sexta-feira, 9 de julho de 2010

PT TRAÍDA POR PORTUGUESES

RICARDO SALGADO - BANCO BES
PAULO VARELA - VISABEIRA NUNO VASCONCELOS - ONGOING

O ROSTO DAQUELES QUE TROCARAM OS INTERESSES DO PAÍS
PELOS SEUS MUITO PRIVADOS INTERESSES

PRIVATIZAR LUCROS, SOCIALIZAR PREJUÍZOS

O PAPEL DO ESTADO NA ECONOMIA

O caso PT/Telefónica coloca em cima da mesa a questão central do papel do Estado na economia, que muitos querem reduzir à função assistencialista dos pobres e desvalidos do progresso. Viu-se na recente crise que, se não fosse o Estado (isto é, o dinheiro dos contribuintes), inúmeros bancos privados se teriam afundado sem remissão. Que depois disso os mercados façam pagar a esses mesmos Estados (isto é, aos cidadãos), com língua de palmo, os apoios à banca e à economia, é de revoltante hipocrisia. Como ficou provadíssimo, os mercados são muito imperfeitos e as empresas estão muito longe de se autorregular. O Estado deve, por isso, ser um regulador forte e impiedoso e, ao mesmo tempo, controlar sem medo nem hesitações algumas empresas e áreas de actividades que considera estratégicas para o país. De outro modo, será o poder do dinheiro e dos mais fortes a mandar em tudo e todos. Ora, esse poder só tem um interesse: o seu. E uma divisa: privatizar lucros, socializar prejuízos. E isso é intolerável.
(texto de Nicolau Santos, jornal Expresso de 3 de Julho de 2010)

quinta-feira, 8 de julho de 2010

CARRO DO FUTURO

Nas instalações da CEA (Comissariado de Energia Atómica), em Grenoble, uma equipa de 200 investigadores e engenheiros pesquisa e desenvolve novas tecnologias eléctricas que permitam alimentar o carro do futuro.
O acordo entre a CEA e a Renault-Nissan, prevê a construção de uma fábrica capaz de produzir, até 2015, 150 mil baterias de iões de lítio por ano.
O mercado internacional de baterias eléctricas pode atingir os 15 mil milhões em 2015. Não é de estranhar pois, a feroz competição para conseguir uma fatia de negócio, crucial para uma Europa em crise (mais de 23 milhões de desempregados).
Hoje, 97% das baterias, sejam para telemóveis ou computadores, são fabricadas na Ásia, divididas pelo Japão, Coreia e China.
Barack Obama já declarou querer que os carros do futuro e as tecnologias a eles associadas sejam desenvolvidos nos EUA.
Portugal estará também presente no negócio. A Nissan já chegou a acordo com o Governo de Sócrates para instalar uma fábrica de baterias em Cacia ( Aveiro) com capacidade para produzir 60 mil baterias por ano. As primeiras unidades serão lançadas no mercado em 2012.

VEÍCULO ECOLÓGICO

O ECO VEÍCULO português, desenvolvido pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, percorreu 2427 quilómetros com um único litro de combustível. Em nome do desenvolvimento sustentável, espera-se, agora, que seja passível do desejado aproveitamento comercial. Beneficia o país, o meio ambiente, a humanidade!

ESTADOS UNIDOS - ENERGIA SOLAR


Vindo de quem vem, esta é uma boa notícia para a humanidade.

A primeira central solar dos Estados Unidos começará a ser construída ainda este ano, no Arizona.
O país mais industrializado do mundo, parece, finalmente, ter compreendido as graves consequências que o excessivo consumo de combustíveis fósseis provoca no meio ambiente. Esperemos que não seja uma simples medida de cosmética para esconder a catástrofe do Golfo do México, onde o derrame de crude prossegue.
A ser verdade, por arrasto, todas as outras grandes economias, grandes poluidoras, ver-se-ão, em nome da competitividade, obrigadas a seguir o exemplo.
Competirá à ciência, agora, potenciar o uso desta fonte inesgotável de energia!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

MADE IN PORTUGAL



Nem tudo são más notícias em Portugal.
Há em nós como que prazer em noticiar apenas aquilo que corre mal no nosso país. Às boas notícias escondemo-las como coisas menores, sem importância.
Seremos um povo de invejosos, de masoquistas, de fadistas deprimidos, de saudosistas de um passado que foi grande, gente com falso orgulho nacional? Talvez!
E no entanto, tantos são os bons exemplos daquilo que fazemos bem. Em tempo de crise é cada vez mais necessário deixar de chorar sobre leite derramado e assumir o papel que queremos ocupar na História. O papel dos Velhos do Restelo ou o protagonismo dos conquistadores, dos que se não conformam.

