terça-feira, 2 de outubro de 2012

A CHINA E A MORTE DO EURO E DO DÓLAR

Morte anunciada do dólar e do euro?


China pretende lançar nova moeda internacional

A notícia provém da Índia (na parte ocidental tentarão esconde-la até ao limite) num artigo da IndiaVision News, de 30 de Agosto de 2012, com o título sugestivo: «China lança moeda mundial apoiada em ouro - agora os americanos terão de encontrar uma razão para lançar uma guerra contra a China!».

Trata-se da morte anunciada tanto do dólar como do euro.

O artigo indica que a China está a reestruturar toda a sua reserva de ouro em barras de 1kg para constituir a base de uma nova moeda para o comércio mundial.
Se isso se concretizar, será a morte do dólar como moeda internacional privilegiada e do Euro. Afinal, têm tanto valor como notas do Monopólio (só valem enquanto aceitarmos jogar com elas).
Já na sua última Cimeira na África do Sul, o grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul) e os seus aliados haviam decidido utilizar uma moeda, que não o dólar, para trocas comerciais entre si.
Agora a China pretende dar mais um passo (decisivo) para retirar ao dólar o privilégio de ser a moeda para trocas comerciais internacionais.
Todos irão preferir utilizar uma moeda valorizada por ouro, do que uma moeda (dólar/euro) sem valor real.
O dólar e o Euro valerão/circularão apenas nos Estados Unidos e União Europeia. Ninguém mais os vai querer.
Será o fim do sistema monetário actual baseado em crédito (dívida) para um novo sistema equitativo que já está pronto/preparado para o substituir.

Esta jogada (introdução de nova moeda escudada em ouro), já foi tentada antes, mas os americanos, percebendo que isso significaria o fim da sua «preciosa moeda» a curto prazo, arranjaram
pretexto para atacar/destruir esse(s) país(es) e, para servir de exemplo a outros com a mesma
ideia, assassinar o provocador - estou a referir-me a Saddam Hussein, do Iraque, e Muammar Gaddafi, da Líbia.
Esta será a razão do título sarcástico do artigo.
Se os Estados Unidos provocarem a China, irão atacá-la?
Bem, agora não se trata só da China mas de todo um novo grupo económico de que a China faz
parte. Este grupo económico já abrange bem mais de 50% do planeta.
Os «maus» estão cada vez mais isolados e são apenas um pequeno grupo de países (Estados Unidos,
Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Espanha).
A China não fez antes esta jogada por ser detentora de muitos biliões de dólares e não lhe interessava
que os dólares perdessem valor.
Não é novidade o intenso/maciço investimento que a China tem feito por todo o mundo nos
últimos tempos.
Assim, o que a China tem feito é livrar-se dos dólares, trocá-los por coisas reais, palpáveis e com
valor como empresas, infra-estruturas, terrenos, minério, etc.
Entretanto, os Estados Unidos e a União Europeia, procurando obter maiores lucros, mesmo que isso implicasse um incremento do desemprego nos seus países, deslocaram as suas indústrias para a China, estando agora também descapitalizados do seu sistema industrial de outrora e dependentes industrialmente da China.
Isto é, os Estados Unidos e a União Europeia estão em recessão, sem dinheiro, atolados em
dívidas, sem indústria e, os políticos, cuja política nos trouxe até aqui, falam em recuperação...
Só mesmo um político pode ter essa «cara de pau».

O actual sistema monetário está morto, a sua vitalidade é aparente e mantida artificialmente. É
apenas uma questão de tempo até ser passada a certidão de óbito.
Não sei quando, como ou quanto tempo demorará a substituição do velho para o novo sistema.
Possivelmente, um fim-de-semana não será o suficiente e poderá acontecer «férias bancárias» (1
semana?) para o novo sistema ser iniciado/introduzido globalmente.
Com este passo, a China irá acelerar a introdução do novo sistema.
(Semanário Angolense de 29 de Setembro de 2012)

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