quarta-feira, 30 de março de 2011

EM TEMPO DE CRISE COMA FAVAS - um alimento completo e barato


AS PRIMEIRAS FAVAS DESTE ANO ESTÃO A CHEGAR AO MERCADO. APROVEITE!

Não se vai arrepender de pagar as favas!

Neste caso, o ganho de nutrientescobre o esforço em experimentá-las mesmo que ainda não seja apreciador, pois talvez mude de opinião e queira combinar a excelência desta leguminosa nas suas refeições principais ou intercalares. Seja em sopa, estufada com peixe ou carne, cozida e adicionada em saladas, ou simplesmente servida como"dentinho" com azeite, cebola e alho, esta leguminosa permite enriquecer os seus pratos e melhorar a sua saúde. A fava é uma leguminosa com características muito próximas ao feijão e restantes leguminosas (ervilha,grão-de-bico, lentilha, soja, tremoço). Contrariamente às expectativas, este grupo de alimentos tem um valor calórico inferior aos cereais. No caso da fava, o seu valor calórico por 100g quando fresca é de 60 Kcal e se seca sobe até às 300 Kcal. Caso procure limitar a ingestão de calorias, a fava fresca oferece margem de manobra na quantidade servida sem que isso constitua um excesso calórico. Por outro lado, os hidratos de carbono(açúcar) das leguminosas são de absorção lenta, isto significa que são demorados, o que é excelente, especialmente para os diabéticos e os obesos.A casca, contém hidratos de carbono indigeríveis, que provocam gases(flatulência). Para os indivíduos com os intestinos mais sensíveis, a eliminação da casca ou a sua trituração em purés, é suficiente para reduzir os sintomas. De qualquer forma, é uma excelente fonte de hidratos decarbono, na forma de amido, que permite abastecer lentamente o organismo de glicose (açúcar utilizado pelas células como combustível) por longos períodos sem que ocorram descidas bruscas do seu nível. A proteína na fava é incompleta, o que significa que a ausência de alguns aminoácidos essenciais,obriga a que se complemente este alimento com pequenas quantidades de peixe,ou da carne, ou ainda se preferir pelos cereais (arroz, massa, milho, pão)combinados com produtos hortícolas (ricos em vitamina C). Esta última hipótese, (leguminosas + cereais + legumes ou hortaliça) constitui uma excelente alternativa aos pratos de carne (por exemplo: milho com favas e couve). Uma sugestão para todos nós, que infelizmente temos esquecido as leguminosas e que estão relacionadas com a diminuição do risco de doença coronária, cancro do cólon e mama, hipertensão, obstipação, etc.Os hidratos de carbono e proteínas fazem-se acompanhar de um conjunto de nutrientes reguladores (vitaminas, minerais e fibras), que oferecem ao consumidor um"pacote" de elevada densidade nutricional. Ou seja, bom equilíbrio entre os nutrientes energéticos e os reguladores. Assim, saliento o ferro, omagnésio, o potássio, o fósforo, o zinco, as vitaminas do complexo B (ácidofólico, B1, B2), fibras e fitonutrientes com propriedade antioxidante. O consumo de favas é imprescindível para o normal funcionamento do nosso organismo e poderá ajudar nos casos de excesso de peso, diabetes,hipertensão, obstipação, anemia, fadiga, convalescença e doença deParkinson .Por fim, a incapacidade em algumas pessoas (favismo) de inibir a acção de uma substância presente na fava crua poderá desencadear um tipo de anemia. Em indivíduos que estejam a tomar inibidores da monoaminoxidase(MAO) para tratamento da depressão poderão notar uma subida da pressão arterial. Estas considerações finais servem apenas para salvaguardar situações específicas e não devem servir de obstáculo para o seu consumo na população em geral. Bom apetite!

Ricardo Oliveira

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