ONZE ORGULHOS NACIONAIS
1 - A portuguesa HOVIONE está na linha da frente das tecnologias de fim de processo nos medicamentos, tornando-os mais solúveis.
2 - A PORCEL produz soluções em porcelana, estando presente em mais de 30 mercados. É na Noruega, onde detém 34% de quota de mercado, que esta empresa de Oliveira do Bairro encontra liderança na porcelana de mesa.
3 - YDREAMS, é hoje uma empresa global apostada em redefinir o conceito de interactividade. Por isso, tem desenvolvido ambientes, produtos e propriedades intelectuais em grande escala, abrindo o caminho para novas tendências no campo da tecnologia e design interactivos.
4 - A primeira vacina feita em Portugal contra a febre tifóidev é da responsabilidade da GENIBET, empresa biofarmacêutica portuguesa.
5 - A CRITICAL verificou e validou os sistemas de software mais críticos do Cryosat-2, satélite que tem como missão medir as alterações de espessura do gelo nos oceanos e as variações de espessura das calotes polares. Esta empresa portuguesa, integrada no consórcio industrial europeu, desenvolveu dois satélites da Agência Espacial Europeia.
6 - A CEI especializou e é líder na fabricação de máquinas de corte por jacto de água. A Ecco, Nike, Adidas, Reebok, Timberland, Fila, Terra Footwear, Volkswagen e Harley-Davidson, são os seus principais clientes.
7 - A portuguesa NDRIVE é player mundial nos sistemas de navegação utilizados nos telemóveis e GPS em mais de 40 países.
8 - A BIAL, após 14 anos de investigação patenteou o Zebinix, o primeiro medicamento exclusivamente português.
9 - A WeDo é líder mundial em software de gestão de garantia de receita.
10 - A EDIGMA desenvolveu um ecrã táctil, aplicável a qualquer superfície condutora, plana ou curva, opaca ou transparente, incluindo superfícies de vidro, plástico e madeira. É um ecrã multitoque sensível até ao sopro.
11 - Um grupo de universidades portuguesas está a desenvolver um tradutor instantâneo em qualquer língua.

terça-feira, 6 de julho de 2010

PORTUGAL 1 - ESPANHA O

PT CONTRA TELEFÓNICA (resultado ao intervalo)

O Estado português fez muito bem ter utilizado a golden share para impedir a compra da Vivo pela Telefónica.
As ofendidas virgens do mercado sobem pelas paredes com o crime, ignorando deliberadamente que se há país que mais tem utilizado o poder do Estado para impedir a compra das suas empresas por estrangeiros tem sido a Espanha.
Em Itália, Berlusconi impediu que a mesma Telefónica tomasse o controlo da Telecom Itália.
Na Gália o Governo francês impediu a compra da Danone bem como a entrada de investidores estrangeiros no sector energético.
Em Inglaterra ainda existem golden shares!
Em todo o processo quem se portou de forma reprovável foi a Telefónica. Avançou para a compra da Vivo sem avisar o seu parceiro de há 13 anos. Rejeitada, passou às ameaças, nunca aceitando conversar com os 3 dirigentes da operadora portuguesa. Depois, nervosa, vende a sua posição na PT a investidores travestidos e recusa-se a falar com o Governo português.
Todos sabiam, virgens ofendidas, acionistas, Telefónica, da existência da golden share. Se pensavam que era um berloque de Natal, enganaram-se.
Por isso, se há alguém que se portou de forma arrogante e pesporrenta, não foi o Governo português!
Com a Vivo, a PT é um dos maiores empregadores nacionais; uma das empresas que mais atrai o talento nacional; uma das empresas que mais investe no país, em particular na área da inovação; uma das empresas que mais impostos paga; uma das empresas com mais actividade nas áreas da responsabilidade social.
Por isso, ao impedir a destruição desta PT, o veto do Estado português foi muito bem utilizado.
(Excertos do texto de Nicolau Santos "O Estado fez muito bem", publicado no Expresso de 3 de Julho de 2010).

BRASIL - FUTEBOL - SERÁ VERDADE?

