segunda-feira, 29 de agosto de 2011

OS RICOS DEVEM PAGAR A CRISE?


Ricos devem pagar a crise? Os nossos têm dúvidas.

São ricos, mas trabalham e, por isso, alguns milionários portugueses consideram-se apenas isso mesmo: trabalhadores. Daí que não considerem ter uma responsabilidade especial na resolução da crise. Outros até estariam dispostos a pagar mais impostos, como defendem também vários detentores de grandes fortunas em França.

O líder da Corticeira Amorim que é, de resto, o homem mais rico do país, disse ao «Jornal de Negócios» que não se considera rico. «Sou trabalhador», diz Américo Amorim, garantindo assim não passar de um simples assalariado.

Manuel Violas, dono de cinco casinos em Portugal e também accionista da UNICER, é o detentor da oitava maior fortuna do país e está disponível para pagar mais impostos em prol da crise, mas se todos ajudarem.

Joe Berardo também considera que «se houver uma taxa especial todos devemos contribuir», mas «mais importante do que essa contribuição é que os empresários que têm riqueza criem postos de trabalho». E, «mesmo que todos ajudassem um pouco, não se resolvia o problema da dívida».

Afastando prontamente o rótulo de milionário, André Jordan, empresário do sector do Turismo duvida do impacto de um imposto especial para milionários na redução do défice, embora reconheça que teria «um valor simbólico grande».

O empresário Patrick Monteiro de Barros não entende a proposta, questionando qual seria a contrapartida exigida: «Se é um acto solidário é uma coisa, agora imagine se é uma proposta para o doutor Sarkozy mudar a sua perspectiva sobre os eurobonds» (euro-obrigações).

Desta feita ao «Diário Económico», o líder dos Cimentos Liz, Luís de Mello Champalimaud, lembrou que já na altura do 25 de Abril de 1974 existia o slogan «os ricos que paguem a crise». A chave para o problema está antes, argumenta, na Justiça: quando ela começar a ser eficaz e mais rápida e quando os contribuintes e os seus impostos passarem a ser respeitados, muitos problemas verão uma luz ao fundo do túnel.

Quem dá o seu aval à proposta francesa de os milionários pagarem mais impostos é José Roquette. O dono da Herdade do Esporão sugere a criação de uma sobretaxa em sede de IRC a ser aplicada a grandes empresas e seus accionistas.

Filipe de Botton, o líder da Logoplaste, entende que momentos excepcionais exigem respostas também elas excepcionais, pelo que acredita que, dentro de um quadro de razoabilidade, todos os empresários portugueses verão com bons olhos medidas que reduzam as desigualdades sociais.

Na mesma linha, o patrão da Iberomoldes, Henrique Neto, mostra-se disponível para uma contribuição especial. Ao mesmo jornal lembrou que já defendeu e até escreveu que o Orçamento do Estado para este ano devia incluir já um imposto especial para rendimentos superiores a 100 mil euros, um imposto com um grau progressivo de aumento para rendimentos acima desse patamar.

Em Espanha, embora esteja de parte, por «falta de tempo», a criação de um imposto especial, os mais ricos podem ver agravadas as contribuições fiscais já existentes.
ostos/miliona...

Há alguns que se consideram simples assalariados, outros que até não se importam de ajudar, mas duvidam que isso resolva alguma coisa
São ricos, mas trabalham e, por isso, alguns milionários portugueses consideram-se apenas isso mesmo: trabalhadores. Daí que não considerem ter uma responsabilidade especial na resolução da crise. Outros até estariam dispostos a pagar mais impostos, como defendem também vários detentores de grandes fortunas em França.

O líder da Corticeira Amorim que é, de resto, o homem mais rico do país, disse ao «Jornal de Negócios» que não se considera rico. «Sou trabalhador», diz Américo Amorim, garantindo assim não passar de um simples assalariado.

Manuel Violas, dono de cinco casinos em Portugal e também accionista da UNICER, é o detentor da oitava maior fortuna do país e está disponível para pagar mais impostos em prol da crise, mas se todos ajudarem.

Joe Berardo também considera que «se houver uma taxa especial todos devemos contribuir», mas «mais importante do que essa contribuição é que os empresários que têm riqueza criem postos de trabalho». E, «mesmo que todos ajudassem um pouco, não se resolvia o problema da dívida».

Afastando prontamente o rótulo de milionário, André Jordan, empresário do sector do Turismo duvida do impacto de um imposto especial para milionários na redução do défice, embora reconheça que teria «um valor simbólico grande».

O empresário Patrick Monteiro de Barros não entende a proposta, questionando qual seria a contrapartida exigida: «Se é um acto solidário é uma coisa, agora imagine se é uma proposta para o doutor Sarkozy mudar a sua perspectiva sobre os eurobonds» (euro-obrigações).

Desta feita ao «Diário Económico», o líder dos Cimentos Liz, Luís de Mello Champalimaud, lembrou que já na altura do 25 de Abril de 1974 existia o slogan «os ricos que paguem a crise». A chave para o problema está antes, argumenta, na Justiça: quando ela começar a ser eficaz e mais rápida e quando os contribuintes e os seus impostos passarem a ser respeitados, muitos problemas verão uma luz ao fundo do túnel.

Quem dá o seu aval à proposta francesa de os milionários pagarem mais impostos é José Roquette. O dono da Herdade do Esporão sugere a criação de uma sobretaxa em sede de IRC a ser aplicada a grandes empresas e seus accionistas.

Filipe de Botton, o líder da Logoplaste, entende que momentos excepcionais exigem respostas também elas excepcionais, pelo que acredita que, dentro de um quadro de razoabilidade, todos os empresários portugueses verão com bons olhos medidas que reduzam as desigualdades sociais.

Na mesma linha, o patrão da Iberomoldes, Henrique Neto, mostra-se disponível para uma contribuição especial. Ao mesmo jornal lembrou que já defendeu e até escreveu que o Orçamento do Estado para este ano devia incluir já um imposto especial para rendimentos superiores a 100 mil euros, um imposto com um grau progressivo de aumento para rendimentos acima desse patamar.

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