de dar o exemplo e só relativamente tarde decretou o corte de 5% nos seus próprios vencimentos e nos de outros políticos.
…Infelizmente a dimensão do Estado foi deixada em paz. Acaso vimos cortes na caterva de institutos públicos que mais não fazem do que duplicar serviços de Estado? Nos governos civis que ninguém sabe para que servem? Nos inúmeros departamentos que se destinavam a tarefas que, entretanto, se tornaram obsoletas? Nos inúmeros municípios e autarquias que, por questões de dimensão, já nem têm razão de existir? No número infindável de assessores? No recurso a gabinetes de advogados?
Nada disso de viu, porque à sombra destes organismos vivem inúmeros boys cuja maior utilidade é rodarem ao sabor dos poderes sucessivos, de que são o mais fiel suporte.
… O Governo tem pela frente uma crise monstruosa. Mas também tem o seu destino marcado (seria milagre ganhar de novo eleições). Bem podia, como última vontade, arrumar a casa.
…Ficaria para a História por bons motivos e não como mais um Governo que deitou o futuro a perder.
Quem sabe se assim ganharia o país?
(Excerto de um texto de Henrique Monteiro publicado no jornal Expresso de 26 de Junho de 2010)

SÓ ALGUNS APERTAM O CINTO




“PARTIDOS CORTAM, MAS POUCO

PS E PSD preparam redução de 10% na subvenção pública aos partidos e campanhas eleitorais.


…Se o corte ficar nos 10% (longa dos 50% propostos pelo BE, e de valor análogo defendido pelo PCP), quanto poupa o Estado?
No financiamento à actividade dos partidos (17 milhões de euros anuais) a poupança seria de 1,7 milhões ano. Quanto às campanhas eleitorais, se a alteração valer apenas até 2013, o impacto é diminuto: 430 mil euros de poupança nas presidenciais e de 340 mil nas regiões autónomas.
Se a lei for mesmo alterada e o corte não for a prazo, a poupança sobe, pois aplica-se às autárquicas (de longe a campanha que custa mais aos cofres públicos - 61 milhões de euros), e às legislativas, a segunda mais onerosa (8,6 milhões). Fazendo as contas para todo o ciclo eleitoral (presidenciais de 2011, regionais de 2012, legislativas e autárquicas de 2013, europeias de 2014), a redução de 10% na subvenção pública equivale a uma poupança de 8,2 milhões de euros.
Bastante? Nem por isso. Sobretudo se tivermos em conta o quanto aumentou nos últimos anos o financiamento do Estado às actividades partidárias. Basta ver que a lei actual, aprovada em 2003 e que entrou em vigor em 2005, aumentou 700% a subvenção pública para as legislativa.
…Por isso, o professor universitário Manuel Meirinho Martins, que tem estudado este fenómeno, não se impressiona com o eventual corte de 10%. “Depois do que aumentaram, bem podiam agora cortar 50%, que continuavam a gastar demasiado…”

(Excertos de um texto de Filipe Santos Costa, publicado no jornal Expresso de 26 de Junho de 2010)

PETIÇÃO CONTRA O ENCERRAMENTO DA BIBLIOTECA NACIONAL‏


Caros colegas e amigos,

Encontra-se disponível on line uma petição contra o encerramento da Biblioteca Nacional durante cerca de onze meses (tendo o mesmo sido apenas comunicado a 8 de Junho, sendo que a sala de leitura geral encerrará parcialmente já em Outubro... ) comprometendo gravemente trabalhos de investigação em curso ou no inicio.

http://www.peticao.com.pt/encerramento-bnp

Nâo deixem de assinar a petição

TVE: Documentário fantástico sobre Portugal

Imagens fantásticas, esplendorosas, magníficas. Deixam-nos plenos de orgulho por termos um país tão bonito.

O documentário tem 56 minutos e começa no Algarve. Segue para o Norte, Alentejo, Centro e Lisboa (os minutos por localidades estão mais em baixo).

Ponte Lima 9,00 / Douro 13 / Porto 15 / Alentejo 22 / Évora 22,41 / Marvão 25,57 / Castelo Vide 26,55 / Costa Alentejo 28 / Alcácer 29 / Aveiro 30 / Viseu 33 / Museu Grão Vasco 34 / Coimbra 35,50 / Termas Monfortinho 40,47 / Monsanto 41,57 / Penha Garcia 42,45 / Batalha 44,26 / Sintra 46 / Torre Belém 48,16 / Pastéis Belém 53,15 / Bº Alto 53,58 / Cabo Roca 56, 07

http://www.rtve.es/alacarta/la2/ultimos/index.html#659940

DEPUTADOS, FERIADOS E PONTES

UM QUINTO DOS DEPUTADOS FALTOU À SEXTA-FEIRA quando houve feriado à quinta.

Por cada cem deputados, 21 optaram por faltar ao trabalho para ter um fim de semana de quatro dias. Em média, as sessões plenárias que calharam entre o feriado de quinta-feira e o fim de semana tiveram 180 deputados presentes - ou seja, 50 faltaram. Uma taxa de absentismo de 21,4%.
Os deputados do PSD foram, comparativamente, os maiores adeptos das “pontes” parlamentares - em média, 30% da bancada laranja faltou ao plenário nas sextas-feiras analisadas. No PS a média cai para 19%. Os partidos mais pequenos são mais resistentes à tentação de fim de semana prolongado. Na maioria dos casos a falta é justificada com trabalho político
.
(Excerto do um texto de Filipe Santos Costa - jornal Expresso de 26 de Junho de 2010)