Talvez, isso explique a razão do jogador Leonardo ter declarado a seguinte frase: "Se as pessoas soubessem o que aconteceu na Copa do Mundo, ficariam enojadas".
Todos os brasileiros ficaram chocados e tristes por terem perdido a Copa do Mundo de futebol, na França. Não deveriam.
O que está exposto abaixo é a notícia em primeira mão que está sendo investigada por rádios e jornais de todo o Brasil e alguns estrangeiros, mais especificamente Wall Street Journal of Americas e o Gazzeta delo Sport e deve sair na mídia em breve, assim que as provas forem colhidas e confirmarem os fatos.
Fato comprovado:
O Brasil VENDEU a copa do mundo para a Fifa.
Os jogadores titulares brasileiros foram avisados, às 13:00 do dia 12 de Julho (dia do jogo final), em uma reunião envolvendo o Sr. Ricardo Teixeira (na única vez que o presidente da CBF compareceu a uma preleção da seleção), o Técnico Mário Zagallo, o Sr. Américo Faria, supervisor da seleção, e o Sr. Ronald Rhovald, representante da patrocinadora Nike.
Os jogadores reservas permaneceram em isolamento, em seus quartos ou no lobby do hotel.
A princípio muito contrariados, os jogadores se recusaram a trocar o penta-campeonato mundial por sediar a Copa do Mundo.

A aceitação veio através do pagamento total dos prêmios, US$70.000,00 para cada jogador, mais um bônus de US$400.000,00 para todos os jogadores e integrantes da comissão, num total de US$ 23.000.000,00 vinte e três milhões de dólares) através da empresa Nike.
Além disso, os jogadores que aceitarem o contrato com a empresa Nike nos próximos 4 anos terão as mesmas bases de prêmios que os jogadores de elite da empresa, como o próprio Ronaldo, Raul da Espanha, Batistuta da Argentina e Roberto Carlos, também do Brasil.
Mesmo assim, Ronaldo se recusou a jogar, o que obrigou o técnico Zagallo a escalar o jogador Edmundo, dizendo que Ronaldo estava com problemas no joelho esquerdo (em primeira notícia divulgada às 13:30 no centro de imprensa) e, logo depois, às 14:15, alterando o prognóstico para problemas estomacais).
*A sua situação só foi resolvida após o representante da Nike ameaçar retirar seu ** patrocínio vitalício ao jogador, avaliado em mais de US $90.000.000,00 (noventa ** milhões de dólares) ao longo da sua carreira.
Assim, combinou-se que o Brasil seria derrotado durante o 'Golden Goal' (prorrogação com morte súbita), porém a apatia que se abateu sobre os jogadores titulares fez com que a França, que absolutamente não participou desta negociação, marcasse, em duas falhas simples do time brasileiro, os primeiros gols.
O Sr. Joseph Blatter, novo presidente da Fifa, cidadão franco-suíço, aplaudiu a colaboração da equipe brasileira, uma vez que o campeonato mundial trouxe equilíbrio à França num momento das mais altas taxas de desemprego jamais registradas naquele país, que serão agravadas pela recente introdução do euro (moeda única européia) e o mercado comum europeu (ECC).
Garantiu, também, ao Sr. Ricardo Teixeira, através de seu tio, João Havelange,** que o Brasil teria seu caminho facilitado para o penta-campeonato de 2002.

*Por gentileza passem esta mensagem para o maior número possível de pessoas, ** para que todos possam conhecer a sujeira que ronda o futebol!

Desde, já agradeço, Um abraço.

Gunther Schweitzer
Central Globo de Jornalismo *COPA 1998 - DIVULGADO O ESCÂNDALO QUE TODO MUNDO SUSPEITAVA !!!!!

EXPOSIÇÃO DE PINTURA DE GRACIETE LANÇA



Graciete Alexandre da Lança
Convida V.Exª a estar presente na inauguração da sua exposição de pintura
no Clube Militar de Oficiais de Setúbal, na Praça do Bocage
dia 17 de Julho às 19h:
“ 10 ANOS DE ESCOLA”

MÁRIO CRESPO - IMAGINEM

Imaginem

Imaginem que todos os gestores públicos das 77 empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento. Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados. Se os resultados fossem bons as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação.
Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento. Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas. Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado. Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público. Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar. Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês. Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha. Imaginem que o faziam por consciência. Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas. Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam. Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares. Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas. Imaginem remédios dez por cento mais baratos. Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde. Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros. Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada. Imaginem as pensões que se podiam actualizar. Imaginem todo esse dinheiro bem gerido. Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.

Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas.
Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo.
Imaginem que país podíamos ser se o fizéssemos.
Imaginem que país seremos se não o fizermos.






