quinta-feira, 11 de julho de 2013

MOÇAMBIQUE - SÉRGIO VIEIRA PRECONIZA A ELIMINAÇÃO (SAVIMBIZAÇÃO) DE DLAKHAMA




Sérgio Vieira insinua a eliminação (Savimbização) de Dlakhama


Do Rovuma ao Maputo não existe quem esteja indiferente com a
possibilidade de recomeço do terrorismo contra as pessoas e os bens
que tanto custam a criar e a recriar.

Nos mercados, nas bancas, nos chapas, nas conversas de amigos ou de
família, nos jornais o tema dominante que se levanta centra sobre o
recomeço da guerra, o reacender das mortandades.

Depois dos ataques contra um quartel que guarnecia um paiol, de se
metralhar um machimbombo e camiões, de se declarar que se encerrava a
comunicação a partir do Rio Save, nenhuma pessoa se sente tranquila
por mais que não pretenda ir por via terrestre para a Zambézia, Tete,
Nampula, Sofala, Niassa, Manica, Cabo Delgado.

Várias vezes por dia me interpelam sobre o que se deve fazer, sobre o
que penso, sobre como sair desta ameaça de um novo pesadelo.Já li, vi
e ouvi as mais diversas opiniões na comunicação escrita, na rádio e na
TV. De um modo geral todos alvitram sobre a necessidade de diálogo.

Venho-me interrogando sobre o diálogo, e pergunto com quem, para quê?
Como se dialoga com um facínora que vos aponta uma arma e quer a nossa
bolsa? Que diálogo se fez com o Niquinha, quando aterrorizava a
população da Matola? Como se tranquilizaram as gentes?

 Ficaram satisfeitas apenas quando viram o cadáver do meliante que
assaltava, mandava as mulheres cozinhar antes de as violar.

Nestes últimos tempos surgiram novos Niquinhas, encapuçados de
lutadores pela democracia, aprendida com os ultracolonialistas que os
geraram nos campos dos GE, GEP e Flechas, amamentados por Smith e
tutelados pelo “apartheid”.Para pôr termo às carnificinas fomentadas
por estes criminosos lá se dialogou com eles, lá se movimentaram boas
vontades das igrejas, do Islão, dos diplomatas.

À força de muitos e muitos milhões de dólares ofertados pelo antigo
patrão daLonrho, da ONUMOZ, das mais diversas embaixadas ocidentais e
do erário público, lá se arrefeceram os ardores canibalescos do nosso
Niquinha.

Por uns tempos, infelizmente. Na verdade tudo ele delapida, no álcool,
nas mulheres, na droga, nas loucuras das suas andanças. Queixa-se e,
em público, a esposa que não dá dinheiro para a casa, para os filhos,
protestam os seus guarda-costas, baptizados de Guarda Presidencial, de
nada receberem.

Claro, tudo o vento da loucura levou. E agora?Vamos ameaçar com novas
guerras. Vamos cortar o país. Vamos matar motoristas, camponeses,
passageiros de comboios e machimbombos, viva os Niquinhas e as
cedências aos meliantes!Devemos aprender a experiência dos nossos
irmãos angolanos que tudo fizeram para acomodar o seu Niquinha
nacional.

Fizeram acordos sobre acordos, criaram governos com a participação dos
demais partidos mesmo na oposição, incluindo do Niquinha. Só
resolveram depois de integrar os chefes dos apoiantes do Niquinha,
isolaram-no e então, já foragido de tudo e todos, besta isolada,
abateram-no, quizumba ferida.

A polícia deteve e bem um pretenso brigadeiro não sei se Piripiri, se
Malagueta bem intragável, que leu um comunicado a declarar que
encerrava as comunicações terrestres a partir do Save e a circulação
dos comboios e viaturas no centro do país. Repetição do Pereira das
cancelas.Prendeu e bem. Ameaças seguidas ainda por cima de factos, de
mortes, merecem cadeia.

Há que perguntar aos apaniguados que por aí andam se apoiam ou não os
crimes de terrorismo, as carnificinas, as ameaças de dividir o país.
Há deputados na Assembleia da República, nas Assembleias Provinciais,
nos municípios, há representantes partidários por toda a parte que se
devem dissociar da infâmia, ou assumi-la, largando os mandatos e
desfrutando as comodidades das cadeias. A Procuradoria deve agir e não
fazer política, perante o crime.

Há que seguir a lição angolana. Integrar os que não desejam continuar
como fora da lei, querem participar na vida do país, como empresários,
artesãos, camponeses, como actores da vida política. No seu seio
existem talentos que se podem aproveitar e fomentar para o bem de
Moçambique.

Haverá mesmo que fazer algum sacrifício e, embora não produtores de
petróleo e diamantes como Angola, criar-se um Fundo para Paz,
financiado pelo erário público, por donativos das gentes e empresas,
como outrora se fez com o Banco de Solidariedade. Ofertemos donativos
para a Paz, organizemos uma gestão idónea para haver bons resultados.

Este seria um banco servindo a reintegração dos filhos desviados. De
algum modo estaríamos a premiar os maus comportamentos, mas
pouparíamos sangue e destruições.Dialogue-se com quem mostra sensatez,
desejo genuíno de se integrar na sociedade, como produtores, como
agentes políticos, como cidadãos respeitadores da Constituição, da
Lei, dos bons costumes e da paz.

Para os recalcitrantes, na sequência, há que seguir o exemplo
angolano, depois de isolados do grosso, caçá-los e savimbizá-los.Pela
paz assente na seriedade e com quem a deseja na realidade e não está a
extorquir-nos a vida e os bens, que deseja viver tranquilamente, o meu
abraço,Sérgio VieiraP.S.

Qualquer atacante sabe que guardas e sentinelas pelo frio da madrugada
tendem a adormecer. Qualquer comandante sabe que o inimigo ataca
quando se dorme. Então como explicar as sete mortes no ataque e
pilhagem dos paióis?Claro que não existem maus soldados. O mau comando
transforma os melhores em péssimos. O mau comando fez agora sete
mortos.

Abraço as sanções e corrigir-se o desleixo,SVR.

P.S. Parece-me que voltamos à época colonial quando Roma só designava
estrangeiros como bispos em Moçambique.Não existem sacerdotes
católicos e moçambicanos com méritos para dirigirem as nossas
dioceses? Para quê então tantos seminários e estágios e formações fora
do país?Vivem os nossos sacerdotes no pecado, ou caracterizam-se por
uma burrice inata à raça?
Abraço respeito pela moçambicanidade,SV

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