segunda-feira, 5 de julho de 2010

HOSPITAL PORTUGUÊS

- Bom dia, é da recepção? Eu gostaria de falar com alguém que me desse
informações sobre os doentes. Queria saber se determinada pessoa está
melhor ou se piorou...
- Qual é o nome do doente ?
- Chama-se Celso e está no quarto 302.
- Um momentinho, vou transferir a chamada para o sector de enfermagem .....
- Bom dia, sou a enfermeira Lurdes. O que deseja?
- Gostaria de saber as condições clínicas do doente Celso do 302, por favor!
- Um minuto, vou localizar o médico de serviço.
- Aqui é o Dr. Carlos, de serviço. Em que posso ser-lhe útil?
- Olá, Sr. doutor. Precisaria que alguém me informasse sobre o estado de
saúde do Celso que está internado há três semanas no quarto 302.
- Ok, vou consultar a ficha do doente... Só um instante!
- Ora aqui está: ele alimentou-se bem hoje, a tensão arterial e a pulsação
estão estáveis, responde bem à medicação prescrita e vai ser retirado do
monitor cardíaco até amanhã. Continuando bem, o médico responsável dar-lhe-á
alta em três dias.
- Ahhhh, Graças a Deus! São notícias óptimas! Que alegria!
- Pelo seu entusiasmo, deve ser alguém muito próximo, certamente da
família?!
- Não, sou o próprio Celso que telefona daqui do 302 !!! É que toda a gente
entra e sai do quarto mas ninguém me diz nada... só queria
saber se estou melhor!...*

REMÉDIO SURPREENDENTE-COMA PORTUGUESES

O sumo de laranja neutraliza os efeitos negativos do consumo de fast food. Essa foi a conclusão a que chegou um estudo efectuado por uma universidade norte-americana, depois de submeter dezenas de voluntários a um pequeno-almoço, digamos, pouco recomendável. Ficou demonstrado que os antioxidantes presentes no sumo ajudam a prevenir os danos causados pela ingestão excessiva de gorduras.
Nota: Em resultado das viagens dos antigos navegadores e comerciantes portugueses, as laranjas ficaram conhecidas, em alguns países do oriente, pelo nome de "portugueses".

SOMÁLIA-CONCEITOS DE LIBERDADE


Primeiro, foram os filmes e a música, depois a dança, o futebol, as festas e o inglês nas escolas. Agora, os islamitas querem proibir os homens de fazerem a barba. A ordem foi anunciada pelo HIZBUL ISLAM, o movimento radical que controla quase todo o território. "Deixar crescer a barba é uma lição moral que nos legou o profeta MAOMÉ, pelo que é um dever manter viva eswta prática", explicou um porta-voz religioso.

PAULO NOZOLINO DEVOLVE PRÉMIO


COMUNICADO

Recuso na sua totalidade o Prémio AICA/MC 2009 em repúdio pelo comportamento obsceno e de má fé que caracteriza a actuação do Estado português na efectiva atribuição do valor monetário do mesmo. O Estado, representado na figura do Ministério da Cultura (DGARTES), em vez de premiar um artista reconhecido por um júri idóneo pune-o! Ao abrigo de “um parecer” obscuro do Ministério das Finanças, todos os prémios de teor literário, artístico e científico não sujeitos a concurso são taxados em 10% em sede de IRS, ao contrário do que acontece com todos os prémios do mesmo cariz abertos a candidaturas.

A saber: Quem concorre para ganhar um prémio está isento de impostos pelo Código de IRS. Quem, sem pedir, é premiado tem que dividir o seu valor com o Estado!

Na cerimónia de atribuição do Prémio foi-me entregue um envelope não com o esperado cheque de dez mil euros, como anunciado publicamente, mas sim com uma promessa de transferência bancária dessa mesma soma, assinada por Jorge Barreto Xavier, Director Geral das Artes. No dia seguinte, depois do espectáculo, das luzes e do social, recebo um e-mail exigindo-me que fornecesse, para que essa transferência fosse efectuada, certidões actualizadas da minha situação contributiva e tributária, bem como o preenchimento de uma nota de honorários, onde me aplicam a mencionada taxa de 10%, cuja existência é justificada pelo Director Geral das Artes como decorrendo de um pedido efectuado por aquela entidade à Direcção-Geral dos Impostos para emitir “um parecer no sentido de que, regra geral, o valor destes prémios fosse sujeito a IRS”.

Tomo o pedido de apresentação das certidões como uma acusação da parte do Estado de que não tenho a minha situação fiscal em dia e considero esse pedido uma atitude de má fé. A nota de honorários implica que prestei serviços à DGARTES. Não é verdade. Nunca poderia assinar tal documento.

Se tivesse sido informado do presente envenenado em que tudo isto consiste não teria aceite passar por esta charada.

Nunca, em todos os prémios que recebi, privados ou públicos, no país ou no estrangeiro, senti esta desconfiança e mesquinhez. É a primeira vez que sinto a burocracia e a avidez da parte de quem pretende premiar Arte. Não vou permitir ser aproveitado por um Ministério da Cultura ao qual nunca pedi nada. Recuso a penhora do meu nome e obra com estas perversas condições. Devolvo o diploma à AICA, rejeito o dinheiro do Estado e exijo não constar do historial deste prémio.

Paulo Nozolino

1 de Julho de 2010